Quando os primeiros raios de sol atingem a superfície da cidade sueca de Jukkasjärvi, no momento em que o inverno dá lugar a primavera, este hotel de gelo começa a derreter. São quinhentas toneladas de água que escorrem rumo ao Rio Torne. O que antes eram paredes, pisos e tetos, agora são gotas de água em busca do seu curso natural. Nessa cena que acontece todos os anos desde 1989, tudo é contradição. A solidez e a longevidade da construção, a efemeridade e a transitoriedade da escultura de gelo.
Arquitetura efêmera: O mais recente de arquitetura e notícia
Vivendo em um casulo: o fascínio pelas habitações mínimas e portáteis
“Com o perdão do mestre [Le Corbusier], a casa é uma máquina para carregar consigo e a cidade uma máquina a qual conectar-se”. Essa frase foi dita há quase 60 anos por David Greene, arquiteto fundador do grupo inglês Archigram, em ocasião da apresentação do Living Pod, um estudo para uma casa cápsula que poderia se transformar em um trailer. A ideia principal era que a estrutura pudesse ser conectada e desconectada das cidades dando forma à Plug-In City. Seu interior mínimo a delimitava como uma cápsula hermética, pequena e confortável, com o espaço pensado a partir de compartimentos planejados para múltiplos usos. O Living Pod foi um dentre tantos outros projetos igualmente utópicos e ousados desse grupo que parecia ter uma fixação em estruturas nômades e mutantes como a Walking City e a Instant City.
Para além do palco: impactos urbanos dos megashows
Quando astros musicais mundialmente famosos como Beyoncé, Taylor Swift e Paul McCartney anunciam suas turnês globais, após o frisson provocado pela divulgação dos países e das respectivas cidades-sede, esses locais se preparam para comportar a série de mudanças que serão desencadeadas por esses eventos em seus espaços urbanos. Esses megashows não se restringem ao âmbito musical, eles transcendem o palco para mobilizar cifras significativas e implicar em diversas transformações no cotidiano urbano dessas cidades. Mesmo que durante um curto período de tempo, esses eventos provocam alterações em variadas esferas e setores urbanos, como o turístico, o hoteleiro, o alimentício e o de transporte.
Terra e luz: obra de land art de Jim Denevan é inaugurada em Abu Dhabi
Self Similar, uma grande instalação de land art criada por Jim Denevan, foi recentemente inaugurada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, como parte de uma exposição que se estende por toda a cidade. Com curadoria de Reem Fadda, Diretora de Programação Cultural de Abu Dhabi, e Alia Zaal Lootah, a exposição reúne 35 obras de arte site-specific, produzidas por artistas locais e internacionais. Em cartaz até 30 de janeiro de 2024, a exposição é uma coleção diversificada que tem como objetivo envolver o público.
Espaços efêmeros: por trás da arquitetura de eventos
O episódio 213 do Arquicast aborda a fascinante área da arquitetura de eventos, destacando a importância da criação de espaços que transformam simples ocasiões em experiências memoráveis. O retorno vigoroso do mercado de eventos após dois anos desafiadores devido à pandemia reflete a necessidade humana de celebrar, compartilhar alegria e escapar da rotina. No entanto, por trás dessas experiências memoráveis estão os arquitetos e designers de eventos, cuja atenção aos detalhes e criatividade molda o sucesso de cada ocasião.
Sustentabilidade e inovação na arquitetura efêmera: 15 pavilhões de madeira
Desde os primórdios da modernidade, a arquitetura de pavilhão sempre marcou presença ao apresentar vanguardas do campo arquitetônico. A construção destas estruturas temporárias ou semipermanentes, seja em exposições, feiras, eventos culturais ou esportivos, são uma oportunidade de apresentar novas experimentações materiais e formais. Projetados para serem montados e desmontados facilmente, utilizados muitas vezes por um limitado período, é importante pensar como diminuir o impacto ambiental sem perder seu apelo estético e inovador. E, para isso, há um material que desponta como grande aliado: a madeira.
Cidades efêmeras: três conceitos radicais que propõem aos usuários moldarem seu ambiente
O conceito de uma cidade pode ser entendido como um sistema em constante transformação, no qual arquitetos e habitantes colaboram para sua concepção e remodelagem. Embora sua estrutura inicial possa ser delineada por designers ou arquitetos, a essência da trama urbana é, em última instância, moldada pela sociedade e pelas gerações que a ocupam. A questão da "autoria da cidade" frequentemente surge no contexto do planejamento urbano. Será que os arquitetos e urbanistas podem prever até que ponto uma cidade evoluirá por meio de seu projeto inicial? A resposta é não. A noção de autoria do usuário reconhece, então, que o planejamento urbano não deve ser abordado como um projeto de construção convencional, no qual os designers tentam prever todos os aspectos de forma, padrão, comportamento e cultura. Em vez disso, ela reconhece o papel desempenhado pelas pessoas na configuração da trama urbana por meio de suas preferências arquitetônicas, desenvolvimento da identidade do bairro e remodelagem contínua que contribui para a história e o espírito do lugar. Esses elementos devem ser considerados desde o início do processo de projeto, contemplando ideias relacionadas à expansão futura, infraestrutura adaptável e capacitação dos cidadãos para contribuir com a arquitetura da cidade, tornando, assim, o planejamento urbano mais democrático. Este artigo explora conceitos de cidades radicais, nas quais os designers adotam ideias de autoria dos usuários e a evolução constante da arquitetura efêmera.
10 Instalações e pavilhões do Burning Man 2023
No vasto e implacável Deserto de Black Rock, em Nevada, uma cidade é reconstruída uma vez por ano. Milhares de pessoas se reúnem para criar uma metrópole temporária com um espírito coletivo. Em 2023, o Burning Man suprimiu todas as restrições à expressão, permitindo que formas surpreendentes fossem construídas. O tema deste ano, ANIMALIA, fez do Deserto de Black Rock uma tela em branco para a criatividade, um campo de jogos para a autoexploração e um refúgio para a expressão radical das individualidades.
“ANIMALIA” incentiva os participantes a embarcarem em uma jornada que borra a linha entre realidade e fantasia, e homenageia a diversidade do reino animal, desde os animais que habitam as áreas de transição do deserto até criaturas míticas e fictícias que aparecem em nossos sonhos. As instalações e pavilhões deste ano foram inspirados pelo mar, areia, céu e imaginação, variando de uma instalação de peixe representando águas doces a um pavilhão de tricô vivo que toma forma com tecidos, além de uma estrutura geométrica que explora o potencial de um cubo.
O paradoxo da arquitetura sustentável: durabilidade e transitoriedade
Para transmitir o poder e prestígio de seu império, os romanos construíram uma arquitetura duradoura como símbolo de seu reinado longevo. Os imperadores empregaram grandes obras públicas como afirmações de seu status e reputação. Por outro lado, a arquitetura japonesa há muito abraça ideias de mudança e renovação, evidente na reconstrução ritualística de santuários Xintoístas. Uma prática conhecida como shikinen sengu é observada em Ise Jingu, onde o santuário é propositadamente desmontado e reconstruído a cada vinte anos. Em todo o mundo, filosofias sobre permanência e impermanência permearam as tradições arquitetônicas. Em meio à crise climática, como esses princípios se aplicam ao design arquitetônico moderno?
O avesso da folia: a cidade efêmera do carnaval de Salvador
Às vésperas de embarcarmos, coletivamente, à bordo de mais uma aventura conhecida como carnaval, o primeiro propriamente dito após o longo e difícil período da pandemia de Covid-19, é importante falarmos sobre um outro aspecto da folia, menos abordado e visibilizado nas narrativas dominantes sobre o tema. Num recorte temporal mais recente, é possível perceber que em algumas cidades, com o aumento da escala, proporção e engajamento dos festejos carnavalescos, aliado ao grande interesse turístico e econômico disparado pela festa, o carnaval passou a mobilizar engendramentos cada vez mais amplos de logísticas, equipamentos e estruturas. Esses elementos passaram a tensionar uma série de espacialidades e outras dinâmicas urbanas existentes, incorporando-se, cada vez mais invasivamente, na relação entre essa importante festa popular e determinados espaços das cidades.
Hotel Theros All Suite / Mastrominas ARChitecture
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Arquitetos: Mastrominas ARChitecture
- Área: 3100 m²
- Ano: 2022
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Fabricantes: Alumil, B&B Italia, Ethimo, Fantini, Kronos, +6
Plastique Fantastique apresenta a instalação "Burbujas Efímeras" na Cidade do México
Como parte da agenda de atividades do centro cultural Casa del Lago, localizado no Bosque de Chapultepec na Cidade do México, o laboratório criativo Plastique Fantastique apresentou a instalação "Burbujas Efímeras" (em português,"Bolhas Efêmeras"). O grupo, com sede em Berlim, Alemanha, experimenta intervenções efêmeras e realiza projetos artísticos em todo o mundo.
14 Instalações efêmeras que trazem novas reflexões para os espaços coletivos
A arquitetura é uma área ampla que apresenta diversas possibilidades de atuação. Cada vez mais os jovens arquitetos têm se esforçado para descobrir novos caminhos e desbravar outros espaços profissionais. A arquitetura efêmera, com seu caráter experimental e artístico, tem papel relevante nessa trajetória, fazendo os profissionais observarem e discutirem questões urbanas e sociais, paisagem e meio ambiente. Apresentamos aqui exemplos de instalações temporárias que explicitam essas questões e transformam seu entorno.
Arquitetura inflável: 20 pavilhões temporários ao redor do mundo
Existe algo de instigante na maneira em que o ar, matéria extremamente fugaz e invisível, pode modelar as mais variadas formas. Essa fascinação está presente no nosso imaginário desde que somos crianças, quando somos atraídos pela leveza, cores, ludicidade e variedade dos balões infláveis.
Encontros de Arquitetura: debate sobre arquitetura efêmera no IABsp
O terceiro “Encontros de Arquitetura” abordará o tema arquitetura efêmera e intervenções no espaço público. Levando em consideração o espraiamento da atribuição do arquiteto e do urbanista, este encontro pretende discutir os projetos de rápida realização que afetam, durante um espaço curto de tempo, o dia a dia da população.
Exposição "Outros Territórios" ocupa o Viaduto das Artes em Belo Horizonte
Com o objetivo de jogar luz sobre as possibilidades dos vazios urbanos, foi recentemente realizada a Chamada Internacional de Projetos para Intervenção Urbana “Outros Territórios”, que reuniu propostas de intervenções efêmeras para as “palafitas” dos prédios do bairro Buritis, em Belo Horizonte.