O conceito de sustentabilidade surgiu na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (UNCHE), realizada em Estocolmo em 1972, e foi cunhado pela norueguesa Gro Brundtland no Relatório “Nosso Futuro Comum” (1987). De acordo com essa definição, o uso sustentável dos recursos naturais deveria “suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas”. Entretanto, apesar da urgência do conceito e da constante evolução que ele tem sofrido ao longo do tempo, sua aplicação ainda se limita muitas vezes ao uso controlado dos recursos naturais e à preservação da vida selvagem. Ou seja, está baseada em relações e ações que abordam a situação sob a perspectiva do “homem versus natureza”, como um entendimento dicotômico em detrimento de uma visão holística.
Mulheres na arquitetura: O mais recente de arquitetura e notícia
Ecofeminismo na arquitetura: empoderamento e preocupação ambiental
Arquitetura como ativismo: o trabalho ecofeminista de Yasmeen Lari
O Chulah paquistanês de Yasmeen Lari — um fogão ao ar livre usado por mulheres no sul da Ásia — é uma intervenção poderosa que destaca o compromisso da arquiteta com o ativismo feminista e ambiental. O projeto aborda simultaneamente questões de desmatamento, poluição e riscos à saúde enfrentados por mulheres em áreas rurais. Seu design é sistêmico, localmente específico e consciente das necessidades dos mais vulneráveis na sociedade: mulheres e natureza. Seu vasto corpo de trabalho humanitário elaborado em Yasmeen Lari: Architecture for the Future, abre diálogo para ver a arquitetura através da lente ecofeminista.
Olhar para o passado: a dívida histórica com as mulheres na arquitetura mexicana
Escrever sobre a participação de mulheres arquitetas ou no campo da construção civil é complexo. Hoje, conhecemos mulheres arquitetas contemporâneas que são multi-premiadas e reconhecidas, no entanto, olhar para o passado faz dessa perspectiva um espaço escuro e solitário.
Yasmeen Lari recebe a RIBA Royal Gold Medal 2023
O Instituto Real de Arquitetos Britânicos (RIBA) anunciou que a professora Yasmeen Lari, primeira arquiteta do Paquistão, receberá a Medalha de Ouro Real de 2023 em arquitetura. O prêmio, uma das maiores honrarias da arquitetura e a primeira a ser pessoalmente aprovada pelo Rei Charles III, reconhece o trabalho de Yasmeen Lari em defender conceitos de construção de emissão zero de carbono para populações deslocadas. A Medalha de Ouro Real será oficialmente entregue a Yasmeen Lari em junho de 2023.
Cidade das mulheres: planejamento ignora aspectos cruciais para cidades equitativas
Ao monitorar os resultados da construção de uma praça em Porto Alegre, um dado chama atenção: depois de meninos e meninas brincando, são mulheres que cuidam das crianças as principais frequentadoras do espaço. A história ocorreu em uma região vulnerável da cidade e evidencia uma atividade muitas vezes ignorada pelo planejamento urbano: o cuidado.
O objetivo do monitoramento, no Loteamento Santa Terezinha, era verificar o perfil de frequentadores e sua percepção sobre o espaço e seus equipamentos, recentemente qualificados por uma série de organizações, bem como das rotas escolares em seu entorno. Realizada pelo WRI Brasil em parceria com a Fundação Grupo Volkswagen, a pesquisa mostrou que crianças representam 89% dos frequentadores da praça. E que 4,5 vezes mais mulheres adultas frequentam a praça do que homens – na maioria das vezes, acompanhando os pequenos.
Circadia: "A luz na arquitetura deve nos acompanhar para promover um equilíbrio físico e emocional"
A história da luz experimentou várias mudanças ao longo dos séculos, sua relação intrínseca com a própria arquitetura desencadeou manifestações e críticas. Além de servir como ferramenta para iluminar o mundo habitado, ela influencia diretamente a percepção do mesmo e a produção de objetos construídos. Cada tipo de projeto de iluminação se relaciona diretamente com um entendimento particular de qualidade, classe, interpretação, intenção e significado.
O legado de Jane Drew: uma pioneira para mulheres na arquitetura
Em 1950, Le Corbusier foi convidado a projetar a nova capital do estado indiano de Punjab, a cidade de Chandigarh, após sua separação e recente independência. A oportunidade de criar uma nova utopia foi inigualável e agora é vista como uma das maiores experiências urbanas da história do planejamento e da arquitetura. A cidade foi formada por padrões viários em retícula ortogonal, de estilo europeu, e edifícios em concreto aparente — o auge dos ideais de Corbusier ao longo de sua carreira. Mas o que é menos conhecido sobre a concepção e realização de Chandigarh foi a mulher que trouxe para o projeto sua experiência em projetar habitações sociais em toda a África. Por três anos, trabalhando ao lado de Corbusier e ajudando-o a projetar alguns dos edifícios mais conhecidos de Chandigarh, esteve Jane Drew.
Prêmio Diversity in Architecture-DIVIA, dedicado a mulheres arquitetas, seleciona cinco finalistas
O Diversity in Architecture Award (DIVIA) selecionou suas cinco finalistas de uma lista de 29 indicadas: Tosin Oshinowo (Nigéria), May al-Ibrashy (Egito), Marta Maccaglia (Peru), Noella Nibakuze (Ruanda) e Katherine Clarke e Liza Fior (Reino Unido). O prêmio, dedicado às mulheres arquitetas, celebra as figuras femininas ao condecorar e validar o seu trabalho. Sediada em Berlim, a plataforma de prêmios promove a igualdade entre homens e mulheres e busca estabelecer um exemplo para a próxima geração de arquitetas mais jovens.
Leitores do ArchDaily decidem quem deveria ganhar o Prêmio Pritzker 2023
Como parte de nossa tradição anual, perguntamos aos nossos leitores quem deveria ganhar o Prêmio Pritzker 2023, a premiação mais importante no campo da arquitetura.
O Prêmio Pritzker — financiado por Jay Pritzker por meio da Hyatt Foundation nos Estados Unidos — tem sido concedido a arquitetos vivos, independentemente de sua nacionalidade, cuja obra construída "produziu contribuições consistentes e significativas para a humanidade por meio da arte da arquitetura”.
Kazuyo Sejima e Phyllis Lambert são as vencedoras dos prêmios Jane Drew e Ada Louise Huxtable 2023
A co-fundadora do SANAA, Kazuyo Sejima, e a influente arquiteta canadense Phyllis Lambert receberam os prêmios Jane Drew e Ada Louise Huxtable, respectivamente, como reconhecimento por seu trabalho e compromisso com a excelência do projeto e por elevar o perfil das mulheres na arquitetura. O Prêmio Jane Drew de Arquitetura reconhece Kazuyo Sejima por suas realizações como arquiteta, enquanto o Prêmio Ada Louise Huxtable reconhece a contribuição de Phyllis Lamber na indústria arquitetônica em geral. Os dois prêmios são apresentados pelas publicações britânicas Architects’ Journal e The Architectural Review.
Carol Ross Barney recebe a medalha de ouro AIA 2023
O American Institute of Architects No início de sua carreira, Barney trabalhou no Peace Corps ao lado do recém-formado Serviço de Parques Nacionais da Costa Rica. Desde então, seu trabalho tem sido baseado no princípio de que um bom design é um direito, não apenas um privilégio. Em 1981, depois de fundar seu escritório Ross Barney Architects em Chicago, sua cidade natal, ela recebeu uma bolsa itinerante que solidificou seu interesse por obras na esfera pública, um interesse que definiu o resto de sua carreira.(AIA) nomeou Carol Ross Barney como a ganhadora da medalha de ouro AIA 2023, a mais alta honraria anual da instituição. O prêmio reconhece e aclama o foco de Carol Ross Barney em excelência de design, responsabilidade social e generosidade. Através de seus projetos transformadores, ela tem se empenhado em tornar o mundo um lugar melhor e, segundo o júri, deixou “uma marca indelével na profissão”.
Johanna Meyer-Grohbrügge e a espacialização do conteúdo
Do momento em que despretensiosamente começou os estudos de arquitetura, até se apaixonar pela complexidade do campo e pela multiplicidade de suas camadas, Johanna Meyer-Grohbrügge ficou impressionada com a natureza dual da arquitetura; seu aspecto intelectual e resultado físico. Fundadora da Meyer-Grohbrügge em Berlim, a arquiteta e seu estúdio buscam espacializar conteúdos, criar relacionamentos e encontrar soluções para a convivência.
Junto a Toshiko Mori e Gabriela Carrillo, Johanna Meyer-Grohbrügge faz parte do novo documentário Women in Architecture, que estreará no dia 3 de novembro de 2022. O filme, realizado por Sky-Frame em colaboração exclusiva com o ArchDaily e direção de Boris Noir, é um catalisador para o debate e reflexão em torno de um dos temas mais urgentes na arquitetura.
ArchDaily e Sky-Frame lançam o documentário "Women in Architecture": assista aqui!
Temos o prazer de apresentar o documentário Women in Architecture, um projeto iniciado pela Sky-Frame e dirigido por Boris Noir.
Um ambiente construído melhor também é inclusivo. Por isso, a diversidade é fundamental em nossa profissão, pois amplia nossa visão de mundo e nos conecta com as reais necessidades da sociedade. Então, abrimos uma janela para a vida profissional e pessoal de três arquitetas que trazem algo único para o debate e que podem inspirar outros profissionais da arquitetura.
O projeto foi iniciado pela Sky-Frame com o objetivo de lançar luz sobre o papel das mulheres na arquitetura, aumentando sua visibilidade.
“Para tornar nosso mundo um lugar melhor. Todos deveriam ter uma ideia de como a arquitetura funciona e no que ela pode impactar. Vivemos na época em que os humanos estão transformando o planeta, e a arquitetura é uma das ferramentas mais importantes para isso”, comentou o cineasta Boris Noir sobre a ideia por trás do filme.
Conversamos com Toshiko Mori, Gabriela Carrillo e Johanna Meyer-Grohbrügge, três arquitetas de países diferentes, que vivem em contextos diversos e que estão em fases diferentes de suas vidas e carreiras, mas que têm muito em comum: são profissionais reconhecidas, com paixão pela educação, trabalhando com comunidades locais e apresentam uma grande sensibilidade em relação às necessidades da sociedade e do ambiente construído.
Rozana Montiel recebe o Prêmio Internacional para Mulheres Arquitetas 2022
A arquiteta mexicana Rozana Montiel foi reconhecida com o Prêmio Internacional na décima edição do "Award for Women Architects" atribuído pela ARVHA (Associação de Pesquisa sobre Cidades e Habitação) com o apoio da Région Île-de-France, do Conselho Superior dos Colégios de Arquitetos da França (CNOA), o Pavillon de l'Arsenal e a Prefeitura de Paris.
Toshiko Mori e a curiosidade saudável na prática da arquitetura
Contexto, em arquitetura, é aquilo que diz respeito à existência humana num determinado lugar. Clima, cultura, geografia, preexistências, para nomear apenas alguns. Para Toshiko Mori, arquiteta japonesa radicada nos Estados Unidos, contexto é tudo aquilo que desperta a curiosidade em relação às pessoas para quem projetamos. Em quase quatro décadas à frente de seu escritório em Nova York, Mori tem tido a oportunidade de exercitar sua curiosidade na prática projetual e na academia, logrando construir seus edifícios em contextos tão diversos como China, Itália ou Senegal.
Junto a Johanna Meyer-Grohbrügge e Gabriela Carrillo, Toshiko Mori faz parte do novo documentário Women in Architecture, que estreará no dia 3 de novembro de 2022. O filme, realizado por Sky-Frame em colaboração exclusiva com o ArchDaily e direção de Boris Noir, é um catalisador para o debate e reflexão em torno de um dos temas mais urgentes na arquitetura.