Em vista da extinção de cerca de 40 mil vagas de estacionamento na cidade de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad afirmou, nesta última quarta-feira, que as vagas de automóveis não farão falta para a cidade e tampouco atrapalharão o transito da maior cidade do país.
A medida prevê que as milhares de vagas de estacionamento dêem lugar a construção de ciclovias e ciclofaixas, uma iniciativa que, segundo o prefeito, tirará São Paulo do século XIX e lhe garantirá um lugar no século XXI.
Foi lançado recentemente em Boston um interessante programa chamado "Prescribe-a-Bike", que permite aos médicos do Centro Médico de Boston prescrever receitas que permitem a inscrição dos pacientes no sistema de bicicletas públicas da cidade por apenas 5 dólares anuais (o custo regular é de 80 dólares anuais).
https://www.archdaily.com.br/br/606992/centro-medico-de-boston-podera-prescrever-receitas-para-andar-de-bicicletaEquipo Plataforma Arquitectura
Apostar na bicicleta como meio sustentável de transporte em comunidades menos desenvolvidas economicamente é incentivar um modelo acessível, saudável e viável. Esta é uma das conclusões do Manual de Projetos e Programas para Incentivar o Uso de Bicicletas em Comunidades, lançado recentemente na sede do Departamento Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ). O estudo foi desenvolvido pela EMBARQ Brasil em parceria com o IAB-RJ e as secretarias municipais de Habitação e Meio Ambiente do Rio.
O evento de lançamento contou com a presença do presidente do IAB-RJ, Pedro da Luz Moreira; da diretora de Relações Estratégicas e Desenvolvimento da EMBARQ Brasil, Rejane Fernandes; da gerente de Projetos da Secretaria de Habitação, Reanne Vianna; e da gerente do Plano Cicloviário da Secretaria de Meio Ambiente, Maria Lucia Navarro Maranhão. O especialista em mobilidade sustentável, arquiteto Ricardo Montezuma, também participou da cerimônia, e ministrou palestra sobre o panorama favorável a este modal no mundo.
No final de maio, o sistema de aluguel de bicicletas públicas de Nova York, o Citi Bike, completará um ano de funcionamento, período suficiente para realizar as primeiras avaliações em relação ao seu uso.
E isto foi o que fizeram três pesquisadores das universidades de Columbia e Nova Yorkbuscando saber se os ciclistas que mais usam o sistema tem um convênio casual (diário ou semanal) ou anual, os horários em que se alugam mais bicicletas e quais são alguns dos locais mais trafegados da cidade.
Durante os últimos anos, o número de ciclistas na capital dinamarquesa tem se mantido estável, contudo entre 2012 e 2013, os trajetos de bicicleta aumentaram 35%, segundo dados de um estudo de hábitos de transporte da Universidade Técnica da Dinamara (DTU). Em 2013 a média de quilômetros percorridos por trajeto foi de 4,2 km.
Este aumento ocorreu após vários anos sem grandes flutuações, de modo que diversos especialistas dinamarqueses vêm analisando o que ocorreu neste último ano.
https://www.archdaily.com.br/br/601341/dispara-o-numero-de-trajetos-de-bicicleta-em-copenhague-em-2013Equipo Plataforma Arquitectura
Os esforços de Copenhague para se converter em uma cidade mais limpa levaram a Comissão Europeia a reconhece-la como a Capital Verde 2014.
Ainda que este anúncio não surpreenda tanto a todos, já que constantemente são divulgados na capital dinamarquesa projetos que respeitam o meio ambiente, vale a pena conhecer as metas e os projetos que buscarão desenvolver após receber a nomeação.
Contar com ciclovias bem projetadas não é apenas um desejo dos ciclistas, mas uma necessidade para que as cidades tenham uma opção de transporte sustentável. Se considerarmos que, apenas para 2014, se estima um aumento de 20% nas vendas de bicicletas num país como o Chile, torna-se ainda mais importante aumentar a infraestrutura cicloviária para suprir a demanda.
Para não repetir certos problemas de projeto, um bom exercício é aprender com a experiência de outros países.
O vídeo, produzido pelo urbanista norte americano Nick Falbo, mostra uma proposta para tornar mais seguros os cruzamentos, tanto para carros como para bicicletas e pedestres.
Nos últimos 20 anos, o ciclismo urbano em Amsterdã aumentou mais de 40%, mas este crescimento, ao invés de preocupar as autoridades, é um grande motivo para fortalecer ainda mais este meio de transporte. Assim, a cidade holandesa acaba de lançar um Plano Ciclista de Longo Prazo, considerando a construção de mais ciclovias, estacionamento de bicicletas perto do metrô e novas medidas de curto prazo para lidar com o alto fluxo de ciclistas.
Além dos benefícios ao meio ambiente e à saúde que o ciclismo proporciona, as cidades que se abriram para esta tendência estão se provando lucrativas, fato vem atraindo o interesse de muitos investidores americanos. As ruas que proporcionam segurança e conforto para os ciclistas urbanos não apenas aumentam a visibilidade e atratividade do mercado imobiliário, elas também reduzem a necessidade de desperdiçar dinheiro (e espaço) com grandes estacionamentos. Além disso, como salientou Michael Andersen, do jornal The Guardian, ciclistas são os "consumidores perfeitos: do tipo que sempre volta." Saiba mais por que o ciclismo é bom para os negócios aqui.
A boa reputação das cidades europeias em relação à cultura da bicicleta é o resultado de vários fatores que se combinam, entre eles, a motivação cívica e a vontade política para promover a bicicleta como meio de transporte eficiente, que afeta positivamente a qualidade de vida nas áreas urbanas.
Neste sentido, Groningen, no norte da Holanda, é um dos vários exemplos europeus notáveis nesse panorama. Nesta cidade não existem apenas mais bicicletas do que carros, mas também, mais bicicletas do que pessoas. A cidade implementou uma política pública favorável ao uso da bicicleta nos anos 70 que continua até hoje.
Caracas, a capital da Venezuela, realizou há alguns meses uma simulação do sistema de transporte público de bicicletas: o CicloVidaCCS, uma rede gratuita e complementar à mobilidade de ônibus e metrô.
As bicicletas públicas estão incluídas no Plano Estratégico Metropolitano de Caracas 2020, sua inclusão é uma primeira abordagem para mapear, identificar e obter dados relevantes através da pesquisa direta com os cidadãos, verificando a receptividade para o uso da bicicleta na cidade como um meio de transporte urbano.
Há alguns anos, o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) anunciou uma invenção que prometia revolucionar o mundo do ciclismo. Em dezembro de 2013, o MIT cumpriu sua promessa e lançou “The Copenhagen Wheel”, um motor sem fio acoplado a uma roda que, ao ser instalado como roda traseira de uma bicicleta tradicional, converte–a em uma elétrica, tornando mais fácil e mais rápido o pedalar para quem se move pelas cidades.
Mesmo essa sendo uma criação pioneira, não é a única desse tipo, já que, no começo de 2013 a empresa FlyKly elaborou o “Smart Wheel”, um motor elétrico com o funcionamento muito parecido que também evitaria o roubo das bicicletas.
Isso é o que muitos querem pensar. Desculpas? Falta de criatividade? Talvez uma combinação de ambas.
Os meios de transporte não motorizados são componentes importantes das estratégias de mobilidade na cidade moderna, com um grande potencial de impactar a qualidade de vida de seus habitantes e de beneficiar diretamente (exercício físico) e indiretamente (diminuição de poluentes) sua saúde. Isso, sem mencionar a oportunidade de diminuir um pouco o acelerado ritmo de vida urbana, de ter tempo para apreciar a cidade e todas as coisas interessantes que ela tem para oferecer aos seus habitantes.
“Nós estivemos onde vocês estão”. Essa frase, dita por um dos entrevistados no documentário feito pelo Streetfilms, revela que Amsterdam também teve um período em que os automóveis eram sinônimos de progresso e podiam ser vistos por toda a cidade.
Nos anos 60, o número de acidentes de trânsito na capital holandesa aumentou consideravelmente; isso desencadeou, na década seguinte, uma proposta por parte dos habitantes que visava mudar essa realidade através da rejeição do automóvel e da construção de uma cultura ciclista.
O teto do Rijksmuseum, Museu Nacional dos Países Baixos, sofreu uma intervenção no dia 12 de dezembro com cinco mil luzes florescentes que formavam pistas para ciclistas.
No corredor do museu, que serve como passagem, conectando-se com as ruas que cercam o edifício, foram colocadas dez bicicletas estáticas nas quais qualquer um poderia subir para competir com os demais e ver quem pedala mais rápido. O vencedor conseguia iluminar por completo a sua pista que está no teto, criando uma bonita paisagem, justamente no primeiro pavimento do maior e mais reconhecido museu de Amsterdam.
Há alguns anos a comuna de Providencia, que faz parte de Santiago, Chile, tem um sistema de bicicletas públicas e recentemente foi inaugurada a B-Cycle em Vitacura, outra comuna, que promete se estender a outras áreas de Santiago. Então, lentamente, a capital do Chile começa a avançar nesse processo que já ocorreu em várias outras cidades do mundo, algumas com mais sucesso que outros.
Portanto, para Santiago, assim como para outras cidades latino americanas que pretendem implementar com sucesso os sistemas de bicicletas compartilhadas, é essencial observar e aprender com as experiências de outras cidades mais avançadas nesse quesito.
Cada vez mais as pessoas ao redor do mundo vêm escolhendo a bicicleta como meio de transporte. A infraestrutura para os ciclistas (ciclovias segregadas do tráfego de veículos, ciclofaixas, etc.) é cada vez mais importante e necessária em muitas cidades de todos os continentes.
Se você perguntar a um ciclista o que é preciso para fazer uma boa ciclovia, certamente ouvirá muitas histórias sobre processos burocráticos e sobre cidadãos céticos, além de que um desenho ineficiente coloca o espaço do ciclista em disputa com o dos pedestres e motoristas.
À primeira vista, “Starpath” parece ser uma intervenção urbana montada no parque Christ’s Pieces em Cambridge, Inglaterra. No entanto, trata-se da primeira ciclovia no mundo que beneficia, através dos materiais com os quais foi feita, não apenas ciclistas, mas pedestres, o meio ambiente e o município onde está instalada.