Um século depois a ideia convincente de que a arquitetura moderna surgiu como uma fênix cegamente branca, cristalina e perturbadora em meio à morte e à destruição da Primeira Guerra Mundial é, talvez, familiar. No entanto, os esboços a carvão e as montagens em chiaroscuro que Mies van der Rohe fez durante e após a época do concurso para o arranha-céu de Berlim Friedrichstrasse de 1921-22, mantêm o poder de chamar a atenção, provocar e perturbar mesmo em nossa era de imagens impressionantes produzidas por e com programas de computador.
O que é mais notável nesses desenhos visionários centenários é que eles retratam um tipo de construção futura, à beira do etéreo e mais ou menos impossível de se fazer naquele momento, nos materiais de desenho mais terrenos. Foi um golpe de gênio usar o carvão para evocar uma arquitetura de leveza que emergia das brasas das trincheiras que revolucionariam a maneira como moldamos prédios altos e com eles as ruas de nossa cidade. Tal é o poder do desenho à mão livre.
A construção de uma expressão gráfica para organizar e comunicar as ideias essenciais é tarefa inerente ao contexto criativo; é um processo de síntese de informação que - na busca por representar e transmitir uma mensagem clara ao receptor - permite identificar e modificar certos aspectos e componentes centrais do desenho.
Os esquemas e diagramas, por suas características, ficam relegados às últimas instâncias do processo de projeto, porém, durante o caminho podem ser uma importante ferramenta de análise e organização. O tempo necessário para conceber e produzir estes elementos gráficos pode resultar na compreensão e avanço do projeto, que por vezes pode tomar direções totalmente novas.
Buscando uma aproximação com os esquemas e diagramas, apresentamos, a seguir, uma série de diferentes casos que podem servir como inspiração:
O Instituto Tomie Ohtake anunciou ontem os vencedores da sexta edição do Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel. A lista de finalistas contava com 12 projetos na categoria profissionais e outros três na categoria universitários, que permanecem expostos até o dia 1 de dezembro na sede do Instituto em São Paulo.
Podemos inicialmente apreender o conceito de revitalização como uma prática projetual ou um processo socioespacial liderado estrategicamente por determinados grupos associados ao planejamento urbano contemporâneo. A estruturação da cidade contemporânea depende, de acordo com Meyer (2000), de grandes projetos urbanos estratégicos. O valor estratégico de tais projetos está subordinado, segundo a autora, à sua capacidade de provocar transformações significativas no espaço metropolitano, aumentando seu poder de atratividade e influência. Mais do que simplesmente melhorias urbanas pontuais e específicas, o planejamento urbano contemporâneo se revela, na intencionalidade de seus defensores, como um instrumento capaz de promover a agregação do território metropolitano e de organizar os fluxos que evitam a dispersão funcional e espacial.
Hope on Alvarado, projetado por KTGY Architecture + Planning, é o primeiro projeto de habitação modular da série de empreendimentos Hope On, com o objetivo de encontrar soluções de abrigo para as pessoas em situação de rua em Los Angeles.
Com apartamentos e casas cada vez menores, percebemos uma crescente demanda para integrar espécies de plantas em espaços interiores. Mas que tipo de plantas escolher se não temos luz natural abundante? Neste artigo você encontrará algumas sugestões de espécies que são indicadas para ficarem "à sombra" ou "à meia sombra". Esse indicador é importante especialmente quando falamos de ambientes internos que recebem pouca luminosidade solar.
A terceira edição da Bienal de Arquitetura de Chicago (CAB) foi inaugurada em Chicago com uma série de novas exposições e instalações em toda a cidade. Com o tema "...E outras histórias semelhantes", a bienal mostra o trabalho de mais de 80 colaboradores, incluindo oMASS Design Group, Forensic Architecture, Theaster Gates e muito mais.No principal espaço da Bienal,mergulhamos em algumas das exposições e histórias emergentes.
O Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurich) está oferecendo cursos online gratuitos sobre smart cities e cidades do futuro. Disponibilizados através da plataforma edX, compartilhada por instituições de diversas partes do mundo, os cursos têm duração de dez semanas e são conduzidos através de vídeos.
A Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura inaugura hoje, dia 18 de outubro, a Exposição “Souto de Moura – Memória, Projectos, Obras”, que ficará em exibição até 6 de setembro de 2020. Com curadoria de Francesco Dal Co e Nuno Graça Moura, a exposição oferece uma singular leitura monográfica da obra de Eduardo Souto de Moura, prêmio Pritzker 2011 e dos mais prestigiados arquitetos portugueses.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, assinou esta semana um decreto que institui a obrigatoriedade da instalação de equipamentos para captação de energia solar em novas edificações estaduais. A lei também vale para instalações construídas com recursos do Estado repassados aos municípios por meio de convênios, acordos ou termos de compromisso.
https://www.archdaily.com.br/br/926728/edificios-publicos-do-espirito-santo-serao-obrigados-a-captar-energia-solarEquipe ArchDaily Brasil
O Royal Institute of British Architects anunciou o júri do seu RIBA International Prize 2020. Presidido pela arquiteta francesa Odile Decq, contará com a participação de Es Devlin, Jeanne Gang, Rossana Hu e o brasileiro Gustavo Utrabo.
Geralmente utilizado em telhados e revestimentos industriais, o policarbonato é um material que, graças à sua resistência, leveza, fácil instalação e permeabilidade ilumínica, tem ampliado seu espectro de usos tanto na arquitetura residencial como educacional.
Ao longo das últimas décadas, postos de gasolina passaram de uma novidade à objetos onipresentes em paisagens urbanas e rurais do mundo todo. Com a popularização dos automóveis durante a segunda metade do século XX, postos de gasolina transformaram-se em uma das tipologias arquitetônicas universais mais vulgares. Hoje, somente nos Estados Unidos, existem cerca de 130.000 estruturas deste tipo espalhadas pelos quatro cantos do país, uma para cada 2.000 mil veículos da frota americana que beira atualmente os 270 milhões. No entanto, à medida que a população mundial continua migrando das áreas rurais para às cidades, áreas urbanas cada vez mais densas e com sistemas de transporte público cada dia mais eficientes e sustentáveis, é hora de reinventar esta tradicional tipologia para que ela não se torne obsoleta da noite para o dia.
Dos nostálgicos pisos de taco às espécies mais sofisticadas, a madeira é um material capaz de conferir um grande grau de conforto quando utilizada como acabamento para pisos em projetos de arquitetura. Além de seu evidente valor estético, suas características contribuem com uma ambiência acolhedora e podem servir também a parâmetros de comodidade acústica e térmica, e por isso o material é tão presente em projetos de escala doméstica.
O arquiteto e ilustrador Matías Kim compartilhou conosco uma série de desenhos que apresentam algumas das emblemáticas obras de Oscar Niemeyer. Com traços singelos e preciso, Kim explora a plasticidade das obras do arquiteto moderno através de imagens estáticas ou em movimento, revelando os interiores de projetos como a Casa das Canoas ou a Catedral de Brasília.
O Colegiado de Arquitetos da Cidade do México convocou a todos os arquitetos e arquitetas mexicanos a participarem na IV Bienal de Arquitetura da Cidade do México 2019. Este evento pretendia identificar as melhores obras arquitetônicas do país, assim como as publicações, pesquisas e teses, reconhecer a seus autores e difundir as obras mais relevantes para permitir, por meio da análise e da crítica, estabelecer uma reflexão acerca da arquitetura contemporânea responsável e com soluções sustentáveis. Neste bienal foram apresentados 106 projetos, 18 publicações e foram concedidas 1 medalha de ouro, 14 medalhas de prata, 2 menções especiais e 27 menções as quais foram divididas em 23 categorias. Continue lendo para conhecer os vencedores.
Serão os arquitetos substituídos pela inteligência artificial num futuro próximo? O artista Sebastián Errázuriz, de Nova Iorque, publicou um vídeo em seu Instagram que abre a discussão.
Errázuriz, conhecido, dentre outros trabalhos, por sua proposta crítica para a reconstrução da Catedral de Notre Dame, afirma que, muito provavelmente, a profissão tal qual a conhecemos desapareça em breve. Devido aos avanços tecnológicos, apenas uma restrita elite profissional que desempenha a arquitetura como uma prática artística continuará a trabalhar do modo como estamos habituados hoje.
Boxing Boxes [Caixas de Boxe, em português] é um projeto realizado após dois anos de pesquisa arquitetônica feita por Carlos Ortega Arámburo e Daniel de León Languré que agrega o boxe, como uma ferramenta de autodisciplina e controle de violência, a uma estrutura que ativa o espaço cívico em áreas marginalizadas. Na edição deste ano da Trienal de Arquitectura de Lisboa, o arquiteto mexicano junto de uma equipe interdisciplinar local instalou o equipamento no bairro Portugal Novo, em Olaias, Lisboa.
Quando falamos em cobertura ou quinta fachada, é comum pensarmos em lajes planas. Na realidade, existe uma ampla gama de usos e possibilidades que se materializam de maneiras diferentes, dependendo das necessidades técnicas específicas de cada cobertura, bem como das possibilidades espaciais e climáticas de cada local. Coberturas também podem ser um espaço propício para o desenvolvimento de estruturas, extensões, áreas de lazer, espaços interativos e até a integração paisagística das obras.
Fabricação aditiva (AM) é o termo usado para identificar os processos de fabricação comumente executados pela impressão 3D, por meio do processamento em camadas. Além de evitar a geração de resíduos - trabalhando com geometrias precisas e usando a quantidade exata de material - esses processos controlados podem ser muito mais rápidos que os processos tradicionais, pois não exigem instrumentos ou outras ferramentas.
A fabricação aditiva é feita com base em um modelo digital, em um fluxo que começa em um desenho CAD ou na digitalização tridimensional e, em seguida, converte essa forma em um objeto dividido em seções, permitindo a impressão. Seu uso se estendeu do desenho industrial à réplica de objetos arqueológicos, passando pela fabricação de órgãos e tecidos humanos artificiais, entre muitos outros usos.
Um edifício residencial de sete pavimentos entrou em colapso esta manhã em Fortaleza, Ceará. Localizado no bairro Dionísio Torres, área nobre da cidade, o edifício tinha mais de 40 anos e passava por reformas. Um vídeo registrado ontem por um morador do edifício mostra o precário estado dos pilares de sustentação da estrutura, com as ferragens expostas e corroídas.
https://www.archdaily.com.br/br/926582/edificio-residencial-desaba-deixando-vitimas-em-fortalezaEquipe ArchDaily Brasil
O projeto de expansão do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, a cargo dos escritórios Diller Scofidio + Renfro e Gensler, foi concluído. Iniciada em 2014, a primeira fase das renovações na ala leste foi finalizada em 2017; a ala oeste foi alterada posteriormente e está agora pronta para ser aberta ao público. A ampliação acrescenta mais de quatro mil metros quadrados de espaços expositivos ao famoso MoMA.
À medida que a industria da construção civil evolui, novas tecnologias estão moldando a forma como projetamos e construímos nossos edifícios. Estas inovação são produto de idéias compartilhadas e da convergência de novas tecnologias de construção, abrindo um mar de novas possibilidades para a industria da arquitetura e construção. Desde a escala atômica e a criação de novos materiais inteligentes até a construção de casas pré-montadas concebidas para a colonização de outros planetas, o novo movimento chamado de “BuildTech” está transformando todos os setores da industria da construção civil. Como resultado disso, novas formas de se projetar estão sendo disseminadas interferindo decisivamente na maneira como desenhamos e construímos nossos edifícios e cidades.
Ao longo da história de um edifício, é possível que este assuma funções diferentes daquela para a qual foi originalmente pensado. É o caso, por exemplo, das casas que viraram museus, seja por terem se tornado ícones da arquitetura, seja porque em algum momento perderam sua função original e passaram por uma renovação para abrigar um espaço expositivo.