A Usina Hidrelétrica Belo Monte, quarta maior hidrelétrica do mundo e 100% brasileira foi inaugurada em novembro de 2019 na bacia do Rio Xingu, no norte do Pará. O projeto da obra, operado pelo Consórcio Norte Energia S.A. estava inserido no PAC (Plano de Aceleração de Crescimento) – programa do governo federal estabelecido em 2007 que visa à implementação de grandes obras de infraestrutura a fim de alavancar o desenvolvimento nacional analogamente a planos anteriores existentes.
Noticias de Arquitetura
Usina Hidrelétrica de Belo Monte: a desterritorializacão dos ribeirinhos do Rio Xingu
Herzog & de Meuron projetam edifício mais alto do Canadá
O escritório suíço Herzog & de Meuron desenvolveu o projeto para um arranha-céu em Toronto. Se construído, o projeto terá 324 metros de altura e se tornará o edifício residencial mais alto do Canadá. Trabalhando em conjunto com o escritório local Quadrangle, a dupla foi contratada pelas empresas holandesas de desenvolvimento imobiliário Kroonenberg Geoep e ProWinko para projetar o novo ícone da cidade.
Assessorias Técnicas de São Paulo enviam carta ao CAU sobre a urgência no apoio a ações de ATHIS
Frente a atual situação de emergência imposta, não somente pela maior pandemia da história moderna, mas também pelo total desgoverno que rege esse país, agravados pela desigualdade estrutural que provoca um verdadeiro genocídio da população mais vulnerável da nossa sociedade, nós, arquitetos urbanistas, representantes de assessorias técnicas do Estado de São Paulo, com histórica trajetória de atuação e produção habitacional pautados pela luta do direito à cidade, entendemos que é fundamental nos posicionarmos quanto à importância de ações efetivas deste que é o órgão representativo da nossa categoria, voltadas às necessidades das comunidades organizadas que vivem em assentamentos populares ou em situação de vulnerabilidade social:
Arquitetura de impacto social: construindo lugares de memória e empatia
A arquitetura pode ser vista como um dos principais elementos de mediação entre os seres humanos e o espaço. Atravessando uma das mais importantes crises sanitárias do último século e em meio a uma onda de protestos em defesa dos direitos humanos, arquitetos e urbanistas têm a obrigação de pedir a palavra, de assumir a sua parcela de culpa e a sua responsabilidade. Ao conceber os espaços públicos de nossas cidades, é preciso combater as injustiças e promover espaços que promovam a empatia e compreensão entre as pessoas. Ao dar voz as histórias reprimidas e espaço às comunidades subjugadas, o desenho de um espaço público mais inclusivo é a chave para prover um lugar de reflexão sobre o nosso passado, que por sua vez, nos ajuda a construir um mundo mais justo e equitativo.
Arquiteturas Films Festival disponibilizará filmes de arquitetura online semanalmente
Um dos mais prestigiados festivais de cinema como foco em arquitetura de todo o mundo, o Arquiteturas Film Festival promove uma série retrospectiva de suas sete edições anteriores, realizadas entre 2013 e 2019, com transmissões online de alguns dos principais filmes de cada ano. Inaugurando a série, a película canadense Misleading Innocence (2014), de Francesco Garutti e Shahab Mihandoust, ficará disponível entre 12 e 19 de junho no website do festival.
Guilherme Wisnik e Vladimir Safatle conversam sobre cultura, democracia e sociedade
No debate promovido pela Escola da Cidade esta semana, Guilherme Wisnik conversa com Vladimir Safatle, professor livre-docente do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, professor convidado das universidades de Paris VII, Paris VIII, Toulouse, Louvain e Stellenboch. Safatle é um dos coordenadores do Laboratório de Pesquisas em Teoria Social, Filosofia e Psicanálise (Latesfip/USP).
Entendendo a planta moderna através de 10 residências icônicas
Os "cinco pontos da nova arquitetura" de Le Corbusier funcionaram no século XX como o grande norte da produção arquitetônica em diversos países e são fundamentais para a compreensão do que foi o legado moderno nesse campo. Janelas em fita, fachada livre, pilotis, terraço jardim e, talvez o ponto mais expressivo, o conceito de planta livre, constituem o manifesto do arquiteto franco-suíço. Em termos de prática projetual, este último ponto significa distinguir estrutura e envoltória, permitindo a livre disposição de paredes divisórias que deixam, então, de cumprir uma função estrutural.
Edgar Jerins registra o confinamento na cidade de Nova Iorque
Este artigo foi publicado originalmente em Common Edge.
Nova York: fechada, vazia. Foi comovente, é claro, mas também foi lindo. Para o artista Edgar Jerins, essa revelação foi uma surpresa. Quem imaginaria que essa cidade movimentada, caótica, suja, vibrante, profana e incrível poderia parecer tão ... linda mesmo sem as pessoas e atividades? Durante anos, Jerins andou de metrô até seu estúdio perto da Times Square. Quando as notícias da pandemia se espalharam pela primeira vez - mais como uma ameaça vaga e indefinida, inicialmente - ele fugiu, com medo para o ônibus e, depois que a gravidade do evento se tornou aparente e o isolamento começou, ele pegou emprestada a bicicleta da filha.
Canadá investe em agricultura urbana para superar adversidades da pandemia
Victória é uma cidade canadense famosa por seus jardins de flores. O clima favorece o cultivo de diferentes tipos de flores e a cidade é conhecida como a capital florida do Canadá, ou a “cidade jardim”. Mas a pandemia de coronavírus mudou um pouco este cenário. A equipe de jardinagem da prefeitura priorizou o plantio de mudas de vegetais que estão sendo distribuídas gratuitamente para a população, uma vez que o interesse das pessoas em cultivar o próprio alimento cresceu consideravelmente neste momento.
Foster + Partners projeta novo complexo corporativo em Luxemburgo
Um novo empreendimento de escritórios projetado por Foster + Partners começou a ser construído em Belval, Luxemburgo. Intitulado ICÔNE, o projeto conta com layouts flexíveis e aborda as tendências atuais para ambientes de trabalho seguros.
Integrar o passado: projetos contemporâneos que conservam fachadas preexistentes
Operar em entornos urbanos faz com que, na maioria dos casos, precisemos tomar decisões a respeito das preexistências materiais. O aumento na densidade das cidades afetou diretamente na porcentagem de espaço livre remanescente para desenvolver construções novas e independentes, dando lugar a debates a respeito de qual posição devemos tomar frente ao patrimônio edificado que ficou obsoleto - por detrimento ou incapacidade de satisfazer as necessidades funcionais da população contemporânea. Em situações em que os edifícios estão demasiado deteriorados ou os novos projetos estão longe das possibilidades espaciais que um edifício antigo pode oferecer, preservando apenas a fachada - como um envelope exterior, quase como um elemento epidérmico - pode ser apresentado como uma solução parcial que permite preservar, em parte, o caráter urbano de uma obra se esta tiver algum valor público ou cultural. A controvérsia surge, evidentemente, da falta de relação ou de ligação entre o interior -transformado - e o exterior -preservado.
Gustavo Penna vence concurso para projetar Memorial Brumadinho em homenagem às vítimas
Quase dois anos depois do desastre do rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho-MG, os moradores da cidade vão ganhar um monumento para homenagear as vítimas. O Memorial Brumadinho foi projetado pelo escritório GPA&A, fundado pelo arquiteto Gustavo Penna, e servirá para recordar todos os brasileiros de uma das maiores tragédias ambientais da história do país.
Enchentes colocam Casa Farnsworth em risco – de novo
Construída em uma planície alagável próxima ao Rio Fox, a Casa Farnsworth, projetada por Ludwig Mies van der Rohe, está novamente em perigo. As águas estão ameaçando a emblemática residência mais uma vez – recentemente, o nível atingiu as colunas metálicas e cobriu o platô externo da casa.
Em foco: Frank Lloyd Wright
Em 1991, o American Institute of Architects o chamou de nada menos que "o maior arquiteto americano de todos os tempos". Mas ele não foi apenas um arquiteto – também foi designer de interiores, escritor e educador. Há mais de um século e meio, em 1867, nascia o prodigioso Frank Lloyd Wright. Resistindo ao tempo, continua a inspirar as atuais gerações de arquitetos.
Fabricação digital na arquitetura: onde chegamos e até onde podemos chegar
Há alguns anos, a fabricação digital começava a despontar como uma das grandes novidades no cenário da arquitetura, prometendo transformar para sempre a nossa disciplina e a forma como construímos nossos edifícios. Embora esta revolução arquitetônica de facto ainda não tenha se materializado de forma definitiva, infinitas novas possibilidades parecem surgir a cada ano que passa, principalmente como resultado do trabalho árduo de pesquisadores e profissionais dedicados ao desenvolvimento de novas tecnologias voltadas à prática da arquitetura e construção. Portanto, neste exato momento, parece oportuno dedicarmos um pouco do nosso tempo para mapear esse avanços, apresentando aos nossos leitores uma perspectiva mais abrangente sobre como a tecnologia está transformando efetivamente a prática da arquitetura dia após dia. Este artigo procura cobrir algumas das principais abordagens que já estão começando a gerar resultados bastante concretos, transformando os processos de projeto e construção e contribuindo definitivamente para a redefinição do potencial da arquitetura, recontextualizando da nossa disciplina na era da informação.
Campos de refugiados: de assentamentos temporários a cidades permanentes
Segundo dados veiculados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), mais de 70 milhões de pessoas têm sido forçadas à abandonar suas casas ao longo dos últimos anos devido a conflitos, violência e catástrofes naturais, sendo que 26 milhões destas são consideradas refugiados de guerra. Em um contexto tão crítico, não podemos apenas continuar pensando em números. É preciso considerar, em primeiro lugar, que cada unidade desta conta representa uma vida – seres humanos que precisam de ajuda. Portanto, chegou a hora de superarmos este permanente estado de perplexidade e partirmos para a ação, isso porque situações como esta não se resolvem da noite para o dia – elas podem durar uma vida inteira. Na atual conjuntura, campos de refugiados não mais podem ser vistos apenas como estruturas temporárias, e é exatamente ai que os arquitetos podem fazer a diferença.
Quando lidamos com crises humanitárias provocadas por conflitos armados, não estamos falando de um fenômeno passageiro. Trata-se, na maioria dos casos, de um caminho sem volta. De fato, segundo o próprio Comissariado das Nações Unidas do Quênia, de todas aquelas pessoas que se veem forçadas a abandonar os seus países de origem ––e têm a felicidade de encontrar um lugar para viver––, “a maioria delas passam mais de 16 anos vivendo em estruturas temporárias.”
Dicas para construir uma casa na árvore
É difícil encontrar alguém que nunca tenha sonhado em construir ou ter uma casa na árvore para chamar de sua. A ideia de um refúgio, um espaço totalmente integrado à natureza e com uma vista privilegiada agrada a quase todas as idades. Há exemplos de casas na árvore de todas as escalas e complexidades, desde pequenas plataformas elevadas até algumas altamente complexas, inclusive com instalações elétricas e hidráulicas. Alguns sites especializados no tema (sim, isso existe!), apresentam valiosas dicas para a construção desses sonhos. Em geral, eles concordam com o lema: “Escolha sua árvore, faça o seu projeto, mas esteja pronto para adaptá-lo!”
Mobilidade ativa como possibilidade de uma cidade melhor
Hoje se celebra o Dia Mundial da Bicicleta devido aos vários benefícios sociais, econômicos e ambientais que o uso deste meio de transporte e lazer oferece. Ao aprovar a comemoração deste dia, a ONU reconhece a contribuição do ciclismo dentro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, incluindo a construção de cidades e comunidades mais sustentáveis. Tal pensamento ganha ainda mais força durante e pós pandemia, e ao pensar formas saudáveis de se locomover pela cidade, a mobilidade ativa se destaca entre as alternativas possíveis e exequíveis em curto prazo, e ela não diz apenas sobre ciclovias, mas sobre abraçar o cidadão num todo.
Dubrovnik, a cidade medieval que inventou a quarentena
A cidade medieval de Dubrovnik, na Croácia, coleciona qualidades. Cercada por uma antiga muralha e um mar de águas azuis que encantam quem a visita, durante a Idade Média foi a única cidade-estado com vulto suficiente para rivalizar com Veneza.
Outro aspecto que poucos conhecem é que a Pérola do Adriático, como é conhecida a cidade croata, foi o primeiro município europeu de que se tem notícia a implementar uma quarentena inteligente e a construir espaços de isolamento no combate às grandes doenças que afligiram a humanidade. É o que afirmam o arqueólogo Ante Milošević e a médica Ana Bakija-Konsuo no livro "Lazaretto em Dubrovnik: O início do regulamento de quarentena na Europa".
A mudança climática e o surgimento das casas sem fundações
Como a maioria de vocês, passei os últimos dois meses em quarentena. Estou um pouco envergonhado de dizer isso, mas assim como a nobreza fugiu das cidades durante as pragas da Idade Média, tivemos a sorte de escapar da densidade de Boston e passar nossos dias na costa em Marshfield, uma pequena cidade ao sul, onde temos uma casa de veraneio. Devo me lembrar constantemente de que poderia ser muito pior.