A Clinton Foundation, sediada em Little Rock, Arkansas, acaba de anunciar uma grande expansão do Clinton Presidential Center, que será projetada pelo Studio Gang. A proposta será desenvolvida em 2024 e trará novos equipamentos para o complexo educacional.
Noticias de Arquitetura
Studio Gang projetará a expansão do Clinton Presidential Center em Little Rock, Arkansas
Martha Pomasonco, do Peru, recebe bolsa RIBA Norman Foster 2023 para pesquisar os “Bairros Melhorados” da América Latina
O Instituto Real de Arquitetos Britânicos (RIBA) anunciou que Martha Pomasonco, da Universidade de Lima, no Peru, foi selecionada como vencedora do subsídio de viagem RIBA Norman Foster 2023, em reconhecimento ao seu destacado projeto intitulado "Barrios Melhorados".
Rebuild Foundation de Theaster Gates converte escola desocupada um centro cultural para Chicago
A Rebuild Foundation, dirigida pelo artista Theaster Gates, converterá a Escola Primária St. Laurence em um novo hub de artes de 40 mil metros quadrados em Chicago. A antiga escola de ensino fundamental está desocupada e será transformada em um espaço de confluência cultural. Com inauguração prevista para 2024, o projeto de adaptação adaptativa expande o programa do antigo edifício e promove o que os organizadores chamam de educação criativa.
Tempos se entrelaçam na exposição “Taib: uma história do teatro” realizada pelo coletivo Goma Oficina na Casa do Povo
Uma aparente fragilidade mobiliza a forma de ocupação do cenário construído para a exposição Taib: uma história do teatro, sobre o Teatro de Arte Israelita Brasileiro, fundado em 1960 e construído no subsolo da Casa do Povo, centro cultural no Bom Retiro, em São Paulo. Com expografia do coletivo Goma Oficina — Associação transdisciplinar de design, arquitetura e arte — o teatro é encenado no primeiro andar, de forma a apresentar a potente história de sobrevivência e re-existência da poesia dos povos judeus a despeito da perseguição e violência sofrida pelo governo nazista até o fim da Segunda Guerra Mundial.
A vida cotidiana dentro do edifício IQON do BIG: uma narrativa visual por Pablo Casals-Aguirre
Da mudança das estações às interações dos usuários, existe uma infinidade de facetas do projeto arquitetônico que podem ser representadas por meio do cinema, e muitos fotógrafos entraram nessa dimensão em diferentes formatos: documentários, performances roteirizadas, time-lapses, entre outras abordagens que você pode conferir na nossa seção de vídeos.
Pavilhões da GXN e MEE Studio em Copenhague exploram a circularidade no Congresso de Arquitetos da UIA 2023
Desenvolvido pela GXN para o Congresso Mundial de Arquitetos da UIA 2023 em Copenhague, o Pavilhão (P)RECAST explora a possibilidade de reutilizar elementos de concreto pré-moldado de edifícios existentes para promover a circularidade e reduzir as emissões de carbono na indústria da construção. O pavilhão exibe elementos de concreto recuperados ao lado de vigas de madeira de 200 anos, destacando seu valor estético e estrutural. Seguindo a mesma motivação, mas por meio de uma abordagem diferente, o MEE Studio desenvolveu a Cabana Regenerativa, uma estrutura que explora o uso aplicado de materiais biogênicos regenerativos para reduzir as emissões de carbono associadas aos materiais de construção.
Cidades europeias aprovam taxas a turistas em resposta à superlotação
Desde que as restrições impostas pela pandemia foram suspensas, a Europa tem experimentado um aumento no turismo, com milhões de pessoas visitando alguns de seus destinos mais atraentes, como Veneza, Barcelona e Paris. O grande número de visitantes tem sido um desafio para as cidades. A superlotação afeta a população local, o desenvolvimento urbano e até mesmo os ecossistemas naturais ao redor das áreas urbanas. Na tentativa de limitar esse fluxo, algumas das cidades mais populares da Europa estão adotando diversas medidas para lidar com a superlotação e os subsequentes problemas sociais e infraestruturais. As medidas incluem multas, taxas de entrada e horários específicos para impor algumas restrições.
Além do traço: o diálogo entre texto e desenho no processo projetual
Para muitos arquitetos e arquitetas, a forma mais instintiva de passar uma ideia para o papel é através do desenho. Desde rápidos esboços no guardanapo durante a pausa para um café até diagramas mais elaborados que sistematizam uma série de soluções arquitetônicas, os desenhos são ferramentas recorrentes e essenciais no processo de um projeto de arquitetura, mas nem sempre os traços dão conta de transmitir com a clareza desejada determinado conceito.
Sons, cheiros, sentimentos e sensações dificilmente costumam ser traduzidos apenas na forma de desenho. Escalas humanas nem sempre dão conta de passar a dimensão de determinados elementos, exigindo o auxílio de indicações numéricas mais precisas. Legendas costumam ser usadas para definir espaços e especificar elementos arquitetônicos e, quando o celular ou a calculadora não está ao alcance, os desenhos também podem dividir o espaço do papel com cálculos rápidos. Muitas são as situações em que a escrita é combinada ao traço em uma ferramenta de comunicação híbrida, em que a subjetividade ou abstração do desenho é amparada por uma certa assertividade das palavras e números.
Sustentabilidade e economia: casas brasileiras que usam energia solar
Diante da crise ambiental que vivemos atualmente e da necessidade de mitigar os efeitos das mudanças climáticas, torna-se cada vez mais importante e imperativa a adoção de fontes de energia limpas e renováveis, como a energia solar, em projetos de arquitetura. Sendo um país com abundância de incidência solar ao longo do ano, o Brasil tem um enorme potencial para aproveitar essa fonte de energia que, ano após ano, tem se tornado uma opção cada vez mais atrativa e viável no cenário brasileiro. Uma das tipologias favorecidas é a residencial, que tem ganhado destaque devido aos inúmeros benefícios que a energia solar pode oferecer tanto aos moradores quanto ao meio ambiente.
Pigmentos naturais na arquitetura: fontes, aplicações e por que usar
Frente às urgências climáticas do planeta, campos diversos estão pressionados a reformular seus funcionamentos e atuações, e a arquitetura não está de fora. Afinal, o ambiente construído e a indústria da construção civil são responsáveis por uma porcentagem considerável da emissão de gás carbono na atmosfera. Repensar e reestruturar a cadeia construtiva – do projeto à execução – é a ordem do dia para os profissionais envolvidos com construção.
Projetando com os usuários: 7 projetos em que arquitetos trabalharam com a comunidade
Existem momentos em que os arquitetos levam o processo projetual para além de sua prática e envolvem potenciais usuários, o que expande o escopo do projeto e se mostra fundamental para o desenvolvimento da obra. Baseando-se no conhecimento, habilidades e opiniões de uma comunidade, o projeto se torna mais adequado às suas necessidades e melhor projetado para se adequar ao contexto local. Torna-se uma plataforma de intercâmbio cultural e cria um senso geral de pertencimento nas comunidades.
O design participativo é um processo que pode ser aplicado em todas as escalas da arquitetura, desde casas e escritórios até espaços públicos e intervenções urbanas. Ao examinar vários projetos pelo viés da colaboração comunitária com arquitetos, temos uma compreensão mais profunda do valor desse processo projetual. Ele divide os princípios teóricos participativos de colaboração, co-criação e capacitação em exemplos acionáveis e eventos pragmáticos. Esses projetos exemplificam as contribuições dos usuários para o processo projetual, seja com planejamento espacial e urbano ou com materiais e técnicas de construção locais.
60 Anos de arquitetura da Barbie: quando a cultura popular encontra o design
Desde sua estreia em 1959 pela Mattel, a Barbie transformou a indústria de brinquedos e se tornou um ícone da cultura popular. Três anos depois, a primeira Casa de Boneca Barbie foi criada, um lar para Barbie representando sua vida doméstica. Ao longo dos últimos 60 anos, as Casas da Barbie mudaram e evoluíram, cada versão adotando as tendências arquitetônicas e de design da época em que foi produzida. De fato, cada uma é uma mistura única de história, política, cultura popular, tendências e estilos de design que definem a arquitetura como a conhecemos.
Neuroarquitetura e as novas formas de morar: histórico e ascensão das "Dementia Villages"
As Dementia Villages, ou vilas para pessoas com demência, são um modelo inovador de cuidado para indivíduos que possuem quadros demenciais, como a doença de Alzheimer. Elas oferecem um ambiente adaptado e acolhedor, proporcionando um senso de comunidade e promovendo a autonomia e o bem-estar dos residentes.
A neuroarquitetura e as Dementia Villages estão intimamente relacionadas, pois ambas buscam criar ambientes que promovam o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas com demência. A neuroarquitetura é uma disciplina que combina a neurociência com a arquitetura, visando entender como o ambiente físico afeta o cérebro e o comportamento humano.
Por que o paisagismo é mais importante hoje do que nunca
A arquitetura paisagística está vivendo um momento especial. Recentemente, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos decidiu credenciar o campo de atuação com a prestigiosa designação STEM. Como parte das disciplinas educacionais de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) que se enquadram nessa categoria, os estudantes de arquitetura paisagística agora podem passar 24 meses procurando emprego em um período de treinamento, além dos 12 meses garantidos a qualquer recém-graduado de qualquer curso. O título também promete mais prestígio para os formandos, salários iniciais mais altos e maior flexibilidade de carreira. Torey Carter-Conneen, CEO da American Society of Landscape Architects (ASLA), entende a iniciativa como um avanço significativo para a "educação e prática da arquitetura paisagística, e isso é ótimo para a América e para a comunidade global".
A notícia corresponde a uma ênfase crescente na arquitetura paisagística como disciplina fundamental em todo o mundo nos últimos anos - uma prática intimamente ligada às noções de saúde pública, paisagismo, biofilia, sustentabilidade e rewilding ou restauração ecológica. Ela também destaca a relação íntima entre tecnologia e paisagismo. As propostas paisagísticas cada vez mais dependem da ciência e tecnologia avançadas para prever como as intervenções ecológicas podem alterar um terreno existente e determinar quais medidas produzirão o maior benefício tanto para os seres humanos quanto para a natureza em geral. O ideal contemporâneo de prados selvagens e florestas biodiversas pode existir livre de influências externas, mas o caminho para chegar lá a partir de um ponto de partida urbano requer assistência.
Symbiocene Living: explorando o potencial de blocos de micélio para arquitetura sustentável
O período geológico em que atualmente habitamos é conhecido como o Antropoceno, definido pelo impacto substancial humano nos ecossistemas e geologia da Terra. Em contraste, o Simbioceno, um termo cunhado pelo filósofo e ambientalista australiano Glenn Albrecht, apresenta uma visão do futuro caracterizada por uma relação positiva e simbiótica entre os seres humanos e o mundo natural. Na era do Simbioceno, os seres humanos colaboram ativamente com a natureza, reconhecendo sua interdependência com os ecossistemas da Terra e se esforçando para regenerar e restaurar o ambiente natural, criando assim um mundo mais harmonioso e sustentável.
CAU abre chamada de trabalhos em busca de ideias sobre o futuro dos arquitetos
Até o dia 31 de agosto de 2023, o CAU Brasil irá receber propostas de trabalhos sobre o tema Formação, Atribuições e Atuação Profissional. O objetivo é a discussão de ideias que ofereçam respostas ao seguinte questionamento: Qual arquiteto precisamos e qual arquiteto queremos? Os trabalhos selecionados serão apresentados durante o II Seminário Nacional de Formação, Atribuições e Atuação Profissional do CAU. O evento, gratuito e híbrido, é promovido pela Comissão de Ensino e Formação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CEF-CAU/BR) e está programado para o período de 18 a 20 de setembro na cidade de Brasília/DF.
Maior museu de Sydney, projetado por Moreau Kusunoki e Genton, será inaugurado em 2025
O Powerhouse Parramatta, o novo e maior museu de Sydney, tem inauguração prevista para o início de 2025. Projetado pela Moreau Kusunoki em colaboração com a prática local Genton, o museu estará localizado na margem sul do rio Parramatta, na região oeste de Sydney, e é o maior projeto de infraestrutura cultural na cidade desde a Ópera de Sydney.
Filme inspirado em Wes Anderson celebra a arquitetura de Singapura
Inspirado no aclamado diretor Wes Anderson, conhecido por filmes como A Crônica Francesa e O Grande Hotel Budapeste, este filme de arquitetura apresenta a paisagem de Singapura pelos olhos do realizador Kevin Siyuan. Segundo capítulo da série A Wes Anderson-ish Singapore, o documentário de 20 minutos foca no planejamento urbano, arquitetura, paisagismo e pessoas que habitam a cidade.
O uso simbólico da cor na arquitetura islâmica
A arquitetura islâmica tem uma história diversa, que abrange mais de um milênio, e se estende do oeste da África à Europa e à Ásia Oriental. Com sua origem no início do século VII na Arábia, essa forma de arquitetura surge com a civilização islâmica. Al Masjid Al Nabawi, a primeira mesquita já construída, foi erguida em 622, em Medina, na Arábia Saudita. Além disso, a arquitetura islâmica foi inicialmente influenciada pelos estilos pré-existentes da região, com características romanas, bizantinas e persas.
Hoje, a arquitetura islâmica é conhecida por demandar habilidade, pela atenção aos detalhes, e pelo simbolismo espiritual. Além disso, como a cor desempenha um papel essencial na arquitetura, influenciando a experiência emocional do espaço, diferentes cores têm sido utilizadas ao longo dos anos na arquitetura islâmica para evocar certos significados. Na arquitetura islâmica, as cores têm um significado espiritual significativo, refletindo os valores e crenças da fé islâmica. Quatro cores principais, verde, azul, dourado e branco, são usadas para transmitir vários significados culturais, religiosos e simbólicos.
Descubra o uso dessas cores em vários ícones arquitetônicos islâmicos ao redor do mundo.
Equipe liderada por arquitetos indígenas vence concurso para transformar orla de Sydney
O consórcio AKIN foi eleito vencedor do concurso de projeto para o Barangaroo Harbour Park, um projeto que transformará uma região central ao longo da orla marítima de Sydney, Austrália. A equipe vencedora é liderada por arquitetos indígenas e composta pelos escritórios Yerrabingin, Architectus, Flying Fish Blue, Jacob Nash Design e Studio Chris Fox, com consultoria de engenharia da Arup. Multidisciplinar, o grupo integra sistemas de conhecimento indígena com arquitetura paisagística, design regenerativo e arte pública.
Nieto Sobejano Arquitectos vence concurso de projeto para o novo Museu de Arte de Dallas
O Dallas Museum of Art (DMA) anunciou o escritório Nieto Sobejano Arquitectos como vencedor do concurso internacional de projeto Reimaginando o Dallas Museum of Art. O projeto foi selecionado entre 154 propostas de todo o mundo, filtradas a uma lista de finalistas que incluía David Chipperfield Architects, Diller Scofidio + Renfro, Johnston Marklee, Michael Maltzan Architecture e Weiss/Manfredi. A proposta vencedora foi concebida como um reflexo do edifício original, transformando a relação entre arte, paisagem e comunidade a partir do equilíbrio entre memória e inovação, segundo os arquitetos.
Como alguns bairros estão usando o grafite para protestar contra a gentrificação
O grafite, como forma de arte, tem uma relação complexa com a gentrificação. Por um lado, ele envolve as ruas e o tecido urbano como uma tela para as pessoas se expressarem cultural, social e politicamente. Essa expressão pode ser uma forma de rebelião por minorias étnicas e grupos desfavorecidos em certos bairros, ou pode construir um senso de singularidade cultural e expressão social, conferindo a um bairro um caráter positivo e atraindo novos moradores. No entanto, ao longo dos anos, ele tem sido um agente de gentrificação, aumentando os valores imobiliários para acomodar residentes mais ricos e alienando as comunidades mais antigas.
Em certos casos, os artistas reconhecem seu papel nesse esquema urbano e modificam sua forma de arte por meio de seu estilo, mensagem, localização e ação como formas diretas de protesto contra a gentrificação. De Brixton, Shoreditch e Hackney em Londres, Williamsburg e Bushwick em Nova York, até o Canal Saint-Denis e Belleville em Paris, o uso do grafite nas paisagens urbanas desses bairros pode protestar ou inspirar diferentes formas de desenvolvimento.