Em 2020, em meio à primeira onda de bloqueios devido à pandemia, o município de Amsterdã anunciou sua estratégia para se recuperar dessa crise adotando o conceito de “Economia Donut” (traduzido também como economia da rosquinha). O modelo é desenvolvido pela economista britânica Kate Raworth e popularizado por meio de seu livro, Doughnut Economics: Seven Ways to Think Like a 21st-Century Economist, lançado em 2017. Ela argumenta que o verdadeiro propósito da economia não precisa igualar o crescimento. Em vez disso, o objetivo é encontrar um ponto ideal, uma forma de equilibrar a necessidade de fornecer a todos o que precisam para viver uma vida boa, uma “base social”, enquanto limitamos nosso impacto no meio ambiente, “o teto ambiental”. Com a ajuda de Raworth, Amsterdã reduziu essa abordagem às proporções de uma cidade. O modelo agora é usado para informar estratégias em toda a cidade em apoio a essa ideia abrangente: proporcionar uma boa qualidade de vida para todos sem colocar mais pressão no planeta. Outras cidades estão seguindo este exemplo.
Arquitetura: O mais recente de arquitetura e notícia
Como Amsterdã usa a economia da rosquinha para criar estratégias equilibradas para pessoas e meio ambiente
Mario Cucinella Architects vence concurso para projetar dois arranha-céus em Viena
Mario Cucinella Architects acaba de ganhar um concurso fechado para projetar duas torres multifuncionais em Viena. Situado no 2º distrito da capital austríaca, onde o empreendimento urbano dinâmico “Viertel Zwei” está em obras há algum tempo, o projeto consiste em dois arranha-céus, ambos de diferentes linguagens arquitetônicas e feitos para diferentes propósitos, que conformarão um complexo urbano.
Uma breve história do Estilo Internacional
Quando as pessoas descrevem o movimento modernista em sua totalidade, fazem ampla referência aos arranha-céus de aço e vidro que marcam presença no horizonte de muitas cidades, ou mais especificamente, ao Estilo Internacional que surgiu na Europa após a Primeira Guerra Mundial. O Estilo Internacional representou o progresso tecnológico e industrial e um renascimento das construções sociais que influenciariam para sempre a maneira como pensamos sobre o uso do espaço em todas as escalas. Muitas vezes projetados como edifícios politicamente carregados, procurando fazer uma declaração aos governos totalitários, muitos arquitetos que influenciaram o estilo mudaram-se para os Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, abrindo caminho para alguns dos edifícios e arranha-céus mais icônicos construídos no século XX.
50 Projetos que mostram a ascensão da construção com madeira laminada cruzada
A madeira é um material natural, renovável e pode apresentar baixas emissões de carbono se manejado adequadamente. No entanto, enquanto material de construção, quando submetida a uma força direcional ao longo de sua fibra, a madeira serrada é estruturalmente instável e considerada inadequada para cargas mais elevadas. Em comparação, a madeira laminada cruzada (CLT) — cuja fabricação envolve simplesmente a colagem de várias camadas de madeira com as fibras arranjadas numa trama perpendicular — atinge um nível muito mais alto de rigidez estrutural ao longo de ambos os eixos. Os componentes de CLT devem ter no mínimo três camadas, mas podem ser reforçados com a adição de outras. Simplificando, devido à complexa física envolvida na laminação perpendicular, a resistência da CLT é semelhante à do concreto armado, com desempenho comprovado sob forças sísmicas.
Então, o que há de novo? A madeira já existe há tempo suficiente, e a usamos como material de construção há séculos. Certamente esta não é a primeira vez que alguém percebe que ela fica mais forte quanto mais você a usa. Bem... como era de se esperar, a mudança de popularidade da madeira laminada cruzada na construção coincide com uma maior compreensão e foco nas causas ambientais, mas a relação nem sempre foi positiva.
Pavilhão da Suíça na Bienal de Veneza 2023 explora as relações territoriais com tema "Vizinhos"
O projeto da Suíça para seu pavilhão nacional na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura-La Biennale di Venezia terá curadoria de Karin Sander e Philip Ursprung para explorar as relações territoriais dentro do Giardini de La Biennale. Com o título Vizinhos, o projeto se concentra na proximidade espacial e estrutural entre o Pavilhão Suíço e seu vizinho venezuelano. Ao transformar a própria arquitetura na exposição, o projeto também destaca a ligação entre os arquitetos das duas estruturas: o suíço Bruno Giacometti (1907 - 2012) e o italiano Carlo Scarpa (1906 - 1978). A exposição ficará aberta de 20 de maio a 26 de novembro de 2023.
Fábrica de afetos: arquiteturas para habitar entre espécies
"Fábrica de afetos" é uma obra em exposição de Antonio Yemail que ficou à mostra na Galeria Policroma, em Medellín, até meados de fevereiro. Ela foi criada a partir de um longo processo envolvendo diferentes estudos de caso sobre a relação entre gatos e pessoas. Há mais de uma década Antonio pesquisa uma arquitetura específica para seres esquivos a partir de vários campos, incluindo pesquisa, academia, prática arquitetônica e artística.
Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 anuncia 63 pavilhões nacionais e forte presença africana entre 89 participantes
A Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 anunciou nesta terça-feira, 21 de fevereiro, que a edição deste ano incluirá 63 pavilhões nacionais. A exposição internacional, com curadoria de Lesley Lokko, contará com 89 participantes, mais da metade dos quais são da África ou da diáspora africana.
Entre os escritórios convidados estão Adjaye Associates, atelier masōmī, Kéré Architecture, MASS Design Group, Sumayya Vally e Moad Musbahi, Theaster Gates Studio, Andrés Jaque / Office for Political Innovation, Liam Young e Neri&Hu Design and Research Office, para citar apenas alguns.
Na quebrada: 11 projetos construídos em favelas e bairros periféricos
É raro que casas em favelas sejam reconhecidas por suas qualidades arquitetônicas. Na história do Prêmio ArchDaily Building of the Year, isso aconteceu apenas duas vezes: em 2016 com a Casa Vila Matilde, do Terra e Tuma Arquitetos, e na edição deste ano com a Casa no Pomar do Cafezal projetada pelo Coletivo LEVANTE. Localizada em Belo Horizonte, a casa foi construída para o músico e gestor cultural Kdu dos Anjos, que prefere chamar-la de "meu barraco".
Nos dois casos, área reduzida, materiais simples e orçamento modesto não foram impeditivos para um projeto arquitetônico virtuoso que tirou máximo proveito das qualidades do entorno e da orientação do terreno, provando que limitações podem servir de impulso para projetos de grande qualidade.
Centro histórico de Odesa na Ucrânia entra para a lista da UNESCO de sítios ameaçados
O comitê da UNESCO decidiu inscrever o Centro Histórico da Cidade Portuária de Odesa, na Ucrânia, na Lista do Patrimônio Mundial da Humanidade. A decisão simboliza o reconhecimento do valor excepcional do sítio e o compromisso dos 194 Estados da Convenção de não realizar nenhuma ação deliberada que possa prejudicá-lo, mas sim, auxiliar na sua proteção. O local também foi inscrito na Lista do Patrimônio Mundial em perigo, o que lhe dá acesso a assistência financeira ou técnica internacional para garantir sua proteção e, se necessário, contribuir para sua reabilitação.
A ascensão e queda da densidade urbana de Nova York
Por duzentos anos, a cidade de Nova York tem sido a maior metrópole dos Estados Unidos e continua a superar suas concorrentes. A cidade é uma das mais antigas e prósperas do país. Sua região metropolitana produz bens e serviços que equivalem em termos monetários à metade do que o Brasil produz. A sua estrutura urbana, capacidade produtiva e elevada renda per capita evidenciam sua posição privilegiada no mundo, e uma das chaves para entender a sua ascensão está no início da sua história e ao longo do seu processo de desenvolvimento. Em 1624, as terras da ilha de Manhattan foram compradas do povo indígena Lenape pelo holandês Peter Minuit, da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, que fundou a chamada Nova Amsterdã. A ilha é uma extensa área plana de 59 km² situada em meio à foz do Rio Hudson e do Rio do Leste. A baía permitia atracar grandes navios e era também um local mais fácil de se defender.
Cidade de 15 minutos: a visão de Paris que tem inspirado um movimento global
Até alguns anos atrás, a margem direita do Rio Sena, em Paris, era uma via de trânsito rápido por onde passavam mais de 40 mil veículos todos os dias. Apesar de ter sido nomeada Patrimônio Mundial da Unesco, a via costumava estar totalmente engarrafada nos horários de pico ou funcionar como um corredor para os carros em alta velocidade. Por isso, colaborava para as taxas de poluição atmosférica da cidade, que com frequência costumavam ultrapassar os limites da União Europeia, e para milhares de mortes na capital francesa todos os anos.
Paulo Mendes da Rocha será homenageado com duas exposições na Casa da Arquitectura em 2023
Paulo Mendes da Rocha será homenageado com duas grandes exposições realizadas este ano pela Casa da Arquitectura, em Matosinhos, norte de Portugal. Geografias Construídas: Paulo Mendes da Rocha, uma Retrospectiva tem curadoria de Jean-Louis Cohen e Vanessa Grossman e projeto expositivo de Eduardo Souto de Moura e Nuno Graça Moura, enquanto que Paulo conta com curadoria de Rui Furtado e Marta Moreira e projeto expositivo de Ricardo Bak Gordon. Ambas inauguram em 26 de maio.
Um interior impresso em 3D com plástico reciclado: reduzindo os resíduos e aprimorando o design
"Nosso planeta está sufocando com plástico", afirma as Nações Unidas. Embora o material feito pelo homem tenha muitos usos valiosos, nosso vício em produtos plásticos de uso único levou a severas questões econômicas, de saúde e ambientais. Aproximadamente um milhão de garrafas plásticas são compradas a cada minuto e cinco trilhões de sacos plásticos são usados todos os anos em todo o mundo - usados apenas uma vez e depois jogados fora. Plásticos e microplásticos chegaram a todos os cantos de nosso ambiente natural, desde os picos das montanhas mais altas até as profundezas dos oceanos. Tanto que eles se tornaram parte do registro fóssil da Terra e criaram um habitat microbiano marinho totalmente novo conhecido como "Plastisfera".
Entre a experimentação e a pesquisa: entrevista com Gustavo Utrabo
O Arquicast conversa com Gustavo Utrabo, arquiteto brasileiro cujo trabalho se destaca por sua capacidade de experimentação e pesquisa contínua, além de ser formado no Paraná, ele tem experiências em Harvard, MIT, Hong Kong e Escola da Cidade. Foram abordados no episódio sua experiência em comunicação no podcast "Entre Mundos", as dificuldades iniciais da carreira autoral, a dinâmica e estrutura de seu trabalho atual, seus projetos notáveis, como as Moradias Infantis Canuanã, além de sua visão sobre o futuro da profissão e ainda um debate sobre as redes sociais.
Pavilhão dos Países Baixos na Bienal de Veneza 2023 explora tema “Construindo Ecossistemas”
O Nieuwe Instituut nomeou Jan Jongert, do Superuse Studios de Roterdã, como curador do Pavilhão dos Países Baixos na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia. Em resposta ao tema abrangente de Lesley Lokko para esta edição da Bienal, Laboratório do Futuro, a equipe curatorial holandesa pretende explorar os complexos sistemas que sustentam as estruturas de nossa sociedade. A exposição estará aberta de 20 de maio a 26 de novembro de 2023.
Pavilhão de Taiwan na Bienal de Veneza 2023 destaca a inteligência incorporada à paisagem
A 18ª Exposição Anual de Arquitetura La Biennale Di Venezia acontece de maio a novembro sob o tema O Laboratório do Futuro. Este ano, o Pavilhão de Taiwan, organizado pelo Museu de Belas Artes de Taiwan, analisará a inteligência imbuída nas paisagens. Aparelhos diacrônicos de Taiwan mostra como os habitantes locais ao longo da história de Taiwan usaram sua intuição para moldar o ambiente. Além disso, o projeto também abre um diálogo sobre terreno artificial e natural para redescobrir o que podemos aprender com a natureza.
Casas brasileiras: diferentes usos e funções para o quintal
Em países tropicais como o Brasil muito se valoriza as áreas externas nos projetos residenciais. Nas casas brasileiras os quintais são utilizados de diferentes maneiras e se configuram também de acordo com o projeto arquitetônico. Sendo grandes ou pequenos, ajardinados, com piscina, ou equipados com outras funcionalidades, quando possível as famílias brasileiras buscam aproveitar ao máximo suas áreas externas.