O futuro de uma nova Paris já vem sendo noticiado há alguns meses. Desde que a atual prefeita, Anne Hidalgo, assumiu o cargo, seu desejo de uma cidade com cada vez menos carros vem se realizando em pequenas (ou nem tão pequenas) ações. No entanto, parece que esse objetivo ganhou uma data perfeita para ser alcançado: os Jogos Olímpicos de 2024.
mobilidade: O mais recente de arquitetura e notícia
Paris quer sediar os Jogos Olímpicos de 2024 sem carros nas ruas
China inaugura primeiro transporte público rápido e elétrico sem motorista
O primeiro “trem smart” do mundo sem trilhos e sem condutor inaugurou na China. O modelo é considerado um sistema ferroviário futurista e virou notícia no mundo inteiro.
Uma mistura de ônibus, metrô e bonde é o que aparenta o design do novo transporte. Mas, em eficiência, ele é muito melhor do que os ônibus e tem a vantagem de ter um custo menor do que um sistema de veículo sobre trilhos, por exemplo, onde é exigida toda uma infraestrutura.
Ponte Hercílio Luz será reaberta para pedestres e ciclistas em Florianópolis
Após anos de restauro, a Ponte Hercílio Luz, ícone do patrimônio da Ilha de Santa Catarina, poderá, emfim, ser reaberta ao público para pedestres e ciclistas. Com conclusão prevista para dezembro de 2018, a estrutura servirá também de passagem para modais de transporte coletivo, afirma o diretor da região metropolitana do Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis), Michel Mittmann.
Cidade Ativa Adverte: carros fazem mal à saúde
Por muitas décadas, fumar representou status, charme e elegância, sendo o cigarro objeto do desejo de inúmeras gerações. Ao perceber que aproximadamente 25% da população brasileira era fumante, o Ministério da Saúde impôs, em 2002, que os representantes das marcas de cigarro adicionassem mensagens de advertência sobre as substâncias tóxicas presentes no produto e suas graves consequências à saúde. Dez anos depois da medida, essa taxa já havia baixado para 15% da população.
Mas o que isso tem a ver com os automóveis?
A maioria das cidades brasileiras apresentam boas condições de mobilidade
Com mais de 70% da população mundial vivendo em cidades até 2050, a qualidade de vida e a saúde da população dependem das medidas tomadas hoje nos centros urbanos. Com o propósito de oferecer um instrumento para avaliação e formulação de políticas públicas no Brasil, o Observatório das Metrópoles desenvolveu o Índice de Bem-Estar Urbano dos Municípios Brasileiros (IBEU-Municipal). A ferramenta apresenta um levantamento inédito sobre as condições urbanas dos 5.570 municípios brasileiros, a partir da análise de dimensões como mobilidade, condições ambientais urbanas, condições habitacionais, atendimentos de serviços coletivos e infraestrutura.
13 Cidades que estão começando a banir os automóveis
Dos últimos cinco anos para cá, diferentes cidades em todo o mundo começaram a perceber que é mais fácil e saudável para seus habitantes viverem sem automóveis. Dos incontáveis benefícios para meio ambiente ao aumento da segurança viária, livrar-se dos carros particulares parece uma solução cada vez mais viável (e necessária) nos centros urbanos.
Oslo, na Noruega, é uma das pioneiras desta tendência mundial e em 2015 anunciou que baniria os automóveis com motor à combustão do centro da cidade. Após protestos por parte dos comerciantes (algo que frequentemente acontece nessas situações) o conselho municipal propôs uma solução: em vez de banir os carros, tornar cada vez mais difícil o acesso ao centro com a exclusão dos estacionamentos.
Um sistema de transporte público é tão bom quanto seu tempo de espera
Utilizar um ônibus da Transantiago é uma experiência esteticamente pouco prazerosa. Se para você a imagem do veículo sujo, amassado, descuidado, como um velho bandoneón cujo fole está a ponto para lançar suas últimas notas (e já o fez, em algumas ocasiões, em pleno percurso) é ruim, para quem o utiliza é ainda pior.
O que deveria ter sido obra de qualquer um das centenas de bons arquitetos existentes no Chile, terminou nas mãos do Maestro Lucho. Ele foi responsável por apagar, com alguns poucos pesos, um dos muitos incêndios do lançamento da Transantiago em fevereiro de 2007. Armado com ferro, malha soldada, pranchas de zinco e pintura verde, fez aparecer, da noite para o dia, algo parecido a uma estação de transporte público onde antes havia uma casinha resignada ou com sorte, uma banquinha protegida por um teto. As construções do Maestro Lucho seriam provisorias, ajudariam a resistir à tempestade e ganhar o tempo necessário para propor soluções definitivas, a altura de um sistema integrado de primeiro mundo (ou quase).
Já se passaram dez anos de provisoriedade.
O transporte público pode ser ruim, mas jamais melhorará favorecendo o interesse privado
Na imagem consigo contar 38 automóveis cruzando de leste a oeste o Paseo de la Reforma, que de passeio tem muito pouco. São 2h da tarde, não é hora de pico mas o trânsito está, no mínimo, pesado. A velocidade não é superior aos 10 km/h, inferior ao do destemido ciclista que surge por entre os carros arriscando a pele em um ambiente em que pedalar requer habilidade.
No meio dos 38 automóveis se adverte a presença de um micro-ônibus. Com toda certeza, é ele que se desloca de forma mais lenta de todas. Desloca-se lentamente porque tem que fazer paradas contínuas para embarcar e desembarcar os passageiros, paradas particularmente contínuas no modelo escassamente regulamentado no qual se desenvolvem as rotas tradicionais de micro-ônibus na Cidade do México, onde a receita do operador depende diretamente do número de passageiros transportados. Desloca-se muito lentamente porque geralmente circula pela direita, em uma via compartilhada onde é comum encontrar outros veículos estacionados que circulam de forma lenta ou que estão esperando sua vez para virar a direita. Desloca-se lentamente porque não possui uma série de privilégios na hora de circular, apesar de ser, sem dúvidas, o mais eficiente dos modelos motorizados da foto, pelo menos quando a área ocupada por cada veículo e a quantidade de passageiros que transportam.
Cidades mais ativas e segurança viária
A segurança viária e redução das mortes e lesões no trânsito têm sido encaradas como prioridade em diversos lugares do mundo. A OMS (Organização Mundial da Saúde), inclusive, definiu esta como a Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020, na qual governos de todo o mundo se comprometeram a tomar novas medidas para reduzir em 50% os níveis de mortalidade e lesões de trânsito nesses 10 anos.
A redução da velocidade nas vias é utilizada como ferramenta essencial para diminuir mortes e lesões. No Brasil, cidades como São Paulo e Curitiba implementaram, nos últimos anos, perímetros onde é regulamentada uma velocidade máxima baixa, como as Áreas 40 e Áreas Calmas, respectivamente. Essas medidas têm como objetivo melhorar a segurança dos usuários mais vulneráveis do sistema viário, pedestres e ciclistas, buscando a convivência pacífica e a mitigação de atropelamentos na área. Em São Paulo, essas mudanças se mostraram efetivas: 2015 foi o ano com menor número de mortes desde 1998, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Infelizmente, com o abandono de parte dessas medidas pela nova gestão, assiste-se agora a um novo aumento: no primeiro semestre de 2017 houve 23% mais óbitos de pessoas a pé e 75% de pessoas pedalando, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
6 Dicas para projetar ruas preparadas para enfrentar as chuvas
A Associação Nacional de Funcionários de Transporte Urbano de Nova Iorque, NACTO, lançou um novo guia orientado a melhorar o desenho das ruas, desta vez focado em como esses espaços públicos podem estar melhor preparados para enfrentar as chuvas.
A partir da perspectiva de que na cidade é mais complexa a absorção das águas pluviais devido à alta presença de concreto, seja nos edifícios, nas diversas infra-estruturas viárias, ou nas calçadas, torna-se necessário introduzir mudanças para melhorar a qualidade de vida.
Por isso, no novo guia desenvolvido em colaboração com o setor de Cidades Sustentáveis da Fundação Summit, são propostas estratégias orientadas a tornar as ruas locais mais seguros, sobretudo através da mobilidade, para que as cidades tenham uma melhor relação com seus corpos d'água já existentes.
As 20 melhores cidades do mundo para andar de bicicleta
Anualmente, a empresa dinamarquesa de consultoria Copenhagenize publica um ranking com as 20 cidades mais adequadas do mundo para o transporte em bicicleta.
A lista foi lançada pela primeira vez em 2011 e atualmente é considerada uma das mais importantes da área, com a empresa se dedicando a promover o uso da bicicleta como meio de transporte - e não apenas para uso recreativo - em suas estratégias de desenho urbano focadas nas pessoas, com as quais presta assessoria para autoridades municipais de todo o mundo.
Prefeitura de São Paulo aprova o Estatuto do Pedestre
A Prefeitura de São Paulo sancionou o Estatuto do Pedestre, um regulamento que pretende garantir a segurança e a acessibilidade do principal modo de conhecer e experienciar a cidade: a caminhada. De autoria do vereador José Police Neto, após a publicação no Diária Oficial de São Paulo, no dia 14 de junho, a nova lei passou a ter validade oficial.
A Gran Vía de Madri terá espaço para ciclistas em 2018
A Prefeitura de Madri anunciou a reconversão de uma das principais artérias da capital espanhola em um espaço viário mais adequado aos pedestres, com uma ciclovia de duas mãos, vegetação e calçadas mais amplas. O projeto ainda está sendo redigido e buscará potencializar as relações entre as pessoas, facilitando os deslocamentos em bicicleta e contribuindo, assim, para melhorar as condições de vida da cidade.
Projetos pequenos, mas com grande alcance. Está e uma das vertentes exploradas pela Prefeitura de Madri e que toma forma em iniciativas como esta: a Gran Vía será uma via mais humana, restringindo o acesso de veículos motorizados e facilitando os deslocamentos de bicicleta. Com esta medida, a Prefeitura aprofunda sua intenção de humanizar Madri, uma cidade claramente dominada pelo automóvel.
O prefeito que transformou seu estacionamento privativo em um parklet
Svante Myrick recusou a vaga de estacionamento que lhe era de direito e a converteu em um pequeno parque de uso público, um parklet, como se convencionou chamar hoje em dia.
Pouco antes havia decidido deixar de usar o automóvel para ir ao trabalho, optando pelas caminhadas, como 15% dos habitantes da sua cidade.
Mas, ainda antes desta decisão, ele havia se convertido, aos 25 anos, no prefeito mais jovem de Ithaca, Nova York, uma pequena cidade de 30 mil habitantes que não que teria espaço nos mapas se não abrigasse em suas terras a Universidade de Cornell.
A história é antiga, mas vale a pena retomá-la.
Carros levam 30% dos passageiros, mas correspondem a 73% da poluição atmosférica
Em grande parte das cidades do Brasil e do mundo, ainda observa-se a preferência pelo uso do automóvel particular em detrimento do transporte coletivo, o que gera impactos não apenas no trânsito das cidades, como também na qualidade do ar e no aquecimento global.
Uma análise inédita realizada pelo jornal Estadão sobre a contribuição de cada modal de transporte nas emissões de poluentes revela que os automóveis são os responsáveis por 72,6% dos gases de efeito estufa emitidos pelo setor de transporte, embora correspondam ao deslocamento de apenas 30% dos contingente de passageiros.
Estatuto do pedestre é aprovado pela câmara dos vereadores de São Paulo
A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou no último dia 7 de junho o Estatuto do Pedestres, que pretende garantir a segurança e a acessibilidade do principal modo de conhecer e experienciar a cidade: a caminhada. De autoria do vereador José Police Neto, a nova lei precisa ainda ser sancionada pela prefeitura da cidade.
Entre os objetivos do Estatuto, estão o desenvolvimento de ações voltadas à melhoria da infraestrutura que dá suporte à mobilidade a pé, garantindo sua abordagem como uma rede à semelhança das demais redes de transporte; a criação de uma cultura favorável à caminhada, como modalidade de deslocamento eficiente e saudável; a melhoria das condições de mobilidade a pé da população, com conforto, segurança e modicidade, incluindo os grupos de mobilidade reduzida; e a melhoria das condições de calçadas e travessias na cidade de São Paulo.