Através de suas teorias pioneira e obras provocadoras, o casal Robert Venturi (25 de junho de 1925 - 18 de setembro de 2018) e Denise Scott Brown (3 de outubro de 1931) ocuparam a vanguarda do movimento pós-moderno na arquitetura, liderando uma das mudanças mais significativas em nosso campo disciplinar no século XX, e publicando livros seminais como Complexidade e Contradição em Arquitetura (de autoria de Robert Venturi) e Aprendendo com Las Vegas (de Venturi, Scott Brown e Steven Izenour).
Em foco: O mais recente de arquitetura e notícia
Denise Scott Brown e Robert Venturi, o casal por trás do pós-modernismo pop
Antoni Gaudí, simbiose da forma e da técnica
Quando o arquiteto catalão Antoni Gaudí (25 de junho de 1852 - 10 de junho de 1926) se formou na Escola de Arquitetura de Barcelona, em 1878, o então diretor Elies Rogent declarou: "Senhores, estamos aqui hoje na presença de um gênio ou de um louco!" [1] Mais de um século depois, essa tensão ainda é evidente no trabalho de Gaudí; embora seja amplamente considerado genial, seu estilo distinto permanece ímpar na história da arquitetura – ao mesmo tempo inspirador e bizarro, nunca se encaixou em nenhum movimento estilístico.
Canoa: uma ferramenta de design para projetar escritórios de baixo carbono
Um sistema projeto e construção para criar espaços de trabalho de baixo carbono. Esta é a proposta da Canoa, uma ferramenta de design com uma loja virtual incorporada que visa reduzir o impacto ambiental de interiores comerciais. Operando sob os princípios da economia circular, a Canoa busca manter os materiais em uso pelo maior tempo possível, eliminar resíduos e ajudar a preservar os recursos naturais, apoiando empresas, designers e fornecedores na realização de reformas comerciais.
Selecionado como um dos Melhores Novos Escritórios de 2021 pelo ArchDaily, Canoa é uma start-up com sede em Nova York fundada em 2019 pelo designer e empresário Federico Negro com o objetivo de oferecer ambientes de trabalho ambientalmente sustentáveis para uma ampla gama de negócios. Canoa é um empreendimento business-to-business para produtos de escritório de baixo carbono, abrangendo desde mobiliário até iluminação e acessórios. A empresa se concentra em fornecer móveis e unidades pré-fabricadas duráveis com materiais e fabricação rastreáveis que podem ser facilmente transportados e reutilizados.
Paulo Mendes da Rocha: arquitetura paulista, herança mundial
Todo o espaço deve ser ligado a um valor, a uma dimensão pública. Não há espaço privado. O único espaço privado que você pode imaginar é a mente humana. — Paulo Mendes da Rocha
Hoje, celebraríamos o aniversário de 93 anos de Paulo Mendes da Rocha. Nascido em Vitória, formou-se em São Paulo em 1954 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Tornou-se um dos arquitetos brasileiros mais reconhecidos mundialmente e um dos grandes nomes da Escola Paulista. Foi também professor de projeto da FAU-USP entre 1961 e 1999, afastado em 1969 pela ditadura militar e sendo reintegrado ao corpo docente da universidade somente em 1980, após a anistia. Além disso foi presidente do IABsp em duas ocasiões.
Pancho Guedes, esculpindo uma nova África
Amancio d'Alpoim Miranda Guedes, mais conhecido como Pancho Guedes, foi um arquiteto, pintor, escultor e educador referenciado como um dos primeiros arquitetos pós-modernistas de todo o continente africano. Ao longo de sua carreira, o arquiteto nascido em Lisboa desenvolveu cerca de 500 diferentes projetos, frequentemente referidos como edifícios ecléticos, de influência africana lusófona e de um estilo artístico peculiarmente surrealista e experimental. Talvez pelo fato de que Pancho Guedes tenha escolhido trabalhar e viver em países da África como Moçambique, Angola e África do Sul, longe dos grandes centros de gravidade da arquitetura, sua obra nunca recebeu a devida atenção que fato merece. Ainda assim, Pancho Guedes foi — e ainda está para ser descoberto por muitos de nós — um dos mais importantes personagens da história da arquitetura moderna africana.
Alison e Peter Smithson: a dupla que liderou o brutalismo britânico
O casal Alison (22 de junho de 1928 - 16 de agosto de 1993) e Peter Smithson (18 de setembro de 1923 - 3 de março de 2003) formaram uma parceria que conduziu o brutalismo britânico durante a segunda metade do século XX. Começando com um vocabulário de modernismo despojado, a dupla foi uma das primeiras a questionar e desafiar as abordagens modernistas de design e planejamento urbano. Em vez disso, eles ajudaram a evoluir o estilo para o que se tornou o Brutalismo, tornando-se defensores da abordagem "ruas no céu" para a habitação.
Charles e Ray Eames: os designers que moldaram o curso do modernismo
Charles (17 de junho de 1097) e Ray Eames (15 de dezembro de 1912) são conhecidos por sua colaboração pessoal e artística e por seus projetos de mobiliário inovadores que ajudaram a definir o modernismo. Seu estúdio desenvolveu uma grande variedade de trabalhos, de projetos expográficos ao desenho de móveis, casas, monumentos e até mesmo brinquedos. Juntos, desenvolveram novos processos de produção para tirar proveito dos materiais e tecnologias da época, buscando produzir objetos cotidianos de alta qualidade a um custo acessível. Muitos de seus projetos de mobiliário são considerados clássicos contemporâneos, particularmente a Eames Lounge e as Shell Chairs, ao passo que a Casa Eames é tida como uma obra seminal da arquitetura moderna.
Menos é mais: Mies van der Rohe, pioneiro do movimento moderno
Ludwig Mies van der Rohe (27 de março de 1886 - 17 de agosto de 1969) é um dos arquitetos mais influentes do século XX, conhecido por seu papel fundamental no movimento arquitetônico de maior alcance de sua época: o modernismo. Nascido em Aachen, Alemanha, a carreira de Mies começou no estúdio de Peter Behrens, onde trabalhou ao lado de dois outros grandes nomes do modernismo, Walter Gropius e Le Corbusier. Por quase um século, o estilo minimalista de Mies provou ser muito popular; seu famoso aforismo "menos é mais" ainda é amplamente proferido, mesmo por aqueles que desconhecem sua origem.
Frank Gehry: comprometimento com a forma
Frank Gehry, nascido no dia 28 de fevereiro de 1929, completa hoje 92 anos. Conhecido pelo uso de formas ousadas e materiais incomuns, Gehry se tornou um dos arquitetos mais aclamados do século XX, ganhando especial notoriedade com o projeto para o Museu Guggenheim em Bilbao.
Lucio Costa, entre o tradicional e o moderno
Hoje, dia 27 de fevereiro, celebramos o aniversário de Lucio Costa. Nascido em 1902 e falecido em 1998, esteve à frente de importantes projetos, mais notavelmente o plano piloto de Brasília e o Ministério da Educação e Saúde do Rio de Janeiro, com impactos marcantes na arquitetura e urbanismo do país. Nascido na França, por conta da profissão de seu pai almirante, morar em países como Inglaterra e Suíça durante seus anos de formação deu a ele uma formação pluralista e uma conexão relevante com o velho continente.
Oscar Niemeyer, o arquiteto da "curva livre e sensual"
Hoje, 15 de dezembro, celebramos o nascimento de Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho, ou simplesmente Oscar Niemeyer. Símbolo máximo da expressividade e produção da arquitetura moderna brasileira, o arquiteto nascido na cidade do Rio de Janeiro – terra em que poetizou as curvas encontradas na natureza à origem de muitos de seus trabalhos – é responsável por uma vasta produção que envolve variadas tipologias, escalas, e territórios, atualmente organizada pela Fundação que leva seu nome.
Zaha Hadid, a arquiteta que mudou o curso do campo profissional
Zaha Hadid completaria hoje 70 anos e desde que ganhou o Prêmio Pritzker – primeira mulher a ser laureada com a honraria – sua carreira seguiu uma trajetória meteórica, com muitas importantes obras construídas e em fase de projeto em todo o mundo. O trabalho de seu escritório sempre buscou expandir os limites da arquitetura através de formas contínuas e singulares que criam contrastes espaciais.
Leveza e sensibilidade na obra de Renzo Piano
“Arquitetura é arte, mas uma arte bastante contaminada por muitas outras coisas. Contaminada no melhor sentido da palavra – alimentada, fertilizada por muitas coisas.” – Renzo Piano
O arquiteto italiano Renzo Piano (nascido em 14 de setembro de 1937) é conhecido por sua abordagem delicada e refinada da arquitetura, vista em museus e outros edifícios construídos em diversas partes do mundo. Ao receber o Prêmio Pritzker em 1998, o júri o comparou a Leonardo da Vinci, Michelangelo e Brunelleschi, destacando "sua curiosidade intelectual e habilidade para resolver problemas tão amplas e aguçadas quanto às dos primeiros mestres de sua terra".
O modernismo ascético de Tadao Ando
Ganhador do Prêmio Pritzker de 1995, Tadao Ando (nascido em 13 de setembro de 1941) é amplamente reconhecido por seu trabalho incomparável com concreto, tratamento sensível da luz natural e forte compromisso com a natureza. Estabelecido em Osaka, Japão, sua versão ascética do modernismo ressoa a arquitetura tradicional japonesa, aspecto que faz com que alguns críticos incluam sua obra em uma espécie de regionalismo crítico.
Peter Eisenman: desconstrução da prática, teoria e educação
Construída, escrita ou desenhada, a obra do arquiteto, teórico e educador americano Peter Eisenman (nascido em 11 de agosto de 1932) é caracterizada pelo desconstrutivismo e por seu interesse pelos signos, símbolos e processos significação.
O minimalismo contextualista de Eduardo Souto de Moura
Eduardo Elísio Machado Souto de Moura nasceu no Porto em 25 de julho de 1952, formou-se em arquitetura pela Escola de Belas Artes do Porto e iniciou sua carreira trabalhando com Álvaro Siza, com quem mantém até hoje uma relação profissional muito rica.
Sua obra é frequentemente associada a uma suposta corrente de influência miesiana, no entanto, seus projetos revelam um virtuosismo singular na escolha dos materiais – granito, madeira, mármore, tijolo, aço, concreto e vidros são apenas algumas das texturas que compõe a paleta de Souto de Moura.
Richard Rogers, expoente do movimento high-tech britânico
Como um dos principais expoentes do movimento high-tech britânico, Richard Rogers, se destaca como um dos arquitetos mais inovadores e distintos de sua geração. Rogers fez seu nome nas décadas de 1970 e 1980, com edifícios como o Centro Georges Pompidou em Paris e a sede do Lloyd's Bank em Londres. Até hoje, seu trabalho lida com motivos semelhantes, utilizando cores vibrantes e elementos estruturais aparentes para criar um estilo reconhecível, mas altamente adaptável.