Há cerca de quatro anos a Avenida Paulista ganha cores, dança, música e circulação intensa de pedestres e ciclistas aos domingos e feriados. Este é o fruto da mobilização de organizações da sociedade civil e da população, que em 2015 levou à criação do Programa Paulista Aberta pela Prefeitura de São Paulo, no contexto do programa Ruas Abertas. Desde então, uma das avenidas mais movimentadas da capital paulista é palco de atividades econômicas, culturais e de lazer, além de proporcionar um espaço gratuito e amplo para a prática de exercícios físicos.
https://www.archdaily.com.br/br/928149/paulista-aberta-os-impactos-para-visitantes-e-moradores-apos-quatro-anos-do-programaITDP Brasil
Muito utilizados em obras de infraestrutura, os muros de gabião são constituídos por gaiolas metálicas conformadas por malhas hexagonais de fios de aço galvanizados, de modo que resistam às intempéries por um extenso período de tempo, livres de oxidação. Internamente são preenchidos por pedras de diferentes tamanhos, tornando-se uma estrutura permeável.
Igreja em Belém de São Francisco, Pernambuco. Foto de Oliver de Luccia, 2019
As viagens fluviais têm o intuito da pesquisa, registro e coleta de informações in loco tendo como assunto os rios. São realizadas por membros pesquisadores do Grupo Metrópole Fluvial da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), coordenado pelo Professor Alexandre Delijaicov. Cada um traça seu percurso de acordo com seus interesses pessoais, mas com um objetivo comum: reunir referências de projeto de arquitetura de infraestrutura fluvial para expandir o imaginário e repertório do grupo de pesquisa. A pergunta que motiva os pesquisadores é: como as pessoas se relacionam com as águas fluviais que correm em suas metrópoles, cidades ou vilas, no espaço construído ao longo dos rios? A linha definida pelos elementos terra e água é o eixo de partida dessa observação.
Como resultado dos três meses de formação em articulação local no pioneiro Programa de Embaixadores COURB, mobilizadores de diferentes cidades brasileiras promoveram ações nos seus territórios. Almejando a construção colaborativa de cidades inclusivas, a Jornada de Articulação, realizada a muitas mãos, aconteceu entre os meses de agosto e setembro e contou com três tipos de ações: rodas de conversa, intervenções no território e proposições coletivas. Os embaixadores mapearam e engajaram no programa mais de 150 instituições - entre prefeituras, universidades, coletivos, empresas e organizações.
https://www.archdaily.com.br/br/928039/tres-formas-de-ativar-o-espaco-urbano-jornada-de-articulacao-courbCOURB Brasil
A Rua Miguel Calmon foi cenário de transformações importantes em Salvador. Até o início do século 20, antes da construção do aterro em que foi erguido o lado esquerdo da via e um novo porto para a cidade, ela se chamava Rua do Cais e era banhada pelo mar. Cem anos depois, a rua no bairro Comércio tornou-se a primeira Rua Completa da capital baiana e um dos símbolos das intervenções que têm revitalizado seu centro histórico.
https://www.archdaily.com.br/br/927819/de-rua-do-cais-a-rua-completa-intervencao-em-salvador-devolve-vitalidade-a-rua-miguel-calmonFernando Corrêa e Bruno Batista
O segundo Concurso Internacional de Planejamento Urbano e Design de Hebei - Desenho Urbano de Xingdong, organizado pela Revista Urban Environment Design (UED), anunciou sua lista de vencedores para a edição deste ano, com o tema "Cidade do Futuro".
Empresas de arquitetura premiadas participaram da competição, refletindo sobre o urbanismo transformador de Xingtai e interpretando seu desenvolvimento contínuo com base em fatores sociais, econômicos, demográficos, ecológicos e culturais.
As características do aço corten são respeitadas por todos os arquitetos, tanto por sua resistência como por sua cor particular. Corresponde a um tipo de aço manufaturado com uma composição química que proporciona uma oxidação que protege a peça, praticamente sem alterar suas características mecânicas. Os detalhes construtivos de arquitetura em aço corten apresentam uma diversidade de situações e junções, que não apenas evidenciam um fator construtivo, como também concede um valor estético à arquitetura.
A madeira é um material muito nobre e fácil de trabalhar, permitindo que construtores profissionais e amadores fabriquem objetos e estruturas simples sem maiores problemas. No entanto, ao pensarmos em habitações ou edifícios de maior escala, é importante tomar certas precauções que assegurem a boa qualidade e o bom comportamento da construção. Nesse sentido, é fundamental avaliar cada projeto especificamente e analisar qual sistema de conexão acomoda-se da melhor maneira aos requisitos estruturais e estéticos.
Conversamos com os especialistas da Simpson Strong Tie, empresa líder em conectores estruturais, ancoragens e sistemas de fixação, para aprender mais sobre esses temas. A seguir, apresentamos importantes lições e conselhos para construir casas e edifícios de madeira mais seguros e resistentes.
A palavra espanhola medianera carrega um significado que, em português, poderia ser traduzido como “empena cega", no entanto seu sentido na língua hispânica ganha uma apreensão cultural e de vivência urbana se pensada em termos locais. Esse elemento arquitetônico que, ao mesmo tempo, parece separar e vincular lotes vizinhos de forma tão marcante, é recorrente em cidades da América colonizadas pela Espanha. No caso argentino, a cidade de Buenos Aires se consolidou a partir dos preceitos daqueles que chegaram ao território com as réguas da quadrícula e o rigor da organização ortogonal e se desenvolveu a dentro dessa lógica que chegou aos dias de hoje a uma situação urbana recorrentemente marcada pela presença desses elementos duros e aparentemente inadiáveis que são as medianeras.
Os países que fazem parte do chamado Sul Global sofreram muitas transformações em suas cidades nos últimos anos devido, sobretudo, ao rápido crescimento dos centros urbanos e aos já conhecidos desafios econômicos e sociais característicos dos países "em desenvolvimento". O crescimento urbano, o desenvolvimento sustentável, a qualidade de vida, a saúde nas cidades e o desenvolvimento de sua própria identidade cultural são algumas das questões com as quais as arquiteturas locais tiveram - e ainda terão - que lidar.
Alguns jovens profissionais da arquitetura entenderam a importância de projetar tendo em vista seu próprio território, conferindo a essa arquitetura uma identidade claramente local. Ao desenvolverem novas tipologias e usarem seus próprios recursos materiais, apresentam soluções inovadoras, específicas para o local e, acima de tudo, essencialmente contemporâneas no sentido de se pensar o futuro da arquitetura e do planeta como um todo.
Após séculos utilizando a madeira para o desenvolvimento de carpintaria de janelas e portas, o racionalismo do século XX começou a adotar um novo material para esses fins: o aço. Impulsionado pela produção industrial e promovido por arquitetos como Adolf Loos, Mies van der Rohe e Le Corbusier, o aço evoluiu para gerar estruturas cada vez mais finas e resistentes. No entanto, materiais eficientes e de baixo custo, como alumínio e PVC, começaram gradualmente a substituir seu uso maciço, aumentando a dimensão dos marcos e removendo a "limpeza" de uma arquitetura que começou a integrar grandes painéis de vidro em suas fachadas. .
Atualmente, as novas tecnologias aprimoram seus processos de produção, desenvolvendo perfis mínimos de alta rigidez e precisão, que aproveitam ao máximo a transparência do vidro e oferecem novos recursos de conforto e segurança. Conversamos com os especialistas da empresa Jansen para aprofundar sua aplicação na arquitetura contemporânea.
Casa Diego Rivera e Frida Kahlo. Via: Wikimedia, licença CC BY-SA 3.0
Formas geométricas, paredes de concreto armado aparente, instalações elétricas à vista, grandes janelas que priorizam luz e ventilação naturais, jardins que prezam por plantas autóctones. As primeiras construções do arquiteto mexicano Juan O’Gorman, construídas entre 1929 e 1932, trazem uma estética que pode ser vista nos dias atuais, mas na realidade são a pura expressão de uma das correntes do movimento modernista do século 20, o funcionalismo.
Materiais, produtos e sistemas construtivos estão em constante evolução e seguem novas tecnologias, descobertas e tendências de mercado. No âmbito do nosso tópico de outubro, “Inovação”, nos perguntamos: que produtos ou materiais poderíamos usar para que nossos projetos façam contribuições relevantes para a maneira como estamos habitando nosso planeta?
Vá a qualquer cidade medieval européia e veja como as ruas eram antes do advento do carro: lindas, pequenas, estreitas, íntimas, em escala indiscutivelmente humana. Temos poucas cidades nos Estados Unidos onde é possível encontrar ruas como estas. Em sua grande maioria, o que se vê nas ruas são aquelas projetadas para os carros - de grande escala para alta velocidade. Em minha São Francisco natal, estamos tornando as ruas mais seguras para caminhar e pedalar aumentando as larguras das calçadas, transformando faixas de carros em ciclovias, diminuindo a velocidade dos carros. Estamos trabalhando com as ruas que temos; uma rua típica em São Francisco possui entre 18 a 24 m de largura, comparada a uma rua medieval de antes do carro que possui entre 3 e 6 metros de largura.
https://www.archdaily.com.br/br/867519/4-dicas-importantes-para-projetar-ruas-para-as-pessoas-e-nao-apenas-para-os-carrosKristen Hall
O aumento da passagem do metrô de Santiago em 30 pesos (4 centavos) foi o início de uma agitação social no Chile que, após dias de evasões em massa e manifestações espontâneas, explodiu na sexta-feira, 18 de outubro. Naquele dia, o sistema Metro entrou em colapso, os protestos se multiplicaram e os saques e incêndios saíram fora de controle. Na mesma noite, o Estado de Exceção Constitucional declarado pelo presidente Sebastián Piñera encerrou uma sexta-feira obscura.
Existe algo de instigante na maneira em que o ar, matéria extremamente fugaz e invisível, pode modelar as mais variadas formas. Essa fascinação está presente no nosso imaginário desde que somos crianças, quando somos atraídos pela leveza, cores, ludicidade e variedade dos balões infláveis.
O domínio da arquitetura sempre esteve dividido entre o cosmos artístico e o racional. Durante nossos anos de estudo em arquitetura, raramente nos é oferecida uma metodologia específica com a qual podemos desenvolver um projeto, gerando diversos resultados e métodos diferentes. No entanto, para descobrirmos o método que melhor funciona para nós, precisamos entender o modo de pensar e projetar dos grandes pioneiros que influenciaram a arquitetura antes de nós.
Le Corbusier, Mies van der Rohe, Frank Lloyd Wright e Louis Kahn são quatro dos arquitetos mais influentes da história. A seguir, descubra o processo criativo desses quatro mestres da arquitetura moderna e por que seus projetos e métodos ainda seguem relevantes.
Organizado pela Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP), Ordem dos Arquitectos (OA) e Confederação Portuguesa da Construção e Imobiliário (CPCI), a 5ª Edição do PNAM'19 Prêmio Nacional de Arquitetura em Madeira, - responsável por premiar as melhores construções em madeira com carácter permanente, construídas no território continental português e ilhas, realizadas por arquitetos portugueses e concluídas entre 1 janeiro de 2017 e 31 dezembro 2018 -, acaba de anunciar suas obras finalistas.
Nos últimos anos, as prioridades de mobilidade dos habitantes dos EUA apresentaram notórias mudanças, sobretudo entre os jovens. Se antes, a opção quase unânime de deslocamento era o automóvel, agora as opções incluem caminhadas, bicicletas ou o transporte coletivo, segundo apontam pesquisas recentes.
Como parte da agenda cultural do Jardín 17 - um espaço projetado por Luis Barragán como uma extensão da casa-estúdio e que há 20 anos recebe diferentes programas acadêmicos de todo o mundo - o arquiteto japonês Go Hasegawa projetou a instalação Flying Carpet (ou, Tapete Voador): um pavilhão suspenso em meio ao jardim de Barragán.
Desde 2017, a Escola de Arquitetura do Chipre (CYSOA) organiza uma série de concursos de arquitetura para instalações e projetos temporários para a praia de Geroskipou na Grécia.
No ano passado, a proposta vencedora foi apresentada pelo escritório russo de arquitetura KATARSIS Architects, um projeto temporário de cinema à céu aberto, com uma estrutura translúcida que serve tanto como cobertura quanto como tela de projeção.
As empenas cegas, ou fachadas sem aberturas, geralmente não são partidos projetuais em residências, mas sim frutos da necessidade de privacidade em certos ambientes, principalmente quando o recuo em relação ao edifício vizinho é pouco ou inexistente. No entanto, as empenas cegas podem vir a tomar lugar de destaque no conjunto de um edifício, seja pelo contraste entre cheios e vazios, seja pela valorização da empena de outras formas - como aplicação de pintura, textura, jardim vertical etc. -, seja, por fim, pela localização da empena cega na parte frontal do edifício - ou seja, uma “inversão de papéis” entre as fachadas laterais, geralmente resignadas à privação de aberturas, e a(s) fachada(s) frontal e/ou posterior, normalmente com aberturas.
Uma criança desesperada grita, em plena Praça Dom José Gaspar no Centro de São Paulo, para que não machuquem sua mãe. Chora ao vê-la ser retirada à força por agentes da Prefeitura de cima do carrinho em que vendia frutas todos os dias aos frequentadores da praça. Sua mãe também chora e tenta explicar aos agentes que aquelas frutas e aquele carrinho eram tudo que ela possui para tentar sustentar a filha. Todos assistem à cena comovidos e tentam argumentar com os funcionários da Subprefeitura, mas continuam recolhendo os produtos, afinal “ordens são ordens”.
Mas qual a “ordem” que regula os espaços públicos?
https://www.archdaily.com.br/br/927621/por-uma-nova-ordem-do-espaco-publico-o-direto-a-cidade-para-todosRodrigo Faria G. Iacovini