A era dos carros movidos a gasolina está chegando ao fim com o advento das baterias e carros elétricos – e com ela, os postos de gasolina e a poluição que eles trazem para as comunidades.
Postos de gasolina, por sua própria natureza, são riscos ambientais. Dos 450 mil locais perigosos somente nos EUA, metade está contaminada por petróleo, com grande parte vindo de tanques subterrâneos vazando de antigos postos de gasolina, gerando riscos de vazamentos e explosões.
Como resposta a desafios globais como mudanças climáticas, discriminação e vulnerabilidade física, designers e engenheiros de todo o mundo desenvolveram materiais de construção inovadores que colocam o bem-estar humano em primeiro lugar em projetos urbanos, de arquitetura e de interiores.
Nas conversas sobre arquitetura que estamos tendo no mundo de hoje, os materiais são um assunto muito difundido. Há discussões sobre a viabilidade do concreto no contexto contemporâneo, sobre como a madeira pode ser obtida de forma mais sustentável e sobre como materiais biodegradáveis, como o bambu, devem ser mais presentes em nossos ambientes urbanos.
Mas também precisamos falar sobre o que acontece nesses prédios – ou seja, os móveis que decoram, aprimoram e tornam habitáveis os prédios ao nosso redor. Os materiais usados para fabricar esses objetos evoluíram constantemente ao longo dos séculos e, à medida que nos aproximamos do final de 2022, vale a pena perguntar – o que o futuro reserva para os materiais que nossos móveis serão feitos?
Ao longo dos anos, o design de interiores evoluiu de acordo com as necessidades que vão surgindo, mas sobretudo com as experiências que procura evocar no usuário. Nos últimos dois anos pudemos testemunhar uma mudança radical e um interesse especial por este tema porque a pandemia obrigou-nos a dar uma atenção específica à configuração dos lugares que habitamos. Isso trouxe consigo projetos muito mais abrangentes que buscam atender o bem-estar do usuário, combinando cores, experiências sensoriais, tecnologia e elementos naturais que promovem a saúde.
O ICLEI Circulars lançou um novo guia prático de transições equitativas para ajudar as cidades a garantir que seus projetos de desenvolvimento urbano sejam equitativos para todos os cidadãos. O guia é baseado em múltiplos estudos de caso de cidades do mundo inteiro sob o projeto Urban Transitions Alliance. O objetivo do guia é fornecer insights, recomendações e ferramentas para que os profissionais das cidades entendam melhor e exponham o que significa equidade social ao nível local. A publicação é gratuita para download.
Muitos planejadores urbanos preveem que até 2050 mais de 6 bilhões de pessoas viverão nas cidades e, muitas vezes, em condições que expandi-las não é uma opção. Portanto, a única maneira de acompanhar a densidade crescente é construir para cima. Construir mais alto sempre traz inúmeros desafios e também uma competição não tão sutil entre os escritórios de arquitetura para terem seu nome vinculado aos maiores edifícios. Tão logo um arranha-céu é nomeado um dos mais altos do mundo, outro chega à prancheta e leva o título poucos anos depois. Embora o céu seja o limite, como isso afeta a construtibilidade dos projetos e quais feitos de métodos e materiais de construção nos permitiram construir nas nuvens?
No dia 13 de setembro, o IMS Paulista abre a exposição Moderna pelo avesso: fotografia e cidade, Brasil, 1890-1930. Com entrada gratuita, a mostra apresenta a produção fotográfica realizada em algumas das principais capitais do país — Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Belém — durante a Primeira República, de 1889 a 1930. A exposição documenta reformas urbanas radicais que aconteceram no período, abordando as tensões e contradições desses processos, que alteraram as paisagens e as formas de habitar e circular nas cidades.
https://www.archdaily.com.br/br/987858/exposicao-no-ims-paulista-investiga-relacoes-entre-fotografia-e-cidade-nas-primeiras-decadas-do-seculo-xxArchDaily Team
De acordo com o World Happiness Report, a Dinamarca lidera a pesquisa dos países mais felizes há anos. Copenhague, capital da Dinamarca, é conhecida por seus edifícios coloridos à beira-mar e sua arquitetura contemporânea radical, ambos refletindo o espírito alegre da cidade. A metrópole marítima é o estudo de caso favorito de um designer urbano com infraestrutura neutra em carbono, facilidade para pedestres e bicicletas, além de uma próspera esfera pública. Os designers dinamarqueses decifraram o código para construir cidades mais felizes, deixando muitos modelos a serem aprendidos.
Que relações entre o campo social da memória e a construção da cidade podem ser identificadas no período da ditadura civil-militar brasileira? Partimos da ideia de que a formação da cidade envolve uma série de disputas e concessões entre os mais diversos entes que compõem a sociedade. Uma vez que, como sabemos, cada agente social possui um lugar de fala diferente dos demais, as suas opressões ou privilégios são transportadas ao campo das memórias, que por sua vez se transcrevem na construção do ambiente urbano. Isto é, as opiniões e vontades de determinadas comunidades, por dotarem de mais recursos, determinam muitas vezes como os lugares serão erguidos e as narrativas tecidas sobre eles.
https://www.archdaily.com.br/br/986807/o-arco-da-destruicao-politicas-de-apagamento-no-desenvolvimentismo-do-regime-militarLuiza Gibertoni Leite e Pedro Flosi Trama
Cidades e comunidades no mundo todo estão avançando para reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE) e prevenir os impactos mais perigosos das mudanças climáticas. Em geral, as estratégias focam na redução de emissões em setores como transportes, energia, habitação e resíduos. Mas existe outro setor que muitas comunidades têm subestimado em seus planos climáticos: árvores e florestas.
https://www.archdaily.com.br/br/986623/5-motivos-para-as-cidades-incluirem-as-arvores-nas-acoes-pelo-climaJohn-Rob Pool, David Gibbs, Sadof Alexander e Nancy Harris
Na arquitetura, um dos desafios enfrentados pelos profissionais são os projetos em terrenos inclinados. As encostas íngremes tornam possível pensar em uma arquitetura em que o visual predomina, como mirantes naturais. Uma oportunidade de trabalhar o contato com o território, a espacialidade e as diferentes alturas. Diversas soluções são possíveis, resultando em uma arquitetura única e sempre contextual.
Selecionamos 10 projetos residenciais no Peru que revelam diversas abordagens arquitetônicas em terrenos inclinados a partir de seus cortes.
Cada vez mais pessoas vivem em espaços urbanos. O Relatório das Cidades Mundiais 2022, da ONU Habitat, revela que esse índice passou de 25% em 1950 para mais de 50% em 2020 e a estimativa para as próximas cinco décadas é que ele chegue a 58%. O levantamento indica ainda que até 2070 o número de municípios em países de baixa renda aumentará em 76% enquanto que nas nações de renda alta e média-baixa essa elevação ficará em cerca de 20%. O estudo observa também que esse cenário mostra a urgência das localidades serem projetadas e gerenciadas de maneira que o seu crescimento futuro não sobrecarregue a infraestrutura, as áreas abertas e os serviços existentes — levando a uma expansão insustentável.
https://www.archdaily.com.br/br/986625/o-que-e-densidade-urbana-e-quais-sao-suas-vantagens-e-desvantagensSomos Cidade
As florestas de eucalipto na Austrália são conhecidas por queimarem periodicamente. Essa também é uma forma de propagação das suas árvores, já que os frutos dessas espécies, conhecidos como “Gumnuts”, possuem uma camada isolante que é rompida com o calor do fogo. Ao se abrirem, banham o solo queimado com sementes, iniciando um processo de renovação da floresta. Glenn Murcutt, arquiteto australiano, tem uma obra enraizada na paisagem do país. A inovação de suas casas é que elas não negam a possibilidade dos frequentes queimadas, mas trazem elementos que as permitem controlá-los com o mínimo possível de perda. Em suma, as residências são construídas com envoltórias de materiais muito pouco inflamáveis, sempre contam com enormes reservatórios de água e com um “sistema de inundação” que possibilita que a edificação e seu entorno imediato sejam poupados em um incêndio florestal.
A Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado aprovou, na última quarta-feira, 17 de agosto, o projeto do marco regulatório para a exploração de energia — seja eólica, solar ou das marés — em alto-mar, lagoas e espelhos d’água no Brasil. O PL 576/2021 regulamenta a autorização para aproveitamento do potencial energético offshore. Do senador Jean Paul Prates (PT-RN), o projeto foi aprovado em caráter terminativo e, por isso, deve seguir para análise da Câmara dos Deputados.
Herzog & de Meuron revelaram seu mais recente empreendimento de uso misto em um dos distritos mais desejáveis de Austin, Texas. Apelidada de 'Sixth & Blanco', a estrutura horizontal contínua de madeira está aninhada entre fachadas de lojas vernaculares, restaurantes, lojas, galerias, ruas arborizadas e rotas pedonais perto do bairro de Clarksville. O desafio do projeto era propor uma arquitetura que materializasse ingredientes-chave de seu entorno e os distribuísse em um programa denso e permeável.
Periodicamente, a costa de Quintana Roo, no México, sofre fortes infestações de sargaço, uma alga marinha comum em regiões tropicais. Isso representa um grande problema para os habitantes locais, que ano após ano têm se dedicado exaustivamente à limpeza das praias durante a temporada de abril a agosto. A causa do sargaço ainda é desconhecida, mas algumas teorias ligam sua ocorrência à mudança climática e às mudanças no Oceano Atlântico. Atualmente, a Organização Não-Governamental Red de Monitoreo del Sargazo de Quintana Roo monitora a presença da alga na região e, de acordo com seu mais recente levantamento, há 22 locais com presença excessiva destes seres.
Embora o design e o layout dos banheiros que usamos atualmente seja milenar, ainda assim eles são considerados um dos cômodos mais difíceis de projetar e reformar. Existem muitas regras a serem seguidas durante os primeiros estágios do planejamento de um banheiro, especialmente porque envolve “pré-planejamento” e associação de encanamento, circuitos elétricos, conexões em cantos e áreas pequenas de piso. Vamos explorar os fundamentos do encanamento e onde alocar cada acessório para otimizar o layout do banheiro, facilitando seu projeto “faça você mesmo” de reforma ou criando o espaço do zero.
Os interessados em comprar meios de transporte que gastem pouco ou nenhum combustível podem contar com uma linha de crédito. O Banco do Brasil (BB) lançou este mês a linha BB Crédito Mobilidade, que financiará itens como bicicletas, patinetes, scooters elétricas ou mecânicas e motos abaixo de 125 cilindradas em até cinco anos.
MVRDV ganhou um concurso para projetar um complexo residencial e comercial de uso misto nos limites do distrito financeiro da nova área de Jiangbei em Nanjing, China. Apelidados de "Torres Oásis", os dois edifícios com 150 metros de altura são cercados por jardins exuberantes e proporcionarão aos moradores um refúgio verde dentro de uma parte densa e em rápido desenvolvimento da cidade.
São Caetano do Sul, no ABC Paulista, está no topo do ranking das cidades sustentáveis do país. O levantamento inédito revela que a cidade já conhecida por liderar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) no Brasil agora é a primeira entre os 5.570 municípios brasileiros em relação às práticas de ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU.
E se os formuladores de políticas, ao tomarem as decisões sobre como fazer investimentos públicos, não olhassem só para grandes obras de cimento e concreto, mas também prestassem atenção nas florestas?
Pensar na conservação, restauração e manejo da vegetação nativa – em outras palavras, em soluções baseadas na natureza – como alternativas de investimentos para melhorar a infraestrutura dos centros urbanos é uma abordagem inovadora que pode trazer grandes benefícios para a sociedade. Um exemplo disso está no setor de tratamento e abastecimento de água: as florestas podem desempenhar um papel tão importante nesse setor a ponto de ser considerada como uma infraestrutura natural.
https://www.archdaily.com.br/br/987534/florestas-para-agua-uma-solucao-baseada-na-natureza-para-enfrentar-crises-hidricasVitor Tornello, Lara Caccia, Mariana Oliveira e Bruno Calixto
A imensa escultura City, de Michael Heizer, uma obra ambiciosa de dimensões extraordinárias, começará a receber visitas do público a partir de 2 de setembro deste ano. O anúncio foi feito pela Triple Aught Foundation, organização sem fins lucrativos responsável pela gestão e manutenção da escultura de Michael Heizer. A obra de arte de um quilômetro e meio de comprimento e quase 800 metros de largura está localizada em uma região remota do alto deserto de Nevada. As obras tiveram início em 1972, quando o artista tinha 27 anos.
Em homenagem ao legado prolífico de Virgil Abloh nos campos da arquitetura e do design, o Museu do Brooklyn apresenta "Figuras de Discurso", uma exposição que oferece aos visitantes um olhar sem precedentes sobre o trabalho de mais de duas décadas do artista. De 1º de julho de 2022 até 29 de janeiro de 2023, os protótipos do artista serão apresentados ao lado de obras de arte finalizadas, produtos e objetos de moda, com suas diversas inspirações, desde pinturas centenárias até a sinalização contemporânea em canteiros de obras.
A expressão "tempestade perfeita" refere-se a um evento, geralmente não favorável, que é agravado em decorrência de uma confluência de fatores negativos ou imprevisíveis. É muito utilizada para retratar fenômenos meteorológicos, mas também abrange outros campos, como a economia, por exemplo. Essa analogia também pode funcionar para a relação entre a crise climática e a dependência do mundo com o concreto. Conforme evidenciado no Relatório da Chatam House, enquanto o cimento (essencial para a fabricação de concreto) é um material extremamente prejudicial ao efeito estufa e à crise climática, representando cerca de 8 % das emissões globais de CO2, prevê-se que sua produção global aumente nos próximos 30 anos para suprir a demanda da rápida urbanização de regiões como o Sudeste Asiático e a África Subsaariana. Ao mesmo tempo, o último relatório da IPCC nos alertou que nos restam apenas 11 anos restantes para reduzir as emissões e evitar danos irreversíveis da mudança climática. Ou seja, o setor de cimento está enfrentando uma expansão significativa no momento em que as emissões precisam cair rapidamente.