David Rockwell e sua equipe do Rockwell Group propuseram uma iniciativa para ruas abertas – um modelo para refeições ao ar livre – a fim de ajudar bares e restaurantes na reabertura após a pandemia. As estratégias de projeto ilustram soluções práticas para fazer com que todos se sintam seguros.
Para garantir uma transição adequada pós COVID-19, arquitetos, especialistas em saúde pública e engenheiros estão criando diretrizes de projeto para fornecer às pessoas recursos seguros e eficientes. Encontrando um equilíbrio entre otimizar as operações e manter as pessoas seguras, as estratégias abordam o ambiente construído que nos cerca, desde restaurantes até ruas, escritórios e comércios.
Endereçadas a autoridades, proprietários e empregadores da cidade, as ferramentas desenvolvidas ajudam a reabrir o mundo, reduzindo o risco de transmissão do COVID-19, promovendo padrões de distanciamento social e melhorando o bem-estar. Conheça neste artigo 5 guias de projeto que garantem uma transição segura pós-coronavírus.
O Centro Europeu de Arquitetura, Design e Estudos Urbanos e o Chicago Athenaeum anunciaram os vencedores do "Europe 40 Under 40" de 2019. O prêmio anual é promovido pelo Centro Europeu a fim de destacar e distinguir a próxima geração de arquitetos e designers que terão impacto nos futuros ambientes de vida e trabalho, cidades e áreas rurais.
Precariedade urbana, vulnerabilidade social, exclusão racial, crise sanitária, hecatombe ambiental, Estado genocida. Insatisfação crescente nas ruas, falseamento de dados sobre a pandemia, recessão econômica. Que pactos sociais e políticos serão possíveis para reformular a democracia num país esfacelado? Guilherme Wisnik conversa com Tainá de Paula, arquiteta e urbanista, ativista das lutas urbanas, mestre em Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
https://www.archdaily.com.br/br/941882/taina-de-paula-e-guilherme-wisnik-conversam-sobre-exclusao-racial-crise-sanitaria-e-sociedadeEquipe ArchDaily Brasil
A forma de organizar um espaço reflete os princípios de uma cultura. Para entender a arquitetura japonesa, é necessário olhar para sua cultura, compreender seus princípios e explorar seus significados considerando as noções do visível e invisível.
https://www.archdaily.com.br/br/941763/arquitetura-japonesa-nil-uma-analise-do-pavilhao-kohteiCatarina Calil e Inaê Negrão
"O que é mais difícil em arquitetura é construir um edifício no deserto. É terrível, não há referências", comentou uma vez Álvaro Siza. Embora pareça contraditório, a existência de condicionantes complexas em um contexto de projeto costuma ser o ponto de partida para o raciocínio de desenho em arquitetura. Pensar em como lidar com a presença de declividades intensas, preexistências significativas ou massas vegetais endêmicas pode parecer, a princípio, um impedimento para o livre fluxo criativo, mas em muitos casos é justamente esse confrontamento que torna os projetos únicos e estabelece o vínculo deles com os lugares onde estão implantados.
O escritório de arquitetura liderado por Stefano Boeri acaba de apresentar seu mais recente projeto: um bairro sustentável as margens do rio que atravessa a maior cidade e capital da Albania. O Tirana Riverside, como está sendo chamado, será o primeiro projeto de escala urbana da Europa a ser desenhado para atender alguns requerimentos específicos que surgiram após a crise de COVID 19, incorporando soluções tecnológicas para promover um ambiente mais seguro e sustentável, concebido para atender rigorosas normas de sustentabilidade definidas pelo Governo Albanês e autoridades locais.
Profundamente enraizada em uma paisagem natural exuberante e diversa, a arquitetura tcheca pode ser caracterizada por sua busca incessante em construir novas relações entre o espaço construído e não construído. Habitando o coração do continente europeu, a República Tcheca é um país de vasta e rica história, carregando um legado enorme que chega até os tempos em que era conhecida como o Reino da Boêmia. Atualmente, arquitetos e designers tchecos buscam inspiração nesta paisagem montanhosa permeada por florestas e pontuada por lagos e cidades históricas, construído uma arquitetura intimamente conectada com a sua paisagem.
As Exposições Internacionais têm sua origem no século XIX, quando em Londres (1851), sob o título de Grande Exposição dos Trabalhos da Indústria de Todas as Nações, reuniu-se um conjunto de produtos manufaturados de diversas nações em um esforço de servir de vitrine para os avanços da técnica e, mais tarde, da indústria, em um momento de conjunção e compartilhamento das iniciativas das várias partes do mundo.
Em meio à pandemia do novo Coronavírus, a competição internacional “Coronavirus Design Competition”, promovida pela plataforma Go Achitect, estimula estudantes e profissionais de diversas áreas a pensar de que maneira podem ser desenvolvidos produtos, objetos e equipamentos que ajudem a população a permanecer saudável física e psicologicamente em um cenário de tantas incertezas. O arquiteto brasileiro Leonardo Dias concorre, junto a mais de 100 candidatos de todo o mundo, com a proposta de um totem urbano que promove a higienização das mãos, a informação dos cidadãos, e a humanização dos dados.
https://www.archdaily.com.br/br/941751/arquiteto-brasileiro-propoe-equipamento-urbano-para-higienizacao-e-informacao-sobre-o-coronavirusEquipe ArchDaily Brasil
A New Generations é uma plataforma dedicada a descobrir e promover o trabalho de arquitetos jovens e emergentes no cenário europeu, proporcionando um espaço de troca e aprendizado, voltado tanto aqueles que se dedicam a prática quanto a teoria na arquitetura. Desde a sua fundação em 2013, a New Generations trouxe à público mais de 300 escritórios promissores de arquitetura, apresentando um cenário diversificado de studios e ateliês dedicados às mais diferentes atividades culturais, promovendo festivais, exposições, chamadas abertas, entrevistas e oficinas.
A New Generationslançou recentemente uma nova plataforma na qual oferece um espaço único onde arquitetos de toda Europa podem se reunir para trocar idéias, e por que não, construir novas redes de trabalho colaborativo. Projetos de todo o tipo, oportunidades de emprego, idéias, notícias e perfis de escritórios serão publicados todos os dias na nova plataforma da NG. A seção 'perfis' é um convite àqueles indivíduos e coletivos que pretendem se juntar à esta rede de escritórios emergentes, proporcionando uma oportunidade única para que estes se engajem e fortaleçam a comunidade européia de jovens arquitetos.
Pensando nisso, o ArchDaily decidiu apoiar a causa da New Generations, publicando a cada duas semanas uma seleção dos principais perfis de escritórios emergentes de arquitetura da New Generations.
Um ambiente monocromático é um espaço em que a maioria de seus elementos é de uma única cor. E, embora seja muito comum as cores escolhidas serem em preto e branco, devido à sua neutralidade, é possível usar qualquer paleta de cores, aproveitando seus infinitos tons, subtons ou matrizes.
A arquitetura se adapta continuamente às novas necessidades, que estão ligadas a mudanças sociais, econômicas, tecnológicas, políticas e demográficas. Nesse sentido, o envelhecimento da população é uma das mudanças mais marcantes do século XXI: o aumento da expectativa de vida e a diminuição das taxas de fertilidade significam que a população idosa é cada vez mais numerosa. Como a arquitetura pode proporcionar maior qualidade de vida, promover autonomia, dignidade e bem-estar dos idosos?
Por definição, “espaço público” é uma terminologia que aborda a noção de propriedade da terra, sugerindo que esse não pertence a ninguém em particular, mas ao próprio estado e portanto, a todos e cada um de nós. Isso significa que a manutenção destes espaços é uma obrigação que recai sobre as administrações públicas, seja em âmbito municipal, estadual ou federal. Abertos, gratuitos e acessíveis, espaços públicos encontram a sua relevância não apenas em suas definições legais, mas principalmente quando assumem um papel ativo em direção à mudança.
Espaços públicos são lugares de protestos e manifestações – poderosas ferramentas de expressão social e transformação política. Desde a marcha em Washington por melhores oportunidades e liberdade de expressão em 1963, passando pela Primavera Árabe em 2010 até a mais recente onda mundial de manifestações em defesa da vida e contra toda forma de discriminação racial, historicamente, espaços públicos operam como uma importante ferramenta de transformação social. Em momentos como esse, enquanto ainda precisamos “ir às ruas” para lutar por nossos direitos, para nos fazer ouvir e sermos vistos, os espaços públicos finalmente voltam à estar no centro das atenções – lançando uma nova luz sobre o seu importante papel na construção da identidade coletiva e como ferramenta de expressão social.
O desenho de interiores é uma parte fundamental na ambientação e complementação das virtudes arquitetônicas de um projeto residencial. Pode reiterar ou subverter aspectos das construções, criar narrativas próprias dentro dos ambientes e qualificar os espaços habitáveis de forma definitiva. Seja em reformas ou projetos começados do zero, pensar os interiores passa pela compreensão dos usos e dinâmicas daqueles que ocuparão os espaços e aproxima a abordagem da arquitetura à escala cotidiana em sua forma mais íntima no caso dos programas habitacionais.
Fazendinhando é um movimento de transformação física, cultural e social no Jardim Colombo, feito por e para os moradores, por meio da recuperação de espaços públicos e ações de arte e cultura visando a integração da comunidade.
A principal frente do Movimento é a transformação de uma área de 1000m2, a Fazendinha, em um parque. A construção deste espaço se baseia na transformação física do terreno em paralelo a uma programação cultural e artística constante que envolva a comunidade e aqueles que utilizam este espaço.
Muelle de Mimbre / Domingo Arancibia. Image Cortesia de Domingo Arancibia
A compreensão da arquitetura enquanto campo trata, entre outras coisas, de sua linguagem e representação como síntese de uma série de esforços variados - qualidades construtivas, compositivas, espaciais e técnicas - que se articulam para culminar na obra construída. Para tanto, pensar na representação gráfica que pressupõem todos esses esforços é essencial, uma vez que ela representa, simultaneamente, procedimento e produto do fazer arquitetônico.
Diz-se que o esporte une as pessoas. Historicamente, seja dentro ou fora de quadra, o esporte tem aproximado milhões de pessoas do mundo todo – de todas as origens e com pouco ou quase nada em comum – as quais se reunem em campo, em bares ou estádios. Pelo amor ao esporte, deixamos de lado nossas diferenças para celebrar uma paixão comum: o amor pelo esporte.
Dirigido por Gerardo Panero, o documentário Amancio Williams narra a vida e obra do arquiteto argentino, uma figura representativa do movimento moderno em seu país. Amancio teve um papel inquestionável na renovação dos ideais arquitetônicos do país, sendo reconhecido mundialmente por suas ideias e projetos, dos quais se destaca a famosa Casa sobre el Arroyo, projetada em parceria com sua esposa, Delfina Gálvez, entre os anos de 1943 e 1946 na cidade de Mar del Plata. Embora muitas de suas propostas não tenham se concretizado, seus projetos e experimentações geraram mudanças notáveis na arquitetura argentina, deixando um legado valioso para as gerações seguintes.
No Teatro do Sesc Pompéia, Lina Bo Bardi projeta um palco central com duas plateias, descortina a estrutura e todas as funções do programa e abre mão de mobiliários tradicionais para os assentos. Sua ideia era que as poltronas não tivessem um estofado, que fossem próximas entre si e que estimulassem uma mais postura altiva, atenta e consciente do público, que segundo ela, honrava a antiga arte do teatro.
Da mesma forma que temos ciência de que as características dos espaços alteram nosso humor, sentimentos, concentração e aprendizado, quando considera-se a experiência integral do usuário o design dos mobiliários deve ser levado em conta com seriedade. E quando falamos de escolas e ambientes de aprendizado, muitas vezes a mesma atenção dada à área pedagógica não é conferida aos espaços e à estrutura física.
Ao longo dos últimos anos, uma série de exposições, publicações e documentários têm revelado um crescente interesse à respeito da arquitetura modernista soviética, levando arquitetos do mundo todo a (re)descobrirem um dos principais e mais fascinante capítulos da história moderna da arquitetura. Recentemente publicado pela Zupagrafika, Concrete Siberia. Soviet Landscapes of the Far North é um livro fotográfico que vem ao encontro de tal interesse, lançando uma nova luz sobre um fenômeno ainda inexplorado ou até certo ponto desconhecido pela maioria dos nossos colegas arquitetos. Retratando alguns dos mais impressionantes edifícios construídos durante a segunda metade do século XX na então URSS, “Sibéria Concreta” apresenta uma perspectiva abrangente da atual situação do patrimônio soviético construído na região habitada mais fria e remota do planeta Terra. O livro apresenta um resumo completo não apenas das principais obras de arquitetura modernista construídas na Sibéria mas também da paisagem urbana de seis das mais importantes cidades da região: Novosibirsk, Omsk, Krasnoyarsk, Norilsk, Irkutsk e Yakutsk.
Rebelarchitette criou uma nova ferramenta que visa diminuir as desigualdades no mundo arquitetônico, um mapa público interativo mostrando 732 mulheres arquitetas de todo o mundo.
MASP e Avenida Paulista são importantes locais de encontro e manifestação em São Paulo. Foto de Sergio Souza, via Unsplash
Nos últimos anos, vários movimentos Brasil afora e em diversos países fizeram grande serviço à sociedade reiterando a necessidade de ocupar os espaços públicos das cidades de forma a reivindicar qualidade e liberdade de uso para os bens coletivos. Como exemplo, temos no Brasil o Movimento Ocupe Estelita no Recife que, por meio de uma luta frente à crescente especulação imobiliária na região, confrontou as intenções mercadológicas do desenho urbano agressivo nas margens do Capibaribe. Foi a partir de alguns casos como esse que, em entrevista à organização Fora, o professor, crítico e curador Guilherme Wisnik tratou da questão do espaço público enquanto espaço de conflito.