Uma ilha de cozinha corretamente dimensionada é mais do que apenas um elemento arquitetônico funcional — é um componente chave no projeto da cozinha. Além de suas funções principais, pode servir como um espaço versátil e adaptável a várias necessidades domésticas, melhorando a eficiência do fluxo de trabalho, fornecendo espaço de armazenamento adicional, promovendo a interação social e contribuindo para a estética geral do espaço.
Seja utilizada como balcão de café da manhã ou para refeições rápidas, como área de estudo para o dever de casa das crianças ou como ponto de encontro para receber convidados, sua flexibilidade melhora a funcionalidade e a habitabilidade de qualquer ambiente de cozinha. No entanto, determinar o tamanho apropriado para uma ilha de cozinha exige uma abordagem meticulosa, combinando considerações espaciais, requisitos de fluxo de trabalho e sensibilidades de projeto.
Após duas semanas de votação na 15º edição do Prêmio ArchDaily Building of the Year, nossas leitoras e leitores escolheram dentre cerca de 4.000 projetos os 75 finalistas nas 15 categorias. A premiação deste ano celebra o que há de melhor em design, inovação e sustentabilidade em todo o mundo, com a lista apresentando uma variedade excepcional de projetos que vão desde pequenas casas até centros culturais de ponta e espaços públicos inovadores.
É possível dizer que existe um material atemporal na arquitetura, em termos estéticos? Seguramente, a madeira e o concreto são fortes candidatos. Não apenas porque são entendidos como representantes da solidez, volume e massa das construções, mas porque oferecem grande variedade plástica nos projetos. O concreto, diferentemente da madeira, possui mais maleabilidade. Ainda que a madeira já ofereça soluções mais moldáveis através de sistemas CLT, por exemplo, o concreto é obtido a partir de uma mistura entre líquido, pó e um agregado, ou seja, uma pasta, que pode ser vertida numa forma, espalhada sobre uma superfície, moldada em formatos diversos.
O uso e a demanda de materiais naturais em arquitetura e interiores possibilitou a retomada de sistemas construtivos tradicionais atualizados para o contexto contemporâneo. O que era considerado rústico passou a ser explorado em ambientes mais modernos, logo, a aplicação do material também se sujeita a novas formas de fixação, coloração, orientação (horizontal ou vertical). A madeira é o material dominante quando se trata de sistemas tradicionais e materiais ambientalmente sustentáveis. Contudo, um material que também é usado secularmente, igualmente sustentável e biodegradável, e que tem tido menos destaque, é a palha.
Cansadas de um padrão minimalista e sem personalidade, as pessoas buscam cada vez mais por espaços com caráter que tragam peças que dialoguem com a própria identidade. Ao menos, essa pode ser uma das interpretações a serem criadas ao avaliarmos que cozinhas com "cores berrantes, mix de estampas, quadros, plantas e, claro, o obrigatório pinguim de geladeira" são consideras uma tendência nas buscas do Pinterest para 2024. Com o retorno de uma estética kitsch e todos os elementos citados anteriormente, buscamos por alguns exemplos entre os projetos publicados no ArchDaily que possam inspirar a mudança neste ambiente tão fundamental de uma residência.
A linguagem autoral de cada arquiteto é sempre a base de análise de seu trabalho. O decorrer do tempo demonstra a consolidação de sua assinatura, possibilita reconhecer influências e referências precedentes, ao mesmo tempo que apresenta a constante atualização dessa linguagem, como um desenvolvimento formal que responde (e corresponde) ao recorte temporal em que se insere. Os projetos do Studio Guilherme Torres são ótimos exemplos deste desenvolvimento, desde sua fundação até o presente.
Dentro de uma cidade, existem preocupações múltiplas quando se trata de moradia: a localização, distâncias em relação a serviços básicos, mobilidade, acesso a iluminação natural, a vista, o nível de ruído. São pontos importantes – ainda mais em áreas adensadas –, mas que normalmente dizem respeito a apartamentos em edificações em altura. Quando se trata de uma casa, parte dessa lista acaba “resolvida” apenas pelo programa. Subentende-se que uma residência unifamiliar é mais afastada de centros movimentados (o que pressupõe maiores deslocamentos a serviços), que a iluminação natural é farta a depender da relação entre área construída e terreno, e que o ruído é diminuído, já que, em geral, áreas residenciais não estão inseridas em contextos urbanos agitados.
À medida que nos aproximamos do final de 2023, um ano repleto de acontecimentos que poderia ser definido como o ano das "mudanças", analisamos como eventos e tendências globais impactaram o design de espaços internos. Olhando para trás, as pessoas questionaram tudo, e a prática arquitetônica não foi exceção. Uma nova voz foi dada a nações frequentemente esquecidas, enquanto os arquitetos buscavam maneiras alternativas de projetar e construir. Questionamos o colonialismo, a cultura do consumo, o desperdício, a tradição e autenticidade, trazendo novas perspectivas dentro da disciplina. No entanto, o design de interiores em 2023 foi reservado; exploratório, mas muito mais modesto e sutil em comparação com os anos anteriores. Após anos de mudanças constantes, parece que as pessoas sentiram a necessidade de pausar, desacelerar e abraçar a simplicidade, expressando sua individualidade por meio de intervenções pontuais.
Os humanos são programados para responder positivamente à natureza; o som crepitante do fogo, o cheiro de chuva fresca no solo, as características medicinais das plantas e da cor verde, a proximidade dos animais etc. Isso, junto com as condições ambientais críticas de hoje e a rápida urbanização, mudou o foco dos arquitetos para projetos ecologicamente conscientes que aproximam as pessoas da natureza. Eles exploraram várias abordagens: estruturas de taipa, materiais e móveis reciclados, projetos guiados pela luz solar... A prática foi tão impulsionada pela onda verde que as linhas se confundiram entre o que é verdadeiramente sustentável e ecológico e o que é greenwashing. Mas o que proporcionou a conexão biológica mais inata com a natureza foi a biofilia e o ato de "trazer o exterior para dentro" através do design.
Como verdadeiros orquestradores espaciais, a expertise dos arquitetos se estende além da simples construção de edifícios, muitas vezes transcendo o reino físico do design. Eles possuem a habilidade única de criar espaços que não apenas são visualmente atraentes, mas que também parecem acolhedores, harmoniosos e, acima de tudo, funcionais. Abraçar esse papel fundamental envolve uma consideração cuidadosa de todos os detalhes que compõem um projeto; desde as fundações de um prédio até um sofá, os arquitetos devem garantir que todos os elementos, em todas as escalas, se unam de maneira coesa e influenciem positivamente nossas vidas cotidianas.
Em meio à imensa possibilidade de soluções construtivas, todas apresentam vantagens e desvantagens, ganhos e limitações. Seja por motivos econômicos, de prazos, disponibilidade material ou desempenho espacial, cada tipo de material responde de uma forma ao projeto e confere-lhe um determinado aspecto visual e ambiental. Em geral, uma construção necessita a combinação de mais de um tipo de sistema construtivo, o que possibilita que se compense alguma “deficiência” de um material pelo desempenho de outro. Os painéis de gesso acartonado, ou dry wall, estão neste limiar entre a rejeição e a preferência.
Em meio à crise ambiental que enfrentamos atualmente, a bioeconomia tem ganhado destaque em diversas áreas, o que inclui o setor da construção civil e seus esforços para tornar-se mais sustentável. Esse pensamento também trouxe reverberações para o campo da arquitetura de interiores, e assim, à medida em que a consciência sobre as mudanças climáticas e a necessidade de preservar nosso planeta aumentam, os arquitetos e designers têm recorrido aos biomateriais, elaborando espaços que não apenas encantam visualmente, mas que também têm um compromisso positivo em relação ao meio ambiente.
Qualquer historiografia da arquitetura é implicada e incompleta por definição: implicada porque demonstra a interpretação e curadoria dos exemplares daquele que a escreve, e incompleta porque, nessa seleção, exemplos desviantes acabam ficando de fora da linha do tempo “oficial”. Todavia, a possibilidade de rastrear formas, sua aplicação e repetição ao longo de períodos históricos separados por séculos é sempre um bom indício de uma genealogia, uma linhagem que situa exemplares e amplia repertório.
Uma historiografia da arquitetura pode ligar elementos de séculos passados e movimentos entendidos como “superados” com formas e aplicações contemporâneas, criando um campo de relações das quais se pode tirar proveito conceitual e projetualmente. Ao se categorizar alguns estilos, ressaltam-se características marcantes que, postuladas nas fontes bibliográficas, por vezes se emparelham a casos atuais. É o que se pode dizer do rococó, por mais longínqua que a relação pareça.
Seja através de pequenas amostras de materiais ou por uma colagem digital, um moodboardé uma ferramenta de projeto valiosa para arquitetos e designers, como um painel de inspiração com cores e elementos que guiarão as escolhas. A ideia é que ele seja utilizado para que os profissionais tenham inspirações para comporem seus projetos, seus panos de fundo, texturas predominantes e detalhes de destaque. Para tal, as superfícies desempenham um papel fundamental na definição de um espaço, dando o tom do espaço, tal qual uma música, onde todos os outros elementos podem combinar ou não na harmonia da paleta escolhida.
Uma iluminação bem planejada faz toda a diferença em um projeto de interiores, em diversos aspectos. Ela transcende a dimensão meramente estética para desempenhar um papel fundamental na criação de atmosferas que são capazes de interferir e modificar as emoções e percepções das pessoas nos ambientes. E se, de maneira direta, a iluminação pode proporcionar uma luminosidade geral e mais uniforme em um espaço, garantindo que todo o ambiente seja iluminado adequadamente para atividades diárias, de maneira indireta ela oferece uma abordagem mais sutil e eficaz, que cria ambientes acolhedores, suaves e agradáveis.
Nos últimos anos, a busca por abordagens mais sustentáveis e ecologicamente responsáveis tem se tornado uma tendência crescente em diversas áreas, o que inclui os projetos de arquitetura de interiores. Dentre muitos elementos, o bambu tem ganhado destaque por sua versatilidade, sobretudo quando comparado a outros materiais, ao oferecer inúmeras possibilidades criativas de uso e manipulação para a elaboração de espaços elegantes e ecologicamente mais conscientes.
A arte sempre foi um meio pelo qual as pessoas podem se conectar com os espaços, e os movimentos artísticos têm servido como uma plataforma para explorar novas relações com a arquitetura. Ao incorporar a arte em edifícios e espaços internos, eles foram transformados, resultando em uma fusão que cria ambientes bonitos, inspiradores e espiritualmente edificantes. Ao longo da história, vários movimentos artísticos, como o Renascimento no século XVII, o Barroco no século XVIII e o Art Nouveau, Art Déco e Bauhaus no início do século XX, tiveram um impacto significativo na arquitetura. Os arquitetos se inspiraram nos ideais, conceitos, abordagens estilísticas e técnicas desses movimentos, usando-os para criar estruturas habitáveis em grande escala. Como a casa é uma expressão fundamental de um movimento arquitetônico e a moldura mais simples para exibir o ethos artístico de uma determinada época, estudar seus espaços internos fornece uma imagem detalhada da influência da arte na organização espacial, design de móveis, padrões de produtos e interação do usuário.
Normalmente, fazemos reformas para mudar completamente um espaço ou de forma mais cirúrgica para trazer melhorias em questões de circulação e privacidade. Não importa a quantidade de paredes derrubadas, revestimentos trocados e marcenaria desenhada, o resultado sempre busca um espaço mais funcional e bonito. No caso de apartamentos que costumam ter as plantas tipo, intervir nelas também é uma forma de trazer um caráter único e mais pessoal para cada lar.
https://www.archdaily.com.br/br/986115/antes-e-depois-10-reformas-em-apartamentos-brasileirosArchDaily Team