Temos o prazer de apresentar os projetos finalistas do Prêmio Obra do Ano 2022. Após duas semanas de indicações, foram escolhidos os projetos favoritos entre centenas de obras construídas nos países de língua portuguesa. Nosso júri de especialistas, composto por nossos próprios leitores, realizou, mais uma vez, um excelente trabalho na seleção destas 15 obras.
A partir de hoje até o dia 30 de março às 23h59 (Brasília - GMT-3) vocês podem votar uma vez por dia nas obras que consideram ser os melhores exemplos da arquitetura lusófona contemporânea. O resultado será divulgado no dia 31 de março.
A desigualdade de gênero na prática da profissão da arquitetura é fruto de um processo múltiplo, no qual o papel das narrativas tecidas cotidianamente pelo jornalismo é ainda pouco estudado. Aqui, apresentaremos como duas arquitetas foram retratadas pela imprensa diária carioca nos anos de 1950, buscando problematizar como seu deu a construção de uma imagem profissional não dissociada da esfera pessoal.
Avançando com sua maratona de sessões fotográficas, o fotógrafo de arquitetura Marc Goodwin está montando um Atlas de Atmosferas Arquitetônicas, um projeto que busca documentar diversos estúdios de arquitetura e design de todo o mundo. Desde 2016, Goodwin viaja "por toda parte para capturar as atmosferas dos estúdios de arquitetura", e após um hiato de dois anos devido à pandemia, o fotógrafo retomou o projeto com uma exploração dos escritórios de arquitetura de Berlim, registrando o ambiente de trabalho de firmas famosas, como Hesse, LAVA, JWA e FAR frohn&rojas.
As grandes cidades e a rotina conturbada da vida urbana cada dia mais revelam a necessidade de momentos de relaxamento visando saúde física e mental. Essa preocupação se tornou ainda mais evidente depois dos longos períodos de quarentena da pandemia de Covid-19, quando a desconexão com a rotina ficou ainda mais difícil. Assim, nos últimos anos, cada vez mais as pessoas têm procurado atividades e lugares que proporcionem esse descanso.
Enquanto a cidade continua a evoluir e se transformar, cantos mortos na paisagem urbana começam a emergir, reduzindo, em consequência, os níveis de atividades no nosso ambiente construído. Essas "zonas mortas" se referem a áreas onde falta engajamento ativo, elas permanecem vazias e privadas de pessoas, já que não se mostram mais úteis ou atraentes. Enquanto a pandemia de Covid-19 se aproxima do fim, a primeira questão que podemos enfrentar após a pandemia é a retomada do nosso ambiente urbano. Um sopro de vida em uma paisagem urbana cansada e desatualizada...
O elemento focal na criação de um ambiente urbano ativo e saudável é o aumentar a vitalidade através da ocupação e criação de espaços. Criar lugares diversos e interessantes para morar, florescer, e trabalhar. Aqui estão cinco estratégias regenerativas que animam a paisagem urbana e produzem ambientes resilientes, atraentes e flexíveis.
Projetada por Herzog & de Meuron, a Switch House é a mais recente extensão do Tate Modern. Radical em sua forma e materialidade, está intimamente relacionada ao complexo do qual faz parte: o principal espaço para arte moderna de Londres desde 2000. Fotografado recentemente por Bahaa Ghoussainy, este edifício de 2016 é um modelo para museus do século XXI.
Seja apreciada em um restaurante ou preparada em casa, uma coisa é fato: a comida une as pessoas. Por essa razão, os arquitetos passaram a colocar as cozinhas no coração das casas, oferecendo aos moradores um espaço para cozinhar, jantar e passar bons momentos com seus familiares e amigos. No entanto, nem todas residências comportam cozinhas espaçosas, já que algumas casas são muito pequenas e outras não têm uma configuração espacial favorável para isso. A seguir, exploraremos como arquitetos e designers utilizam diferentes layouts de cozinha em diferentes situações e para diferentes usuários.
Em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia iniciou uma invasão em larga escala no território ucraniano. Sendo a maior crise de refugiados e o maior conflito armado no território europeu neste século até o momento, esta guerra está mobilizando pessoas em todo o mundo para pressionar as autoridades a encerrar o conflito armado. Personalidades e instituições do campo da arquitetura participaram desses atos de solidariedade, emitindo declarações, condenando ações e até encerrando atividades na Rússia. Da UIA ao MVRDV, e até organizações russas como o Instituto Strelka, o mundo da arquitetura está denunciando esses atos de violência e apoiando um cessar-fogo imediato.
Quando pensamos em saúde, pensamos em médicos, enfermeiras, cirurgiões, radiologistas e anestesistas – as pessoas que tratam doenças e salvam vidas.
Mas esquecemos um grande grupo de pessoas que os tornam bem-sucedidos em salvar vidas – especialistas em codificadores médicos, gerentes de serviços de saúde, arquitetos e engenheiros hospitalahres e outros que correm nos bastidores para trazer resultados positivos para a saúde.
Na arquitetura, o mais comum é desenhar apenas para os humanos. No entanto, abranger o escopo do projeto para outras espécies é um exercício que vem sendo proposto em diversas encomendas. De um mobiliário específico até o design de interiores todo pensado para o animal, as possibilidades de criar um ambiente mais lúdico e confortável, tanto para humanos quanto para os animais, são diversas.
https://www.archdaily.com.br/br/977799/mobiliario-para-gatos-mais-conforto-e-saude-para-os-felinos-em-casaEquipe ArchDaily Brasil
A região central de São Paulo estampa as contradições das nossas cidades. Por um lado, verificam-se imóveis ociosos em regiões bem atendidas por infraestruturas urbanas, por outro lado, cresce o número de pessoas em situação de rua, alojadas em barracas e estruturas precárias improvisadas.
Embora o principal evento trágico tenha ocorrido em 1941, durante toda a ocupação o espaço foi utilizado como local de extermínio pelas forças alemãs. Com efeito, entre 70 e 100 mil pessoas perderam suas vidas em Babyn Yar. Sem uma arquitetura destinada à tragédia e apenas uma paisagem remanescente, não há espaço de memorialização para o reconhecimento público.
O governo do estado de São Paulo anunciou na última quinta-feira (10) o projeto da primeira ciclovia de longa distância em rodovia no Brasil, a Ciclovia dos Bandeirantes, na Rodovia dos Bandeirantes.
Localizada entre São Paulo e Itupeva, a nova ciclovia ligará a capital paulista ao recém-lançado Distrito Turístico Serra Azul, em Itupeva, com aproximadamente 57 quilômetros de extensão.
Machu Picchu, também conhecida como "A cidade perdida dos Incas", localizada no alto dos Andes peruanos (2430 metros de altitude), é um dos complexos arqueológicos mais famosos e uma das 7 maravilhas do mundo moderno. Ali, embaixo da densa folhagem da selva andina, foi descoberta uma rede de canais fluviais ocultos.
O termo "arquiteto" pode ser aberto à interpretações tal como "artista". No entanto, a definição universalmente reconhecida do papel é considerada como aquele que projeta e planeja edifícios, um membro fundamental em termos de construção de edificações. A arquitetura como profissão, no entanto, apresenta-se como uma ocupação muito diversificada. Como uma arte e ciência em todos os sentidos, oferece aportes sobre uma vasta gama de assuntos que podem ser aplicados a uma variedade de empreendimentos diferentes.
Muitas vezes aos estudantes de arquitetura são oferecidos caminhos tão rígidos, limitados por essas ideias míopes de que um arquiteto deve seguir uma direção específica para florescer no campo. Quando na verdade é interessante notar as vastas oportunidades que surgem quando se dá a oportunidade de diversificar. Aqui estão os arquitetos que se ramificaram e se tornaram designers de moda de sucesso…
Com prédios envidraçados de todos os lados e salas brilhantemente iluminadas de maneira monótona, não é supresa que queiramos espaços internos e externos que sejam menos claros. Refúgios de sombra no sol escaldante, salas escurecidas e contrastes são bem recebidos pelos olhos como um oásis. O alto consumo de energia e o aumento da poluição por iluminação no mundo todo mostram o quão sério o problema do excesso de luz é, e sua contribuição alarmante para as mudanças climáticas. Para um futuro melhor, é imperativo explorar maneiras de projetar e focar no potencial da escuridão.
Antes vista como um espaço de serviço essencial, cada vez mais a cozinha passou a integrar o cotidiano familiar e se estabeleceu como um dos ambientes mais utilizados de uma casa. Para facilitar a junção com toda a residência, principalmente no caso de pequenos apartamentos, a solução da cozinha americana se tornou uma das prediletas entre os clientes.
https://www.archdaily.com.br/br/956846/cozinha-americana-integracao-espacial-em-20-apartamentos-brasileirosEquipe ArchDaily Brasil
Pela primeira vez na história a população urbana superou a rural. Hoje 55% das pessoas vivem em centros urbanos e as projeções mostram que esse número deve chegar a quase 70% em 2050. Isso representa um aumento de 2.5 bilhões de pessoas vivendo em áreas urbanas. Dessa forma nos perguntamos, qual é o modelo de urbanização que queremos para as próximas décadas? A resposta a essa pergunta depende da compreensão do aumento nos índices de urbanização como um desafio não só para as áreas urbanas mas também para as áreas rurais e periurbanas – sejam elas produtivas ou naturais.
Tsz Yan Ng é diretora, professora, pesquisadora e artista de uma empresa com sede em Michigan, cujo trabalho interdisciplinar e colaborativo busca desafiar e melhorar as práticas modernas de construção e processos de manufatura. “Não mudamos a maneira como construímos há tanto tempo”, disse Ng. “Precisamos pensar nisso de forma mais produtiva – não apenas economicamente – mas como uma coleção de vozes diferentes. A arquitetura é um ecossistema global de pessoas, onde a soma é maior do que as partes.”
O futuro das casas fabricadas pode reinventar algo que já existe amplamente nos Estados Unidos – os estacionamentos de trailers. Por todo o país, essas pequenas casas estão sendo reimaginadas por arquitetos, que estão utilizando materiais mais sustentáveis e técnicas de construção inventivas para criar casas acessíveis e ressignificar a conotação negativa que já cercou esse tipo de moradia.
As moradias estudantis assumem muitas formas ao redor do mundo, porém, a tipologia mais comum é um alojamento fechado. Enquanto os futuros alunos escolhem as universidades com base no rigor acadêmico, programas esportivos, atividades extracurriculares e futuras oportunidades de carreira, eles agora querem saber como será viver dentro e fora do campus. Isso forçou os arquitetos a repensarem os projetos tradicionais de dormitórios buscando algo mais inovador que reflita melhor o que os alunos querem (e esperam) em suas residências universitárias.
Essa frase chamou a atenção durante a palestra de Diébédo Francis Kéré no AAICO (Architecture and Art International Congress), que ocorreu no Porto, em Portugal, entre 3 e 8 de setembro. Após ser introduzido por ninguém menos que Eduardo Souto de Moura, Kéré iniciou sua fala com a simplicidade e humildade que pautam seu trabalho. Suas obras mais conhecidas foram construídas em locais bastante remotos, onde materiais são escassos e a força de trabalho é dos próprios moradores, utilizando os recursos e técnicas locais.
Desde 2017, a ONU-Habitat, juntamente com Shigeru Ban Architects, Philippe Monteil e a ONG Voluntary Architects' Network, desenvolveu várias tipologias de abrigos para um bairro piloto no Assentamento Kalobeyei, no Quênia. As Casas Turkana destinam-se a abrigar os sudaneses do sul e outros refugiados que vivem no norte do Quênia e não puderam retornar às suas aldeias originais devido a intermináveis guerras civis e conflitos. Ao contrário dos abrigos de refugiados típicos, essas estruturas foram feitas para fornecer um lar para longos períodos de deslocamento e as quatro tipologias desenvolvidas são informadas pela vasta experiência do Shigeru Ban Architects com projetos de suporte a desastres e as técnicas de construção da população local.
Ao longo do último século, os carros foram o elemento dominante no planejamento de cidades e municípios. Pistas para veículos, expansão de faixas, estacionamentos e garagens foram sendo criados e usados enquanto continuamos nossa dependência pesada em carros, deixando os planejadores urbanos com a tarefa de desenvolver maneiras criativas para tornar as ruas mais seguras para ciclistas e pedestres. Mas muitas cidades, especialmente algumas na Europa, se tornaram exemplos de ideologias progressistas sobre como projetar novos espaços para nos tornarmos livres dos carros e repensar as ruas para torná-las mais amigáveis aos pedestres. Será que já estamos experimentando a morte lenta dos automóveis pelo mundo e favorecendo os que preferem caminhar ou andar de bicicleta? E se sim, como isso pode ser feito em uma escala ainda maior?