A Copa do Mundo de Futebol é um dos maiores eventos do mundo e envolve torcedores de todas as nacionalidades. Já tendo passado por vários continentes, o evento este ano acontecerá no Qatar, um país da península árabe com uma população de cerca de 2,7 milhões de habitantes, sendo a maioria islâmica. Além deste, outros 31 países disputarão o título de melhor do mundo.
Para além de um evento esportivo, a Copa é também uma oportunidade de observar, conhecer e conviver com outras culturas, principalmente para o país sede. Divididos em 8 diferentes grupos, os primeiros a jogar, do grupo A e B, serão Qatar, Equador, Inglaterra, Irã, Senegal, Países Baixos, Estados Unidos e País de Gales. Veja a seguir alguns exemplos da arquitetura desses países.
A década de 1970 foi uma época sombria para Nova York. Enquanto a economia estava em baixa, as taxas de criminalidade estavam em alta. A imagem pública negativa também afastou os turistas, levando a cidade a uma crise financeira. Para mudar as percepções sobre a Big Apple, o Departamento de Desenvolvimento Econômico do Estado de Nova York procurou a empresa de publicidade Wells Rich Greene para criar uma operação de marketing convidativa. Após 45 anos, a campanha I Love NY resultante permanece fresca nas mentes dos moradores e turistas, renovando com sucesso a marca da cidade de Nova York. Cidades de todo o mundo, como Paris, Amsterdã e Jerusalém, também investiram pesado na construção de marcas atrativas.
Por mais pretensioso que isso possa parecer, podemos afirmar sem medo que o bambu é dos materiais mais promissores para a indústria da construção civil. Neil Thomas, engenheiro diretor do atelier one, afirma que, se projetássemos um material de construção ideal, ele se pareceria muito com o bambu. Isso porque ele cresce muito rapidamente em boa parte do mundo, possui uma seção transversal altamente eficiente e apresenta uma resistência à cargas impressionante. Mas, além do uso estrutural em seu formato bruto, o bambu é um material que permite alto nível de processamento, podendo ser laminado para pisos, utensílios e, como veremos neste artigo, para estruturas de Structural Engineered Bamboo (SEB), que se assemelham muito às de Madeira Engenheirada. Conversamos com Luke D. Schuette, fundador e CEO da ReNüTeq Solutions, LLC, empresa de St. Louis, Missouri, que vem trabalhando com este sistema construtivo.
A maioria dos arquitetos pode se identificar com a sensação de estar mergulhado em uma profunda devoção à arquitetura. O que começa como uma carreira dos sonhos se torna um pesadelo para muitos. Depois de uma formação rigorosa, a experiência de uma carreira tumultuada pode desanimar os profissionais. Postagens no Twitter e no LinkedIn têm debatido amplamente as longas horas de trabalho e os salários díspares, com poucas soluções. Os arquitetos estão constantemente em guerra entre profissão e paixão, uma sobreposição de amor e desespero. Talvez, na raiz desses problemas esteja a definição coloquial do substantivo ‘arquiteto’.
O EUROPARC, coletivo de design pan-europeu, foi anunciado como vencedor do concurso internacional para reformar o Edifício Paul Henri SPAAK em Bruxelas, na Bélgica. O edifício do Parlamento da União Europeia tem muitas deficiências, mas os vencedores do concurso reconhecem que sua demolição e substituição podem não ser a solução mais responsável ou sustentável. O edifício existente é, portanto, reimaginado e adaptado para melhor atender às necessidades e à identidade da UE. O EUROPARC é constituído por cinco estúdios de arquitetura de cinco países europeus: JDS Architects (Dinamarca/Bélgica), Coldefy (França), CRA-Carlo Ratti Associati (Itália), NL Architects (Holanda) e Ensamble Studio (Espanha), com o apoio das empresas de engenharia UTIL (Bélgica) e Ramboll (Dinamarca).
Imagine que você tem agendada uma visita à uma edificação muito importante para a história da arquitetura, uma obra-referência para todos os entusiastas do meio. Você provavelmente se equiparia com uma câmera fotográfica ou um bom celular, em alguns casos, levaria lápis, caderno e até uma trena para registrar curiosamente todos os seus aspectos.
Hoje em dia, entretanto, esse não é único meio pelo qual podemos “visitar” uma edificação de importância histórica ou, pelo menos, é o que alguns pesquisadores estão se esforçando em mostrar. Além de todas as facetas assumidas pelo metaverso, está sendo explorado também o seu papel na preservação histórica da arquitetura e da cultura de determinados locais, gerando materiais disponíveis para diferentes gerações.
Foram anunciados os vencedores da XXVIII Bienal Colombiana de Arquitetura e Urbanismo (BCAU 2022) em cada uma das nove categorias do prêmio: Projeto Arquitetônico, Arquitetura de Interiores e Efêmera, Projeto Urbano e Paisagismo, Divulgação, Habitat Social, Intervenção no Patrimônio, Pesquisa, Teoria e Crítica, Planejamento Urbano e Regional, e, por fim, Habitação Unifamiliar, Bifamiliar e Trifamiliar.
“A compreensão precede a ação.” Esse é o lema do Urban Observatory, uma instalação interativa e aplicativo da web criados pelo fundador do TED, Richard Saul Wurman, que compilou uma ampla gama de dados urbanos para mais de 150 cidades, permitindo aos usuários comparar várias características dessas urbes – da densidade populacional aos limites de velocidade do tráfego – lado a lado. O Urban Observatory foi criado pela primeira vez em 2013, um ano marcante para notícias sobre big data urbano; mais tarde naquele mesmo ano, Waag ganhou as manchetes com seu mapa interativo visualizando a idade de cada edifício nos Países Baixos. O surgimento de tais plataformas permitiu que as pessoas vissem o mundo ao seu redor desde novas perspectivas.
Com o surgimento do Google Earth e outras ferramentas GIS, além das plataformas como envelope.city ou simulações ambientais baseadas em modelos de cidades gêmeas digitais, o big data urbano passou discretamente a sustentar uma ampla gama de ferramentas usadas por profissionais que moldam nossas cidades, com a quantidade de dados coletados e a influência que eles têm sobre a tomada de decisões se expandindo enormemente. No entanto, esses avanços geralmente acontecem a portas fechadas e em espaços antidemocráticos. Quanto tempo devemos esperar por um software que tenha toda a facilidade de uso, acessibilidade e apelo dessas plataformas mais antigas, mas que forneça ao cidadão comum as ferramentas para moldar sua cidade? Em outras palavras, se “a compreensão precede a ação”, então por que, depois de quase uma década, não vemos aplicativos baseados em big data que incentivam o público a realmente fazer algo?
A arquitetura hostil pode estar com os dias contados no Brasil. Foi aprovado pela Câmara de Deputados um projeto de lei que proíbe o Poder Público de utilizar qualquer material, equipamento ou técnica construtiva que afaste ou dificulte o acesso das pessoas ao espaço público. O PL 488/21, batizado de Lei Padre Júlio Lancelotti, segue para a sanção do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
https://www.archdaily.com.br/br/992728/lei-padre-julio-lancelotti-que-proibe-a-arquitetura-hostil-e-aprovada-pela-camaraArchDaily Team
Os animais em geral medem distâncias e peso para sua sobrevivência, mas foi a necessidade humana de se comunicar para viver em sociedade que resultou na criação da linguagem, e posteriormente, nos padrões de pesos e medidas. Seja para se deslocar, para porcionar alimento, fazer ferramentas ou calcular peso de objetos e animais, os padrões de aferição surgem dessa necessidade que estava presente já nas atividades humanas na era da pedra lascada e nos acompanha desde então. Se hoje em dia grande parte da população mundial faz uso de metros, centímetros e decímetros para aferir distâncias e medidas, sua padronização vem não apenas da necessidade de estabelecer comparações que permitissem comércio entre povos, mas também de disputas políticas e sociais.
“A supertempestade Sandy em 2012 foi um alerta para Nova York e fez a cidade perceber que precisava se preparar melhor para as mudanças climáticas”, disse Adrian Smith, vice-presidente da ASLA e líder da equipe de projetos de capital de Staten Island com a NYC Parks. Devido às tempestades de Sandy, “várias pessoas em Staten Island morreram e milhões foram perdidos em danos materiais”.
No 10º aniversário de Sandy, Smith, junto com Pippa Brashear, diretora da SCAPE, e Donna Walcavage, diretora da Stantec, explicaram como projetar com a natureza pode levar a comunidades costeiras mais resilientes. Durante a Semana do Clima de Nova York, elas conduziram centenas de pessoas por dois projetos on-line interconectados no extremo sudoeste da ilha: Living Breakwaters e seu companheiro em terra — o Tottenville Shoreline Protection Project.
Sessenta e dois anos separam a inauguração de Brasília e a abertura da 22º edição da Copa do Mundo de futebol masculino da FIFA, sediada em 2022, no Qatar. Claro, não só o lugar no tempo e espaço diferenciam estas duas ocasiões históricas: acrescentemos o contexto geopolítico, o caráter, os atores e os interesses envoltos a cada uma. O que sobra, então, como conectivo entre ambas? Para além do fato de que o emirado agora possui a sua própria cidade-modelo (Lusail), erguida no ermo da península, sob a cartilha das últimas tendências urbanas e tecnológicas – à semelhança do vanguardismo do Distrito Federal do Brasil à época da sua construção, em certa medida –, o elo inextricável entre as duas cerimônias está nos canteiros que materializaram as arquiteturas a comportá-las.
https://www.archdaily.com.br/br/991506/supressao-de-direitos-no-canteiro-de-obra-paralelos-entre-brasilia-e-qatarJoão G. Santos
Em sua oitava edição, o Prix Versailles reconhecem as melhores realizações no campo da arquitetura e do design em todo o mundo, promovendo a produção arquitetônica como vetor de desenvolvimento sustentável inteligente e considerando seus impactos ecológicos, sociais e culturais.
Pioneira na impressão 3D em grande escala, a ICON anunciou a construção de uma comunidade com 100 residências impressas em 3D, projetada em parceria com o BIG - Bjarke Ingels Group e desenvolvida pela Lennar. Localizada ao norte de Austin, na cidade de Georgetown, "The Genesis Collection at Wolf Ranch" se tornará a primeira e maior propriedade residencial do mundo construída por uma frota de robôs integrando técnicas de construção aditiva.
Combinando as possibilidades digitais da impressão 3D com recursos sustentáveis a um preço acessível, o projeto visa combater a crise imobiliária em Austin - uma das cidades mais dinâmicas e que mais cresce nos EUA - sede da nova Tesla Gigafactory e de outras gigantes como a Apple, Google, Microsoft e Oracle.
A Bienal Panamericana de Arquitetura de Quito (BAQ2022), organizada pelo Colégio de Arquitetos do Equador, acontece desde 1978 e busca promover o diálogo, o intercâmbio e a reflexão sobre a arquitetura e a cidade contemporânea. A edição deste ano abordou o mote "Inflexões: Ver de Novo", com o objetivo de proporcionar um espaço de discussão e debate sobre a arquitetura em torno de pontos de virada na história.
No encerramento do evento doram anunciados os projetos vencedores do Prêmio Nacional e do Prêmio Panamericano, selecionados dentre os quase 60 finalistas. Além disso, foram anunciados os vencedores do Prêmio Habitat Social e Sustentabilidade, entre oito finalistas, e as duas obras que receberam, conjuntamente, o Grande Prêmio Bienal. Conheça os premiados abaixo.
“Um dos primeiros resultados que encontrei quando estava pesquisando sobre arquitetura feminina no Google foi um arranha-céu na Austrália, cujos arquitetos disseram ter se inspirado nas curvas de Beyoncé quando o construíram”, narrou a arquiteta holandesa Afaina de Jong em sua última palestra do TEDxAmsterdamWomen em 2021. “É sério? O corpo dela? Beyoncé? Claro, ela é incrível, mas literalmente traduzir seu corpo em um prédio... Isso é arquitetura feminina?”, continuou ela, indignada.
De Jong é fundadora do estúdio AFARAI, onde trabalha com uma metodologia interdisciplinar combinando teoria e pesquisa com design. Ela considera seu ateliê “uma prática feminista que incentiva a mudança em questões sociais e espaciais e que acomoda as diferenças”, então Afaina provavelmente está familiarizada com o conceito de 'interseccionalidade'.
O escritório de arquitetura dinamarquês 3XN ganhou o 10º International High-Rise Award, prêmio para o arranha-céu mais inovador do mundo em 2022/23, com a torre comercial Quay Quarter Tower em Sydney, na Austrália. Dos mais de 1.000 arranha-céus concluídos nos últimos dois anos, o Quay Quarter Tower foi selecionado porque implementou soluções inovadoras em um momento de crescentes desafios ecológicos, integrando a estrutura de arranha-céus existente da década de 1970 no novo edifício.
Uma pesquisa realizada pelo Science Museum Group a partir da análise de objetos de diferentes períodos da história do Reino Unido mostra como suas cores se transformaram com o passar do tempo, deixando os tons vibrantes para trás e ficando cada dia mais cinzas.
A partir do acervo de objetos do Science Museum Group Collection, em uma pesquisa financiada pelo Creative Industries Policy and Evidence Centre (PEC), Cat Sleeman examinou mais de sete mil fotografias de objetos familiares do cotidiano, de máquinas fotográficas a luminárias e outros objetos domésticos, organizando-os em 21 diferentes categorias de acordo com seu uso. A análise foi feita a partir da contabilização de pixels de cores diferentes, e também abordou a forma dos objetos.
Chicago, a cidade dos ventos, a Chi-Town ou a segunda cidade. É um lugar conhecido por muitos nomes, mas para arquitetos e urbanistas, é famoso por sua história, que nos deu alguns dos edifícios mais conhecidos e avanços importantes que ajudaram a moldar outras cidades nos Estados Unidos. Desde seu início, Chicago tem servido como um centro arquitetônico inovador.
O lavabo, um espaço que normalmente é utilizado pelas visitas de uma casa ou comércio, pode ser um dos cartões de visita dos proprietários. Como áreas muito pequenas normalmente são as mais difíceis de inovar num projeto de interiores, reunimos aqui alguns exemplos criativos desse ambiente de uso mais público.
A Prefeitura do Rio de Janeiro deu início, em setembro, às obras do novoParque de Realengo Jornalista Susana Naspolini, localizado na zona oeste da capital fluminense. Desenvolvido pelo escritório de urbanismo e paisagismo Ecomimesis, o novo parque prevê a construção de hortas, um percurso cultural, área esportiva, jardins de chuva e um ecoponto destinado ao recolhimento e triagem de todos os resíduos sólidos do parque.
Do momento em que despretensiosamente começou os estudos de arquitetura, até se apaixonar pela complexidade do campo e pela multiplicidade de suas camadas, Johanna Meyer-Grohbrügge ficou impressionada com a natureza dual da arquitetura; seu aspecto intelectual e resultado físico. Fundadora da Meyer-Grohbrügge em Berlim, a arquiteta e seu estúdio buscam espacializar conteúdos, criar relacionamentos e encontrar soluções para a convivência.
Junto a Toshiko Mori e Gabriela Carrillo, Johanna Meyer-Grohbrügge faz parte do novo documentário Women in Architecture, que estreará no dia 3 de novembro de 2022. O filme, realizado por Sky-Frame em colaboração exclusiva com o ArchDaily e direção de Boris Noir, é um catalisador para o debate e reflexão em torno de um dos temas mais urgentes na arquitetura.
O trabalho nos canteiros de obras é uma etapa fundamental na formação do ambiente construído. A maioria dos arquitetos, designers ou engenheiros já se envolveu com canteiros de obras em um momento ou outro e entende a importância de fazer parte dessa etapa do ponto de vista do desenvolvimento do projeto. Trabalhar em canteiros de obras pode ser uma experiência de aprendizado valiosa e permite que as opiniões de vários especialistas sejam levadas em consideração para moldar um ambiente melhor para todos. Partindo desta ideia, e à medida que nos aprofundamos no tema do ArchDaily, Mulheres na Arquitetura, convidamos nossos usuários durante o mês de outubro a compartilhar sua opinião sobre discriminação de gênero nos canteiros de obras.