Criada após a devastação de New Orleans em 2005 pelo furacão Katrina, a Fundação Make it Right, criada pelo ator Brad Pitt, se tornou uma referência em projetos residenciais unifamiliares nos EUA, com projetos desenvolvidos por importantes nomes da arquitetura mundial, como Frank Gehry, MVRDV e Morphosis.
Os protótipos desenvolvidos tem uma especial atenção às questões ecológicas e econômicas e foram criados tendo em mente e situação das milhares de famílias desabrigadas após a tempestade que devastou parte de New Orleans -- cidade localizada em uma das regiões mais desfavorecidas dos EUA.
Recentemente, a Make it Right decidiu disponibilizar os desenhos técnicos de 26 modelos residenciais desenvolvidos ao longo dos 10 anos de trabalho da fundação. Entre os projetos, está uma versão da casa meio-pronta do Elemental e a casa mobília de Shigeru Ban. Veja a lista completa, a seguir.
O texto a seguir foi extraído do 'Design Review’, escrito por Peter Stewart para a Comissão de Arquitetura e Ambiente Construído (CABE, em sua sigla em inglês), em 2002. Na época do Festival Mundial de Arquitetura, cujos finalistas foram anunciados recentemente, Stewart dá algumas dicas do que é preciso para um bom projeto que seja competitivo.
O arquiteto romano Vitruvius sugeriu que as principais qualidades dos edifícios bem projetados são "estabilidade, utilidade e beleza" [firmitas, utilitas, venustas]:
Utilidade – edifícios devem servir o propósito para o qual foram projetados
Estabilidade – devem ser solidamente construídos e duráveis
Beleza – devem ter boa aparência; seu projeto deve agradar o olho e a mente.
https://www.archdaily.com.br/br/790989/what-makes-a-good-project-a-guide-to-successful-competition-entriesAD Editorial Team
Com duração de quase duas décadas, a exibição anual do Serpentine Gallery Pavilion tornou-se um dos eventos mais esperados tanto para a comunidade de arquitetos londrinos quanto para comunidade global. Na edição deste ano foi apresentado não apenas um pavilhão, mas quatro "casas de verão" adicionais, evidenciando que programa não mostra ainda nenhum sinal de abrandamento. Cada um dos dezesseis pavilhões anteriores foram instigantes, deixando uma marca indelével e forte mensagem à comunidade arquitetônica. E mesmo todos os pavilhões sendo removidos após suas curtas temporadas de verão para ocupar propriedades privadas distantes, eles continuam sendo compartilhados através de fotografias e em palestras de arquitetura. Com o lançamento do Pavilhão, que ocorreu dia 16 de junho, vamos olhar para trás e relembrar todos os pavilhões anteriores e sua importância para o público arquitetônico.
Sete obras foram nomeadas finalistas na segunda edição do Mies Crown Hall Americas Prize (MCHAP). Selecionadas entre 175 candidatas, as obras finalistas representam o que há de melhor na arquitetura realizada nas Américas entre janeiro de 2014 até dezembro de 2015. O prêmio inaugural, que destacou o melhor projeto feito entre 2000 e 2013, foi dividido entre a Fundação Iberê Camargo, projetada por Álvaro Siza, e o 1111 Lincoln Road, de Herzog & de Meuron.
Como fundador do "do tank" Elemental, o arquiteto chileno Alejandro Aravena (nascido no dia 22 de junho de 1967) talvez seja o arquiteto mais socialmente engajado a receber o Prêmio Pritzker recentemente. Distanciando-se de uma abordagem puramente estética, Aravena explica: "não achamos que somos artistas. Arquitetos gostam de construir coisas que são únicas. Mas se algo é único, ele não pode ser replicado, então, em termos de servir muitas pessoas em muitos lugares, o valor é próximo a zero."[1] Para Aravena, o principal objetivo do arquiteto é melhorar o modo de vida das pessoas ao abordar tanto as necessidades sociais e desejos humanos, como as questões políticas, econômicas e ambientais.
Esta semana o Bloch Building do Nelson-Atkins Museum of Art, projetado por Steven Holl, comemorou seu nono ano de funcionamento. Para celebrar a ocasião, o fotografo Iwan Baan visitou o projeto para mostrar como ele está inserido no campus do museu, tornando-se um ícone arquitetônica em Kansas City, e como ele continua sendo um dos projetos mais reconhecidos de Holl.
O Serpentine Pavilion de 2016, projetado pelo escritório BIG, foi inaugurado ontem na Serpentine Galery, localizada no Hyde Park em Londres. O projeto consistem em uma "parede descomprimida" na qual uma linha de tijolos tubulares de fibra de vidro no topo da parede é dividida em duas partes onduladas, abrigando o programa do pavilhão. Pela primeira vez, o pavilhão é também acompanhado por "summerhouses", projetadas por Kunlé Adeyemi, Barkow Leibinger,Yona Friedman e Asif Khan. As estruturas abrirão ao público no dia 10 de junho e permanecerão abertas até 9 de outubro. Saiba mais a seguir.
O prestigiado fotógrafo Iwan Baan divulgou uma nova série de fotografias que retrata a Ópera de Harbin, projetada pelo escritório MAD Architects, coberta de neve em seu contexto natural. A cidade de Harbin, ao norte da China, é conhecida por seus rigorosos invernos com temperaturas de até -30°C. Nas fotografias, a geometria sinuosa do edifício, revestido com painéis de alumínio, se mimetiza com o gelo formado sobre o rio adjacente.
Em um recente vídeo divulgado na página NOWNESS, o fotógrafo holandês Iwan Baan explica o processo de registrar em fotografias a Ópera de Harbin, projetada pelo escritório MAD Architects e localizada na região norte da China. O curto documentário descreve o poder da fotografia de arquitetura e mostra como Baan busca registrar o momento presente de um lugar, em vez e criar uma cena atemporal.
Em seu novo livro, Landscape as Urbanism (Paisagem como Urbanismo, em tradução livre), Charles Waldheim, Professor na John E. Irving e Diretor de Paisagismo na Graduate School of Design da Harvard University argumenta que para compreender a metrópole do século XXI "um entendimento tradicional da cidade como extrapolação de modelos e metáforas arquitetônicas não é mais viável dado a prevalência de forças ou fluxos maiores. Isso inclui rupturas ou quebras na lógica arquitetônica da forma urbana tradicional como compelida por mudanças ecológicas, econômicas e de infraestrutura."
Em outras palavras, as construções espaciais nos ambientes urbanos não deveriam mais ser ligadas à funções intratáveis ou tentativas de isolamento, mas deveriam se integrar ao tecido urbano. Esses tipos de projetos devem ser flexíveis às mudanças inevitáveis em funcionalidade e propósito que são os subprodutos da mudança econômica e evoluções nas intenções de uso do solo. Os doze projetos apresentados aqui são exemplares de tais práticas, tanto na forma como eles se adaptam às intervenções anteriores e como se movem para além da noção de um futuro estático para as condições urbanas que estão perpetuamente em fluxo.
Ao longo da história, um enorme espectro de materiais foi sendo incorporado à arquitetura. No entanto, um material que ainda aparece com pouca representatividade é o plástico: um componente maleável e versátil que pode ser usado para os mais variados propósitos. À luz das muitas aplicações do plástico na arquitetura, criamos uma lista com 12 projetos que empregam este material: de garrafas plásticas recicladas a revestimentos translúcidos, estes projetos representam apenas uma fração das muitas formas que os polímeros podem ser incorporados à arquitetura.
O repentino falecimento de Zaha Hadid gerou uma onda de comentários em homenagem a uma das figuras mais proeminentes da arquitetura. Uma pioneira "corajosa e radical", primeira mulher a receber o Prêmio Pritzker, o enorme impacto de Hadid no mundo da arquitetura é inegável. Sua ausência será sentida.
"Estamos todos chocados e devastados com a perda de Zaha hoje, um belo indivíduo, talento, líder e amiga", escreveu Patrik Schumacher, Diretor do escritório Zaha Hadid Architects, em seu perfil no Facebook.
Leia, a seguir, algumas mensagens em homenagem a Zaha Hadid.
Diferente da maioria das cidades estadunidenses, que passaram o século XX se expandindo radialmente para seu subúrbio, Los Angeles confunde gente de fora porque não possui um centro definido. A sigla "LA" é amplamente utilizada para se referir à uma variedade de pequenas cidades ao longo da baía de Los Angeles que cresceram junto ao longo do tempo. Tradicionalmente, uma grande parte destas localidades foram os centros culturais e os destinos turísticos (Hollywood, Santa Monica, Beverly Hills, Silverlake, etc) Enquanto estes distritos prosperaram, o centro da cidade ficou bastante negligenciado; seus edifícios sedes de grandes financeiras e espaços de comércio passaram por graves questões de ocupação durante a maior parte dos anos 1990 e 2000. Há dez anos atrás, a vida urbana nas ruas do centro da cidade fora do horário comercial é virtualmente inexistente.
Este destino era em grande parte o resultado de um planejamento urbano pobre. A destruição trágica do vibrante bairro residencial Bunker Hill nos anos 60 criou uma série de superquadras ladeadas de rodovias, compostas de lotes vazios que eram destinados às eficientes - e feias - torres modernistas, muitas das quais nunca foram aproveitadas. Até hoje em dia, esta área ainda sofre com lotes vazios. Empreendedores e arquitetos têm considerado o centro da cidade um investimento de retorno arriscado desde então.
O centro da cidade de Los Angeles não apenas era motivo de piadas (Em Uma Família da Pesada: "Não há nada pra fazer no centro!”) mas era também tratado com desdém. Até mesmo Frank Gehry disse uma vez que ele queria que o Walt Disney Concert Hall fosse construído 20 quilômetros de distância de sua localização original, para ser então construído em Westwood (próximo a UCLA). E ainda acrescentou que sentiu que as atuais tentativas de revitalização do centro eram "anacrônicas e prematuras". Ai!