Ecossistema Urbano, um dos vencedores do Prêmio J. Irwin e Xenia S. Miller, propõe Cloudroom como parte da edição de 2021 da Exhibit Columbus em Columbus, Indiana. Trata-se de uma instalação que procura repensar os espaços públicos para a educação através da conscientização a respeito dos desafios ambientais contemporâneos. Esta nuvem inflável flutuando sobre uma estrutura de madeira está localizada na área verde da Escola de Ensino Médio Central e cria um espaço comunitário com um microclima sombreado para aprender, brincar e compartilhar. Incentivando novas metodologias de aprendizagem através da experiência direta, o projeto apresenta um ambiente acolhedor e adequado para uma série de atividades entre a escola e o espaço público.
Um enfoque ecológico e social conforma os dois pilares que norteiam o projeto da Cloudroom, esta instalação projetada com a participação dos alunos e funcionários da escola, e que responde ao mote "New Middles: From Main Street To Megalopolis, What Is The Future of The Middle City?", proposto pelos curadores Iker Gil e Mimi Zeiger.
CRA-Carlo Ratti Associati e Italo Rota Building Office, junto com Matteo Gatto e F&M Ingegneria projetaram o Pavilhão Italiano na Expo Dubai 2020 com foco na arquitetura re-configurável e circularidade. Os arquitetos usaram casca de laranja, pó de café, algas e areia como materiais de construção, juntamente com plástico reciclado para as cordas da fachada e cascos de barco para o telhado. O projeto arquitetônico do pavilhão e os materiais usados criam um sistema natural de mitigação do clima que substitui o ar-condicionado.
Um corpo macio e inflável, um globo de prata, se expande na esquina da Alameda, no centro de Santiago do Chile. As pessoas não passam por aqui sem tocar no material estranho. Eles observam curiosas o novo objeto avançando sobre o espaço público. Atrás dele, a Galeria Gabriela Mistral está escondida e desaparece.
No dia 19 de agosto, celebramos o Dia Mundial da Fotografia. Este ano, para incentivar nossas leitoras e leitores entusiastas desta arte, lançamos uma chamada que convidava todos os interessados – fotógrafos amadores ou profissionais – a enviarem suas imagens de arquitetura e cidade.
Dos mais de 130 participantes de partes tão distintas do globo quanto Índia, Brasil, Paquistão, Moçambique, Itália e Estados Unidos, recebemos mais de 400 fotografias de edifícios, interiores e espaços públicos localizados contextos diversos, registrados por olhares atenciosos a partir de técnicas variadas. Nossa equipe de conteúdo pré-selecionou 50 fotografias e, em seguida, votou nas 25 imagens mais instigantes. Apresentamos esta seleção a seguir, em ordem alfabética pelo nome dos autores.
https://www.archdaily.com.br/br/968549/as-melhores-fotografias-de-arquitetura-enviadas-por-nossos-leitores-em-2021Equipe ArchDaily Brasil
Snøhetta revelou seu projeto para Duett Düsseldorf, uma nova casa de ópera que se somará ao destino cultural da cidade alemã. A partir de um volume horizontal que contém a nova casa de shows estão duas torres inclinadas que abrigam um hotel, restaurantes, escritórios e unidades residenciais, criando um empreendimento de várias camadas que atende ao cenário artístico e cultural de Düsseldorf. Vizinho ao histórico parque Hofgarten e ao rio Reno, o nível do solo do projeto confunde os limites entre interno e externo, com uma fachada de vidro revelando uma parede de madeira dentro do saguão, dando as boas-vindas aos visitantes.
No dia 21 de setembro o planeta comemora o dia da árvore, uma data que tem como objetivo conscientizar a respeito da preservação da natureza. Ainda na infância estabelecemos algumas relações com a natureza que acabam fazendo parte do nosso imaginário se desenvolvendo e influenciando também na arquitetura. Selecionamos 22 projetos de usos variados que se inspiram na relação com a natureza e com esse imaginário.
O Pavilhão da Holanda na Expo Dubai 2020 propõe um sistema climático circular que coleta água, energia, fabrica chuva e produz alimentos, criando um biótopo temporário que incorpora a fusão entre arte, arquitetura e tecnologia. Projetado por V8 Architects, com curadoria de Kossmanndejong, o pavilhão cria uma narrativa multissensorial em torno de fenômenos naturais. Materiais industriais como chapas de metal, tubos de aço, dutos e canos se misturam inesperadamente com a vegetação e os tecidos para criar um percurso espacial que culmina em uma peça central proporcionando um espaço tranquilo em meio à agitação da Expo.
O arquiteto japonês Kengo Kuma foi convidado a desenvolver um projeto de preservação para o portal oeste da Cathédrale Saint-Maurice em Angers, França. A proposta deveria também proteger um conjunto de esculturas feitas entre os séculos XII e XVII que permanecem expostas na catedral. O projeto estabelece um "diálogo harmonioso" com o patrimônio arquitetônico medieval, seguindo as mesmas diretrizes de proporção usadas pelos construtores da catedral. A construção dos novos portais em arco está em andamento e deverá ser concluída em 2024.
Valorizando a simplicidade formal e com uma delicada atenção aos detalhes e acabamentos, o Studio MK27 foi fundado no final da década de 1970 pelo arquiteto Marcio Kogan e hoje conta com mais de 30 integrantes com sede em São Paulo e outros colaboradores pelo mundo. Seu trabalho, como é descrito em seu website, procura cumprir a tarefa de repensar e dar continuidade ao modernismo brasileiro.
A contribuição do Reino Unido para a Expo 2020 Dubai é uma estrutura escultural de madeira que celebra a diversidade cultural e a colaboração, destacando a Grã-Bretanha como um ponto de encontro de culturas e ideias. Criado pelo artista e designer Es Devlin, o Poem Pavilion usa algoritmos avançados de aprendizado de para transformar a entrada dos visitantes em poemas coletivos. Este último pode ser lido em displays iluminadores na fachada, transformando o pavilhão na própria exposição.
Segundo o dicionário, equidade significa “disposição de reconhecer igualmente o direito de cada um” enfatizando a importância de se levar em consideração as diferenças dos indivíduos. Nesse sentido, a equidade representa um senso de justiça que determina o modo de agir em relação a cada pessoa, reconhecendo suas características e necessidades específicas. Usando uma analogia médica, equidade significa entender que todos precisam de atenção, mas não necessariamente dos mesmos cuidados. Vale ressaltar ainda que este termo é frequentemente confundido com a palavra igualdade, porém, difere-se dela justamente porque a igualdade é baseada no princípio da universalidade, perante o qual todos os indivíduos deveriam ser regidos pelas mesmas regras, sem possibilidade de adaptação.
Durante a primeira semana de setembro, a Design Week de Milão abriu suas portas para mais de 60 mil arquitetos, designers, artistas e artesãos de todo o mundo para explorar inovações e trocar ideias sobre design de interiores, móveis e iluminação. Paralelamente ao evento realizado na Rho Fiera, intervenções de arquitetos de renome mundial foram instaladas em toda a cidade como parte do Fuorisalone.
O programa Fuorisalone contou com o patrocínio da Câmara Municipal de Milão e teve início no mês de abril com uma edição digital sob o tema "Formas de Viver", abordando as questões que inspiram e influenciam o futuro do mobiliário e do design. Continue lendo a seguir para conhecer as 5 principais instalações externas.
O mundo abriga milhares de parques nacionais, os quais podem ser definidos como espaços alocados para a conservação, hospedando terras geralmente deixadas em seu estado natural para as pessoas visitarem. O próprio termo “parque nacional” difere em todo o mundo. No Reino Unido, por exemplo, a frase simplesmente descreve uma área relativamente pouco desenvolvida que atrai turistas. Nos Estados Unidos, essa terminologia é muito mais rígida, descrevendo 63 áreas protegidas operadas pelo serviço de Parques Nacionais dos Estados Unidos.
Peter Zumthor, em uma de suas obras mais emblemáticas, dá ao concreto uma dimensão quase sacra. Trata-se da pequena Capela de Bruder Klaus, em um vilarejo na Alemanha, uma construção ao mesmo tempo robusta e sensível. O cimento branco, misturado a pedras e areia da região, trazem um tom terroso à construção. As 24 camadas desse concreto foram despejadas, dia após dia pela mão de obra local, e comprimidas em uma forma pouco usual. Seu exterior plano e liso contrasta com a outra face, feita de troncos de madeira inclinados, que forma um vazio triangular. Para remover as formas internas, os troncos foram incendiados em um processo controlado, reduzindo os troncos a cinzas e criando um interior carbonizado, variando entre o preto e o cinza, com a textura dos negativos dos troncos que outrora continha o concreto líquido. O resultado é uma obra prima da arquitetura, um espaço de reflexão e transformação, em que o mesmo material aparece de maneiras diametralmente opostas.
A atual pandemia escancarou as muitas desigualdades enraizadas em nossa sociedade, especialmente no que se refere à distribuição extremamente desigual de recursos e infraestruturas públicas em territórios urbanos. Desde o início da corrente crise sanitária mundial, aqueles que podiam pagar, por exemplo, optaram por trocar a vida na cidade por suas confortáveis casas de final de semana em meio à natureza. No outro extremo, também testemunhamos como as pessoas mais pobres sofreram com a dificuldade de acesso à cidade, espaços públicos e áreas verdes—sendo forçados a continuar suas rotinas de trabalho e deslocamento apesar das muitas restrições e dos evidentes riscos de saúde pública. Para piorar, não podemos deixar de mencionar a questão do acesso (ou a falta de) à moradia digna e de que forma deveríamos abordá-la para responder aos muitos desafios do presente e do futuro.
Não é surpresa que a questão fundiária no Brasil seja uma temática complexa. Como define Ermínia Maricato, o “nó da terra” está no centro de diversos conflitos; seja em questão da ocupação produtiva das terras nas áreas rurais, ou no cerne das questões de direito à cidade, habitação e infraestrutura nos centros urbanos. Mas, o que pouco se discute no campo do urbanismo e das políticas públicas urbanas são as relações de causa e efeito do conflito de terras na gestão atual de áreas públicas, principalmente no que diz respeito à organização do patrimônio municipal, e, mais importante, os seus efeitos práticos no desenho da cidade e nas dinâmicas urbanas.
“Equidade” é um termo tão amplo quanto fugaz, e isso também se extende para o campo da arquitetura. Embora muitos arquitetos e arquitetas reafirmem constantemente seu desejo por uma maior equidade em nossa disciplina, motivações não são suficientes para alcançar resultados na prática. Além disso, há uma série de problemas históricos que contribuem e muito para que esses anseios ainda pareçam muito distantes de serem alcançados.
No século XIV, Geoffrey Chaucer escreveu “Familiaridade gera desprezo”. Por definição, “local” é “familiar”. Por que os humanos ficam tão entusiasmados em ir além do familiar, do local e buscar o que é novo, universal e redentor? A palavra “local” tem o peso do verdadeiro valor, como “densidade” ou “sustentável”. Mas a atração da conexão entre todos os humanos é poderosamente sedutora, e esse desejo de conectar quase sempre fica aquém de nossas esperanças.
Este artigo é uma colaboração doColectivo RE e foi publicado originalmente em 02 de agosto de 2020, na segunda edição de Huevo de Pato, uma publicação que tem por objetivo compartilhar reflexões e experiências como estratégia para a democratização do saber e do fazer.
As previsões para o futuro são alarmantes. Pelo menos é o que nos mostra o relatório do IPCC 2021, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (órgão da ONU) recentemente publicado. Segundo o documento, as mudanças climáticas causadas pelos seres humanos são irrefutáveis e irão se agravar nas próximas décadas se não houver esforços para modificar a situação, afirmando que o aquecimento de 1,5ºC a 2ºC será ultrapassado em um futuro muito próximo.
“Se a indústria do cimento fosse um país, seria o terceiro maior emissor de dióxido de carbono do mundo, com cerca 2,8 bilhões de toneladas, superado apenas por China e Estados Unidos.” Essa afirmação chama muita atenção na reportagem de Lucy Rodgers para a BBC, sobre a pegada ecológica do concreto. Com mais de 4 bilhões de toneladas produzidas por ano, o cimento responde por cerca de 8 por cento das emissões globais de CO2 e é elemento fundamental para a produção de concreto, o produto mais fabricado no mundo. Para se ter uma noção, produz-se cerca de meia tonelada de cimento por pessoa do mundo todo ano, o suficiente para construir 11.000 edifícios Empire State. Com esses números impressionantes, há alguma forma de reduzir este impacto?
Uma das obras mais conhecidas de Oscar Niemeyer, o icônico edifício Copan, no centro de São Paulo, poderá finalmente ter suas obras de restauro iniciadas. Após dez anos de negociações, o projeto apresentado por uma empresa contratada pelo condomínio foi parcialmente aprovado pelo Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) e o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).
Projetado por Niemeyer em parceria com Carlos Lemos, o edifício completa 70 anos de início da construção no ano que vem. Há quase duas décadas, porém, vem sofrendo com problemas de manutenção da fachada, como infiltrações, queda de pastilhas, descaracterização, desprendimento de concreto e exposição da armadura, segundo constatado em laudos técnicos e denunciado aos órgãos de patrimônio.
Enquanto alguns países estão apenas começando a aproveitar seu potencial eólico, outros já estão substituindo turbinas antigas por modelos mais novos e eficientes. Com isso, surgiu a questão: o que fazer com as pás das turbinas, um imenso material de difícil reciclagem?
A tecnologia de energia eólica cresceu rapidamente nos últimos 15 anos. Dada a vida útil de 20 anos – das atuais pás de turbinas eólicas – elas precisarão ser descartadas em um futuro próximo. Pensando nisso, empresas do setor criaram o programa Re-Wind, que apoia pesquisadores de várias partes do mundo a buscarem alternativas para reuso dos materiais das turbinas. O projeto explora o potencial de reutilização das lâminas das pás em estruturas arquitetônicas e de engenharia.
https://www.archdaily.com.br/br/969561/pas-de-turbinas-eolicas-viram-bicicletarios-na-dinamarcaMayra Rosa
O 11th Street Bridge Park da OMA e Jason Long alcançou novos marcos importantes em seu projeto e na campanha de capital após uma série de refinamentos. A equipe aprimorou ainda mais as áreas do programa em todo o parque da ponte e mudou a localização do anfiteatro e do principal espaço de reunião, estendendo sua capacidade para 250 pessoas. Os acabamentos e os projetos paisagísticos também foram refinados, enquanto as vias de pedestres, terraços, centros e praças públicas permaneceram inalterados.