Na era moderna, seja na teoria ou na prática, a ideia de separação espacial entre casa e trabalho estava relacionada à divisão sexual tradicional de homens e mulheres e ao seu papel na vida cotidiana. Com base nos primeiros pensamentos feministas na arquitetura, este artigo discorre sobre a mudança do papel das mulheres no século XX e seu impacto no espaço construído.
Feminismo: O mais recente de arquitetura e notícia
Como seriam as cidades pensadas pelas mulheres? O caso de Barcelona
Embora as cidades devam ser construídas para todos, na maioria das vezes são pensadas, planejadas e projetadas pelos homens: "As cidades deveriam ser construídas para todos nós, mas não foram construídas por todos nós".
Com necessidades básicas diferentes, homens e mulheres esperam resultados diferentes do ambiente urbano. Uma cidade deve ser capaz de cumprir o essencial de todos. Ultimamente, o tópico que chama a atenção de todos gira em torno de cidades projetadas por mulheres. Com uma prefeita a bordo e uma agenda feminista, nos últimos quatro anos, Barcelona vem passando por grandes transformações nesse assunto.
Representatividade importa: conheça 31 arquitetas negras
Mulheres pensam, planejam e constroem nossos edifícios e cidades, nossos espaços de vida. Contudo, a igualdade de gênero ainda não é uma realidade em diversas práticas sociais e profissionais. Constatamos isso diante da violência física e psicológica sofrida pelas mulheres, da falta de reconhecimento, das imposições ocupacionais, diferenças salariais, além de tantas outras. Esse panorama diz respeito às mulheres de todo o mundo, mas também dentro da arquitetura há estatísticas que comprovam como as mulheres ainda não são valorizadas social e profissionalmente.
Dentro desse quadro de desvalorização e desigualdade, as mulheres negras enfrentam um panorama de invisibilidade ainda maior. O preconceito racial enraizado em nossa sociedade, assim como as oportunidades ainda segmentadas geram uma disparidade de quantidade e reconhecimento de profissionais negras nos cursos e áreas de atuação da Arquitetura e do urbanismo.
9 lições para enfrentar a Arquitetura depois de sair da universidade
Você prepara seu trabalho final de graduação por um longo tempo. Sonha muito com a apresentação, com a banca, com o projeto, com sua maquete, com o memorial, com as suas palavras. Avança, mas crê que será péssimo. Logo sente que não, que será um êxito e que tudo terá valido a pena. E logo tudo se repete e tens vontade de suicidar-se. Que isso é uma montanha russa e não sabes quando tudo acabará.
Até que chega o dia. Você apresentar seu projeto. Explica suas ideias. A banca faz perguntas. Você responde. Você percebe que sabe mais do que pensava e que nenhum de seus sonhos constantes durante o ano não estiveram perto do que realmente aconteceu no exame. A banca murmura. Acaba a apresentação e te pedem que saia por um tempo. Ali você espera uma eternidade, minutos que rastejam lentamente. Passa, por favor. A comissão recita uma breve introdução e você não pode deduzir se foi bem ou mal. A comissão vai direto ao ponto. Você passou! Parabéns, você é um novo colega e todos te felicitam pela sua realização. A alegria invade você, apesar do cansaço que vêm arrastando. A adrenalina baixa. Passam-se semanas ou meses para ter um descanso merecido. E você começa a se perguntar: e agora?
A universidade -essa instituição que te forma como profissional- te entrega o diploma e agora você enfrentará o mercado de trabalho pela primeira vez (se é que nunca trabalhou antes). Antes de sair e definir suas próprias métricas de êxito pessoal (o êxito já não é medido em avaliações acadêmicas), compartilhamos com você 9 lições para enfrentar o mundo, agora que você é uma arquiteta ou um arquiteto.
Uma cidade coletiva é uma cidade feminista
A Fundación Arquia, junto à arquiteta Ana Asensio, nos convida a pensar em como foram desenhadas -até agora- as cidades; espaços de fricção que foram concebidos sem igualdade de participação na tomada de decisões e que, portanto, nos levam a falar de feminismo.
Gênero e estudos urbanos, uma conciliação necessária
Algumas iniciativas recentes demonstram o ressurgimento do movimento feminista em uma nova onda [1] que tem afetado diversos campos da sociedade brasileira. Toda essa movimentação de debates e ações realizadas pelas lutas das mulheres tem reverberado em diferentes áreas do conhecimento, e a arquitetura e urbanismo não estão de fora. No campo da arquitetura, por exemplo, se destaca a criação do grupo “Arquitetas invisíveis”, em Brasília (2014), um grupo voltado para dar visibilidade a prática arquitetônica de mulheres. Assim como o surgimento de alguns grupos pesquisa, trabalhos de graduação, dissertações, teses e debates públicos sobre a questão. Iniciativas especialmente de estudantes e jovens arquitetas.
Arquitetura na periferia: ajude a capacitar mulheres em serviços de construção
O déficit de moradia sempre foi um pesadelo para as famílias de baixa renda. No Brasil golpeado a questão se agrava e gera muito sofrimento, principalmente, para mulheres e crianças.
Para fugir da asfixia do aluguel, a busca por um teto finca na terra bruta das periferias a estaca do sonho da casa.
Arquitetas e Arquitetura na América Latina do Século XX / Ana Gabriela Godinho Lima
Ana Gabriela Godinho Lima, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, realizou um levantamento da atuação das arquitetas latino-americanas do século XX, no campo da produção teórica e prática do edifício, que gerou o livro "Arquitetas e Arquitetura na América Latina do Século XX".
Veja o livro completo e saiba mais, a seguir.
Mulheres no espaço urbano: como fazer cidades melhores para elas?
Texto por Mariana Morais e Bruno Avila
Mulheres segregadas em vagões de metrôs exclusivos; locais coletivos que reprimem a necessária amamentação; dominação masculina nos espaços públicos. Uma sociedade excludente produzirá cidades excludentes. Quem nunca ouviu que “rua não é lugar de menina”? As conquistas do espaço das mulheres na nossa sociedade podem ser recentes, mas a necessidade de melhorar o modo como as cidades as acolhem é urgente.
Mulheres e Arquitetura Moderna: II Seminário de Pesquisa do NEG
Aproveitando o mês de março e o dia internacional da mulher, o Núcleo de Estudos em Espaço e Gênero (NEG) convida a todos e todas a participarem do evento "Mulheres e Arquitetura Moderna: II Seminário de Pesquisa do NEG", que acontecerá no dia 11 de março, das 9h às 12h, no Auditório Evaldo Coutinho do Centro de Artes e Comunicação (CAC), na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
15 projetos liderados por mulheres
Zaha Hadid, Di Zhang, Carme Pinos, Jeanne Gang, Carla Juaçaba, Bia Lessa, Elisabete de Oliveira Saldanha, Sandra Barclay, Kazuyo Sejima, Sharon Davis, Elisa Burnazzi,Tatiana Bilbao, Jô Vasconcellos, Odile Decq, María Victoria Besonías, Lina Bo Bardi. Arquitetas. Mulheres.
Se antes as arquitetas eram invisíveis, agora elas possuem seus trabalhos reconhecidos. Sabemos que o campo da Arquitetura ainda é desigual e há muito o que batalhar para alcançar a igualdade de gêneros, no entanto acreditamos que cada vez mais as mulheres demonstram sua importância para a profissão e queremos encorajar ainda mais este ato ao apresentar quinze projetos do nosso arquivo que foram feitos por elas.
Esta seleção traz um panorama vasto do trabalho feminino. Há edifícios criados pelas únicas mulheres vencedoras do Prêmio Pritzker - Zaha Hadid e Kazuyo Sejima -, passando por outros que venceram o "Building of the Year 2016" - projetados por Sharon Davis Design e Elisabete de Oliveira Saldanha - e seguindo por obras presentes em contextos completamente distintos e projetos não tão famosos, mas nem por isso de menor qualidade. Estes são exemplos que demonstram todo o potencial existente em cada arquiteta e ao apresentar eles pretendemos inspirar a todos.
Veja todos os projetos, a seguir.
Público e privado, masculino e feminino / Gabriela Cascelli
Arquiteta e urbanista formada pela UnB, Gabriela Cascelli é uma das fundadoras do coletivo Arquitetas Invisíveis. Num esforço de iniciar uma discussão sobre arquitetura, urbanismo e gênero, ela escreveu este texto no qual pretende debater questões de contrastes entre o "público e privado" e o "masculino e feminino", presentes na construção social e urbana.
Leia o texto, a seguir.