Ainda assim, o país enfrenta desafios tanto esperados quanto inesperados, desde uma grave escassez de habitação até a crescente preocupação em relação às alterações climáticas e à evolução das ideias sobre ecologia. Nas palavras da curadora Suzanne Mulder, o país está "mais uma vez na prancheta", à medida que arquitetos, urbanistas e designers retomam as conversas sobre o futuro, olhando para as lições do passado. Para auxiliá-los nesse processo, o Nieuwe Instituut de Roterdã está organizando a exposição "Projetando os Países Baixos: 100 anos de Futuros Passados e Presentes".
A arquiteta, acadêmica e curadora ganesa-escocesa Lesley Lokko foi prestigiada com a Royal Gold Medal de 2024 pelo Royal Institute of British Architects (RIBA), tornando-se a primeira mulher africana a receber o prêmio. Lokko não é uma arquiteta praticante, mas como professora, escritora e curadora, ela lutou para ampliar o acesso à profissão e dar voz a pessoas que foram negligenciadas por muito tempo. Como curadora da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023, ela mudou o foco para a África e sua diáspora, explorando os complexos temas da decolonização e da descarbonização. Por todas as suas contribuições para a profissão, Lesley Lokko receberá formalmente a medalha em maio de 2024, das mãos de Muyiwa Oki, o primeiro presidente negro do RIBA.
A arquiteta, designer e educadora romena Oana Stănescu foi escolhida como curadora do Beta 2024 - Bienal de Arquitetura de Timișoara, agora em sua quinta edição. Radicada em Nova York e Berlim, Oana Stănescu é reconhecida internacionalmente por seu diversificado portfólio de intervenções ao redor do mundo, ampliando os limites da profissão e abordando questões significativas da sociedade. No ano passado, ela foi selecionada como parte das Novas Práticas de 2023 do ArchDaily. Como curadora do Beta 2024, Oana Stănescu definirá o tema geral da bienal, que acontecerá na cidade romena de Timișoara, estabelecendo o palco para um evento que busca "proporcionar uma nova experiência da prática arquitetônica por meio de uma abordagem interdisciplinar e interseccional".
A biblioteca de projetos da ArchDaily é gerenciada por nossos curadores, que buscam constantemente enriquecer nossa seleção com as obras mais interessantes, evidenciando enfoques e critérios distintos e inclusivos. Este ano, começamos a destacar as escolhas de nossa equipe de curadoria na conta do ArchDaily no Instagram, onde nossos curadores lançam luz sobre alguns projetos que abordam temas interessantes e características únicas.
A 18ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza encerrou em 26 de novembro. No total, mais de 285 mil pessoas visitaram a exposição, fazendo desta a segunda edição mais visitada da história. Com o nome de "O Laboratório do Futuro", esta bienal foi liderada pela curadora Lesley Lokko e foi a primeira a focar na África e sua diáspora, explorando a "cultura fluida e entrelaçada das pessoas de ascendência africana que agora atravessa o globo", relacionando temas como decolonização e descarbonização.
Esta edição atraiu uma ampla variedade de visitantes, sendo que 38% deles foram representados por estudantes e jovens. Os visitantes organizados em grupos representaram 23% do público em geral, sendo que a grande maioria dos grupos era de escolas e universidades. Os números indicam um evento centrado na transmissão de conhecimento e circulação de ideias.
A Trienal de Arquitetura de Sharjah 2023 abriu suas portas em 11 de novembro, apresentando um amplo programa centrado no tema principal A beleza da impermanência: uma arquitetura de adaptabilidade. Enquanto estava em Sharjah, a equipe da ArchDaily teve a oportunidade de conversar com a curadora Tosin Oshinowo sobre sua visão curatorial, o desenvolvimento dos temas do programa e os objetivos mais amplos por trás do evento. Influenciada por suas experiências em Lagos, Oshinowo concentrou a Trienal na celebração de lugares que prosperam mesmo em condições de escassez, destacando modelos alternativos do Sul Global para construir um futuro mais justo e habitável.
A Trienal de Bruges 2024 anunciou o seu tema, "Espaço de Possibilidade", assim como a lista de artistas e arquitetos participantes. De 13 de abril a 1º de setembro de 2024, o evento ocupará as ruas e o centro histórico de Bruges, na Bélgica, com exposições de arte contemporânea e arquitetura. Os curadores desta edição, Shendy Gardin e Sevie Tsampalla, escolheram 12 artistas e arquitetos que irão desafiar os espaços dos bairros da cidade, em resposta ao tema, que os convida a explorar o potencial oculto da cidade.
Iwona Blazwick foi nomeada curadora da 18ª Bienal de Istambul, organizada pela Fundação de Cultura e Arte de Istambul (iKSV). A Bienal ocorrerá em 2024, de 14 de setembro a 17 de novembro. A Bienal de Istambul é a maior exposição internacional organizada na Turquia, desempenhando um papel essencial na promoção de artistas contemporâneos e coletivos de artistas.
Iwona Blazwick é curadora, escritora e historiadora da arte. Ela ocupou o cargo de Diretora na Whitechapel Gallery em Londres de 2001 a 2022 e trabalhou anteriormente com várias instituições renomadas em seu escritório. Atualmente, é curadora da iniciativa da AlUla da Royal Commission, na Arábia Saudita. Além disso, a carreira de Blazwich como curadora independente abrange exposições e projetos de arte pública em toda a Europa, Estados Unidos, Japão e China.
Faleceu ontem, 7 de agosto, o arquiteto, crítico e curador Jean-Louis Cohen aos 74 anos. Reconhecido por sua extensa pesquisa no campo da arquitetura moderna e planejamento urbano, ocupava, desde 1994, a cátedra Sheldon H. Solow de História da Arquitetura na Universidade de Nova York. Cohen desempenhou o papel de curador em diversas exposições prestigiosas, incluindo algumas realizadas no Museum of Modern Art, no Canadian Centre for Architecture, no Centre Georges Pompidou, na Cité de l'Architecture et du Patrimoine e no MAXXI. Mais recentemente, na companhia da pesquisadora brasileira Vanessa Grossman, foi curador da exposição Geografias Construídas: Paulo Mendes da Rocha, inaugurada em maio na Casa da Arquitectura de Portugal.
Na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura da La Biennale di Venezia, o Pavilhão da Eslovênia explorou o tema da ecologia e as formas paradoxais pelas quais a arquitetura se relaciona com ela. Em vez de entendê-la estritamente por meio de adaptações energeticamente eficientes, como bombas de calor ou ventilação de recuperação, a exposição intitulada +/- 1 °C: Em busca de uma arquitetura bem temperada tem como objetivo abordar o tema holisticamente. Os curadores do Pavilhão, Jure Grohar, Eva Gusel, Maša Mertelj, Jure Grohar, Eva Gusel, Maša Mertelj, juntamente com cinquenta arquitetos e criadores, pesquisaram e analisaram edifícios vernaculares da Europa buscando exemplos vivos de adaptações intuitivas.
O Pavilhão de Israel apresenta Cloud-to-ground, uma instalação imersiva que explora a natureza das redes de comunicação modernas na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza. A exposição, que tem curadoria do arquiteto Oren Eldar e das arquitetas Edith Kofsky e Hadas Maor, tem como objetivo iniciar uma discussão ampla sobre os aspectos físicos das redes virtuais: os centros de dados (data centers) e as centrais telefônicas comumente referidas como "caixas-pretas". O tema escolhido é relevante para Israel devido à sua localização estratégica no cruzamento de continentes e culturas. O pavilhão nos Giardini permanecerá aberto para visitantes até 26 de novembro de 2023.
Ao adotar uma perspectiva mais ampla sobre a arquitetura, a exposição desloca seu foco para a disciplina em si, em vez de apenas para a profissão. Não se trata apenas de "construir edifícios", explica a curadora ao ArchDaily. Em vez disso, busca-se questionar nossa compreensão convencional da arquitetura e, com isso, das exposições arquitetônicas. A Bienal de 2023 é um laboratório em todos os sentidos da palavra, uma plataforma global de experimentação e um espaço para explorar novas ideias diante da falta de locais que nos permitam fazê-lo. "Ela empresta sua estrutura e formato de exposições de arte, mas difere da arte em aspectos críticos que muitas vezes passam despercebidos", afirma Lesley Lokko.
Na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, o Pavilhão das Filipinas apresenta uma mostra que investiga a ecologia e as implicações sociais do estuário Tripa de Gallina em Manila. O corpo de água, que já foi um mecanismo para mitigação de enchentes, agora está congestionado e poluído, afetando a vida das comunidades próximas. O pavilhão tem como objetivo apresentar a iniciativa que se propõe a reunir e investigar as entranhas do estuário e trabalhar com os moradores para encontrar soluções de arquitetura adequadas e sustentáveis. Intitulada "Tripa de Gallina: Entranhas do Estuário", a exposição tem curadoria dos arquitetos Choie Funk e Sam Domingo e apresenta o trabalho do Architecture Collective, representado por Bien Alvarez, Matthew Gan, Ar. Lyle La Madrid, Noel Narciso e Arnold Rañada.
Durante a abertura da 18ª Exposição Internacional de Arquitetura, o ArchDaily teve a oportunidade de conversar com a curadora geral do evento, Lesley Lokko, sobre suas primeiras impressões e os principais temas desta edição da Bienal. Com a participação de 63 pavilhões nacionais, 89 participantes e nove eventos paralelos na cidade, a Bienal de Arquitetura de Veneza é um dos eventos internacionais mais importantes da disciplina. A conversa focou na abordagem de Lokko em relação ao tema central da exposição, que encara a África como um "Laboratório do Futuro", o desejo de trazer autenticidade e empatia para o discurso arquitetônico, e a oporunidade de oferecer espaço para vozes que historicamente não foram ouvidas em exposições globais.
Ao explorar a 18ª Exposição Internacional de Arquitetura em Veneza, o ArchDaily teve a chance de conversar com Jayden Ali e Joseph Henry, dois dos co-curadores do Pavilhão Britânico. A exposição intitulada "Dançando Diante da Lua" foi criada em conjunto com Meneesha Kellay e Sumitra Upham, e apresenta criações de seis designers e artistas. Segundo os curadores, o objetivo das instalações é expandir a compreensão geral do que é arquitetura e integrá-la em uma discussão mais ampla com moda, música, arte, dança e performance, em vez de separá-la como uma disciplina afastada. No dia 20 de maio, o Pavilhão Nacional Britânico foi premiado com uma menção honrosa na cerimônia de premiação deste ano.
Para a 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia, o Pavilhão da Ucrânia apresenta uma exposição intitulada Before the Future, focando no paradoxo de “construir um futuro a partir de um presente em colapso.” A intervenção reimagina dois espaços, um no Arsenale e outro no Giardini, para evocar estruturas de proteção que se tornaram emblemáticas de sentimentos de segurança para a sociedade ucraniana. A equipe curatorial — composta por Iryna Miroshnykova e Oleksii Petrov, do escritório ФОРМА de Kiev, e Borys Filonenko, curador independente e crítico de arte — trabalhou com especialistas de diferentes áreas para explorar o tema O Laboratório do Futuro.
O Pavilhão da República Tcheca apresenta a exposição The Office for a Non-Precarious Future [O escritório para um futuro não precário] na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia. A exposição investiga questões urgentes enfrentadas pela profissão, especialmente pelos jovens profissionais, fazendo a pergunta inicial: "Como os arquitetos podem projetar um mundo melhor se eles mesmos trabalham em um sistema de trabalho tóxico?". O pavilhão é comissionado por Helena Huber-Doudová e apresentará obras dos expositores Eliška Havla Pomyjová, David Neuhäusl e Jan Netušil. Como o Pavilhão da República Tcheca e Eslováquia nos Giardini está em reconstrução, a República Tcheca usará excepcionalmente o Arsenale na seção Artiglierie como espaço expositivo.
Na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia, o Pavilhão da África do Sul explora a representação arquitetônica de estruturas sociais por meio de uma exposição intitulada The Structure of a People. Antes da exposição, os curadores do pavilhão, Sr. Stephen Steyn, Dr. Emmanuel Nkambule e Dr. Sechaba Maape, realizaram uma chamada nacional intitulada Political Animals, com o objetivo de reunir artefatos criados por professores e estudantes de arquitetura para representar as estruturas de suas escolas ou universidades. Os modelos arquitetônicos resultantes, produzidos pela ModelArt, serão exibidos no pavilhão.