A arquitetura moderna e futurista da África Subsaariana reflete as aspirações e o espírito progressista que dominavam o início da independência de muitos países dessa região entre o final da década 1950 e o início da década de 1960. Uma produção que, por coincidir com o crescimento econômico, utilizou métodos de construção complexos em uma arquitetura que mesclava o interior e o exterior (graças ao clima tropical) focando na forma e expressão da materialidade. Nessa fusão de condicionantes específicas surgiram peças arquitetônicas de valor único que precisam ser "redescobertas", entre elas, o Centro Internacional de Convenções Kenyatta (KICC) construído em Nairóbi, Quênia.
Futurismo: O mais recente de arquitetura e notícia
Prática utópica, poder político e comunidade na arquitetura: uma entrevista com Olalekan Jeyifous
Depois de receber o prestigioso Leão de Prata por sua contribuição na Bienal de Arquitetura de Veneza deste ano, o artista do Brooklyn, Olalekan Jeyifous, não mostra sinais de desaceleração. Desde então, participou da Bienal de Arquitetura de Sharjah e inaugurou Climate Futurism, uma exposição coletiva que destaca o poder e a eficácia dos métodos e processos dos artistas para imaginar um futuro mais equitativo.
NEOM apresenta dois arranha-céus costeiros futuristas na Arábia Saudita
O ambicioso mega projeto NEOM da Arábia Saudita divulgou seu mais recente empreendimento: Epicon, um sofisticado destino costeiro que redefine os padrões de hospitalidade e arquitetura na região do noroeste saudita. Estrategicamente situado ao longo do Golfo de Aqaba, Epicon surge com duas torres imponentes, moldando o skyline com um hotel e luxuosos apartamentos.
O arrojado projeto compreende duas torres, uma de 225 metros e outra de 275 metros de altura. Elas abrigam um hotel premium com suítes e apartamentos exclusivos. Epicon se vende como um refúgio para escapar da rotina, proporcionando experiências que variam de alta gastronomia a esportes aquáticos.
A arquitetura de Star Wars: visualizações futuristas de uma galáxia muito, muito distante
Descrever visualizações arquitetônicas do futuro não é uma tarefa fácil, por isso faz muito sentido que os designers usem aspectos de nossa arquitetura existente como base para estes mundos fictícios. Apesar dos avanços recentes em termos de tecnologias de animação e CGI, ainda há uso substancial da arquitetura existente para fornecer elementos estruturais palpáveis ao filme.
Em termos de reciclagem de estética arquitetônica, elementos do passado e do futuro são frequentemente integrados para criar um estilo hibridizado, uma amálgama de temas retrô, distópicos, modernistas e futuristas. Desde o ressurgimento de antigas pirâmides e templos, até panoramas que lembram a cidade de Nova York, o visual varia de acordo com as diferentes noções de como será nosso futuro.
Desenhos de arquitetura: imaginando o futuro
O icônico desenho do Mausoléu para Newton, uma ilustração monocromática de Etienne-Louis Boullée; os desenhos experimentais de Lebbeus Woods, com cenas urbanas que evocam um futuro distante; ou os conhecidos desenhos da utópica Ville Radieuse de Le Corbusier. O desenho, assim como outras formas de representar arquitetura, sempre foram um meio útil para contemplar ideias arquitetônicas sobre o futuro. É fascinante olhar para esses desenhos futuristas feitos no passado.
"Formgiving": novo livro do BIG explora a arquitetura de transformar ficção em realidade
Se alguma vez nos perguntarmos como será o futuro, tudo o que temos a fazer é olhar para o nosso passado e observar o quão longe avançamos desde milhares, centenas ou mesmo décadas atrás. A vida era radicalmente diferente naquela época e será tão diferente no futuro. E como sabemos que o futuro apenas se parece com o presente, temos a possibilidade de moldar o nosso futuro da maneira que quisermos. O mais recente livro publicado pela TASCHEN do BIG, Formgiving - Uma história do futuro arquitetônico explora o passado, o presente e o futuro, desenhando uma linha do tempo do ambiente, desde conceituar até construir a forma.
Bêka & Lemoine percorrem a casa futurista de Giacomo Balla em seu último filme
A dupla de cineastas Bêka & Lemoine acaba de lançar seu mais recente filme, OSLAVIA. The cave of the past future, realizado especialmente para a exposição Casa Balla - From the house to the universe and back, em cartaz no MAXXI Museu de Roma. O filme consiste em um passeio pelo interior da residência e ateliê onde viveu o pintor futurista Giacomo Balla. O apartamento onde o artista residiu e trabalhou de 1929 até o fim de sua vida será aberto ao público pela primeira vez durante o período da mostra.
Arquitetura futurista dos anos 70: imagens de um mundo moderno que mais parece ficção científica
O manifesto futurista, assinado em 1909 pelo poeta Filippo Tommaso Marinetti, seria o pontapé inicial para formalizar os ideais e assentar as bases de um movimento vanguardista que atrairia a escritores, músicos, artistas e arquitetos (dentre os quais se encontrava, por exemplo, Antonio Sant'Elia). Após a publicação do manifesto, o futurismo se consolida como uma corrente de ruptura e abre o caminho para que outras vanguardas artísticas entrem na cena no alvorecer do século XX.
Embora este movimento experimentasse um declínio considerável no período pós-guerra, ele seria notavelmente reinventado no contexto da Era Espacial, onde a expectativa da conquista do espaço, a fé na tecnologia, o esplendor industrial, a cultura incipiente do automóvel, o florescimento econômico e cultural e o fascínio por novos materiais, permitiriam um novo panorama onde diferentes gerações de arquitetos reinterpretariam a estética futurista durante várias décadas (principalmente as décadas de 60 e 70). A vanguarda, a engenharia e a arte se combinariam e, potencializadas pelos avanços tecnológicos, dariam origem a uma arquitetura com um ar de ficção científica.
Uma pista de testes na cobertura: a arquitetura industrial da Fábrica da Fiat em Lingotto
O projeto para a fábrica da Fiat no bairro de Lingotto, em Turim (Itália), foi realizado pelo engenheiro Giacomo Mattè-Trucco em 1915. A construção começou no ano seguinte e foi feita em etapas, até a sua conclusão em 1923. Inspirada no fordismo, modelo de fabricação surgido nos Estados Unidos nos anos 1910, a fábrica foi projetada de forma que a linha de montagem dos automóveis fosse ascendente. Ao chegar à cobertura, os automóveis estavam prontos para serem testados numa pista com extensão de aproximadamente 1km.
Retrofuturismo em Buenos Aires
Buenos Aires em 2018. Habitantes? Quase 3 milhões. Trens magnéticos de alta velocidade? Zero. Arranha-céus interconectados com vias férreas? Zero. DeLoreans voando pelos ares? Lamentavelmente, zero. Inovações no transporte? O metro-bus e a ciclovia. Em termos urbanísticos, a cidade parece não haver avançado no ritmo que se imaginava.
O que existia era uma fé cega no futuro. Um futuro onde tudo seria possível, onde o céu não era o limite e as pessoas poderiam circular livremente sobre as nuvens através de uma rede de caminhos que conectariam altas torres. O que ocorreu? Para isso, devemos viajar no tempo. Mais precisamente, ao passado.
Vincent Callebaut Architectures propõe metamorfose futurista para antigo hotel em Luxemburgo
Vincent Callebaut Architectures divulgou detalhes de seu projeto ganhador Metamorphosis of the Hotel Des Postes em Luxemburgo. A proposta do escritório francês está centrada em impulsionar o sítio histórico para uma era contemporânea e “revelar as qualidades patrimoniais intrínsecas ao edifício”.
A abordagem foi norteada pela materialidade do Hotel Des Postes projetado por State Architect Sosthène Weis, entre 1905 e 1910. As antigas pedras e o concreto serão transformados com a adição de um volume em cúpula no pátio do edifício.
Vida em Marte? Foster + Partners apresenta proposta de habitar extraterrestre
O escritório Foster + Partners apresentará com detalhes sua visão da vida em Marte e na Lua durante o Goodwood Festival of Speed 2018, que acontece no Reino Unido. Fazendo parte do evento Laboratório do Futuro, a proposta será apresentada através de uma série de modelos, dispositivos robóticos e desenhos futuristas que exploram a vida no espaço.
O escritório apresentará uma experiência de realidade virtual, permitindo que os visitantes explorem o interior de uma proposta de habitação de última geração.
Clássicos da Arquitetura: Space Needle / John Graham & Company
A abertura da Exposição Century 21 em 21 de abril de 1962 transformou a imagem de Seattle e do Noroeste americano aos olhos do mundo. A região, mais conhecida até então por seus recursos naturais do que como uma capital cultural, estabeleceu uma nova reputação como um centro de tecnologias emergentes e design aeroespacial. Esta nova identidade foi incorporada pela peça central da exposição: a Space Needle, uma construção delgada de aço e concreto armado que se tornou e permanece o marco mais icônico de Seattle. [1]
Clássicos da Arquitetura: Terminal da TWA / Eero Saarinen
Construído nos primórdios da aviação comercial, o Terminal TWA é um símbolo concreto das rápidas transformações tecnológicas que foram impulsionadas pelo início da Segunda Guerra Mundial. Eero Saarinen procurou capturar a sensação de voo em todos os aspectos do edifício, de um interior fluido e aberto, à casca de concreto da cobertura semelhante a uma asa. A pedido da TWA, Saarinen projetou mais do que um terminal funcional; ele projetou um monumento para a companhia aérea e para a própria aviação.
Este Clássico apresenta uma série de imagens exclusivas de Cameron Blaylock, fotografadas em maio de 2016. Blaylock usou uma câmera Contax e lentes Zeiss com filme preto e branco Rollei para refletir a tecnologia de câmeras dos anos 1960.
Cinema e Arquitetura: "O Vingador do Futuro" (1990)
Um clássico de ação, "O Vingador do Futuro" é um filme que transcende seu rótulo de obra comercial, cuja mensagem vai mais além do que um simples entretenimento fundamentado somente na ação. Baseado em um relato do grande autor de ficção científica, Phillip K. Dick e dirigido por Paul Verhoeven, o filme apresenta um perfeito balanço entre uma fantasia tecnológica, uma crítica social e a violência que não se envergonha para mostrar uma realidade onde a humanidade entrou em um espiral decadente e pessimista do qual parece não haver saída.
A realidade do planeta na primeira metade do filme é apresentada dentro de um futuro palpável e próximo, que superpovoado obrigou a humanidade a tomar decisões drásticas sobre sua forma de vida. Filmado quase por completo nos estúdios Churubusco da Cidade de México, devido a mão-de-obra barata da época, a maioria das locações que vemos nesta primeira parte pertence a edifícios emblemáticos da própria cidade e da arquitetura mexicana. Tais obras vão desde a década de 70 até os anos 90 como uma busca, por parte do governo, de integrar o país dentro da modernidade.
Cinema e Arquitetura: "O Demolidor"
O cinema de ação clássico, caracterizado por altas doses de testosterona fílmica e um estilo impróprio encontrou o final da sua era no início dos anos 90. O gosto do público se concentrou nos filmes com efeitos especiais revolucionários, onde fantasias como “Jurasic Park” (1993) tornaram-se clássicos instantâneos no momento da sua estreia. Justo neste ano, onde se produziu o ponto de inflexão, vemos a estreia de “Demolition Man”. Apesar do mencionado anteriormente, sua acolhida entre o público foi boa, em grande parte pelo caráter irreverente e cômico que mostrava, quase como uma paródia, a fórmula clássica do cinema de ação, transportando-nos à um futuro pacífico onde somente os homens vindos do passado "bárbaro" da humanidade poderiam corrigir o rumo da mesma.
A premissa do filme, mesmo que simples, nos permite observar o processo de evolução da área metropolitana de Los Angeles. No presente (1996) nos mostra uma versão apocalíptica, uma cidade consumida pela violência e criminalidade onde somente a brutalidade policial consegue manter a ordem a preço de converter o território em um campo de batalha. Tal situação imaginária foi baseada no aumento da criminalidade na cidade e no ceticismo em encontrar uma solução clara para erradicá-la.
Cinema e Arquitetura: "As Crônicas de Riddick"
O personagem de Richard B. Riddick viu seu nascimento no ano de 2000 dentro do filme de baixo orçamento "Pitch Black", que mesmo com poucos recursos conseguiu captar a atenção do público e crítica através do seu estilo de humor negro e um universo espacial intrigante, que embora não fosse tão bem representado na tela, contextualizava a ação dentro do filme. Seu diretor, David Twohy teria a oportunidade de levar aos cinemas uma nova aventura do personagem de Riddick quatro anos mais tarde, dando à história um rumo inesperado.
Ao invés de criar um filme seguindo a fórmula do original, ele optou por uma expansão abrupta dos seus elementos, construindo um universo rico e palpável dentro da tela. Se no filme prévio contava-se com cenários limitados e elementos minimalistas, agora conta com uma arquitetura detalhista, intimista e exuberante, que tem tanto peso quanto os próprios personagens na história.