A crescente presença das Tecnologias da Informação e Comunicação, as chamadas TICs, no cotidiano dos indivíduos vem provocando transformações profundas na sociedade, permeadas por novas formas de interação baseadas na intensa produção e uso de informações. Numa sociedade na qual a informação é matéria-prima essencial, o termo big data assumiu papel de destaque no âmbito empresarial, governamental e acadêmico. Big data remete, por si, à questão dos grandes volumes de dados, variados e velozes, gerados constantemente.
A chamada “Revolução dos Dados” é certamente perceptível nas cidades brasileiras. Mas de que forma ela pode avançar rumo a uma melhor compreensão e planejamento das nossas áreas urbanas? São inegáveis as possibilidades abertas pelo big data para a exploração de questões inovadoras sobre fenômenos e dinâmicas urbanas, especialmente as que envolvem análises em tempo real.
O estúdio de arquitetura e pesquisa rat[LAB] Studio, em parceria com o Shilpa Architects, projetou um templo em Koppur que reinterpreta a arquitetura vernacular indiana a partir da parametrização. Chamado de Templo Shirdi Sai Baba, o projeto se localiza nos arredores de Chennai e apresenta a geometria de um polígono de 11 lados, articulado como um volume tridimensional.
Na primeira edição do Future Architecture Room, a Trienal de Arquitetura de Lisboa apresentará sua sede, o Palácio Sinel de Cordes, onde o planejamento do evento é realizado e onde uma série de atividades tem lugar a cada três anos na capital portuguesa.
Os espectadores são convidados a ouvir histórias sobre os espaços do edifício; episódios e incidentes variados que ocorreram nas muitas salas do Palácio. Experiências passadas e presentes – épicas, dramáticas, alegres e misteriosas – irão se desdobrar nesta série de curtas-metragens, dando forma a uma exploração multidimensional deste notável edifício lisboeta.
Os diferentes modos de dispor peças de alvenaria permitem configurar diversos espaços habitáveis. O tijolo está presente em espaços exteriores e interiores, que através de diferentes composições podem permitir a entrada da luz natural e gerar um ritmo dinâmico nas paredes.
Ao longo da história, o emparelhamento de tijolos constituiu algumas formas pré-determinas de disposição de peças, no entanto, existe uma infinidade de maneiras de distribuição, por este motivo selecionamos 16 projetos que evidenciam o potencial de estudo da posição dos tijolos.
Criada por WEEK e Axel de Stampa entre 2016 e 2020, a série de GIFs chamada Architecture Animée, ou Arquitetura Animada, revela um lado lúdico e fictício de edifícios emblemáticos, como o Museu Solomon R. Guggenheim de Frank Lloyd Wright, a Fundação Louis Vuitton de Gehry Partners, e o 1111 Lincoln Road de Herzog & de Meuron.
No ano de 2014, um grupo de amigos de Ciudad Juárez, na fronteira do México com os Estado Unidos, se uniu para somar forças no trabalho de recuperação de espaços públicos ociosos da cidade, ajudando a transformar praças, parques, ruas e calçadas através de uma série de projetos socioculturais e intervenções urbanas. Foi assim que nasceu o Nómada Laboratório Urbano de Ciudad Juárez, uma cidade fronteiriça junto à El Paso, Texas. Ao longo dos anos, Juárez foi se estabelecendo como uma cidade de economia de ‘fachada’, muitas vezes figurando entre as cidades mais violentas do mundo, principalmente entre os anos de 2008 e 2012.
O arquiteto ítalo-britânico Richard Rogers anunciou sua aposentadoria, 43 anos após fundar o escritório Rogers Stirk Harbour + Partners. Como um dos maiores arquitetos vivos da atualidade, é conhecido por suas obras high tech, das quais se destacam o edifício Lloyd's em Londres e o Centro Pompidou em Paris. Laureado com o Prêmio Pritzker, tornou-se um dos arquitetos mais reconhecidos do mundo, desenvolvendo projetos visualmente marcantes e programaticamente adaptáveis em diversos países.
São Paulo, Sociedade Anônima é um filme que possuí abordagem complexa e profunda de São Paulo, feito sob um olhar sensível e específico da década de 60 por aqueles que vivenciaram um momento de renovação urbana e socioeconômica da metrópole. Filme que captou essa renovação social distinta e se tornou um marco cinematográfico da época, em que traça uma relação intensa entre personagem e espaço urbano, possuindo diferentes camadas de interpretação que vem a esmiuçar o significado de moderno, urbano, cenográfico e arquitetônico. Utiliza todas essas questões como instrumentos de manifestação de um período, realizadas e vivenciadas por sua população, captando as transformações não só da cidade como também da sociedade.
Comovidos por uma situação que cada dia mais afeta à todos nós e as pessoas ao nosso redor, o escritório mexicano Rojkind Arquitectos acaba de divulgar uma proposta de intervenção que tem como principal objetivo prestar uma singela homenagem às vitimas da atual pandemia de COVID-19. Neste contexto, Michel Rojkind, Arturo Ortíz Struck e Diego Díaz Lezama apresentaram uma projeto de memorial efêmero inicialmente concebido para a Times Square de Nova Iorque e o Zócalo da Cidade do México, com a possibilidade de expandir-se para outras cidades ao redor do mundo.
https://www.archdaily.com.br/br/946724/rojkind-arquitectos-divulga-projeto-de-memorial-efemero-para-as-vitimas-da-pandemia-em-nova-iorque-e-cidade-do-mexicoArchDaily Team
O aquecimento solar existe na arquitetura desde os tempos antigos, quando as pessoas usavam paredes de adobe e pedra para reter o calor durante o dia e liberá-lo lentamente à noite. Em sua forma moderna, no entanto, o aquecimento solar foi desenvolvido pela primeira vez na década de 1920, quando arquitetos europeus começaram a fazer experiências com métodos solares passivos em habitações em massa. Na Alemanha, Otto Haesler, Walter Gropius e outros projetaram os apartamentos esquemáticos Zeilenbau, que otimizavam a luz solar e, após a importação das "habitações heliotrópicas" aos EUA, a escassez de combustível em tempo de guerra durante a Segunda Guerra Mundial rapidamente popularizou o aquecimento solar passivo. Variações desse sistema proliferaram em todo o mundo, mas foi somente em 1967 que a primeira parede Trombe foi implantada pelo arquiteto Jacques Michel em Odeillo, França. Batizado em homenagem ao engenheiro Felix Trombe, o sistema combina vidro e um material escuro que absorva calor para conduzi-lo lentamente para dentro da casa.
https://www.archdaily.com.br/br/946767/como-funciona-uma-parede-trombeLilly Cao
O New Generations é uma plataforma europeia que analisa jovens escritórios inovadores, proporcionando um novo espaço de troca de conhecimento e confronto, teoria e produção. Desde 2013, o New Generations já envolveu mais de 300 escritórios em um programa diversificado de atividades culturais, como festivais, exposições, chamadas públicas, vídeo-entrevistas, workshops e formatos experimentais.
Se na primeira edição o tema sugerido foi COMPARTILHAR, e na segunda, CIRCULAR, o 3º Prêmio de Design Instituto Tomie Ohtake Leroy Merlin propõe como mote REVER, que pode ser uma oportunidade de olhar para o nosso contexto social e ambiental, analisar criticamente e pensar: como o projeto pode colaborar a partir do que já está posto?
https://www.archdaily.com.br/br/938143/3o-premio-de-design-instituto-tomie-ohtake-leroy-merlinEquipe ArchDaily Brasil
BEFORE/AFTER, ou, em português, ANTES/DEPOIS, documenta as mudanças drásticas, tanto físicas quanto psicológicas, que ocorreram durante a reforma do Hutong Fangjia em Pequim entre abril e setembro de 2017. Em 2019, o escritório OPEN Architecture foi convidado a participar da "Cidade Desconhecida: Arquitetura e Imagem da China Contemporânea”, exposição de abertura do Pingshan Art Museum, com a sua obra BEFORE/AFTER.
Com o crescimento populacional, adensamento das cidades e aumento do preço dos imóveis, arquitetos e urbanistas têm buscado alternativas de novas configurações espaciais para a ocupação e habitação nos centros urbanos. A profusão de moradias e espaços de trabalho compartilhados é um dos exemplos de como o campo da arquitetura está se adaptando às novas formas de viver em sociedade.
Residências unifamiliares têm passado por uma transformação silenciosa nos últimos anos. Os custos crescentes dos terrenos, o cresciment urbano e a falta de espaço disponível para construção provocaram um aumento no desenvolvimento de moradias de uso misto. Como resultado, arquitetos passaram a incorporar com mais frequência programas de uso comunitário em projetos residenciais privados, sendo possível encontrar, em algumas partes do mundo, casas que integram usos comerciais, culturais, educacionais ou até mesmo industriais.
Esses projetos podem se desenvolver tanto verticalmente – em dois ou mais pavimentos – quanto horizontalmente, em lotes adjacentes ou ao redor de um espaço aberto. A seguir, 12 exemplos de casas contemporâneas de uso misto.
A plataforma Best Architecture Masters (BAM) apresentou a terceira edição do seu ranking dos melhores programas de pós-graduação em arquitetura do mundo.
Feito com base na lista das melhores escolas de arquitetura selecionadas pelo Ranking QS Arquitetura / Ambiente Construído, os programas foram avaliados a partir de 11 indicadores de desempenho educacional e 41 subindicadores em relação à abordagem de ensino, oportunidades oferecidas e programa pedagógico.
A indústria do entretenimento costuma oferecer à arquitetura alguns de seus programas mais inusitados. De parques temáticos que exploram tempos perdidos e mundos ainda não descobertos a Las Vegas, cidade já muito estudada por suas características urbanas particulares e numerosos edifícios de hotéis e cassinos que apresentam, lado a lado, uma infinidade de estilos arquitetônicos.
No Brasil não é diferente e o impulso em explorar a economia do entretenimento resultou, em meados do século XX, em um singular edifício em estilo normando-francês, construído na serra do Rio de Janeiro: o Palácio Quitandinha
Elementos vazados como cobogós e muxarabis são comumente utilizados para proteger os espaços internos de um edifício da radiação solar direta sem bloquear a ventilação, uma característica favorável sobretudo a locais de clima predominantemente tropical, como o Brasil. Menos comum é o uso destes elementos em interiores, mas nestes casos os elementos vazados permitem flexibilizar a divisão entre os ambientes internos, sem segregá-los completamente.
Como bem disse o filósofo sul-coreano Byung-Chul Han: toda época está marcada por suas mazelas emblemáticas. Estes malesrepresentam alguns dos desafios mais importantes da história da humanidade, adversidades que trazem consigo uma série de mudanças não apenas no que se refere à saúde pública, mas principalmente em termos econômicos e políticos, revelando a complexidade oculta por trás daquilo que costumamos chamar de “normalidade”.
Cidades têm implementado ciclovias temporárias para viabilizar deslocamentos seguros durante a pandemia de COVID-19 e evitar que usuários do transporte coletivo migrem para carros e motos. Aos poucos, a prática ganha corpo na América Latina, inclusive no Brasil. É uma oportunidade de ouro para fortalecer a mobilidade urbana por bicicleta – mas para isso, é preciso que as intervenções emergenciais incorporem boas práticas de segurança viária.
https://www.archdaily.com.br/br/946450/ciclovias-temporarias-a-resposta-de-cinco-cidades-do-brasil-e-america-latina-a-covid-19Andressa Ribeiro e Fernando Corrêa
O Relatório Brundtland, de 1987 -“Nosso Futuro comum”- trouxe a noção de que o uso sustentável dos recursos naturais deve "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas". Desde então, o termo sustentabilidade tem sido cada vez mais popularizado e, muitas vezes, banalizado nos nossos cotidianos. Na indústria da construção civil isso não é diferente. Por mais que saibamos que para construir, precisamos destruir, de que forma é possível mitigar os impactos na construção, durante a vida útil e na demolição das edificações? Um edifício sustentável, na sua concepção, construção ou operação, deve reduzir ou eliminar os impactos negativos e podendo até criar impactos positivos no clima e meio ambiente, preservando recursos e melhorando a qualidade de vida dos ocupantes. Dizer que um edifício é sustentável é algo fácil e até sedutor. Mas o que torna, exatamente, uma construção sustentável?
Responder isso pode não ser tão simples. É por isso que nos últimos 30 anos foram criadas diversas certificações de sustentabilidade de edificações, que através de avaliações terceirizadas e imparciais de diversas esferas, são verificados os aspectos sustentáveis de uma construção. Cada uma delas concentra-se em aspectos particulares e, muitas vezes, são mais focadas em determinadas regiões do mundo. Enquanto há certificações que atestam se a edificação atende ou não a critérios de eficiência ou impactos, outras criam distintas classificações, segundo a pontuação recebida pela edificação para os diferentes aspectos. Abaixo, listamos algumas das principais certificações de sustentabilidade existentes no mundo, alfabeticamente, suas principais aplicações e uma breve explicação:
A arquitetura moderna portuguesa tem reconhecida tradição em buscar soluções que exploram as virtudes da paisagem, seja integrando, seja tensionando os elementos naturais para criar paisagens outras que resultam da sobreposição da cultura com a natureza. Exemplos facilmente lembrados são a Casa de Chá Boa Nova e as Piscinas de Marés de Leça da Palmeira, ambas projetadas por Álvaro Siza, ambas respondendo, cada uma à sua maneira, à paisagem marítima e rochosa onde se situam.
Mas não é apenas a arquitetura moderna que se preocupa com a paisagem. Em Portugal, a produção contemporânea têm mostrado exemplos instigantes de como é possível lidar com o entorno natural, explorando suas potencialidades sem comprometer sua integridade. Como exemplo, reunimos a seguir 12 projetos contemporânos que exploram, a partir de diferentes recursos, a relação entre o natural e o construído.
Gatos simplesmente não se importam. Eles não se importam se você comprou comida gourmet, se seu mobiliário é feito sob medida ou se você tem caixas de papelão espalhadas pela casa, e eles definitivamente não se importam se estão invadindo sua sessão de fotos.
A seguir, reunimos uma série de fotografias de arquitetura em que os gatos, mais uma vez, não se importaram de roubar a cena.
Em Yucatan, arquitetos estão revivendo uma antiga técnica de estuque maia para edifícios contemporâneos, combinando arquitetura moderna com história e cultura regional. A técnica é chamada de “chukum”, um termo derivado do nome popular da árvore Havardia albicans nativa do México. Feito com a casca dessa árvore de chukum, o material tem várias qualidades definidoras que o separam do estuque tradicional, incluindo propriedades impermeáveis e uma cor natural terrosa. Embora o chukum inicialmente tenha caído em desuso após a conquista espanhola da civilização maia, foi redescoberto e reempregado por Salvador Reyes Rios do escritório de arquitetura Reyes Rios + Larrain Arquitectos no final dos anos 1990, iniciando um ressurgimento do uso na área.
https://www.archdaily.com.br/br/946352/a-beleza-rustica-do-chukum-na-arquitetura-mexicana-modernaLilly Cao