Devido à necessidade, diferentes tipos de edifícios mudaram seu uso. Igrejas que hoje são bibliotecas, armazéns abandonados que hoje são centros culturais - e embora muito tenha sido escrito sobre o assunto, desde o conceito Open Building de N. John Habraken nos anos 70, até o contemporâneo From Mixed-Use to Diff-Use de Adamo Faiden, hoje temos mais do que nunca um interessante debate global em torno da adaptabilidade em habitação. É necessário ter tantos metros quadrados dedicados a escritórios quando durante a pandemia percebemos que muito do trabalho pode ser feito remotamente? Esta foi uma das principais questões durante a quarentena dos últimos anos.
Reconversão: O mais recente de arquitetura e notícia
"A forma segue todas as funções": leitores opinam sobre adaptabilidade na arquitetura
Redescobrindo os Andes: a transformação dos banhos termais de San Pedro, Chile
Aninhadas na cordilheira que divide o Chile da Argentina, as Termas de San Pedro são um lugar de pausa e contemplação que interrompe a rota de trânsito para introduzir a escala humana e assim dar uma melhor condição de habitabilidade às extensas paisagens das altas montanhas. Embora estas piscinas naturais tenham se estabelecido por um período como um marco e destino público dentro da rota e da memória coletiva que envolve a região de Romeral, com o tempo elas caíram em um estado de abandono e deterioração como resultado de movimentos sísmicos constantes.
Em resposta a esta situação, o projeto de graduação da estudante de arquitetura da Universidade de Talca, Pía Montero, busca materializar a pesquisa realizada sobre a identidade territorial da Região do Maule e consolidar um marco de potencial turístico. O projeto também é um chamado para redescobrir e resgatar o valor do patrimônio natural e cultural da região do gradual abandono em que ela caiu ao longo dos anos.
Arquiteturas abertas: como projetar para a mudança de usos?
Por necessidade, edifícios mudam de uso ao longo do tempo. Igrejas passam a ser bibliotecas, armazéns abandonados são transformados em centros culturais. Embora muito tenha sido escrito sobre o assunto, desde o conceito de open building de N. John Habraken nos anos 70, há, hoje, um interessante debate global sobre isso em curso. É necessário ter tantos metros quadrados dedicados a escritórios quando, com a pandemia, percebemos que muito do trabalho pode ser feito remotamente?
David Chipperfield divulga projeto para transformar antigo hotel na Bélgica em edifício residencial
O escritório David Chipperfield Architects divulgou uma proposta de restauração para o Grand Hotel em Nieuwpoort, na Bélgica. Iniciado em 2019, o projeto transforma a estrutura em um edifício residencial, ao mesmo tempo em que busca recuperar sua importância enquanto marco arquitetônico.
Monumentalidade ressignificada: a transformação da arquitetura e dos espaços públicos do leste europeu
Remanescentes do período de ocupação soviética, espaços urbanos monumentais e representativos de muitas das cidades do chamado Bloco de Leste Europeu ainda constituem um legado desafiador, tanto para seus cidadãos quanto para os arquitetos que nestes contextos projetam seus edifícios e espaços. Em completo desacordo com ambientes urbanos contemporâneos, regidos por valores democráticos e sociais, estes espaços ainda hoje representam um problema a ser resolvido. Edifícios e espaços públicos ideologicamente carregados estão aos poucos sendo recuperados, reconciliando os cidadãos com sua própria história—um passado que muitas vezes tende a ser esquecido e até apagado. Neste contexto, a (re)introdução da escala humana tem auxiliado arquitetos e urbanistas a restaurar a vitalidade dos espaços públicos destas cidades.
Como Medellín transformou seus reservatórios de água em verdadeiros parques públicos
Ao desenvolver o plano mestre de iluminação urbana para Medellín, a empresa estatal colombiana EPM (Empresas Públicas de Medellín) sobrepôs em uma análise as camadas de infraestrutura e iluminação noturna sobre a cartografia da cidade, revelando verdadeiras ilhas de escuridão em meio ao tecido urbano.
Para surpresa da organização, estas ilhas de escuridão correspondiam a 144 reservatórios de água que haviam sido construídos nas periferias da cidade. No entanto, a progressiva expansão urbana de Medellín acabou rodeando-os, incorporando-os totalmente nos povoamentos informais do Vale de Aburrá. Pior, tornaram-se focos de violência e insegurança em bairros totalmente desprovidos de espaços públicos e equipamentos básicos.