Nos últimos vinte anos, o mundo nunca esteve tão conectado. Na transição do século, a digitalidade parece ter invado as camadas analógicas e redefinido padrões, estilos de vida, interações e a maneira como nos conectamos e utilizamos os espaços. Essa redefinição social é fortemente atribuída à chamada Geração Z, ou seja, o grupo de pessoas definido por aqueles nascidos na transição do século XX ao XXI, entre as décadas de 1990 e 2010. Mas você conhece as características deste grupo?
Mobilidade: O mais recente de arquitetura e notícia
Geração Z: 6 provas de que a arquitetura e as cidades estão sendo redefinidas
3 Desafios para a mobilidade sustentável nas cidades brasileiras
A Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), a exigência dos planos de mobilidade, investimentos em infraestrutura cicloviária, sem falar nos serviços de nova mobilidade que a cada dia ainda ganham as ruas. Nos últimos anos, o setor passou por avanços incontestáveis, mas ainda são muitos os desafios.
Dia Mundial sem Carro: uma coletânea de iniciativas em prol do pedestre e ciclistas
Comemorado mundialmente todos os anos, o Dia Mundial Sem Carro surgiu como uma iniciativa para estimular a reflexão acerca do uso excessivo do automóvel nos deslocamentos realizados cotidianamente pela população global, e seus impactos no meio ambiente. A ideia propõe que motoristas não utilizem o automóvel durante este dia permitindo melhora da qualidade do ar e da vida nas cidades, incentivando a caminhada e o uso de meios de transporte não poluentes, como a bicicleta.
A data foi iniciada oficialmente em 1997 na França, sob o título de Car-Free Day, posteriormente espalhando-se pelo território europeu e em seguida, por todo o mundo. Com a força ganha pela data, em 2002 foi lançada a Semana Europeia de Mobilidade, sob a realização de uma agenda dedicada especialmente a discussões e atividades com o objetivo de aguçar o senso crítico da sociedade aos males que o uso do automóvel tem sobre a qualidade do ar, meio ambiente, ser humano e cidades. Pesquisadores como Jane Jacobs, Jan Gehl, Jeff Speck, entre muitos outros, já evidenciaram que o uso indiscriminado dos automóveis causa consequências negativas para os ambientes urbanos.
Plataforma de design lança desafio em busca de solução para o trânsito de São Paulo
Os milhões de carros, caminhões e ônibus que circulam em São Paulo respondem por mais de 90% de toda poluição do ar. A cidade, onde os moradores perdem até cinco horas por dia para ir ao trabalho e voltar para casa, vive sufocada no trânsito. Por isso, a What Design Can Do e a Fundação IKEA estão convocando profissionais criativos de todo o mundo a pensar em soluções radicais e inovadoras para criar fluxos de pessoas e mercadorias mais sustentáveis na cidade.
Algumas cidades estão taxando aplicativos de transporte. Isso é bom?
À medida que serviços de viagens sob demanda como o Uber continuam a ganhar popularidade e a chamar atenção por seus impactos nos congestionamentos e outros males urbanos, cidades de diversas partes do mundo, de Washington D.C. a São Paulo, estão indo em direção ao inevitável próximo passo: taxas específicas.
Isso não é surpresa. Pesquisas recentes mostram que esses serviços estão contribuindo para a queda no uso do transporte coletivo e para o aumento de veículos individuais nas vias. No entanto, novos impostos e taxas não devem apenas elevar a arrecadação. Podem fazer mais do que isso: tornar as cidades mais habitáveis e os transportes mais sustentáveis. Se os serviços sob de viagens sob demanda forem taxados, essa receita deve ser usada com atenção, de maneiras que propiciem a melhora da mobilidade urbana como um todo.
Paris, a (nova) cidade das bicicletas?
Quando se fala em “cidade das bicicletas”, certamente Paris não é a primeira cidade a vir à mente. Apesar dos esforços constantes em se tornar uma cidade mais amigável para as bicicletas, a capital francesa é geralmente lembrada por seu sistema de metrô eficiente e suas ruas caminháveis. Desde 2015, Paris encara seu mais recente desafio: se tornar a “capital do ciclismo urbano” até o ano de 2020.
Conectividade possibilita compartilhamento de bicicletas sem estações fixas em São Paulo
Os serviços de compartilhamento de bicicletas têm ganhado cada vez mais adeptos em diversas cidades brasileiras. Em São Paulo, o modelo da Yellow vai disponibilizar 20 mil bikes com tecnologia inovadora, sem a necessidade de retirar ou de devolver em estações. Elas terão monitoramento via GPS, através de chips da Vodafone Brasil – parceira no país da Datora Mobile – que permitem a conectividade e localização das bicicletas por aplicativo. A operação do serviço teve início no último dia 2 de agosto.
Módulos autônomos e móveis propõem um outro modo de habitar a cidade
Florian Marquet, arquiteto de Xangai, divulgou recentemente uma proposta para repensar a vida urbana a partir de espaços móveis autônomos. Apelidado de "org", seu projeto tem como objetivo rever o status quo do mercado imobiliário e oferecer um modelo mais equilibrado para a vida urbana. O sistema modular responderia às necessidades dos usuários com uma variedade de programas, de unidades para agricultura e cozinhas a áreas de trabalho flexíveis e dormitórios. Pensado para a fabricação, as unidades podem ser encomendadas instantaneamente por meio de um aplicativo.
São Paulo terá serviços de patinete elétrico compartilhado
Os patinetes elétricos, utilizados em grandes cidades do mundo como uma alternativa de mobilidade urbana, já podem ser utilizados desde o início deste mês pelos paulistanos nas ciclovias da capital. Duas startups de mobilidade apresentaram nos dias 11 e 12 de agosto suas opções de serviços para os veículos.
Estudantes brasileiras são premiadas na Tanzânia com projeto inspirado em ruas completas
Em pouco mais três meses, Érica Oiticica e Sâmyla Souza, estudantes da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), elaboraram um projeto de Rua Completa que as garantiu um prêmio e a oportunidade de apresentar a ideia para pessoas do mundo inteiro durante uma conferência na Tanzânia. O concurso “As Cidades Somos Nós” inspirou a dupla a experimentar colocar as suas melhores ideias de urbanismo no papel para transformar uma rua de Belo Horizonte.
Piso que gera energia começa a ser testado em ciclovia de Curitiba
Conhecida por seu sistema de transporte coletivo, Curitiba dá um interessante passo em direção à mobilidade ativa. Desde semana passada, a capital paranaense colocou em teste um tipo de pavimentação que gera energia elétrica a partir das vibrações geradas na ciclovia.
Implementada sobre a ponte do Rio Belém, próximo ao Palácio 29 de Março, no centro cívico da cidade, o piso capta a vibração transmitida pelas bicicletas e pedestres e a converte em energia suficiente para iluminar a pista com sinais ao longo do trajeto.
Montreal quer adotar leis de trânsito diferentes para ciclistas
A medida parte do princípio que não faz sentido algum continuar aplicando as mesmas condições para dois tipos de veículos tão diferentes.
A prefeita Valérie Plante promete melhorias no ciclismo da cidade. E suas ideias estão de total acordo com a Conselheira Marianne Giguère, que é responsável pelo desenvolvimento sustentável e transporte. Para Marianne, de acordo com as atuais leis, a mensagem aos que pedalam é que eles precisam ser tão cautelosos com a bike quanto os que dirigem o carro “mesmo que você [ciclista] seja muito menos perigoso”.
Suécia inaugura estrada elétrica que recarrega veículos em movimento
Há algumas semanas, a Suécia inaugurou uma estrada que recarrega baterias comerciais e de automóveis enquanto o passageiro dirige. Chamado de projeto eRoadArlanda, a via possui dois quilômetros e foi construída fora do Aeroporto de Arlanda, na cidade de Estocolmo, capital do pais.
São Paulo terá sistema de compartilhamento de bicicletas sem estações
São Paulo terá em breve um novo sistema de compartilhamento de bicicletas. Desenvolvido pela empresa Yellow, o sistema colocará nas ruas 20 mil veículos e não contará com estações - as bicicletas ficarão soltas nas ruas.
Chamado de "dockless", o serviço já existe em outros locais do mundo, como China e Alemanha, e consiste em deixar as bicicletas "soltas" nas ruas, disponíveis aos usuários através de um aplicativo que permite destravar o veículo desejado. Ao fim do percurso, o ciclista deixa a bicicleta onde lhe convir e esta se trava, ficando disponível para o próximo usuário.
Como os planos de mobilidade urbana afetam a vida nas cidades
Cidades são peças fundamentais para o funcionamento de muitos países. Com o alto crescimento populacional das últimas décadas, os centros urbanos precisaram enfrentar uma série de desafios, sendo um dos principais deles planejar a mobilidade. No Brasil, com a sanção da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), em 2012, as cidades brasileiras receberam novas diretrizes para planejar e guiar suas ações políticas para estabelecer uma mobilidade mais sustentável. Para isso, a PNMU determina a elaboração de Planos de Mobilidade Urbana para cidades com mais de 20 mil habitantes como requisito para o repasse de recursos orçamentários federais. Essa imposição visa, como consequência final, transformar as cidades e o modo como o brasileiro se desloca diariamente.
Como o desenho urbano pode salvar vidas?
Quando a questão sobre mortes e lesões no trânsito é colocada em pauta, rapidamente a associamos aos limites de velocidade. Especialistas do mundo todo concordam que essa é uma das principais e mais eficientes medidas que asseguram a segurança viária: quanto maior a velocidade do veículo, menor a chance de sobrevivência em um impacto. Por exemplo, ser atingido por um veículo a 80km/h é o mesmo que cair de uma altura de 9 andares (cerca de 30 metros de altura). Mas, se as velocidades são indicadas por placas de trânsito, qual é então o papel do desenho urbano na segurança e proteção das pessoas?