O ambiente construído na Índia está envolvido em uma negociação entre tradições antigas, uma população diversificada e ambições globalizadas. Quando se trata de preservação do patrimônio, essas forças convergem para criar uma abordagem distintiva aos esforços de conservação no país. Além dos modelos convencionais vistos em muitas partes do mundo, os projetos de conservação na Índia entrelaçam práticas históricas, envolvimento comunitário e reverência pela essência viva dos edifícios.
Conservação da Arquitetura: O mais recente de arquitetura e notícia
Arquitetura de conservação na Índia: cultura e edifícios vivos
Ilha de Saint-Louis: uma jornada por sua história arquitetônica e desafios de conservação
Localizada a 270 km ao norte de Dakar, a capital do Senegal, e próxima à fronteira com a Mauritânia, encontra-se a Ilha de Saint-Louis, uma cidade colonial proeminente na África Ocidental, reconhecida por sua combinação de arquitetura mediterrânea e clima tropical. Fundada pela Colônia Francesa em 1659 como seu primeiro posto comercial na costa atlântica da África, Saint-Louis posteriormente tornou-se a capital da África Ocidental Francesa (AOF) e do Senegal. No entanto, perdeu esse status em 1902, o que resultou em seu declínio econômico.
Essa história complexa transformou Saint-Louis em um ponto de encontro para diferentes camadas de arquitetura e urbanismo. A ilha apresenta uma forma urbana em grade com vilas de dois andares, típica do urbanismo colonial francês do século XIX. Além disso, possui pátios tropicais, varandas sombreadas, casas art déco dos anos 1920 e prédios cívicos modernos do início dos anos 30. No entanto, devido ao seu isolamento econômico e infraestrutural, essa arquitetura e patrimônio urbano têm se degradado continuamente. Portanto, busca-se novas intervenções para a conservação, restauração e readequação da cidade.
Colapso de barragens provoca inundações em Derna, na Líbia — um quarto da cidade foi completamente destruído
Dentro do espaço de uma semana, dois desastres naturais atingiram nações do norte da África. Na segunda-feira, 11 de setembro, dias após um grande terremoto atingir as Montanhas do Alto Atlas do Marrocos, a tempestade Daniel atingiu o noroeste da Líbia, levando ao colapso de duas barragens, que liberaram torrentes de lama e água na costa do país, matando milhares de pessoas e destruindo grandes partes da cidade portuária de Derna, além de outras cidades e vilarejos como Benghazi, Bayda e al-Marj. Com mais de 10.000 residentes ainda desaparecidos e milhares de deslocados, a magnitude do desastre ainda está sendo avaliada. Bairros inteiros de Derna, uma cidade atravessada pelo rio Wadi Derna, foram varridos.
Conheça os vencedores do Prêmio Europeu de Intervenção no Patrimônio Arquitetônico 2019
12 projetos finalistas, uma menção honrosa e 5 obras vencedoras foram anunciadas em Barcelona como resultados da 4° edição do Prêmio Europeu de Intervenção no Patrimônio Arquitetônico AADIPA.
"Basta!": Nota do CAU/BR sobre a tragédia do Museu Nacional
A destruição o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, não pode passar em branco. Essa tragédia deve servir como um grito de basta contra o abandono, negligência e destruição da memória nacional. A realidade, lamentavelmente, é que a situação do Museu Nacional não é única. Outras tragédias iguais podem ocorrer.
Os valores que nos identificam como sociedade não podem virar cinzas como o Museu Nacional. Conclamamos o Estado, os arquitetos e 2 urbanistas, as universidades, os intelectuais, as entidades de classe, enfim, a sociedade brasileira a se mobilizar.
Aplicação do instrumento da Transferência do Direito de Construir na conservação de imóveis tombados
Todo imóvel possui um potencial construtivo definido através de parâmetros urbanísticos específicos de cada zona, conforme a Lei de Zoneamento de cada município. Um imóvel tombado, devido às restrições estabelecidas pelo seu tombamento, pode não conseguir usufruir de todo o seu potencial construtivo previsto em lei. Sendo assim, a Transferência do Direito de Construir (TDC) consiste na permissão dada aos proprietários desses imóveis em vender seu potencial construtivo para outros imóveis da cidade.
No Brasil, o primeiro documento que trata desse tema é a “Carta de Embu”, proposta pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Administração Municipal (CEPAM), publicada em 1976. Esta carta aborda o conceito de Solo Criado iniciando a ideia de que para edificar além do potencial básico do terreno o proprietário estaria sujeito ao pagamento de uma contrapartida financeira ao poder público, assim como funciona o instrumento da Outorga Onerosa do Direito de Construir (OODC). Além disso, esse documento também já previa a possibilidade de os proprietários de imóveis tombados venderem o seu direito de construir.
Mapa interativo do Patrimônio Histórico de São Paulo
A plataforma SP Patrimônio tem como objetivo "auxiliar a pesquisa de campo, análise do terreno e coleta de dados referente aos bens imóveis tombados" de São Paulo para estudantes e profissionais de patrimônio cultural, minimizando o tempo de pesquisa e acesso à informação.
Desenvolvido como Trabalho Final de Graduação na Universidade Anhembi Morumbi entre os anos de 2014 e 2015, pela aluna Sumaya Távora Costa, orientada pela professora Dra. Melissa R. S. Oliveira, o website conta com um detalhado mapa colaborativo do Patrimônio material tombado na capital paulista.
Cataguases: Legado da Modernidade
Cataguases, pequeno município brasileiro pertencente ao estado de Minas Gerais, que concentra população com pouco mais de 70 mil habitantes, ao longo de sua história, ficou conhecida por reunir uma série de significativas obras artístico-culturais ligadas à produção modernista brasileira a partir do século XX. As importantes obras variam entre as Artes Plásticas, Cinema e, sobretudo, Arquitetura, num panorama de produção entre as décadas de 1940 e 1950. Contudo, o peculiar caso é movido ao fato do município, com pequeno perímetro geográfico e populacional, contar com simbólico e potencial patrimônio moderno brasileiro, com obras de Francisco Bolonha, irmãos MM Roberto e Oscar Niemeyer.
Entre as obras arquitetônicas presentes no perímetro da Cidade, dois projetos concebidos por Oscar Niemeyer ajudaram a construir sua história e legado: a Residência Francisco Inácio Peixoto (1940) e Colégio Cataguases (1949). No primeiro projeto, para Francisco Inácio Peixoto, escritor brasileiro, empresário na área industrial e fazendeiro, considerado importante financiador às manifestações artístico-cultural e responsável pela chegada de Niemeyer à região nos anos 40, junto ao paisagismo de Roberto Burle Marx.
A diferença entre Alemanha e Brasil na contratação de projetos públicos: o caso da renovação da Neue Nationalgalerie de Mies van der Rohe
Para 2020 está prevista a reabertura ao público da Nova Galeria Nacional (Neue Nationalgalerie), em Berlim, após quase 6 anos fechada para a realização de obras de restauro e atualização. Um dos últimos projetos do arquiteto Mies van der Rohe, seu único do pós-guerra realizado na Alemanha, foi aberta em 1968 e é dedicada a abrigar a arte do século XX. Após mais de quarenta anos de uso, o edifício foi objeto de um longo processo de conhecimento, projeto, planejamento e obra. Os trabalhos estão em pleno andamento, sob a coordenação de uns dos mais prestigiados escritórios de arquitetura na Europa, David Chipperfield Architects.
A vasta experiência adquirida pela firma em projetos para novos museus e renovações, sendo uma das mais significativas a intervenção no Novo Museu, na Ilha dos Museus, também em Berlim, deu-lhe a capacidade técnica para o enfrentamento do problema de maneira precisa, autoral e eficiente. Pela bagagem, a encomenda e a escolha do escritório pareceriam óbvias, não fosse o proprietário do imóvel o governo alemão e não existisse a necessidade de seguir o rito da contratação pública. O processo que levou o escritório David Chipperfield Architects a estar à frente do projeto e da obra da Nova Galeria Nacional, no entanto, está longe da tradicional concorrência para a licitação de projetos que se vê no Brasil, e vale ser explicado.
Iphan divulga emblema do Patrimônio Cultural Brasileiro
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan divulgou esta semana a proposta vencedora de um concurso para selecionar o emblema do Patrimônio Cultural Brasileiro. A proposta foi apresentada no dia 16, um dia antes do Dia do Patrimônio Cultural no Brasil e véspera também do aniversário de 80 anos do Iphan.
Mais de 280 propostas foram enviadas para o concurso do emblema do patrimônio cultural. Os trabalhos foram avaliados por um júri composto por representantes de diversas instituições parceiras do Iphan: UNESCO, ICOMOS, Associação dos Designers Gráficos do Brasil, Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).
Jornada do Patrimônio 2017 convida a conhecer a história de São Paulo através dos edifícios
Entre os dias 19 e 20 de agosto, a Secretaria Municipal de Cultura e o Departamento do Patrimônio Histórico fazem um convite especial a paulistanos e turistas: a oportunidade de reconhecer seu patrimônio histórico, artístico e cultural, distribuído por diversos pontos da cidade.
Neste fim de semana, será realizada a terceira edição da Jornada do Patrimônio paulistana, nos moldes do que já ocorre em diversos países, como as Journées du Patrimoine na França e o Open House em Nova Iorque, Lisboa, Porto e outras cidades. Com o tema “Construindo Histórias”, a edição de 2017 se difere das anteriores, abordando o diálogo do patrimônio histórico com o presente e o futuro da cidade.
A obra do arquiteto argentino Eduardo Sacriste: entre a educação e a construção de habitações populares
O marco teórico e material na arquitetura de Eduardo Sacriste deixou um legado importante para os estudantes de arquitetura e os profissionais argentinos. Sua obra, que teve lugar entre a prática e o ensino, evidencia um arquiteto enquadrado nas tendências do movimento moderno, mas que valoriza a arquitetura e os costumes de seus habitantes locais.
Pondo um particular foco de atenção na capacidade da arquitetura como um meio de transformação social, sua atenção focou-se na habitação popular e vernacular argentina. Os projetos que desenvolveu são vistos principalmente na província de Tucuman, e são o resultado de um equilíbrio entre o simples, o eficiente e o reflexivo. A partir disso, considerava que a arquitetura deveria responder aos modos de vida das pessoas, e não às características do autor da arquitetura. Uma arquitetura que humilde, trabalhando com o sentido da razão e da economia.
Guia de arquitetura: 12 marcos da independência da Colômbia
Pouco mais de dois séculos se passaram desde os acontecimentos que estabeleceram as bases para a libertação da Colômbia. Hoje em dia, perduram marcas da história materializadas no tempo e na paisagem - palcos de disputas e lutas; lugares que resguardam a identidade história do país.
Em comemoração à independência de nosso vizinho latino, selecionamos 12 lugares emblemáticos relacionados à libertação do país há 207 anos, e que por seu valor estético, histórico e geográfico, realçam os valores da arquitetura e do urbanismo colonial e republicano na Colômbia.
Departamento de Patrimônio Histórico de São Paulo lança série de textos sobre os bens culturais da cidade
O Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) de São Paulo lançou no início deste mês uma uma série de textos sobre as regiões da cidade, destacando seus bens culturais mais emblemáticos.
Segundo a página do DPH, "a ideia é tratar não apenas de arquitetura, mas sim localizar esses bens na história paulistana, contribuindo para a compreensão dos diversos períodos de desenvolvimento da cidade."