1. ArchDaily
  2. Mulheres na arquitetura

Mulheres na arquitetura: O mais recente de arquitetura e notícia

Iwona Buczkowska e Angela Davis recebem os prêmios Jane Drew e Ada Louise Huxtable 2023

O Prêmio de Arquitetura Jane Drew 2024 e o Prêmio Ada Louise Huxtable de Contribuição para a Arquitetura 2024 foram concedidos a Iwona Buczkowska, arquiteta franco-polonesa, e Angela Davis, ativista política e autora, respectivamente. Em reconhecimento ao trabalho e ao compromisso com suas áreas de atuação, os prêmios destacam seus esforços para promover a presença das mulheres na arquitetura. O Prêmio Jane Drew celebra a abordagem inovadora de Buczkowska na construção de habitações sociais e edifícios públicos na França, enquanto o Prêmio Ada Louise Huxtable reconhece a liderança de Angela Davis no movimento de abolição do sistema prisional.

Como a rede Black Females in Architecture está mudando os padrões da indústria

No início de 2018, a arquiteta e palestrante da Bartlett School of Architecture, Neba Sere, guiou um painel de discussão na Architecture Foundation de Londres, onde ela era uma das seis jovens curadoras. O tema: começos. Como abordá-los, avançar e transformá-los em algo duradouro. Seis anos depois, ela olha para o evento como o início de sua própria jornada: foi onde conheceu Selasi Setufe e criou o grupo do WhatsApp que se transformaria na Black Females in Architecture (BFA), uma rede global com 500 pessoas dirigida por elas e pela arquiteta Akua Danso.

A BFA surgiu como resposta à necessidade de visibilidade das mulheres negras e pessoas que se identificam como mulheres na arquitetura e no ambiente construído. No ano passado, o grupo comemorou seu quinto aniversário com a exibição de um curta-metragem e um painel de discussão na Bienal de Arquitetura de Veneza. Agora, após estabelecer as bases de disseminação de informações sobre a falta de diversidade e igualdade na indústria e aumentar seus números, a BFA está se preparando para impulsionar mudanças reais.

Como a rede Black Females in Architecture está mudando os padrões da indústria - Image 1 of 4Como a rede Black Females in Architecture está mudando os padrões da indústria - Image 2 of 4Como a rede Black Females in Architecture está mudando os padrões da indústria - Image 3 of 4Como a rede Black Females in Architecture está mudando os padrões da indústria - Image 4 of 4Como a rede Black Females in Architecture está mudando os padrões da indústria - Mais Imagens+ 4

Seis arquitetas do Oriente Médio e da Ásia para conhecer

Há e sempre existiram mulheres arquitetas, planejadoras e políticas urbanas inspiradoras, mas em todo o mundo, as profissões de ambiente construído – e em particular seus escalões superiores – permanecem fortemente dominadas por homens, mais do que outras esferas, como educação ou saúde.

Hoje, 64% dos arquitetos formados no Brasil são mulheres. Na Engenharia, houve um aumento de 42% no número de mulheres registradas no CREA desde 2016. Mas, onde estão esses reflexos na sociedade brasileira? No mundo o processo é mais lento. Temos apenas 40% de mulheres arquitetas e pouquíssimas nos papéis de líderes.

Seis arquitetas do Oriente Médio e da Ásia para conhecer - Image 1 of 4Seis arquitetas do Oriente Médio e da Ásia para conhecer - Image 2 of 4Seis arquitetas do Oriente Médio e da Ásia para conhecer - Image 3 of 4Seis arquitetas do Oriente Médio e da Ásia para conhecer - Image 4 of 4Seis arquitetas do Oriente Médio e da Ásia para conhecer - Mais Imagens+ 2

Mulheres artistas exploram a interseção entre luz, espaço, tecnologia e comunidade

A luz desempenha um papel essencial no mundo do design de interiores, mas também pode criar espaços públicos imersivos. Enquanto James Turrell, Olafur Eliasson e Dan Flavin são celebrados por sua maestria na transformação de cores, reflexos e contrastes luminosos, é importante notar que o campo da iluminação artística não é exclusivamente dominado por homens. Em resposta à falta de representação de artistas femininas na área da luz, uma perspectiva inovadora e esclarecedora surge dos designers de iluminação britânicos Sharon Stammers e Martin Lupton, do Light Collective.

Após a criação da plataforma "Women in Lighting", o livro delas intitulado Women Light Artists dá um passo audacioso ao nos apresentar 40 mulheres criativas cujo trabalho irradia engenhosidade e brilho. O livro oferece uma variedade de projetos fascinantes, que vão desde piscinas interativas até a dança das sombras coloridas da luz do dia sobre uma ponte em Londres, da projeção tranquila em um marco icônico de Berlim até o arco-íris vibrante que se curva sobre o horizonte de Manhattan. Cada obra incorpora um diálogo único entre luz e espaço. Essa jornada luminosa presta uma valiosa homenagem ao poder das mulheres artistas que, por muito tempo, ficaram nas sombras.

Mulheres artistas exploram a interseção entre luz, espaço, tecnologia e comunidade - Image 1 of 4Mulheres artistas exploram a interseção entre luz, espaço, tecnologia e comunidade - Image 2 of 4Mulheres artistas exploram a interseção entre luz, espaço, tecnologia e comunidade - Image 3 of 4Mulheres artistas exploram a interseção entre luz, espaço, tecnologia e comunidade - Image 4 of 4Mulheres artistas exploram a interseção entre luz, espaço, tecnologia e comunidade - Mais Imagens+ 5

"Temos que mudar toda a definição do que é ser arquiteto": entrevista com Yasmeen Lari

Nesta entrevista do Louisiana Channel com Yasmeen Lari, a renomada arquiteta paquistanesa fala sobre o papel dos arquitetos e as mudanças de perspectiva necessárias na indústria hoje em dia. Premiada com a RIBA Royal Gold Medal 2023 por seus esforços humanitários, Lari enfatiza a necessidade de repensar a indústria da arquitetura para lidar com as disparidades sociais e deficiências de recursos. Na entrevista, Lari reflete sobre sua educação, formação arquitetônica e sua prática atual.

"Temos que mudar toda a definição do que é ser arquiteto": entrevista com Yasmeen Lari - Image 1 of 4"Temos que mudar toda a definição do que é ser arquiteto": entrevista com Yasmeen Lari - Image 2 of 4"Temos que mudar toda a definição do que é ser arquiteto": entrevista com Yasmeen Lari - Image 3 of 4"Temos que mudar toda a definição do que é ser arquiteto": entrevista com Yasmeen Lari - Image 4 of 4Temos que mudar toda a definição do que é ser arquiteto: entrevista com Yasmeen Lari - Mais Imagens+ 2

Sobre a importância de projetar para o bem-estar do habitante: Alex Depledge sobre Resi

O que é arquitetura? São projetos grandiosos com estruturas complexas, desafiando as leis da física? São edifícios simples e cotidianos que, quando reunidos, criam o tecido urbano? Em meados do século XVIII, Laugier introduziu o conceito de cabana primitiva, uma estrutura, essencialmente uma casa, projetada e construída para atender às necessidades básicas do ser humano primitivo: abrigá-lo das intempéries da natureza. Qualquer estrutura que atenda a esses requisitos seria considerada uma arquitetura autêntica. Porém, desde então, nossas necessidades evoluíram e estão muito mais elaboradas, principalmente quando se trata de nossas casas. Elas precisam oferecer abrigo, segurança, conforto térmico e espaços amplos. As nossas casas devem ser econômicas, sustentáveis e ter acesso à Internet, entre muitos outros pré-requisitos. Então, como seria a casa ideal do ser humano contemporâneo e, portanto, a "verdadeira" arquitetura?

The Science of a Happy Home Report, relatório realizado por Resi primeiro em 2020 e novamente no pós-pandemia de 2023, procurou descobrir exatamente quais elementos as pessoas acreditavam constituir o definitivo lar feliz. Os resultados foram seis qualidades proeminentes: uma casa que é adaptável para atender às nossas necessidades em constante mudança, uma casa que nos permite conectar e construir relacionamentos, uma casa que reflete a nossa personalidade e valores, uma casa nutritiva que fornece as condições que precisamos para prosperar (ou seja, qualidade do ar), uma casa que nos ajuda a relaxar e uma casa que oferece segurança e nos faz sentir seguros. Essas necessidades, no entanto, não estão sendo atendidas na maioria dos lares do Reino Unido, e é aí que entra a Resi.

Sobre a importância de projetar para o bem-estar do habitante: Alex Depledge sobre Resi - Image 1 of 4Sobre a importância de projetar para o bem-estar do habitante: Alex Depledge sobre Resi - Image 2 of 4Sobre a importância de projetar para o bem-estar do habitante: Alex Depledge sobre Resi - Image 3 of 4Sobre a importância de projetar para o bem-estar do habitante: Alex Depledge sobre Resi - Image 4 of 4Sobre a importância de projetar para o bem-estar do habitante: Alex Depledge sobre Resi - Mais Imagens

Escritórios de arquitetura liderados por mulheres: projetos de habitação coletiva na exposição "Time Space Existence" em Veneza

Como parte da 6ª edição do “Time Space Existence”, o Centro Cultural Europeu (ECC) apresentou a exposição “Reconceptualizing Urban Housing”. Aberta ao público de 20 de maio a 26 de novembro de 2023, ela reúne uma variedade de escritórios de arquitetura liderados por mulheres de todo o mundo, cada um oferecendo uma perspectiva única sobre habitação coletiva, especialmente em ambientes urbanos. Os projetos em destaque apresentam abordagens da Europa, América do Norte e países em desenvolvimento como Uganda, Malásia e México.

Escritórios de arquitetura liderados por mulheres: projetos de habitação coletiva na exposição "Time Space Existence" em Veneza - Image 1 of 4Escritórios de arquitetura liderados por mulheres: projetos de habitação coletiva na exposição "Time Space Existence" em Veneza - Image 2 of 4Escritórios de arquitetura liderados por mulheres: projetos de habitação coletiva na exposição "Time Space Existence" em Veneza - Image 3 of 4Escritórios de arquitetura liderados por mulheres: projetos de habitação coletiva na exposição "Time Space Existence" em Veneza - Image 4 of 4Escritórios de arquitetura liderados por mulheres: projetos de habitação coletiva na exposição Time Space Existence em Veneza - Mais Imagens+ 13

A sensualidade da curva: o corpo da mulher como inspiração do projeto

A discriminação das mulheres dentro da profissão na arquitetura é um tema que vem sendo abordado com cada vez mais frequência. Inúmeras situações listadas e ilustradas vão desde a discrepância salarial em comparação com os homens, a falta de respeito no gerenciamento de obras e equipes por parte dos funcionários do sexo masculino, a histórica invisibilidade e consequente falta de reconhecimento das mulheres na carreira, entre muitas outras. Diferentes desmotivações as quais fazem com que, mesmo sendo maioria dentro dos cursos de arquitetura pelo mundo, muito poucas são as mulheres que conseguem se consolidar e ganhar destaque dentro da profissão.

Entretanto, o sexismo não para por aí. Além da discriminação sofrida em termos profissionais, é possível perceber a objetificação da mulher também na imagem e nos conceitos arquitetônicos.

A sensualidade da curva: o corpo da mulher como inspiração do projeto - Image 1 of 4A sensualidade da curva: o corpo da mulher como inspiração do projeto - Image 2 of 4A sensualidade da curva: o corpo da mulher como inspiração do projeto - Image 3 of 4A sensualidade da curva: o corpo da mulher como inspiração do projeto - Image 4 of 4A sensualidade da curva: o corpo da mulher como inspiração do projeto - Mais Imagens+ 3

Perspectiva de gênero na arquitetura e no urbanismo: uma seleção de artigos para se aproximar do tema

Não é novidade que a questão de gênero permeia toda a nossa organização como sociedade e sistema, refletindo diretamente a dualidade dos "papéis femininos e masculinos" e seus mecanismos de opressão de gênero. No âmbito da arquitetura e do urbanismo isso não é diferente. Ao longo dos séculos, as cidades e suas edificações têm se mantido e se transformado de forma a priorizar as demandas de um perfil bem específico de usuário. Tal estrutura, obviamente, não considera outras identidades e formas de apropriação, ou seja, a demanda real e toda a sua diversidade de classes sociais, gênero, cores, faixas etárias, orientações sexuais, etc. São planejamentos e projetos disfarçados de uma concepção “neutra”, mas que na verdade reproduzem o olhar de um homem branco de classe média.

Arquitetura de pés descalços: 10 projetos de Yasmeen Lari, vencedora da RIBA Royal Gold Medal 2023

Yasmeen Lari, reconhecida como a primeira arquiteta do Paquistão, teve um impacto significativo tanto em seu país de origem quanto internacionalmente devido à sua abordagem inovadora e socialmente consciente em relação à arquitetura. Através de uma visão sistemática, o trabalho de Lari leva em consideração a cultura local, as oportunidades específicas da região e os desafios. Nascida no Paquistão em 1941, Yasmeen Lari mudou-se para Londres com sua família aos 15 anos. Depois de se formar na Oxford Brooks School of Architecture, ela voltou ao Paquistão aos 23 anos para iniciar a Lari Associates com seu marido, Suhail Zaheer Lari. O casal se estabeleceu em Karachi. Ali, ela começou a estudar as cidades antigas do Paquistão e a arquitetura vernacular de terra, despertando seu interesse pelo patrimônio arquitetônico e pelas técnicas tradicionais de seu país. Em 1980, ela cofundou a Heritage Foundation of Pakistan com seu marido, uma fundação ativa na preservação do rico patrimônio cultural do Paquistão.

Arquitetura de pés descalços: 10 projetos de Yasmeen Lari, vencedora da RIBA Royal Gold Medal 2023 - Image 1 of 4Arquitetura de pés descalços: 10 projetos de Yasmeen Lari, vencedora da RIBA Royal Gold Medal 2023 - Image 2 of 4Arquitetura de pés descalços: 10 projetos de Yasmeen Lari, vencedora da RIBA Royal Gold Medal 2023 - Image 3 of 4Arquitetura de pés descalços: 10 projetos de Yasmeen Lari, vencedora da RIBA Royal Gold Medal 2023 - Image 4 of 4Arquitetura de pés descalços: 10 projetos de Yasmeen Lari, vencedora da RIBA Royal Gold Medal 2023 - Mais Imagens+ 14

Marta Maccaglia recebe o Prêmio de Diversidade em Arquitetura 2023

O Prêmio de Diversidade em Arquitetura (DIVIA) foi concedido à arquiteta italiana Marta Maccaglia, fundadora do Semillas, por seu compromisso com a construção educativa no Peru. Este reconhecimento internacional, junto do prêmio de 20.000 euros, tem como objetivo promover a visibilidade das mulheres na indústria da arquitetura. Entre as cinco finalistas desta edição estavam Tosin Oshinowo (Nigéria), May al-Ibrashy (Egito), Noella Nibakuze (Ruanda) e Katherine Clarke e Liza Fior (Reino Unido).