Ao transformar as áreas não utilizadas escondidas no telhado, pode-se acrescentar quartos extras, salas de jogos ou simplesmente obter um espaço de armazenamento mais acessível, sem a necessidade de mudança de residência ou de aprovação de projeto. Com mais partes de nossas vidas ocorrendo agora sob nossos próprios telhados, a demanda por espaço adicional proporcionado por uma conversão de sótão está mais alta do que nunca.
Sem a capacidade de alterar a inclinação do telhado, entretanto, as áreas de baixa altura de um sótão frequentemente permanecem inutilizáveis, e o espaço utilizável resultante é restrito pela altura mínima das funções que podem ser acomodadas. Ao posicionar características e atividades de baixa altura nestes cantos e recantos, os sótãos podem aproveitar ao máximo o espaço disponível.
Em meio à crise ambiental que enfrentamos atualmente, a bioeconomia tem ganhado destaque em diversas áreas, o que inclui o setor da construção civil e seus esforços para tornar-se mais sustentável. Esse pensamento também trouxe reverberações para o campo da arquitetura de interiores, e assim, à medida em que a consciência sobre as mudanças climáticas e a necessidade de preservar nosso planeta aumentam, os arquitetos e designers têm recorrido aos biomateriais, elaborando espaços que não apenas encantam visualmente, mas que também têm um compromisso positivo em relação ao meio ambiente.
Historicamente, a arquitetura tem servido como um meio para a expressão artística. Elementos de construção eram adornados e esculpidos em relevo, com inscrições, murais, afrescos, bustos e esculturas figurativas de diferentes estilos. No entanto, a industrialização do século XIX trouxe uma mudança nos ideais, que despojou os componentes arquitetônicos de seus elementos decorativos. Em vez disso, preferiu-se a busca pela beleza a partir da padronização e acessibilidade econômica proporcionadas pelos elementos de construção produzidos em massa.
Mas há espaço para a arte na produção em massa? Os artistas podem estar envolvidos nos processos industriais de fabricação de elementos de construção? E como a nova tecnologia pode facilitar a personalização em massa de componentes de construção com fins artísticos? Essas perguntas nos levam a considerar o potencial de expressão, comunicação e reflexão dos elementos de construção em espaços interiores e exteriores.
Inundações recentes causaram estragos na Líbia, danificando infraestruturas importantes e tirando a vida de mais de seis mil pessoas. Incêndios florestais no Canadá queimaram 18,5 milhões de hectares, uma área equivalente ao tamanho da Síria. Setembro de 2023 registrou recordes de calor surpreendentes que alarmaram os cientistas climáticos.
Os eventos registrados ao longo dos últimos meses reforçam a urgência de os países corrigirem o rumo na luta contra as mudanças climáticas. A próxima conferência climática da ONU (COP28), que acontece em Dubai, é uma ótima oportunidade para isso.
Entre 7 e 12 de novembro, a DubaiDesign Week 2023 reuniu mais de 500 designers, arquitetos e profissionais criativos para explorar a relação entre práticas tradicionais e tecnologias emergentes. O objetivo era criar soluções que promovessem a sustentabilidade ambiental e tivessem impacto social através do design. Como um dos eventos culturais mais importantes no Oriente Médio, o festival oferece uma ampla gama de instalações, obras de arte e experiências imersivas, todas explorando tópicos importantes do design voltado para a sustentabilidade ambiental.
As intervenções e instalações deste ano se inspiraram nos ecossistemas naturais da região, assim como nas tradições e habilidades artesanais locais, combinando essas práticas com tecnologias inovadoras, explorações de biomateriais e novas abordagens para o design. Um tema recorrente entre as intervenções foi a celebração do patrimônio do Oriente Médio e o engajamento com as práticas vernaculares.
O espaço de escritório tradicional do século XX, com suas enormes estantes de arquivos, impressoras industriais e salas de reuniões de alta capacidade, já não é a única forma de fazer negócios. Com tecnologias como armazenamento em nuvem, videoconferência e inteligência artificial simplificando nossas vidas profissionais, tudo o que realmente precisamos é de uma superfície plana e a senha do wifi.
Num cenário comercial onde até as maiores empresas dedicam tanta atenção às suas contas de mídia social quanto ao valor de suas ações, nunca foi tão fácil para pequenos negócios competirem. No entanto, encontrar um espaço de escritório adequado para empresas com apenas alguns funcionários pode ser desafiador. Estes quatro locais de trabalho de pequena escala demonstram como, ao manter as coisas pequenas, é possível fazer mais com muito menos.
As casas de campo normalmente ocupam zonas mais remotas. Sendo assim, traçam estratégias para uma implantação que respeita o contexto para criar um diálogo com a paisagem, mas também para trazer mais conforto térmico e iluminação natural. Na maioria das vezes, estas soluções trazem estratégias passivas que, junto da escolha dos materiais e técnicas construtivas, podem brindar um projeto ainda mais sustentável. A seguir, conheça dez residências brasileiras que servem de exemplo para esse tema.
A emergência climática manifesta-se nas cidades brasileiras de diversas maneiras: enchentes no Sul, ressacas no Rio de Janeiro, tempestades em São Paulo causando apagões, fumaça de queimadas em Manaus, seca nos rios da Amazônia e ondas de calor no Centro-Oeste. Nesse sentido, é crucial integrar a luta contra as mudanças climáticas no planejamento público.
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Qualquer historiografia da arquitetura é implicada e incompleta por definição: implicada porque demonstra a interpretação e curadoria dos exemplares daquele que a escreve, e incompleta porque, nessa seleção, exemplos desviantes acabam ficando de fora da linha do tempo “oficial”. Todavia, a possibilidade de rastrear formas, sua aplicação e repetição ao longo de períodos históricos separados por séculos é sempre um bom indício de uma genealogia, uma linhagem que situa exemplares e amplia repertório.
Uma historiografia da arquitetura pode ligar elementos de séculos passados e movimentos entendidos como “superados” com formas e aplicações contemporâneas, criando um campo de relações das quais se pode tirar proveito conceitual e projetualmente. Ao se categorizar alguns estilos, ressaltam-se características marcantes que, postuladas nas fontes bibliográficas, por vezes se emparelham a casos atuais. É o que se pode dizer do rococó, por mais longínqua que a relação pareça.
O escritório Foster + Partners venceu um concurso internacional para projetar o novo terminal do Aeroporto de Abha, localizado na região de Aseer, na Arábia Saudita. Inspirado na vila de Rijal Almaa, o projeto recria o terminal como agrupamentos interconectados em escala humana, incluindo pátios e passarelas. O objetivo é repensar a experiência do passageiro, estabelecendo um novo padrão para o projeto de aeroportos.
Novos vencedores do World Architecture Festival de 2023 foram anunciados após o segundo dia de apresentações ao vivo no Marina Bay Sands, em Singapura. Durante o evento, centenas de projetos pré-selecionados foram apresentados por práticas de arquitetura de todo o mundo. Entre os vencedores de hoje estão seis projetos da Austrália, quatro do Irã e quatro do Reino Unido.
O Heatherwick Studio divulgou o projeto de um novo distrito comercial na cidade histórica de Xi'an, na China. A proposta tem como objetivo destacar a rica tradição da cidade na fabricação de cerâmica, proporcionando uma experiência sensorial aos visitantes como uma alternativa à limitada experiência de compras online. Com uma área de mais de 111.500 metros quadrados, o empreendimento abrange uma variedade de funções, incluindo escritórios, apartamentos e um hotel, além de espaços verdes, coberturas e jardins, todos concebidos como espaços de uso social. O projeto está atualmente em construção, com previsão de conclusão para 2024.
Os primeiros ganhadores do World Architecture Festival de 2023 foram revelados após o primeiro dia de apresentações ao vivo no Marina Bay Sands, em Singapura. Durante o evento, centenas de projetos pré-selecionados foram apresentados por práticas de arquitetura de todo o mundo. Entre os premiados de hoje, destacam-se MAD Architects, Woods Bagot e Nextoffice, Studio of Architectural Research & Design, que conquistaram prêmios em três categorias distintas.
Seja através de pequenas amostras de materiais ou por uma colagem digital, um moodboardé uma ferramenta de projeto valiosa para arquitetos e designers, como um painel de inspiração com cores e elementos que guiarão as escolhas. A ideia é que ele seja utilizado para que os profissionais tenham inspirações para comporem seus projetos, seus panos de fundo, texturas predominantes e detalhes de destaque. Para tal, as superfícies desempenham um papel fundamental na definição de um espaço, dando o tom do espaço, tal qual uma música, onde todos os outros elementos podem combinar ou não na harmonia da paleta escolhida.
Em busca de trazer fomento aos serviços públicos de cuidado e higiene pessoal da população em situação de rua, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) instituiu o Programa Pontos de Apoio da Rua (PAR). O qual pretende disponibilizar espaços e equipamentos públicos que serão organizados em parceria com entidades da sociedade civil.
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Na semana passada, foi instalada a última viga de aço da nova sede da JPMorgan Chase, que atingiu a impressionante altura de 423 metros. Projetado por Foster + Partners, o edifício localizado na 270 Park Avenue, em Nova York tem capacidade para mais de 14 mil ocupantes. O evento de conclusão da estrutura contou com a presença de Norman Foster, Jamie Dimon, presidente e CEO da JPMorgan Chase, o prefeito de Nova York, Eric Adams, e autoridades locais.
Realizada a cada cinco anos, a Expo atrai milhões de visitantes e investimentos significativos. Com o tema A Era da Mudança: Juntos por um Amanhã Planejado, a Expo 2030 Riad acontecerá de 1º de outubro de 2030 a 31 de março de 2031.
Na competição com a cidade portuária de Busan, na Coreia do Sul, e Roma, na Itália, Riad conquistou a preferência com 119 votos, enquanto Busan recebeu 29 votos e Roma, 17 votos, de um total de 182 membros do Bureau International des Expositions (BIE), sediado em Paris. Outros temas explorados foram Transformando Nosso Mundo, Navegando em Direção a um Futuro Melhor por Busan e Pessoas e Territórios: Regeneração, Inclusão e Inovação, por Roma.
Entre os dias 31 de outubro e 6 de novembro de 2023, Portugal produziu energia renovável mais do que suficiente para atender todo o país. Isso não significa que as centrais de combustíveis fósseis não estivessem funcionando, mas que a energia limpa gerada era mais do que suficiente para o abastecimento. O resultado é que as tarifas para os consumidores finais também caíram drasticamente.
Álvaro Siza, primeiro Pritzker português, é inegavelmente um personagem de grande importância na história da arquitetura contemporânea, com projetos que mudaram a paisagem urbana de várias cidades ao redor do mundo. Embora seu nome e trabalho sejam amplamente conhecidos, Siza é uma pessoa bastante reservada e introspectiva, que prefere manter sua vida pessoal longe dos holofotes.
Com a direção do produtor e diretor Augusto Custódio, o documentário SIZA apresenta uma visão mais íntima e pessoal do renomado arquiteto português. O filme aborda sua infância, sua relação com a esposa, sua paixão pela escultura e admiração pela música clássica, explorando suas influências e sua jornada profissional.
A firma Skidmore, Owings & Merrill (SOM) concluiu as obras de restauração da Lever House, um dos marcos modernistas de Nova York. O edifício foi concluído em 1952, seguindo o projeto da SOM. Na época, o crítico de arquitetura Reyner Banham disse que o edifício "deu expressão arquitetônica a uma época no exato momento em que ela estava nascendo". Desde então, a SOM tem se comprometido em fazer visitas técnicas ao edifício e, mais recentemente, garantir que as obras de restauração preservassem sua imagem original sem comprometer padrões contemporâneos de desempenho.
Começou a construção do projeto La Serre, do MVRDV. Localizado no eco-bairro ZAC Léon Blum em Issy-les-Moulineaux, nos arredores de Paris, e projetado pela MVRDV em colaboração com a arquiteta paisagista Alice Tricon e a incorporadora OGIC, o empreendimento visa desafiar a tradicional forma de viver em apartamentos, integrando a natureza ao ambiente urbano. O projeto inclui unidades residenciais, lojas e uma abundância de áreas verdes, com o objetivo de criar um refúgio de biodiversidade.
À medida que a tecnologia e a infraestrutura evoluem rapidamente, uma palavra da moda se mostra presente nas conversas de diversas indústrias: inovação. Uma palavra que é mais relevante ainda diante de desafios futuros, como mudanças climáticas, desigualdade e crises econômicas. Como resultado do crescente interesse nesses conceitos, surgiram em todo o mundo hubs de inovação, com o objetivo de fomentar economias criativas e colaborativas para promover mudanças rápidas. Mas, afinal o que são distritos de inovação e como eles influenciam o ambiente construído?
Enquanto escrevo esse texto uma chuva torrencial toca a janela do quarto. Aqui, no sul do Brasil, há semanas não sabemos o que é a luz do sol. Em várias cidades o volume de chuva já superou o total acumulado dos demais meses do ano. Alagamentos, inundações e deslizamentos são notícias corriqueiras nos jornais regionais. Neste cenário caótico, um estudo apresentado pela Confederação Nacional dos Municípios afirma que, entre as chuvas intensas no sul e a seca no norte do país, 5,8 milhões de brasileiros foram diretamente afetados pela catástrofes em 2023, incluindo casos de perda de vidas, desalojamentos e prejuízos econômicos significativos.
O prognóstico, infelizmente, também não é dos melhores. A versão nacional do renomado relatório de mudanças climáticas do IPCC, documento organizado pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) já alertou: o Brasil, assim como outros países da América Latina, não apenas ficará mais quente com as mudanças climáticas, como também verá seu regime de chuvas mudar drasticamente. Ou seja, aqui no sul, é melhor nos acostumarmos com o barulho da chuva na janela, assim como o norte deve esperar secas históricas.