O Studio Libeskind, em colaboração com o Memorialization Working Group, apresentou o projeto preliminar para o memorial em homenagem às 11 pessoas falecidas em 27 de outubro de 2018 na Sinagoga Tree of Life, em Pittsburgh, nos Estados Unidos. Desenvolvido a partir de um processo que envolveu as famílias das vítimas, líderes comunitários e representantes da congregação, o projeto visa proporcionar um espaço para reflexão pública e comunitária.
Monumentos e Memoriais: O mais recente de arquitetura e notícia
Studio Libeskind projeta memorial em homenagem às vítimas do atentado na Sinagoga Tree of Life
Los Angeles anuncia finalistas para projetar memorial às vítimas do massacre chinês de 1871
A cidade de Los Angeles selecionou seis finalistas para o concurso de projeto de um novo memorial dedicado às vítimas do massacre chinês de 1871. Em um dos capítulos mais sombrios da história da cidade, em 24 de outubro de 1871, cerca de 10% da população chinesa da época, pelo menos 18 residentes, foram assassinados por uma multidão de manifestantes. O memorial busca aumentar a conscientização pública sobre o assassinato em massa com motivação racial de 1871, ao mesmo tempo, em que aborda as preocupações contemporâneas sobre raça, intolerância e violência. O memorial foi anunciado pela primeira vez em abril de 2021, e está previsto para ser construído próximo ao local do massacre e ao Museu Sino-Americano.
Questão monumental: como ficam os lugares de memória no futuro das cidades?
Qual é a história que o espaço público da sua cidade conta? Quem são as pessoas homenageadas em monumentos espalhados por ela? Questões como estas levaram a uma série de insurgências nos últimos anos em diversas cidades. As noções de memória e representatividade ampliaram a reflexão sobre qual narrativa construímos em nossos espaços, fato que tem desencadeado numa indagação urbana para o futuro: afinal, o que queremos lembrar (ou esquecer) através dos símbolos que erigimos (ou destruímos) nas cidades?
Homomonument: a importância de um espaço de representatividade na cidade
Quando você caminha pela cidade, você tem medo de ser você mesmo? Por mais estranha que a pergunta possa soar para alguns, ela é realidade para grande parte de pessoas LGBTQIA+, que em algum momento já foram vítimas de hostilidades ao serem notadas performando fora do padrão heteronormativo no espaço público. Se a violência parte de camadas sociais que vão além do espaço desenhado, isso não exime a importância de pensar projetos que podem extrapolar a esfera física e inserir um elementar fator simbólico e de representatividade para incluir e educar seus cidadãos. Esse é o caso do Homomonument, que há mais de três décadas se tornou uma plataforma de celebração e manifestação queer no coração de Amsterdã.
Canadá divulga proposta vencedora o Monumento Nacional LGBTQ2+ em Ottawa
O Departamento de Patrimônio Nacional do Canadá, ao lado do ministro canadense Pablo Rodriguez, e a ministra das Mulheres e Igualdade de Gênero Marci Ien, assim como o LGBT Purge Fund divulgaram a "Thunderhead" como o conceito vencedor da competição pelo Monumento Nacional LGBTQ2+ de Ottawa. O projeto vitorioso simboliza uma nuvem carregada de trovoadas, que representa a "força, o ativismo e a esperança das comunidades LGBTQ2+, e será um testemunho duradouro à coragem e à humanidade daqueles que foram vítimas das leis homofóbicas e transfóbicas do expurgo LGBT".
Mudando os paradigmas da memória coletiva: a história do Memorial do Holocausto Babyn Yar
Babyn Yar, uma ravina na capital ucraniana Kiev, testemunhou a morte de mais de 33.000 homens, mulheres e crianças judeus, em 29 e 30 de setembro de 1941. Local de um dos maiores massacres perpetrados por tropas alemãs de ocupação contra judeus durante a Segunda Guerra Mundial, Babyn Yar tornou-se um dos símbolos do Holocausto.
Embora o principal evento trágico tenha ocorrido em 1941, durante toda a ocupação o espaço foi utilizado como local de extermínio pelas forças alemãs. Com efeito, entre 70 e 100 mil pessoas perderam suas vidas em Babyn Yar. Sem uma arquitetura destinada à tragédia e apenas uma paisagem remanescente, não há espaço de memorialização para o reconhecimento público.
Adjaye Associates divulga projeto conceitual para Memorial dos Mártires no Níger
O escritório de arquitetura de Sir David Adjaye acaba de divulgar detalhes de seu projeto para o Memorial dos Mártires na cidade de Niamey, na região sudoeste do Níger. Concebido para homenagear as vítimas da luta contra o terrorismo nas fronteiras sul e oeste do país, o Memorial dos Mártires é de fato “a documentação tangível da luta contínua contra os extremistas e da perda de milhares de soldados ao longo desta árdua batalha em busca de paz para seu povo”.
Memorial Eisenhower projetado por Frank Gehry é inaugurado em Washington
Depois de duas décadas de projeto e obra, o Memorial Dwight D. Eisenhower, desenhado por Frank Gehry em Washington, D.C., abriu ao público no dia 18 de setembro. Idealizado como um tributo para o 34º Presidente dos EUA, o Memorial foi encomendado pelo Congresso em 1999 para honrar seu legado como Comandante da Aliança da Segunda Guerra Mundial. Eisenhower é conhecido por liderar a invasão da Normandia, uma importante virada na guerra, e também por ter cumprido dois mandatos presidenciais nos Estados Unidos.
Uruguai construirá o primeiro grande memorial mundial às vítimas do coronavírus
O escritório de arquitetura Gómez Platero projetou um memorial para homenagear as vítimas da COVID-19. Localizado no Uruguai, o primeiro monumento de grande escala dedicado às vítimas mundiais do coronavírus receberá o nome de "Memorial Mundial à Pandemia" – um espaço de luto e reflexão sobre os impactos humanos no planeta.
Vozes Contra o Racismo: outras narrativas sobre o território paulista
Outros corpos, espaços e linguagens, que são invisibilizados ou simplesmente parecem não caber na atual cidade de São Paulo, estão sendo projetados em sua paisagem. "Vozes Contra o Racismo" é uma mostra e proposição que insere novos imaginários para a cidade que está em constante disputa de narrativas. Através do evento, até o dia 24 de agosto, a rua deixará de ser apenas um espaço de trânsito para abrigar também obras de arte, os edifícios se tornarão telas e monumentos serão apagados para servir de suporte a expressões artísticas que apresentam rumos que normalmente são invisibilizados pela história.
Arquitetura do leste europeu: museus e lugares de memória
Este artigo faz parte da série colaborativa “Arquitetura do Leste Europeu: 50 Edifícios que Definiram uma Era”, desenvolvida em parceria entre o The Calvert Journal e o ArchDaily. Celebrando alguns dos principais ícones da arquitetura do leste europeu, publicaremos periodicamente uma lista com cinco projetos construídos no então Bloco de Leste.
Status, estátuas e estatutos: erguendo monumentos a homens falhos
Este artigo foi publicado originalmente no Common Edge.
Monumentos, segundo Alois Riegl, são subsídios à memória. “In memoriam” são palavras que podemos encontrar em cada pedestal ou alicerce de um túmulo ou mausoléu em homenagem aos nossos heróis do passado. Embora seu caráter simbólico seja um refúgio de ideologias, preconceitos e — em muitos casos— intolerância, monumentos têm sido construídos pela humanidade à milênios e também podem ser considerados uma forma de arte e lugares de memória. Entretanto, não são raros os casos de monumentos associados à práticas ou eventos antiéticos, à descriminação, hostilidade e violência. Muitos dos templos da Grécia Antiga foram erguidos sobre altares utilizados para sacrificar animais — e, antes disso, seres humanos também —; as pirâmides foram levantadas pela força do trabalho escravo; praças públicas muitas vezes eram utilizadas como lugares de tortura e sentenças de morte. Isso significa que, na maioria dos casos, monumentos não são apenas simples estruturas inocentes construídas em memória de grandes personagens, mas a personificação de conflitos políticos, culturais, sociais e humanos.
Como as futuras gerações responderão à arquitetura dos memoriais modernos?
Cemitérios cheios de nomes que há tempos foram esquecidos, placas gravadas com retratos que você ignora em sua corrida matinal, monumentos com frisos que retratam os triunfos da guerra - todos esses são exemplos de arquiteturas memoriais, que já tiveram intenso significado emocional para certos indivíduos ou grupos de pessoas, mas agora gradualmente tornam-se atrações turísticas ou locais anacrônicos dentro de uma paisagem alterada.
Desde os horrores da Segunda Guerra Mundial, a arquitetura dos memoriais tem mudado drasticamente, desde monumentos focados em nomes, heróis e patriotismo até símbolos abstratos de luto e perda. Como essa mudança no projeto dos memoriais mudará a maneira como os experimentamos no presente e, mais importante, no futuro? Quando as gerações morrem e o evento memorizado torna-se quase esquecido, como vamos experienciar e lembrar?
Memorial Nacional pela Paz e Justiça, projetado pelo MASS Design Group, é inaugurado no Alabama
O "Memorial Nacional pela Paz e Justiça" projetado pelo MASS Design Group, foi inaugurado em Montogomery Alabama. Comissionado pela Equal Justice Initiative, o projeto é o primeiro memorial destinado ao "legado da escravidão do povo negro, pessoas aterrorizadas pelo linchamento, humilhadas pela segregação racial e por caricaturas como Jim Crow, pessoas sobrecarregadas com presunções contemporâneas de culpa e violência policial".
A abertura do memorial, no 23 de abril, coincidiu com a inauguração do Museu do Legado das Iniciativas de Justiça Igualitária, destinado a causas similares.
Memorial Eisenhower de Frank Gehry começa a ser construído em Washington
O Memorial Eisenhower, projetado por Frank Gehry, finalmente começou a ser construído em Washington DC, após um tumultuado processo de aprovação.
Uma cerimônia foi realizada no terreno do National Mall, localizado no cruzamento das avenidas Maryland e Independence e em frente ao Museu Nacional do Ar e do Espaço.
Monumento Nacional do Holocausto projetado pelo Studio Libeskind é inaugurado em Ottawa, Canadá
O Monumento Nacional Canadense do Holocausto, projetado pelo Studio Libeskind, foi inaugurado em Ottawa, homenageando "os milhões de homens, mulheres e crianças inocentes que foram assassinados pelo regime nazista e reconhecendo os sobreviventes que conseguiram eventualmente fazer do Canadá seu novo lar".
Localizado em um terreno de 3.200 metros quadrados em frente ao Museu da Guerra Canadense, o monumento de concreto feito in loco evoca a forma da estrela de Davi de 6 pontas, desconstruída para criar um "ambiente experiencial" rico em simbolismos.
Clássicos da Arquitetura: Monumento Al Shaheed / Saman Kamal
É difícil imaginar como as curvas serenas do Monumento Al Shaheed, refletidas em um lago cintilante na antiga cidade de Bagdá, poderiam ter sido construídas em um momento de conflito e genocídio. Comissionado pelo regime de Saddam Hussein como um memorial para os soldados mortos na guerra entre Iraque e Irã da década de 1980, esta estrutura graciosa irradia uma beleza tranquila que desmente o tumulto de seu nascimento.
8 Modelos 3D de memoriais de diferentes culturas e épocas
Na maioria dos projetos de arquitetura, a entrada do usuário no espaço final é uma consideração importante; mas e se esses usuários não estiverem mais vivos? Os memoriais para os mortos são um tipo exclusivamente emocional de arquitetura e frequentemente revelam muito sobre uma determinada cultura ou grupo de pessoas. Especialmente no caso de túmulos antigos, os arqueólogos podem aprender sobre costumes e crenças das sociedades passadas examinando seus espaços de sepultamento. A natureza pessoal dos espaços funerários e monumentos transmite um sentido de importância e gravidade para os espectadores e visitantes, mesmo séculos após sua construção.
Esta lista de modelos 3D, fornecida por nossos parceiros do Sketchfab, explora memoriais e artefatos de diferentes lugares e épocas, de uma variedade de culturas e civilizações.