Terremotos, pandemias, conflitos e desastres ambientais são alguns dos eventos que têm desafiado arquitetos, urbanistas, designers e engenheiros a encontrar formas de desenvolver estruturas e infraestruturas de maneira rápida, prática, eficiente e adequada tanto à situação como ao local em que serão implementadas. Na busca por materiais que estejam disponíveis e cumpram as exigências para cada tipo de situação, aqueles considerados “alternativos”, ou não usuais – ao menos no contexto dos abrigos emergenciais –, se apresentam como possibilidades para experimentação e posterior aplicação em estruturas de emergência. Ao abordarmos edificações temporárias, contêiners e lonas tensionadas sempre nos vêm à cabeça. Mas há materiais de grande disponibilidade e com boas características físicas que podem cumprir funções emergenciais.
5 Materiais alternativos para construção de abrigos emergenciais
Quem veio antes, o projeto ou a construção? Uma jornada pela história das representações
No sentido mais fundamental, podemos dizer que a arquitetura nasce – em sua forma mais elementar – da inerente busca humana por abrigo. A cabana como abrigo construído pelo homem, em sua forma mais primitiva, já existia há muito tempo quando Marc-Antonie Laugier à descreveu em 1755. Laugier teorizou uma alegoria de um homem na natureza e sua necessidade de abrigo, um requisito básico para proteger-se do sol e da chuva. Os troncos de madeira, verticalmente dispostos no terreno, aludem ao papel desempenhado pelas colunas, enquanto os elementos horizontais colocados sobre elas nos fazem pensar na função de uma viga, os galhos, por sua vez, cumprem a função de cobertura inclinada de uma típica “cabana” moderna. Embora o homem tenha vagado pela superfície da Terra por milhares e milhares de anos, por que apenas em meados do século XVIII fomos capazes de teorizar a respeito da gênese da mais elementar das criações humanas?
Edifício do Ballet Nacional Britânico / Glenn Howells Architects
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Arquitetos: Glenn Howells Architects
- Área: 9300 m²
- Ano: 2019
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Fabricantes: Apex Steel Structures, Banaghers, DOS, Fleck Metal Solutions, GCL, +5
Nossa cobertura completa sobre o coronavírus, a arquitetura e as cidades
Em meio a uma pandemia que já atingiu 184 países e contagiou mais de um milhão pessoas ao redor do mundo, buscamos cobrir todos os temas que relacionem o cononavírus com a arquitetura e o espaço - e maneiras de tornar o distanciamento social menos penoso.
Condomínio Canto do Tubarão / RAC Arquitetura
Casa do Bosque / Cacau Ribeiro Interiores
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Arquitetos de interiores: Cacau Ribeiro Interiores
- Área: 117 m²
- Ano: 2018
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Fabricantes: 24 SOUQ, 5 by Kamy, Araquém Alcântara, Arnaldo Danemberg, Augusta, +22
Casa Santorini / LOI Arquitectura
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Arquitetos: LOI Arquitectura
- Área: 65 m²
- Ano: 2019
Faça um passeio virtual pelas obras mais famosas de Frank Lloyd Wright
Como a maioria dos espaços culturais e museus ao redor do mundo permanecem fechados como uma medida preventiva para conter a disseminação do surto de COVID-19, alguns iniciativas tem sido lançadas ao longo dos últimos meses para ampliar o acesso – ainda que virtualmente – à arte e a cultura. Instituições dos quatro cantos do mundo estão facilitando a navegação por seus acervos além de promoverem visitas virtuais por exposições e por que não, obras de arquitetura. Através de uma parceria entre a Frank Lloyd Wright Building Conservancy, a Frank Lloyd Wright Foundation e a Unity Temple Restoration Foundation, atualmente é possível conhecer à fundo algumas das mais importantes obras de arquitetura construídas pelo mais conhecido arquiteto americano de todos os tempos. Divulgada através da hashtag #WrightVirtualVisits, os responsáveis pelo projeto já disponibilizaram até agora vinte e quatro edifícios projetados e construídos por Wright nos EUA, e acredita-se que este acervo seja ampliado em breve. Com novos vídeos publicados todas as quintas-feiras, o projeto se estenderá até o próximo dia 15 de Julho, promovendo uma perspectiva abrangente e profunda sobre a extensa obra construída de Frank Lloyd Wright.
Casa Rio Bonito / Carla Juaçaba
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Arquitetos: Carla Juaçaba
- Área: 70 m²
- Ano: 2005
Centro de artes performáticas G.W. Annenberg / Studio Seilern Architects
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Arquitetos: Studio Seilern Architects
- Área: 2580 m²
- Ano: 2018
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Fabricantes: AutoDesk, British Gypsum, Desso, Mapei, Powerlon, +1
Residências Bata Mews / LOM architecture and design
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Arquitetos: LOM architecture and design
- Área: 2970 m²
- Ano: 2019
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Fabricantes: Alumasc, AutoDesk, Catnic, Eurocell, IKO, +5
O uso da pré-fabricação em 6 projetos emergenciais ao redor do mundo
A noção de situação emergencial abrange uma série de cenários contemporâneos que vão desde desastres naturais a situações de extrema pobreza ou isolamento por conflitos sociais e políticos. Em todos os casos, o caráter de suspensão da normalidade e afloramento das mais básicas necessidades para a manutenção de uma qualidade de vida digna se tornam os motes para pensar alternativas de desenho rápidas e eficientes que ofereçam uma resposta a este tipo de situação de urgência.
Recanto do escritor / Architectare
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Arquitetos: Architectare
- Área: 31 m²
Casa PIXEL / The Grid Architects
Projeto brasileiro adapta ônibus retirados de frota em unidades móveis de saúde
Os números do COVID-19 no Brasil só aumentam, sobrecarregando o sistema de saúde com pacientes diagnosticados com o vírus. Compreensivelmente, também, reduziram-se as idas ao hospital por parte das pessoas que sofrem de outras doenças, que agora têm medo de serem contagiadas com o coronavírus. Para evitar complicações à saúde da população que está com receio de ir ao hospital, os arquitetos do estúdio brasileiro Democratic Architects propuseram o Ônibus de Saúde Imediata (O-SI), um sistema focado em telemedicina.
Villa Fleisch / ARSP Architekten
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Arquitetos: ARSP Architekten
- Ano: 2018
"O Brasil carece de boa arquitetura pública": entrevista com Marcelo Morettin
Marcelo Morettin, sócio do escritório Andrade Morettin Associados, é o sexto convidado do Studio Casa, série de entrevistas realizada pela Casa da Arquitectura - Centro Português de Arquitectura. Formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, Morettin trabalhou nos escritórios de Joaquim Guedes Arquitetos Associados e de Marcelo Fragelli, até formar seu próprio escritório em 1997.