A Casa Malaparte, o clássico italiano projetado por Adalberto Libera, é o pano de fundo da campanha de primavera 2018 da maison Saint Laurent, que conta com a participação da modelo britânica Kate Moss. O vídeo da campanha, dirigido por Nathalie Canguilhem, apresenta Moss na emblemática escadaria que faz vezes de cobertura da casa - um promenade arquitetônico que parece conduzir ao céu.
Modernismo: O mais recente de arquitetura e notícia
Kate Moss posa para Saint Laurent nos degraus da Casa Malaparte
Sesc 24 de Maio e Instituto Moreira Salles: a tradição viva do modernismo paulista
A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP) está completando 70 anos. Entre as diversas contribuições à produção de conhecimento no campo da arquitetura, urbanismo e design feitas ao longo de sua história, uma se destaca particularmente ao associar uma escola, no sentido prático de um estabelecimento de ensino, a uma “escola”, uma corrente de pensamento dentro da arquitetura. Trata-se da chamada Escola Paulista de Arquitetura Moderna, grupo de arquitetos e pensadores sobre arquitetura brasileira que constituiu, desde os anos 1950, um movimento no interior do modernismo.
Em foco: Le Corbusier
"Espaço e luz e ordem. Estas são as coisas que os homens precisam tanto quanto precisam de pão ou um lugar para dormir."
Hoje, celebramos o 130° ano de nascimento de Charles Edouard Jeanneret-Gris (1887-1965), mais conhecido como Le Corbusier.
O arquiteto, urbanista, designer, pintor e escritor suíço é amplamente considerado um dos pioneiros do movimento moderno na arquitetura. Durante os 50 anos em que trabalhou com arquitetura, teve obras construídas por toda a Europa, Índia e Estados Unidos.
Por uma arquitetura de luz, cor e experiências virtuais
Este ensaio publicado pela Space Popular refere-se a uma instalação atualmente em exibição na Sto Werkstatt, em Londres. É possível experienciá-la em realidade virtual, aqui.
A Glass House não tinha outra finalidade além da estética. Destinava-se a ser puramente um espaço expositivo e uma bela fonte de ideias para a arquitetura "duradoura". De acordo com o poeta Paul Scheerbart, a quem a casa foi dedicada, ela deveria desiludir aquela compreensão mais restrita a respeito do espaço da arquitetura e introduzir os propósitos e as possibilidades que o vidro proporcionaria para o mundo da arquitetura.
Bruno Taut [acima] assim descreveu sua Glashaus para a Exposição Mundial de 1914 em Colônia, na Alemanha, como um "pequeno templo da beleza"; como "reflexos de luz cujas cores começam na base com um azul escuro e sobem passando pelo verde de musgo e dourado culminando, na parte superior, em um amarelo luminoso e pálido". [1] O Pavilhão de Vidro, projetado com base nos potenciais efeitos sobre aqueles que o percebem, deveria proporcionar intensas experiências. O espaço deveria ser criado dentro da mente humana.
Clássicos da Arquitetura: Edifício Nações Unidas / Abelardo Riedy de Souza
O Edifício Nações Unidas, projetado por Abelardo Riedy de Souza, em 1953, localiza-se na esquina da Avenida Paulista com a Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Juntamente com o importante e icônico Edifício Três Marias, também projetado pelo arquiteto, apresenta características de costura com o tecido urbano e constitui-se de um ícone atemporal para a região.
Clássicos da Arquitetura: Casa Kings Road / Rudolf Schindler
Isolada atrás de um plano de altos brotos de bambu na região oeste de Hollywood, em Los Angeles, há quem considere a Casa Kings Road a primeira casa construída no estilo moderno. [1] Projetada por Rudolf Schindler em 1921, o uso da laje inclinada em concreto pelo arquiteto da construção (altamente inovador na época) e um layout aberto, diferenciou-se de seus contemporâneos; de fato, o projeto daria o tom para outros projetos residenciais modernistas por décadas.
Clássicos da Arquitetura: Space Needle / John Graham & Company
A abertura da Exposição Century 21 em 21 de abril de 1962 transformou a imagem de Seattle e do Noroeste americano aos olhos do mundo. A região, mais conhecida até então por seus recursos naturais do que como uma capital cultural, estabeleceu uma nova reputação como um centro de tecnologias emergentes e design aeroespacial. Esta nova identidade foi incorporada pela peça central da exposição: a Space Needle, uma construção delgada de aço e concreto armado que se tornou e permanece o marco mais icônico de Seattle. [1]
MASP e Bauhaus entre os 12 edifícios modernos que receberão fundos da Getty Foundation para conservação
A Getty Foundation selecionou 12 importantes edifícios do século XX pque receberão os fundos de 2017 como parte de sua iniciativa Keeping It Modern, que visa promover a compreensão e conservação da arquitetura moderna através de um enfoque preservacionista. Desde a sua criação em 2014, o programa já apoiou a preservação de 45 projetos em todo o mundo.
Este ano, foram concedidos US$ 1,66 milhões em fundos para projetos emblemáticos, entre os quais o edifício do MASP, de Lina Bo Bardi; a Bauhaus, projetada por Walter Gropius em Dessau; a Melnikov House em Moscou (o primeiro projeto russo a receber os fundos); e o único arranha-céu de Frank Lloyd Wright, a Price Tower.
Veja a lista completa com os 12 edifícios selecionados, a seguir:
A síndrome de Brasília: Jan Gehl tem razão? / Sérgio Ulisses Jatobá
Em matéria recente no ArchDaily Brasil, o urbanista Jan Gehl afirma que Brasília “ é fantástica vista de um helicóptero, mas do chão, onde vivem as pessoas, Brasília é uma merda." Em seu conhecido livro Cidade Para as Pessoas, publicado em 2013 no Brasil, Gehl admite que “vista do alto, Brasília é uma bela composição”, mas “a cidade é uma catástrofe ao nível dos olhos”, acrescenta. “Os espaços urbanos são muito grandes e amorfos, as ruas muito largas, e as calçadas e passagens muito longas e retas” [1].
Gehl criou o termo “Síndrome de Brasília” para designar a inexistência ou a desconsideração do que ele conceitua como a escala humana no planejamento urbano modernista, tomando a capital do Brasil como seu mais destacado exemplo.
Vídeo explora os reflexos da cidade contemporânea em seus edifícios de vidro
Neste ensaio visual, o cineasta grego Yiannis Biliris registra as enormes empenas de vidro presentes em todas as cidades contemporâneas. O vídeo de três minutos e meio, produzido pela Visual Suspect e filmado inteiramente em Hong Kong, captura os vívidos reflexos nas fachadas dos edifícios da cidade, ao passo que Biliris enquadra e aproxima sua câmera para imbuir uma forte sensação de urgência no espectador.
O ensaio, belamente assombroso em suas imagens, pode ser visto como um comentário reflexivo sobre o estado do nosso ambiente construído hoje. Inspirado na teoria geral da relatividade de Albert Einstein, que afirma que a massa causa uma distorção no espaço e no tempo, o vídeo parece perguntar sutilmente se a nossa compreensão da realidade está deturpada. Descrevendo o vídeo como "um ensaio visual sobre percepção e conhecimento enquanto reflexo de nossa realidade", Biliris comenta que "a massa curva o espaço e o tempo, ao passo que o observador tem sua própria perspectiva".
Vídeo: Fernando Romero, In Residence
In Residence: Fernando Romero on Nowness.com
NOWNESS compartilhou mais um vídeo da série "In Residence", uma coleção de curtas que entrevistam arquitetos em suas próprias casas. Desta vez, o convidado é o arquiteto mexicano Fernando Romero, que apresenta sua casa projetada por Francisco Artias em 1955 na Cidade do México, a qual descreve como o "último sonho moderno feito na realidade".
Kenneth Frampton: “A primeira casa modernista foi construída no Brasil"
Aos 50 anos, o arquiteto britânico Kenneth Frampton lançou um livro fundamental que amarrava o conjunto de sua disciplina. O curioso de sua História crítica da arquitetura moderna, que continua a ser publicada, com traduções para 11 idiomas (foi lançado no Brasil em 1997, com reedição em 2015, pela editora Martins Fontes), é que a solidez de sua análise foi sendo construída ao longo de várias reedições revisadas.
Em matéria do jornal espanhol El País, Frampton apresenta uma visão atualizada sobre sua obra, menos eurocêntrica, dedicando atenção à arquitetura da América Latina, África e Ásia. “Deixamos de lado uma grande parte do mundo. Que você não conheça não quer dizer que não exista. [...] É necessária a convicção de que você viu coisas que merecem ser contadas. E a humildade para deixar claro que o que você conta não é nunca a história. É a sua história.”
Clássicos da Arquitetura: Projeto Urbano de Chandigarh / Le Corbusier
Em 15 de agosto de 1947, na véspera da independência da Índia do Reino Unido, veio uma diretiva que transformaria o subcontinente para as próximas seis décadas. A fim de salvaguardar a população muçulmana do país da maioria hindu, os líderes coloniais de partida deixaram de lado as porções noroeste e leste do território para seu uso. Muitos dos cerca de 100 milhões de muçulmanos espalhados por toda a Índia receberam pouco mais de 73 dias para se mudarem para esses territórios, as nações modernas do Paquistão e Bangladesh. À medida que as fronteiras dos novos países eram desenhadas por Sir Cyril Radcliffe (um inglês cuja ignorância da história e da cultura indianas era percebida pelo governo colonial como uma garantia de sua imparcialidade), o estado de Punjab foi dividido entre a Índia e o Paquistão, sendo que o último acabou ficando om a capital Lahore. [1] Foi na esteira dessa perda que o Punjab precisaria de uma nova capital do Estado: uma que não só servisse às exigências logísticas do estado, mas fizesse uma declaração inequívoca para o mundo inteiro de que uma nova Índia -modernizada, próspera e independente-tinha chegado.
As curiosas histórias por trás de 10 icônicos arranha-céus
Enquanto houver edifícios, a humanidade continuará a procura por construir o seu caminho para o céu. De pirâmides de pedra aos arranha-céus de aço, sucessivas gerações de arquitetos criaram maneiras cada vez mais inovadoras de aumentar os limites verticais da arquitetura. Seja em pedra ou aço, cada tentativa de atingir alturas sem precedentes representou um vasto empreendimento em termos de materiais e trabalho - e quanto mais complexo o projeto, maior a chance das coisas darem errado.
Clássicos da Arquitetura: Case Study House #9 – Casa Entenza / Charles e Ray Eames + Eero Saarinen and Associates
Aninhada nas colinas verdejantes à beira-mar de Pacific Palisades, no sul da Califórnia, a Casa Entenza é a nona das famosas Case Study Houses, construídas entre 1945 e 1962. Com uma vasta sala de estar de planta aberta que se conecta ao jardim através de esquadrias corrediças piso teto, a casa traz o ambiente natural em uma caixa metálica modernista, permitindo que os dois coexistam como um espaço harmonioso.
Como seus pares no Case Study Program, a casa foi projetada não apenas para servir como uma residência confortável e funcional, mas para mostrar como a construção de aço modular poderia ser usada para criar habitações de baixo custo para uma sociedade ainda se recuperando da Segunda Guerra Mundial. O responsável por iniciar o programa foi John Entenza, editor da revista Arts and Architecture. O resultado foi uma série de casas minimalistas que empregavam estruturas de aço e plantas abertas para refletir o modo de vida mais casual e independente que havia surgido na era automotiva. [1]
Biorealismo: Paisagens e ruínas de Hans Broos e Burle Marx
Um tótem paira sobre o mar de uma praça. não é mais um monolito, é um organismo: torna-se ruína sob o sol da américa do sul. Biorealismo trata do encontro entre a tecnologia e o biológico, quando o funcionalismo torna-se perecível.
Conheça o tesouro arquitetônico de Josep María Jujol, discípulo de Gaudí
Na região de Alt de Camp, entre os vinhedos de Tarragona (Espanha), está o santuário de Mare de Déu de Montserrat de Montferri, uma joia projetada por Josep María Jujol, arquiteto conhecido por ter trabalhado com Antoni Gaudí em projetos como a Casa Batlló, a Casa Milà e a Sagrada Familia. E, assim como Gaudí, suas obras se destacam pelas fantásticas formas orgânicas resultantes das técnicas construtivas e soluções estruturais empregadas.
Os erros da arquitetura moderna segundo o cineasta Jacques Tati
Na maturidade da sua carreira, o diretor francês Jacques Tati apresentou ao mundo, em 1967, uma obra magistral onde a arquitetura moderna foi a protagonista. Com o humor refinado que lhe era característico, “Play Time” desata uma crítica absoluta sobre o progressismo mecanicista que estava sendo consolidado a nível mundial. A modernidade havia chegado na cidade de Paris com a promessa de melhores condições para o homem e o desenvolvimento do seu entorno; porém, agora era ele quem não se encaixava naquela utopia. O diretor francês conseguiu recriar o modelo que cativou o mundo e a inegável ineficiência que o conduziu a um crescente desmembramento das cidades e de suas histórias.