Ao passo que nem todos os plásticos são reciclados, mesmo aqueles que exibem o sinal de reciclagem, o problema global causado por estes resíduos continua muito longe de ser resolvido. A reciclagem, geralmente determinada por fatores como demanda, legislação e economia, consome cerca de 20% da produção anual de plásticos, deixando uma grande quantidade não resolvida, destinada a durar para sempre em nosso ambiente. Além disso, ao competir com materiais recém-produzidos, os plásticos reciclados precisam atender aos padrões de qualidade e valor, bem como ser submetidos a uma transformação sustentável, eficiente e economicamente viável.
A ROGP ou Rejects of Glass & Plastics Technology é uma abordagem inovadora que redireciona tipos de plástico rotulados como materiais não recicláveis devido à sua complexidade técnica ou problemas relacionados à economia.
A Comissão Temporária de Equidade de Gênero do CAU/BR divulgou em 31 de julho, durante a 103ª Plenária Ordinária, o 1º Diagnóstico de “Gênero na Arquitetura e Urbanismo”. Realizado on-line, de julho de 2019 a fevereiro de 2020, o levantamento foi respondido por 987 profissionais, sendo 767 mulheres e 208 homens, com uma margem de erro de 3,11%, para mais ou para menos.
Ladrilhos hidráulicos são revestimentos produzidos de forma completamente artesanal, com matéria prima à base de cimento. Trata-se de uma opção bastante versátil pois ele é frequentemente utilizado em áreas públicas, como praças e calçadas; mas também pode ser utilizado em áreas específicas como bordas de piscinas e/ou rampas de estacionamento, por exemplo. Também se faz cada vez mais presente como revestimento de interiores residenciais de alto padrão aplicado como revestimento de piso, parede ou até mesmo de mobiliários. Isso se deve ao seu alto poder de personalização de cores e modelos, conferindo unidade e exclusividade à cada projeto.
Um dos elementos de maior potencial escultórico da arquitetura é a circulação vertical – sejam rampas ou escadas. E apesar de serem frequentemente desenhadas a partir de uma abordagem puramente funcionalista, em alguns momentos tornam-se a peça fundamental do espaço.
Hoje, dia 08 de agosto, é comemorado o Dia Mundial do Pedestre. A data ficou reconhecida pela foto icônica dos Beatles atravessando a Abbey Road, em 1969. Estamos em 2020, mais de cinquenta anos se passaram e ainda encontramos muitas dificuldades em ser pedestre nas cidades: quantas vezes você enfrentou o desafio de atravessar a rua? Ou de ter que caminhar por calçadas estreitas e mal iluminadas?
Um novo edifício corporativo "carbono-zero", projetado pelo escritório FCBStudios, acaba de ser aprovado pelas autoridades municipais de Londres. Intitulado Paradise, o projeto recupera e transforma uma antiga estrutura industrial localizada no distrito de Vauxhall.
Agora, mais do que nunca, a arquitetura precisa de inovação. A pandemia nos fez repensar fundamentalmente o funcionamento de nossas cidades, espaços públicos, prédios e casas. Enquanto isso, os recentes protestos do Black Lives Matter e a justiça racial nos questionam sobre cumplicidade da arquitetura em questões socioeconômicas mais amplas. Esses desafios são prementes, e não podemos mais adiar as mudanças na arquitetura.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) contratou, por R$ 2,49 milhões, um sistema de detecção e “neutralização” de drones que prevê instalação de antenas de até 20 metros sobre os Palácios do Planalto, da Alvorada e do Jaburu, para proteger o presidente da república e a cúpula do poder executivo. No entanto, apesar da urgência alegada pelo órgão comandado por general Augusto Heleno para tal projeto, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) está barrando a obra.
https://www.archdaily.com.br/br/945270/patrimonio-em-risco-gsi-quer-instalar-torres-antidrones-em-palacios-de-brasiliaEquipe ArchDaily Brasil
Em 2013, o filme “Ela”, onde o protagonista se apaixona por uma assistente virtual, tentava representar um futuro não tão distante de uma realidade relativamente distópica. Apesar da cidade representada ser, provavelmente, uma Los Angeles futurista, as filmagens foram feitas em Xangai. Depois de visitar a cidade, acredito que foi uma decisão acertada, dada a atmosfera constante que leva a essa temática. Lembro de me encontrar sobre uma gigantesca passarela de pedestres circular sobre a rotatória Mingzhu, que liga importantes avenidas no coração de Pudong, o atual centro de negócios de Xangai. À minha frente vejo a bizarra Oriental Pearl Tower, torre de TV com 467 metros de altura construída por uma estatal chinesa em 1994. Quando olho para trás e para cima e vejo a Shanghai Tower, segundo maior edifício do planeta com impressionantes 632 metros de altura, o impacto é ainda maior. Esta é a imagem de Xangai para o mundo, a vitrine de uma nova China, quebrando paradigmas e atingindo os céus.
Hytera, uma das maiores fabricantes mundiais de sistemas de rádio e comunicação, convidou o escritório SOM para projetar sua sede global em Shenzhen, China. Integrado ao contexto, o projeto faz coro a outras empresas de tecnologia emergentes da cidade e introduz uma nova tipologia de espaço para escritórios, além de ativar o espaço público do entorno imediato.
Em uma das cidades mais atingidas pela pandemia de Covid-19 do país – São Paulo – e diante da sufocante crise socioambiental que assola o mundo e o nosso tempo, como arquitetas, arquitetos e urbanistas podem se posicionar e, efetivamente, agir contra a asfixia generalizada e pelo direito fundamental de respirar, de existir e de habitar a Terra?
https://www.archdaily.com.br/br/945129/espacos-para-respirar-nil-xv-seminario-internacional-da-escola-da-cidadeEquipe ArchDaily Brasil
O Royal Institute of British Architects (RIBA) anunciou três vencedores do concurso internacional de projeto Rethink: 2025. Buscando projetos para um mundo pós-pandemia, a competição convidou arquitetos e estudantes a imaginar como será a vida e o ambiente construído até 2025. No total, foram mais de 147 inscrições vindas de 18 países, todas procurando reinventar a vida cotidiana.
Os complexos aquáticos são definidos por atividades. Contendo espaços destinados a exercícios físicos e atividades de lazer, eles são projetados para acolher diferentes escalas de movimento. Em sua essência, eles se concentram em piscinas, estruturas que exploram ideias de luz e espaço ao longo de milênios, desde o "Grande Banho" do Paquistão, em Mohenjo-Daro e antigas estruturas gregas, até complexos de natação contemporâneos.
O estigma de arquitetura rudimentar somado aos ideais de tecnologia enquanto high tech relegam os saberes construtivos indígenas a um imaginário pré-histórico. Esse padrão, o qual aponta para uma direção inequívoca do progresso, revela a chamada colonialidade do saber, conceito do sociólogo peruano Aníbal Quijano que escancara o lado oculto da modernidade: produzir hierarquias entre povos, o que mantém a América Latina, em especial seus povos originários, como subalterna. Em outras palavras, tendemos a pensar que o conhecimento que representa o futuro é produzido em outras terras, localizadas no Norte Global.
O escritório britânico Foster + Partners concluiu a transformação da loja da Apple em Sanlitun, bairro de Pequim, China. Originalmente construída em 2008, a primeira loja da Apple na China foi relocada para as proximidades do edifício original, buscando um “novo diálogo com as ruas de pedestres da região".
Projetada por Renzo Piano, a nova ponte Genova San Giorgio, que cruza o rio Polcevera no norte da Itália, foi inaugurada. Criada após o trágico colapso da Ponte Morandi em 2018, a nova estrutura abrirá ao tráfego a partir de amanhã, 5 de agosto.
Uma torneira é uma válvula mecânica que serve para regular (liberar ou bloquear) o fluxo de um fluido (geralmente água) vindo de um encanamento. Ainda que abrir uma torneira seja algo quase banal hoje, geralmente não pensamos em todo o conhecimento e a tecnologia necessária para que possamos ter água, a qualquer momento, com um simples movimento das mãos. Mas entre a captação, tratamento e a distribuição até sua cozinha ou banheiro, a água percorre um caminho complexo.
Apesar do reconhecimento pela UNESCO de locais específicos do patrimônio mundial, alguns estão em constante perigo de desaparecer devido a fenômenos naturais como terremotos, e fenômenos humanos como a urbanização. Por definição, estes marcos são relevantes na história da humanidade e têm características que refletem os valores mais humanos de várias civilizações. No entanto, muitos deles não foram experienciados pessoalmente por uma grande parte da população.
O concreto, um material de construção por excelência, nos ofereceu durante décadas a possibilidade de moldar nossas cidades de maneira rápida e eficaz, expandindo-se rapidamente em periferias urbanas ou atingindo alturas antes impensáveis pela humanidade. Atualmente, novas tecnologias de madeira estão começando a oferecer oportunidades semelhantes - e até mesmo superiores - às oferecidas pelo concreto, incluindo a madeira laminada cruzada (também chamada de Cross Laminated Timber ou CLT).
A fim de aprofundar em suas propriedades e benefícios, conversamos com Jorge Calderón, Designer Industrial da Pontifícia Universidade Católica de Valparaíso e Gerente da CRULAMM, que revela algumas das oportunidades promissoras que a CLT poderia oferecer à arquitetura no futuro.
A cruel pedagogia do vírus – A pandemia tem um trágico poder de revelação. Ela coloca à mostra uma série de paradoxos que não estavam claramente delineados, ou que eram subestimados. Tem, nesse sentido, uma dimensão educativa, como todo momento de crise. Sem dúvida, com tantas mortes, muitas delas evitáveis, trata-se de uma "cruel pedagogia do vírus", na expressão do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos. Em meio ao sofrimento, são diversos os debates e propostas que têm se multiplicado, na forma de "lives", textos e reportagens, abaixo-assinados, pesquisas, agendas de ação, cartilhas, denúncias, redes de solidariedade e mesmo de autogoverno nas periferias em semi-abandono. Neles, se avalia em especial a tragédia brasileira, que combina diversas crises associadas a problemas estruturais (como a desigualdade e o racismo), acrescentando-se agora uma crescente crise da razão, ou do mero bom senso, formando um quadro macabro de regressão social, ódio, obscurantismo e genocídio.
https://www.archdaily.com.br/br/944738/arquiteturas-da-distancia-o-que-a-pandemia-pode-revelar-sobre-o-ensino-de-arquitetura-e-urbanismoMariana Wilderom e Pedro Fiori Arantes
Ao longo da história da arquitetura, instalações efêmeras e pavilhões temporários têm se mostrado estruturas tão importantes quanto edifícios concebidos sem uma data de validade precisa. Estruturas leves, provisórias, recicláveis e fugazes, os pavilhões se tornaram uma importante ferramenta para se falar de arquitetura, extraordinários exemplos que materializam — ainda que por um pequeno intervalo de tempo — o espírito do seu tempo. Transcendendo a sua própria transitoriedade, algumas destas estruturas foram trazidas de volta à vida devido ao seu inestimável valor arquitetônico, como é o caso do famoso Pavilhão Barcelona concebido por Ludwig Mies van der Rohe e Lilly Reich durante a Exposição Internacional de Barcelona em 1929. Entretanto, a maioria destes protótipos permanecem apenas em sua imagens e fotografias, plantas e na experiência do espaço que felizmente, é tão arraigada à arquitetura quanto a sua própria materialidade concreta.
Participar de concursos de arquitetura pode ser uma boa chance para alavancar um escritório, ou sair um pouco da rotina desenvolvendo ideias que geralmente não passariam pelo crivo de um cliente. Mas, para chamar a atenção dos membros do júri, entre centenas de trabalho, a graficação do projeto desempenha um papel chave. Além de ideias pertinentes aos questionamentos e debates incumbidos é imprescindível uma prancha organizada como síntese do processo. Na tentativa de reunir as ideias de maneira gráfica, uma série de dúvidas surge quanto à maneira de apresentação e como a mesma ajudará na transmissão das ideias contidas no projeto de forma clara para o júri.
Plantas, cortes, elevações, colagens, renderizações, diagramas, textos, elementos gráficos. As dimensões das pranchas não parecem comportar tantas informações. Pensando nisso, reunimos uma série de dicas essenciais ao desenvolvimento de suas pranchas em concursos de arquitetura. Confira a seguir: