A busca por projetar espaços ao ar livre dentro das habitações urbanas densas se tornou para alguns uma necessidade e para outros um requisito a ser cumprido. Em resumo, é uma das demandas mais procuradas que os arquitetos em todo o mundo recebem diariamente. Embora este fenômeno tenha sido acentuado durante a pandemia de Covid-19, desde suas origens, estes espaços de expansão foram concebidos não apenas para aumentar o uso da luz natural e da ventilação, mas também para promover a relação interno e externo, dando a possibilidade de acomodar diferentes usos e funções mesmo quando os metros quadrados são escassos ou quando a conexão com a natureza pode ser vislumbrada muito além do horizonte.
Buenos Aires: O mais recente de arquitetura e notícia
Varandas em Buenos Aires: estratégias de projeto em apartamentos
Mercado Manduca / Hitzig Militello Arquitectos
Casa Montañeses / BHY arquitectos
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Arquitetos: BHY arquitectos
- Ano: 2022
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Fabricantes: Aluar, Huup, Neolith, Pimux
Edifício Monroe 4285 / Bou Arquitectura + Estudio Gramo + Ariel Kitay Arquitectura + Gris Arquitectura
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Arquitetos: Ariel Kitay Arquitectura, Bou Arquitectura, Estudio Gramo, Gris Arquitectura
- Área: 1050 m²
- Ano: 2017
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Fabricantes: Barugel azulay, FV, Griscan iluminacion, ferrum
As 10 maiores cidades da América Latina em 2022
Hoje, 11 de julho, é celebrado o Dia Mundial da População, um evento anual iniciado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em 1990 que visa aumentar a conscientização sobre questões demográficas globais. Uma questão ainda mais urgente hoje: não só seremos dez bilhões de pessoas em 2050, como também dois terços de nós viverão em cidades, segundo relatórios recentes da ONU-Habitat.
Anualmente, o World Population Review avalia o crescimento das cidades e o número de residentes que vivem em áreas metropolitanas para entender as tendências globais em transformação. Embora na lista das 20 cidades mais populosas do mundo encontremos muitas da Ásia, como Tóquio, Delhi e Xangai, ao mesmo tempo, diversas cidades latino-americanas, como São Paulo, Cidade do México e Buenos Aires, também marcam presença. Decidimos, portanto, listar as dez cidades mais populosas da América Latina e, assim, entender seu crescimento e participação no contexto global.
Casa Ph Superi / Juan Manuel Galleano + Junta Arquitectas
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Arquitetos: Juan Manuel Galleano, Junta Arquitectas
- Área: 87 m²
- Ano: 2018
Buenos Aires: a cidade que almejamos pode estar logo ao lado
Entre as boas práticas de cidades contemporâneas estão objetivos como a proximidade entre casa e trabalho, a mistura de usos, a busca de uma densidade que permite caminhabilidade e que os térreos dos edifícios sirvam de “olhos da rua”, nas palavras da urbanista Jane Jacobs, voltados para as calçadas. Como exemplos dessas características estão cidades como Paris, com a sua vida de estabelecimentos voltados para o passeio, Barcelona, com suas quadras elaboradas pelo Plano Cerdá, Nova York, com sua intensa vida urbana na ilha de Manhattan, e Hong Kong, com a sua enorme densidade em um pequeno pedaço de terra. Todos esses exemplos estão situados em realidades distintas da vida urbana do Brasil, um país emergente.
As cidades mais populosas do mundo em 2022
Atualmente, metade da população mundial vive em cidades, segundo os últimos relatórios da ONU-Habitat, e as previsões mostram que esse número deve aumentar para dois terços da população até 2050. Essa realidade intensifica exponencialmente os desafios urbanísticos, tornando mais evidente do que nunca a necessidade de transformação de nossas cidades. Anualmente, a estimativa da população mundial avalia o crescimento das cidades e o número de moradores que vivem em áreas metropolitanas para que as tendências globais sejam analisadas. Em 2022, a lista dos 20 países mais populosos manteve-se semelhante à edição de 2021, com ligeira alteração em números e posições. Tóquio manteve o status de maior cidade do mundo, com 37 milhões de habitantes, enquanto Delhi e Xangai seguiram em segunda e terceira posições.
Comparando os resultados com a edição de 2021, a única queda que pode ser observada no top 20, envolve ambas as cidades japonesas, Tóquio e Osaka. O restante da lista teve, em média, um crescimento de 1,8% no total de pessoas residentes em regiões metropolitanas. De fato, as cidades africanas Kinshasa, na República Democrática do Congo, e Lagos, na Nigéria, reuniram as taxas mais altas, com um aumento de residentes de 4,39% e 3,54%, respectivamente, em 1 ano. A maior cidade do continente americano ainda é São Paulo no Brasil, seguida de perto pela Cidade do México e Buenos Aires. Na Europa, Istambul é a mais populosa, com mais de 14,5 milhões de habitantes.
Paisagens invisíveis: quando as ferramentas digitais falham em documentar
A partir de uma pesquisa on-line feita de qualquer computador é possível ter imagens de muitas cidades do mundo pela perspectiva de pedestres. Essa tecnologia é poderosa, permitindo que as pessoas tenham uma visão aprofundada das cidades que um dia podem visitar, morar ou trabalhar. É uma ferramenta útil para entender os edifícios em um nível mais abrangente do que fotografias. Essa tecnologia é, obviamente, o Google Street View - que recentemente completou 15 anos.
Campanópolis, a pequena vila nascida da reciclagem em Buenos Aires
Atualmente, o papel dos arquitetos excede os limites da construção, atingindo campos muitas vezes impensáveis, mas que, no entanto, demonstram uma relação estreita com a profissão. Se voltarmos no tempo, o fato é que muitos edifícios, casas, monumentos e até cidades foram construídos intuitivamente, sem contar com planejamento urbano ou arquitetos renomados. Sem dúvida, os arquitetos de hoje enfrentam um grande desafio que vai além de demonstrar nossas habilidades e conhecimentos, e se estende a outras áreas que nos envolvem, mas nós ainda não o conhecemos. Qual será, então, o perfil do arquiteto do futuro?
As passagens de Buenos Aires: um escape da cidade
Em um percurso pelas quadras de Buenos Aires, cerca de 500 passagens se distribuem por toda a cidade. Independentemente do bairro em que estão localizadas, elas representam cartões postais de uma arquitetura urbana contemporânea com um toque de improvisação. Apesar do que se vê hoje, elas são testemunhas da organização de Buenos Aires, que aspirava a regularidade de um tabuleiro de xadrez.
Muitas vezes é difícil dizer a diferença entre a passagem, o beco e a rua sem saída, mas todos eles fazem parte do espaço urbano, aquele lugar de troca, de encontro, de sinais, símbolos e palavras onde as pessoas vivem, brincam e aprendem ao mesmo tempo.
Casa Bou / LMCO arquitectos
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Arquitetos: LMCO arquitectos
- Área: 150 m²
- Ano: 2022
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Fabricantes: FV, Trendhouse, VASA, ferrum, inRO
Ampliação da Casa David Peña / Christian Silva arquitecto
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Arquitetos: Christian Silva arquitecto
- Área: 30 m²
- Ano: 2021
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Fabricantes: Avellaneda, Barbieri, Ceramicas San Lorenzo, Durlock, FV, +4
Lições sobre processo cooperativo: o projeto de habitação coletiva Castelli 3902 em Buenos Aires
Localizada na Rua Castelli 3902, esta obra é o resultado de uma experiência entre a organização de arquitetos e urbanistas do Proyecto Habitar e a COOPTEBA SM/3F, uma cooperativa habitacional de trabalhadores da educação da Província de Buenos Aires, San Martín e Tres de Febrero. Em um mundo onde as desigualdades no acesso a bens e serviços urbanos determinam a vida de uma grande parte da população, os autores do projeto procuraram trabalhar de forma coletiva e interdisciplinar a fim de enfrentar a injustiça social e espacial existente. Saiba mais sobre a experiência abaixo.
Moradia para a Vila Olímpica, edifícios UG4-P2 e UG4-P3 / Martín Szydlowski + Edgardo Barone + Mariana Baulán
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Arquitetos: Edgardo Barone, Mariana Baulán, Martín Szydlowski
- Área: 9682 m²
- Ano: 2018
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Fabricantes: AutoDesk, Trimble Navigation
As 20 maiores cidades do mundo em 2021
De acordo com o último relatório das Nações Unidas sobre as populações nas cidades, até 2030, “projeta-se que as áreas urbanas abriguem 60% da população global e uma em cada três pessoas viverá em cidades com pelo menos meio milhão de habitantes”. Crescendo em tamanho e número, as cidades são centros de governo, comércio e transporte e, em 2021, as 20 maiores cidades do mundo já totalizam meio bilhão de pessoas. Com efeito, uma a cada cinco pessoas em todo o mundo vive em uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes.
A seguir, reunimos as 20 maiores megacidades do mundo em 2021, de acordo com o número de pessoas que vivem em sua área metropolitana. Embora Tóquio seja a maior cidade em nível global, com um total de mais de 37 milhões de habitantes, a maioria das maiores cidades do mundo está nos dois países mais populosos, China e Índia. Entre elas, temos cinco metrópoles na China – Xangai, Pequim, Chongqing, Tianjin e Guangzhou – e três na Índia – Delhi, Mumbai e Calcutá. A maior cidade do continente americano é São Paulo, com 22 milhões de habitantes, seguida pela Cidade do México e Buenos Aires, na Argentina. Istambul, na Turquia, ocupa a 13ª posição com uma parte da cidade situada na Europa e outra parte na Ásia.
Arquitetura bioclimática na América Latina: estratégias passivas para economizar energia
“Antes da era dos combustíveis fósseis baratos, durante a qual se popularizaram as tecnologias modernas de calefação e condicionamento de ar, a arquitetura tradicional, era por assim dizer, mais sensível às condições climáticas específicas. Depois da recente crise energética, o interesse pelas estratégias passivas na arquitetura parece estar ressurgindo com força total.” [1]
Resumidamente, poderíamos dizer que a arquitetura bioclimática é aquela que incorpora, desde as primeiras fases de projeto, estratégias e recursos passivos, ou seja, aqueles que permitem aproveitarmos as condiciones favoráveis específicas do clima e local, oferecendo, simultaneamente, proteção contra as possíveis condições extremas. Desta forma, esta arquitetura não só permite a criação de melhores condições de conforto interior, mas também permite minimizar o consumo energético do edifício como um todo, diferenciando-a das abordagens mais convencionais, onde delega-se o controle das condições de conforto à sistemas mecânicos de condicionamento de ar, de aquecimento e e arrefecimento. A arquitetura bioclimática, então, está baseada em uma busca contínua por otimizar recursos, principalmente através de suas formas e volumes, orientações de fachadas e aberturas, materiais naturais e locais, uso do espaço, e outras tantas variáveis.