Com programas variados e flexíveis, os centros culturais são edifícios de uso público de relevância na promoção, como o nome sugere, da cultura de um lugar. No intuito de estimular o uso cotidiano e permanente do espaço, voltado aos moradores de uma região específica, seus projetos arquitetônicos podem incluir um programa vasto, com biblioteca, cinema, auditório, espaços para exposições, salas para oficinas, espaços de convivência, entre outros.
Artigos
Terreno da Expo 67 será reurbanizado em Montreal
O projeto de reurbanização do Parc Jean-Drapeau em Montreal é um sinal de que a capital da província de Quebec está comprometida em resgatar e revalorizar seus mais importantes marcos urbanos. Depois de décadas de omissão por parte da administração local, um dos principais parques urbanos de Montreal - onde encontra-se edificada a icônica cúpula geodésica projetada por Buckminster Fuller em 1967 e uma escultura em escala urbana criada por Alexander Calder - será reurbanizado e devolvido à população como um novo e importante espaço de encontro e socialização para a comunidade local.
O tecido urbano da cidade de Montreal, talvez mais do que qualquer outra cidade canadense, foi profundamente alterado e transformado durante a segunda metade do século XX. A Exposição Internacional de 1967, popularmente conhecida como Expo 67, fez com que a cidade de Montreal ficasse mundialmente famosa, recebendo um número recorde de visitantes. A Expo 67 foi a feira mundial de maior sucesso do século 20 e provocou um boom na construção civil que se estendeu até o final da década de 1970.
Casas brasileiras: 4 residências construídas utilizando contêiners
Originalmente utilizados para o transporte de grandes cargas em embarcações, os contêiners apresentam como características uma estrutura de aço rígida e bastante resistente, a partir de uma variação em dimensões. No entanto, indo além do tradicional uso apenas como sistema para armazenamento e carregamentos, há alguns anos estas estruturas passaram a ser utilizadas como base para a construção de módulos comerciais e residenciais, uma vez que apresentam grande resistência, baixo custo, rapidez construtiva e sobretudo, sistema coligado a sustentabilidade, uma vez que são reutilizados. Pensando nisso e indo além da produção de casas estandardizadas, alguns arquitetos tem desenvolvido projetos residenciais a partir do reuso de contêiners enquanto módulos, empilhando ou unindo-os lateralmente, a partir do programa de necessidades de cada cliente.
A nova corrida espacial: seis desafios ao projetar estruturas extraterrestres
A corrida espacial pode parecer um desafio puramente técnico, relacionado apenas ao universo da tecnologia e da engenharia. Historicamente, a arquitetura do espaço esteve focada principalmente no desenvolvimento de projetos para estações espaciais ou bases não tripuladas para a exploração de outros planetas, quase sempre encomendados e financiados pelas principais agências espaciais como a ESA (Europa) ou a NASA (EUA). Entretanto, ao longo dos últimos anos, esta tendência tem começado a mudar. A corrida espacial tem atraindo um espectro cada vez maior de profissionais (como arquitetos e sociólogos), bem como uma variada gama de diferentes empreendedores e investidores (nem sempre bem-intencionados). Diversas áreas do conhecimento estão juntando forças por um interesse em comum: a nova corrida espacial.
São diversos fatores que têm contribuído para esta mudança: o desenvolvimento de novas tecnologias, o crescente aumento da população mundial e as crises climáticas que a cada ano se tornam mais frequentes. Estas condições desfavoráveis acabaram por criar um cenário perfeito para que os seres humanos voltassem a se interessar pela vida no espaço, não apenas como uma solução, mas como uma urgência. A medida que essa tendência continua a ganhar força, novas possibilidades começam a aparecer (NEOM), bem como novas organizações de apoio à pesquisa espacial (como a SATC e a SICSA). Embora ainda não tenhamos botado o pé em Marte sequer uma única vez, há pelo menos uma dezenas de projetos em andamento que pretendem estabelecer colônias humanas no planeta vermelho (tenhamos como exemplo o projeto MARS-ONE ou o Mars City Science).
A arte de iluminar arte
Escolher a iluminação certa para qualquer espaço pode ser uma decisão complexa. Considerações precisam ser feitas com relação ao objetivo, forma e função da aplicação da iluminação. Design e estética também têm papel nessa equação. Com tantas opções de iluminação no mercado, são necessários conhecimentos e entendimentos especializados para determinar o melhor ajuste para o seu espaço. Ainda mais desafiador do que encontrar iluminação para um espaço genérico, uma galeria de arte ou um museu pode ser extremamente difícil de iluminar adequadamente. Mas a iluminação LED simplificou uma grande parte da iluminação para exibição de arte.
A rua na constituição do espaço urbano
Muitos autores abordam a importância da rua para a vitalidade no espaço urbano. As ruas são o espaço livre público, normalmente cercado de edifícios e que conformam este espaço. Raramente percebemos, mas é deste espaço livre que nos apropriamos da cidade, onde a sensação do caminhar acontece.
DWG, IFC, RVT, PLN? As extensões de arquivos mais comuns para arquitetura
É muito comum que arquitetos utilizem mais de um programa no decorrer de um projeto. Enquanto determinado software pode ajudar na concepção e nos primeiros testes de forma, outro pode funcionar melhor para a confecção da documentação de projeto como plantas e cortes. Um terceiro pode ser usado para o modelo tridimensional, e ainda outros para a renderização. Há ainda programas usados na pós-produção das imagens, vídeos, ou mesmo para a diagramação de pranchas e cadernos. A lista é grande e os processadores dos computadores podem sofrer.
Ainda que com os programas BIM (Building Information Model) essa peregrinação entre programas tenda a diminuir por abrangerem todo o processo projetual, entender a vasta lista de extensões de arquivos nas pastas nem sempre é algo tão simples. Além disso, não é raro que haja incompatibilidades entre versões e mesmo em tipos de arquivos, quando o projeto precisa ser encaminhado para as equipes complementares, por exemplo. Fizemos um apanhado das extensões de arquivos mais usados pelos arquitetos, focando principalmente nos programas BIM, mas abrangendo as principais extensões que um arquiteto provavelmente irá se deparar em algum momento durante sua prática:
Estudantes brasileiros são premiados em concurso internacional com projeto de habitação pré-fabricada
A equipe de estudantes brasileiros formada por Luiza de Souza Santos, Marcus Barbosa e Gabriel Thomé de Oliveira, da UFMG, foi premiada com menção honrosa no concurso internacional SkyCity Challange 2019, que tinha como objetivo "explorar modos sustentáveis de viver, trabalhar coletivamente e também se divertir". Conheça a proposta dos estudantes, a seguir.
As 10 melhores tipografias para projeto de arquitetura
Você já ficou mais de uma hora rolando a barrinha para escolher uma fonte que combinasse com seu trabalho? Antes de começar um projeto já pensa em qual tipografia vai usar? Fica irritado quando lê uma mensagem importante escrita em Comic Sans? Ou se sente ofendido quando uma sentença banal é escrita em caixa alta? Fique tranquilo, você não está sozinho.
Arquitetos e designers apropriam-se constantemente de elementos gráficos como meios expressivos na esquematização de seus trabalhos. Dentre eles, o mais comum são os desenhos, numa variedade constante entre técnicas, estilos e padrões. Mas entre os elementos que compõem as pranchas, painéis e desenhos, técnicas e modelos, há um fragmento particular que os ajuda na composição e identidade: o uso da Tipografia.
“Arquitetura é uma extensão da vida”: uma entrevista com Balkrishna Doshi
A independência da Índia mudou o modo como o país passou a ser percebido pelo resto do mundo. A evolução trouxe consigo importantes perguntas para arquitetos e urbanistas, como por exemplo, como resolver as disparidades econômicas e ambientais, ou como difundir entre a população a compreensão do potencial dos recursos e culturas locais.
Em uma nova e extensa entrevista em vídeo produzida pelo Louisiana Channel, Balkrishna Doshi, vencedor do Prêmio Pritzker, comenta como se tornou um arquiteto premiado, suas crenças e cultura tradicionais hindus e a vida contemporânea na Índia.
Assista a seguir (em inglês).
Como escolher a melhor opção de brise-soleil para seu projeto
Com climas cada vez mais extremos em todo o mundo, brises-soleil e revestimentos perfurados são opções eficazes para criar uma segunda pele nas fachadas de nossos projetos, protegendo seus interiores e criando ambientes especiais ao lidar com luz e sombra.
Cada orientação de edifício e fachada exige soluções diferentes - fixas, móveis e de materiais diferentes -, mas existem algumas recomendações gerais que podem nos ajudar a escolher a solução certa. Conversamos com os especialistas da Hunter Douglas para conhecer as considerações mais importantes.
Casas brasileiras: 26 residências com brise-soleil
Projetar em um país onde o clima é predominantemente equatorial ou tropical implica em tomar decisões que diminuam a sensação de calor nos espaços internos da edificação. A versatilidade, a funcionalidade e a estética do brise-soleil são características que encorajam arquitetos, sobretudo no contexto brasileiro, a utilizá-lo em edifícios residenciais. O brise-soleil, quebra-sol, ou apenas brise, funciona como uma espécie de “meio termo” entre abertura e fechamento, controlando a entrada de iluminação no edifício sem impedir a ventilação. Além disso, o sistema também permite uma maior conciliação entre a privacidade dos espaços internos e a vista para o externo.
Modos de ver, modos de expor: o estudo expográfico no Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel
Sob a tarefa de mapear a produção contemporânea brasileira, o Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel iniciou seus trabalhos em 2013 tendo horizontes pouco definidos. Se por um lado existia a expectativa de criar uma iniciativa inédita no cenário nacional, premiando projetos construídos na última década, por outro, havia claro o desafio de fundar uma premiação sem categorias lidando com um universo amplo de programas e comparando iniciativas das mais diferentes escalas.
Como projetar assentos para teatro: 21 layouts detalhados
Linhas de visão da plateia, acústica e acessibilidade fazem da disposição dos assentos de teatros uma grande e precisa arte. Como parte de seu conjunto de recursos online para arquitetos e designers, a equipe do Theatre Solutions Inc (TSI) compilou um catálogo com 21 exemplos de layouts de assentos de teatro. Cada layout é bem detalhado, com informações sobre o número de assentos, área de piso destinada a eles e espaçamento entre filas. Estes layouts se dividem em três formas gerais; e para complementar esta informação, juntamente com diagramas da TSI, nós incluímos os prós e contras de cada tipo, bem como exemplos de projetos que utilizam cada formato. Saiba mais a seguir.
Reitoria da UFMG: uma expressão do modernismo em Minas Gerais
O modernismo arquitetônico nasceu na esteira das vanguardas europeias no início do século XX. O movimento estava embalado pelo capitalismo industrial e pelo empolgante avanço tecnológico que ocorria diante dos olhos de todas as pessoas. A ruptura com o passado foi deliberadamente franqueada pelos movimentos intelectuais, artísticos e técnicos desde meados do século XIX. O Palácio de Cristal, por exemplo, projetado por Sir Joseph Paxton, foi construído em Londres para abrigar as grandes exposições de 1851 e representou uma revolução construtiva quanto às possibilidades de uso de materiais leves como o ferro e o vidro.
São Paulo: Metrópole fluvial
O projeto apresentado no mestrado São Paulo – Paris, Metrópoles Fluviais. Ensaio de Projeto de Arquitetura das orlas do canal Pinheiros inferior, córrego Jaguaré e córrego Água Podre reconhece o papel dos rios como principal estruturador urbano e busca o redesenho da metrópole que ao longo de seu desenvolvimento deu as costas para seus cursos d’água e os transformou em leitos para esgoto e lixo.
6 Iniciativas voluntárias que transformam a vida de diferentes cidades do Brasil
Da revitalização de áreas verdes degradadas à realização de jogos colaborativos, eventos e oficinas, existem diversas ações que são possíveis de realizar voluntariamente para mudar a paisagem de uma cidade e as pessoas que vivem nela.
Além de serem formas importantes de participação social, a organização de pessoas por meio de coletivos e a adesão a iniciativas que se apoiam em trabalho voluntário, facilitam a interação entre o poder público e as comunidades, trazendo muitos resultados positivos, inclusive na maneira como interagimos com as cidades.
16 Dicas para melhorar suas habilidades com maquetes
A modelagem 3D virtual está cada vez mais popular, no entanto, as maquetes feitas à mão estão longe de ser extintas. Talvez uma razão para isso é que, apesar do "3D" das "maquete 3D", exibir esses modelos em uma tela ou em uma impressão ainda oferece, efetivamente, uma experiência bidimensional. Naturalmente, um modelo físico você pode segurar em sua mão, examinar e compreender espacialmente de uma maneira que um modelo CAD não proporciona. Maquetes de estudos também podem ser usadas como um esboço 3D rápido e intuitivo para gerar algumas idéias. Seja para um cliente ou um professor, as maquetes são quase sempre necessárias, a fim de produzir uma compreensão completa da relação entre os espaços em seu projeto. Para aproveitar ao máximo essa ferramenta, veja algumas dicas a seguir:
Diretrizes de projeto para uma arquitetura tropical contemporânea
A seguir, o arquiteto Bruno Stagno compartilha de São José, Costa Rica, considerações para um código expressivo livre para a arquitetura tropical.
Pontos de ônibus: boa impressão ou frustração no transporte coletivo
Não depende só dos ônibus um sistema de transporte coletivo de qualidade: a qualidade também está diretamente associada a elementos adjacentes – como os pontos de ônibus. Em todas as cidades que fazem parte do Grupo de Benchmarking QualiÔnibus, esse foi o elemento apontado pela população como um dos fatores mais problemáticos. Mas o que as cidades podem fazer para melhorá-los?
Brises de madeira: 7 soluções criativas
Em zonas com alta temperatura e incidência solar, os edifícios devem garantir conforto térmico de maneira adequada para aqueles que irão utilizá-lo. Nesse sentido, a aplicação de brises é uma solução eficaz nos projetos que contam com grandes superfícies de vidro, reduzindo assim as temperaturas geradas pela onda solar direta.
Por que Veneza inunda e o que está sendo feito para evitar isso?
Ao longo de novembro de 2019, Veneza foi inundada pelos piores alagamentos da cidade em meio século. Fotografias e vídeos se espalharam pelo mundo mostrando a icônica Praça de São Marcos debaixo d'água, com uma onda de 2 metros de altura, ameaçando gerar danos irreparáveis a locais históricos, como a Basílica de São Marcos. Enquanto a cidade luta contra o aumento dos níveis de água desde o século V, as recentes inundações, no contexto das mudanças climáticas, estimularam o debate sobre como as cidades costeiras são vulneráveis ao aumento do nível do mar e como os danos podem ser mitigados.