A 16ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza traz pela primeira vez a participação do Vaticano. Com seu pavilhão da Santa Sé, a cidade-estado convidou arquitetas e arquitetos a projetarem capelas que, após a Bienal, serão relocadas em diferentes partes do mundo.
Localizadas em uma área arborizada na ilha veneziana de San Giorgio Maggiore, dez capelas projetadas por arquitetos como Norman Foster, Eduardo Souto de Moura e Carla Juaçaba se unem a uma décima primeira projetada pelo escritório MAP Architects. Esta última serve como um prelúdio para as demais capelas, ao mesmo tempo que reflete sobre o projeto de Gunnar Asplund para a Capela Woodland, de 1920.
Enquanto a Bienal se prepara para abrir ao público neste sábado, 26 de maio, a PLANE — SITE conversou com as curadoras Yvonne Farrell e Shelley McNamara sobre o tema desta edição: Freespace. A dupla procura enxergar a arquitetura para além de um objeto, imaginando, em vez disso, o espaço livre [free space] como um convite para pensar a arquitetura enquanto campo de oportunidades. Literalmente e metaforicamente, o espaço livre apresenta ambientes de generosidade, acessibilidade e liberdade e celebra as experiências cívicas que isso cria.
https://www.archdaily.com.br/br/895073/curadoras-yvonne-farrell-e-shelley-mcnamara-falam-sobre-o-tema-da-bienal-de-veneza-2018AD Editorial Team
Neri Oxman e MIT desenvolveram biocompósitos programáveis à base de água para projeto e fabricação digital. Chamado de Aguahoja, o projeto exibiu um pavilhão e uma série de artefatos construídos a partir de componentes moleculares encontrados em galhos de árvores, exoesqueletos de insetos e nossos próprios ossos. Utiliza ecossistemas naturais como inspiração para um processo de produção de material que não produz desperdício. “Derivado de matéria orgânica, impresso por um robô e moldado pela água, este trabalho aponta para um futuro em que o natural e o feito pelo homem se unem”.
O Tippet Rise Art Center acaba de assinar um contrato com arquiteto Francis Kéré para desenvolver o projeto de um pavilhão de 175 metros quadrados em sua sede em Montana, EUA. Concebido como um “espaço de uso comum e convívio entre uma paisagem de álamos e choupos”, as novas imagens divulgadas pela Kéré Architecture apresentam o projeto com uma simples cobertura feita de trocos de madeiras locais reaproveitadas.
Qual edifício é melhor, o pato ou o galpão decorado? Mais importante, que tipo de arquitetura o americano prefere? Em seu seminal livro de 1972, Aprendendo com Las Vegas, Denise Scott Brown e Robert Venturi investigaram essas questões, voltando as costas para o modernismo paternalista em favor da brilhante, ostensivamente kitsch e simbólica Meca do urbanismo espraiado, Las Vegas. De um encontro casual na Biblioteca de Belas Artes da Universidade da Pensilvânia a algumas viagens de estudo em conjunto para Las Vegas - descobrir os detalhes ocultos do romance e da cidade que definiram o pós-modernismo é o tema do mais recente episódio do podcast 99% Invisible.
Entre as imagens que circularam das manifestações nos últimos anos na avenida Paulista, no centro de São Paulo, certamente as mais recorrentes tinham como pano de fundo o icônico edifício da Fiesp-Ciesp-Sesi, de 1979, do arquiteto Rino Levi, que oportunamente estampava a bandeira do Brasil.
O ArkDes, o Centro Sueco de Arquitetura e Design, lançou uma nova conta no Instagram mostrando “objetos surpreendentes” e joias nunca antes vistas da arquitetura da Suécia. A ArkDes Collections, que apresenta uma mistura eclética de desenhos, modelos e fotografias de arquitetos como Ralph Erskine, Gunnar Asplund, Sigurd Lewerentz e Bernt Nyberg, também destacou o trabalho significativo de profissionais menos conhecidos, como Léonie Geisendorf e Mariana Manner.
Com quatro milhões de objetos, o museu cuida de uma das maiores coleções de objetos arquitetônicos da Europa. Cobrindo a arquitetura sueca de meados do século XIX até os dias de hoje, com ênfase na primeira metade do século XX, os objetos postados na conta são selecionados por curadores, arquitetos, designers e pensadores.
https://www.archdaily.com.br/br/894852/arkdes-resgata-joias-da-arquitetura-da-suecia-com-sua-nova-conta-no-instagramAD Editorial Team
Estão abertas as inscrições para o edital de habitação social do CAU/GO para 2018. Podem se candidatar, até 29 de junho, projetos para moradias de famílias com renda de até três salários mínimos.
Em todo o país, além do déficit habitacional, existe um alto índice de moradias precárias, por este motivo, além de projetos de construção, o edital prevê o apoio a projetos de reforma.
O Chicago Tribune divulgou imagens dos arranha-céus projetados pela SOM para o antigo local do Chicago Spire. As duas torres, medindo 305 e 259 metros, deverão conter 120 mil metros quadrados de área útil, incluindo 850 unidades residenciais.
A proposta sinaliza um novo sopro de vida para a 400 N Lake Shore Drive, onde um buraco da fundação, de quase 25 metros de profundidade, serve como único lembrete do anteriormente planejado Chicago Spire, projeto de Santiago Calatrava de 600 metros de altura.
https://www.archdaily.com.br/br/894794/som-divulga-primeiras-imagens-das-torres-que-serao-construidas-sobre-fundacoes-de-edificio-de-calatrava-em-chicagoNiall Patrick Walsh
Como parte de nossa cobertura da Bienal de Arquitetura de Veneza 2018, apresentamos a proposta para o Pavilhão Australiano. Abaixo, os participantes descrevem sua contribuição em suas próprias palavras.
O Instituto Real Australiano de Arquitetos (RAIA) apresentará o projeto Repair no Pavilhão Australiano durante a 16ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia. Os diretores de criação, Mauro Baracco e Louise Wright da Baracco + Wright Architects, em colaboração com a artista Linda Tegg, organizaram uma instalação viva multi-sensorial para o Pavilhão, projetada para transformar as condições de visualização através das quais a arquitetura é normalmente entendida.
Você já se questionou como é pensado o projeto de uma exposição? Ou como ele articula-se na montagem do conteúdo exposto?
Historicamente, o que hoje conhecemos como Museu iniciou-se como um lugar para a reunião de peças e objetos organizados por tipologia, como nos é revelado ao observamos imagens dos chamados gabinetes de curiosidades ou quarto das maravilhas, onde se organizava uma multiplicidade de objetos e espécies raras (animal, vegetal e mineral) trazidas das grandes explorações ocorridas no século XVI e XVII.
Séculos mais tarde, tais coleções começaram a ganhar força e antigos palácios transformaram suas circulações em extensas e contínuas galerias, onde apenas seus hóspedes e moradores tinham acesso. Posteriormente, no século XIX, o surgimento de pavilhões dedicados essencialmente à exposição de artefatos trouxe proximidade à ideia mais próxima do que hoje são os museus. Costumamos publicar diversos projetos de museus. Mas além da arquitetura destes, você já observou como a expografia atua de modo importante? Listamos a seguir alguns dos conceitos-chave dos projetos expográficos.
Publicado em parceria com o The Greenhouse Talks, o seguinte ensaio de Aaron Betsky examina os "espaços limbo" e as oportunidades que eles ocultam.
Na sala de espera, aguardamos. Ou apenas observamos impacientemente o tio-tac do relógio, o tempo que passa. Qualidades e elementos de uma boa arquitetura parecem se dissolver pelas paredes. Nos aeroportos, edifícios públicos ou consultórios, nos espaços da ociosidade e também nas bolhas que habitamos ou ainda nos espaços sagrados e meditativos onde procuramos nos afastar de tudo e de todos, os limites parecem cada vez menos claros. Cada dia mais estes espaços fazem parte das nossas vidas. Uma espécie de purgatório entre o inferno da realidade cotidiana e o paraíso do espaço social virtual - ou vice versa. Como se revela a arquitetura destes espaços vazios de significado e como deveríamos projetar um espaço que não necessariamente precisa aparecer? O que esses espaços nos revelam sobre o futuro da própria arquitetura?
A ONG Soluções Urbanas lançou, no início deste mês, uma plataforma de financiamento coletivo para viabilizar a assistência técnica, a compra de materiais e a execução de obras em moradias em situação precária. Chamada Arquiteto de Família, a ferramenta foi desenvolvida com patrocínio do CAU/RJ.
O objetivo da plataforma e facilitar o acesso a melhores condições de habitação, e os recursos angariados por meio da ferramenta podem ser somados a outros de oriundos de diversas fontes, como microcrédito e feiras de troca.
Aconteceu, no dia 15 de maio na sede parisiense da UNESCO, a cerimônia de entrega dos prêmios mundiais Prix Versailles 2018, um reconhecimento anual que celebra projetos de arquitetura comercial em todo o mundo promovendo uma interação exitosa entre a cultura e a economia.
Os doze projetos ganhadores de arquitetura em lojas, centros comerciais, hotéis e restaurantes -dentre as 70 equipes finalistas continentais de 32 países diferentes- evidenciam uma seleção onde a relação arquitetônica com o natural e patrimonial também se tem em conta.
As obras do novo complexo governamental em Amaravati, projetado pelo escritório Foster + Partners, estão em andamento, e Norman Foster foi recentemente à Andhra Pradesh, na Índia, para supervisionar os trabalhos e encontrar o Primeiro Ministro N Chandrababu Naidu e sua equipe.
Após ter sido selecionado como vencedor de um concurso internacional para projetar o novo estado capital de Andhra Pradesh no sudeste da Índia em 2017, o escritório Foster + Partners estará projetando a área central da cidade de 217 quilômetros quadrados, que inclui várias Secretarias e dois edifícios principais - a Assembleia Legislativa e o Complexo do Tribunal Superior.
Como parte da cobertura da Bienal de Arquitetura de Israelense. Abaixo, os participantes descrevem sua contribuição com suas próprias palavras.
In Statu Quo: Structures of Negotiation é o tema do Pavilhão de Israel na 16ª Exposição Internacional de Arquitetura, La Biennale di Venezia. Com curadoria de Ifat Finkelman, Deborah Pinto Fdeda, Oren Sagiv e Tania Coen-Uzzielli, a exposição aborda o mecanismo complexo do "Status Quo" em lugares sagrados compartilhados entre Israel e Palestina, que operam dentro desta coexistência controversa e instável.
O período de votação acabou! Com quase 15.000 votos ao longo das últimas três semanas, estamos prontos para revelar os ganhadores do prêmio inaugural Refurbishment in Architecture Awards, do ArchDaily. Este prêmio de arquitetura colaborativo, desenvolvido em parceria com MINI Clubman, apresenta os melhores projetos de renovação publicados no ArchDaily durante todo o ano de 2017, com nossos leitores filtrando uma lista de 450 profissionais reduzida para 15 finalistas e, finalmente, três vencedores.
Refletindo o alcance global do ArchDaily, os 15 finalistas vieram dos cinco continentes, com os três vencedores localizados na África do Sul, México e Estados Unidos. O prêmio, portanto, demonstra a importância global da renovação arquitetônica como um meio de melhorar ambientes urbanos sustentáveis em diferentes escalas.
O Conselho da União Internacional dos Arquitetos (UIA), reunido em Oaxaca (México), aprovou no dia 18 de maio, por unanimidade, a nomeação da cidade do Rio de Janeiro a Capital Mundial da Arquitetura UIA/UNESCO 2020. A obtenção do título faz parte do programa proposto pela Prefeitura do Rio, com apoio do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), para 2020, quando a capital fluminense sediará o 27º Congresso Mundial de Arquitetos.
A partir de uma lista de 93 edifícios, 61 projetos de Londres foram premiados com o prêmio RIBA London Awards de 2018 por excelência arquitetônica, a honra mais prestigiada da cidade. Os vencedores incluem 14 esquemas habitacionais, 8 escolas e uma fazenda da cidade. Todos esses projetos serão considerados para o Prêmio Nacional do RIBA, a ser anunciado em junho. Os vencedores do prêmio nacional criarão uma lista para o RIBA Stirling Prize - o maior prêmio para arquitetura no Reino Unido.
https://www.archdaily.com.br/br/894880/anunciados-os-vencedores-dos-premios-riba-londres-2018Niall Patrick Walsh
Em nosso mundo em constante mudança, onde ideologias e formas de vida estão ameaçadas, a história está sendo desconsiderada. A Trienal de Bruges deste ano coloca a questão: “Quão flexível, líquida e resistente uma cidade histórica como Bruges pode ser em uma época em que nada mais parece certo?” Em paralelo, a inspiração por trás dessa ideia está na geografia da cidade em si. Bruges é uma cidade envolvida e permeada por água e tem sido uma metáfora para a cidade líquida há muito tempo. Till-Holger Borchert e Michel Dewilde, curadores da Trienal de Bruges de 2018, pediram a artistas e arquitetos que traduzissem a fluidez e o legado artístico da cidade em instalações pitorescas, permitindo que os visitantes se tornassem parte do processo criativo.
Como parte da cobertura da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2018, apresentamos a proposta para o Pavilhão Canadense. Abaixo, os participantes descrevem sua contribuição com suas próprias palavras.
Quase sessenta anos depois de sua inauguração, tendo recebido inúmeras exposições com o trabalho de alguns dos artistas e arquitetos mais importantes do país, o Pavilhão do Canadá em Veneza está passando por uma grande reforma. O histórico edifício é um dos marcos arquitetônicos dos Jardins da Bienal, o tradicional espaço expositivo das Bienais de Arte e Arquitetura de Veneza.
https://www.archdaily.com.br/br/894615/pavilhao-do-canada-na-bienal-de-veneza-2018-explora-sua-propria-arquitetura-e-restauroAD Editorial Team
Exposições Mundiais têm sido importantes no avanço da inovação e do discurso arquitetônico. Muitos dos nossos monumentos mais amados foram projetados e construídos especificamente para as feiras mundiais, apenas para permanecerem como objetos icônicos nas cidades que os hospedam. Mas como as Expos já criaram marcos arquitetônicos tão duradouros, e esse ainda é o caso hoje? Ao longo da história, cada nova Expo ofereceu aos arquitetos uma oportunidade de apresentar ideias radicais e usar esses eventos como um laboratório criativo para testar inovações ousadas em tecnologia de projeto e construção. As feiras mundiais inevitavelmente encorajam a concorrência, com todos os países se esforçando para dar o melhor de si a qualquer custo. Essa carta branca permite que os arquitetos evitem muitas das restrições programáticas das comissões diárias e se concentrem em expressar ideias em sua forma mais pura. Muitas obras-primas como o Pavilhão Alemão de Mies van der Rohe (mais conhecido como o Pavilhão de Barcelona), para a Exposição Internacional de Barcelona de 1929 são tão dedicadas à sua abordagem conceitual que só poderiam ser possíveis no contexto de um pavilhão de exposições.
Reunimos algumas das mais importantes Exposições Mundiais da história para observar mais de perto o impacto delas no desenvolvimento arquitetônico.
Se nos fosse incumbido sintetizar a arquitetura brasileira em poucas obras emblemáticas, nos veríamos diante de uma tarefa exaustiva e, muito provavelmente, impraticável. A escala continental do país e as incalculáveis especificidades locais resultam em tantas diferentes respostas arquitetônicas que eleger poucos exemplares como representativos de uma suposta identidade arquitetônica nacional única acaba sendo leviano - ou, no mínimo, ingênuo.
Com o objetivo de fazer ver uma produção frequentemente esquecida, e sabendo que o destaque da mídia é quase sempre a arquitetura das regiões Sudeste e Sul, apresentamos aqui uma espécie de guia, ou compilado de obras arquitetônicas, da região Norte do Brasil.