Existem muitas pesquisas sobre como as cores podem afetar o nosso humor, mas ainda é difícil estabelecer padrões para determinados comportamentos frente a diferentes tonalidades. O que podemos afirmar é que a escolha de uma cor para uma casa, de fato, reflete a personalidade do seu proprietário, o que atribui ao ambiente uma certa identidade e particularidade.
Fábricas, abatedouros, gasômetros, conventos, torres de água e estações ferroviárias são alguns exemplos de estruturas que podem ter permanecido no tecido urbano das cidades com o passar dos anos, ainda que tenham perdido seu uso original. A reutilização de uma edificação preexistente para novos usos é o que ficou conhecido como reuso adaptativo - do inglês adaptive reuse. Ainda que não tenha sido uma concepção contemporânea, a prática vem sendo muito adotada nos últimos anos como estratégia para lidar com os espaços de forma mais econômica, sustentável, prática e eficiente.
Desde a época da faculdade estudantes de arquitetura aprendem que a ventilação dos recintos é importante para retirar o excesso de calor dos ambientes. Mas nem sempre são delimitadas as situações nas quais isso realmente proporciona ambientes com desempenho térmico adequado, principalmente quando se fala na ventilação da cobertura de uma habitação.
https://www.archdaily.com.br/br/926646/estrategias-de-projeto-para-habitacao-ventilar-a-cobertura-ou-acrescentar-isolante-termicoAdriana Camargo de Brito
Em exposição no Museu de Arquitetura de Oslo, a partir do dia 26 de outubro até o próximo dia 24 de novembro, durante a Trienal de Arquitetura de Oslo de 2019, a ARPA é uma instalação que busca chamar atenção das pessoas para todos os processos automatizados que fazem parte da vida cotidiana na cidade de Oslo. Como parte de uma pesquisa desenvolvida pela (ab)Normal em parceria com Ludwig Engel, a instalação ARPA nos apresenta a cidade de a partir de uma ótica completamente diferente, destacando todos estes processos que já fazem parte de nossas vidas e revelando todos aqueles que ainda estão por vir.
Usuário Flickr Alan Levine, licença Attribution 2.0 Generic (CC BY 2.0)
É possível notar que o uso da palavra “sustentabilidade” em projetos - de qualquer natureza - tem perdido credibilidade e significado nos último anos, tanto pela grande abrangência de sua definição quanto pela superficialidade de sua aplicação. No entanto, projetos arquitetônicos e urbanos sustentáveis são sim necessários e vão além do uso de produtos certificados ou energia renovável. Eles devem tocar igualmente os três pilares que definem o conceito de sustentabilidade: o ambiental, o econômico e o social. Dentre eles, o último é o menos visado, talvez pela dificuldade da aplicação de métricas, talvez pelo resultado vir a longo prazo, mas sua importância é fundamental para a obtenção de um projeto verdadeiramente sustentável.
Em Helsinki, na Finlândia, lei determina que empresas de transporte abram dados de operação para viabilizar MaaS. Foto: hopkinsii, via Flickr, licença CC BY-NC 2.0
Planejamos nossos deslocamentos diários levando em consideração múltiplos fatores: tempo, custo, conforto – e, não menos importante, a facilidade de conexão entre diferentes meios. Enquanto a frota de carros segue crescendo, quem depende do transporte coletivo tenta driblar a mobilidade deficiente fazendo melhores escolhas. Oferecer soluções integradas que levem as pessoas de um ponto ao outro com o máximo de conveniência é um caminho para cidades mais humanas e sustentáveis reconhecido por especialistas em mobilidade de todo o mundo.
https://www.archdaily.com.br/br/926731/da-integracao-modal-a-mobilidade-como-um-servico-caminhos-para-o-transporte-sustentavelPaula Tanscheit, Fernando Corrêa, Guillermo Petzhold e Francisco Pasqual
Denis Andernach, Turmhaus, 2010, Tinta sobre papel, 14 1/8 x 18 7/8 in
Um século depois a ideia convincente de que a arquitetura moderna surgiu como uma fênix cegamente branca, cristalina e perturbadora em meio à morte e à destruição da Primeira Guerra Mundial é, talvez, familiar. No entanto, os esboços a carvão e as montagens em chiaroscuro que Mies van der Rohe fez durante e após a época do concurso para o arranha-céu de Berlim Friedrichstrasse de 1921-22, mantêm o poder de chamar a atenção, provocar e perturbar mesmo em nossa era de imagens impressionantes produzidas por e com programas de computador.
O que é mais notável nesses desenhos visionários centenários é que eles retratam um tipo de construção futura, à beira do etéreo e mais ou menos impossível de se fazer naquele momento, nos materiais de desenho mais terrenos. Foi um golpe de gênio usar o carvão para evocar uma arquitetura de leveza que emergia das brasas das trincheiras que revolucionariam a maneira como moldamos prédios altos e com eles as ruas de nossa cidade. Tal é o poder do desenho à mão livre.
Podemos inicialmente apreender o conceito de revitalização como uma prática projetual ou um processo socioespacial liderado estrategicamente por determinados grupos associados ao planejamento urbano contemporâneo. A estruturação da cidade contemporânea depende, de acordo com Meyer (2000), de grandes projetos urbanos estratégicos. O valor estratégico de tais projetos está subordinado, segundo a autora, à sua capacidade de provocar transformações significativas no espaço metropolitano, aumentando seu poder de atratividade e influência. Mais do que simplesmente melhorias urbanas pontuais e específicas, o planejamento urbano contemporâneo se revela, na intencionalidade de seus defensores, como um instrumento capaz de promover a agregação do território metropolitano e de organizar os fluxos que evitam a dispersão funcional e espacial.
Com apartamentos e casas cada vez menores, percebemos uma crescente demanda para integrar espécies de plantas em espaços interiores. Mas que tipo de plantas escolher se não temos luz natural abundante? Neste artigo você encontrará algumas sugestões de espécies que são indicadas para ficarem "à sombra" ou "à meia sombra". Esse indicador é importante especialmente quando falamos de ambientes internos que recebem pouca luminosidade solar.
Geralmente utilizado em telhados e revestimentos industriais, o policarbonato é um material que, graças à sua resistência, leveza, fácil instalação e permeabilidade ilumínica, tem ampliado seu espectro de usos tanto na arquitetura residencial como educacional.
Ao longo das últimas décadas, postos de gasolina passaram de uma novidade à objetos onipresentes em paisagens urbanas e rurais do mundo todo. Com a popularização dos automóveis durante a segunda metade do século XX, postos de gasolina transformaram-se em uma das tipologias arquitetônicas universais mais vulgares. Hoje, somente nos Estados Unidos, existem cerca de 130.000 estruturas deste tipo espalhadas pelos quatro cantos do país, uma para cada 2.000 mil veículos da frota americana que beira atualmente os 270 milhões. No entanto, à medida que a população mundial continua migrando das áreas rurais para às cidades, áreas urbanas cada vez mais densas e com sistemas de transporte público cada dia mais eficientes e sustentáveis, é hora de reinventar esta tradicional tipologia para que ela não se torne obsoleta da noite para o dia.
Dos nostálgicos pisos de taco às espécies mais sofisticadas, a madeira é um material capaz de conferir um grande grau de conforto quando utilizada como acabamento para pisos em projetos de arquitetura. Além de seu evidente valor estético, suas características contribuem com uma ambiência acolhedora e podem servir também a parâmetros de comodidade acústica e térmica, e por isso o material é tão presente em projetos de escala doméstica.
Quando falamos em cobertura ou quinta fachada, é comum pensarmos em lajes planas. Na realidade, existe uma ampla gama de usos e possibilidades que se materializam de maneiras diferentes, dependendo das necessidades técnicas específicas de cada cobertura, bem como das possibilidades espaciais e climáticas de cada local. Coberturas também podem ser um espaço propício para o desenvolvimento de estruturas, extensões, áreas de lazer, espaços interativos e até a integração paisagística das obras.
Fabricação aditiva (AM) é o termo usado para identificar os processos de fabricação comumente executados pela impressão 3D, por meio do processamento em camadas. Além de evitar a geração de resíduos - trabalhando com geometrias precisas e usando a quantidade exata de material - esses processos controlados podem ser muito mais rápidos que os processos tradicionais, pois não exigem instrumentos ou outras ferramentas.
A fabricação aditiva é feita com base em um modelo digital, em um fluxo que começa em um desenho CAD ou na digitalização tridimensional e, em seguida, converte essa forma em um objeto dividido em seções, permitindo a impressão. Seu uso se estendeu do desenho industrial à réplica de objetos arqueológicos, passando pela fabricação de órgãos e tecidos humanos artificiais, entre muitos outros usos.
Ao longo da história de um edifício, é possível que este assuma funções diferentes daquela para a qual foi originalmente pensado. É o caso, por exemplo, das casas que viraram museus, seja por terem se tornado ícones da arquitetura, seja porque em algum momento perderam sua função original e passaram por uma renovação para abrigar um espaço expositivo.
A segunda era das máquinas, violência baseada em gênero, sul global, cidades em desenvolvimento, infraestrutura precária, influxo, digitalização, sustentabilidade, afro-futurismo? Continuamos ouvindo as palavras da moda repetidas vezes, mas o que tudo isso significa? Como essas noções se cruzam espacialmente em resposta às necessidades do desenvolvimento das cidades? As cidades são como ecossistemas, coletivamente dependentes do ambiente circundante. Quanto maiores e mais complexas elas se tornam, maiores são as pressões e repercussões, a saber: crescimento populacional, expansão urbana e escassez de recursos físicos.
https://www.archdaily.com.br/br/926362/urbanismo-afro-futurista-de-wakanda-um-ecossistema-de-estruturas-bim-para-nomades-urbanosKhensani de Klerk, Solange Mbanefo
A nova sede da Attabotics em Calgary, projetada pelo escritório Modern Office of Design + Architecture, materializa sistemas de fluxos complexos em uma estrutura que é, ao mesmo tempo, esteticamente ousada e programaticamente eficiente. O projeto busca inspiração na organização espacial das colônias de formigas, traduzidas formalmente para o sistema robótico de armazenamento e recuperação da empresa.
https://www.archdaily.com.br/br/926248/moda-projeta-edificio-inspirado-em-colonias-de-formigas-para-a-attaboticsLilly Cao
Cortesia de Bruno Pinheiro e Carlos Diego. Via Águas
O impressionante mapa colorido como o arco-íris (acima) mostra o padrão de rede dos caminhos feitos por cada corpo hídrico brasileiro, registrados em todos os 27 Estados utilizando bases públicas de dados.
O maior conjunto identificado em azul é a Bacia do Rio Amazonas, na região norte do país. Representadas em outras cores, podemos ver as outras oito bacias que compõe a hidrografia brasileira, a partir das quais a Agência Nacional de Águas (ANA) entende a gestão e regulação dos recursos hídricos no Brasil, criando as bases para leis e demais regulações pertinente à todos.
https://www.archdaily.com.br/br/802719/as-veias-do-brasil-arco-iris-das-bacias-hidrograficas-do-territorio-nacionalCarlos Diego
A cidade curda de Kamyaran - localizada na fronteira entre Curdistão e o Irã - é uma cidade em desenvolvimento que sofreu um terremoto devastador há alguns anos. Ela está situada em um distrito privado de instalações modernas com a maior parte da renda dos residentes adquirida com o transporte de produtos através da fronteira comum com o Iraque e a Turquia. Os investidores da região enfrentam vários desafios, um dos quais é a quantidade de projetos necessários para melhorar o status da cidade.
Em vez de projetar duas edificações diferentes em dois locais separados, o CAAT Studio propôs a Kamyaran Escola-Cidade, um novo conceito que funde uma escola primária e um espaço público em uma grande instalação que visa melhorar a vida social e cultural de seus moradores.
Foto: Ted's photos - For Me & You on VisualHunt.com / CC BY-NC-SA
O campo da arquitetura é absolutamente amplo e oferece muitas alternativas de carreira após a formação acadêmica. De atividades relacionadas ao "núcleo" do campo, como projeto de edificações, projeto urbano e restauro do patrimônio, a ocupações que flertam com outras áreas do conhecimento, como por exemplo a fotografia, o design gráfico e o cinema, o arquiteto pode se dar ao luxo de transitar entre estas áreas sem que, com isso, deixe de ser um arquiteto.
Quantas crianças vemos diariamente brincando nas ruas, se relacionando com elementos dos espaços urbanos, correndo em parques ou praças, andando de bicicleta? Essas cenas podem dizer muito em relação a uma cidade. Não apenas sobre como ela está cuidando das novas gerações, mas qual a qualidade de vida que ela oferece para as famílias, ou seja, para todos.
https://www.archdaily.com.br/br/904319/como-construir-cidades-para-as-criancas-em-14-passosWRI Brasil
A arquitetura para crianças não necessariamente se reflete em brincadeiras para eles. No caso dos jardins infantis, parques e escolas, o processo projetual é realizado por adultos, no entanto, os fiéis usuários são as crianças. Portanto, os arquitetos têm a responsabilidade de garantir que o entorno construído ofereça a oportunidade de brincar, explorar e aprender no espaço físico.
Com isso em mente, apresentamos 18 espaços projetados especialmente para crianças - ambientes que talvez possam inspirar aos futuros Fosters, Hadids e Le Corbusiers.
Área exclusiva para pedestres em Copenhague. Foto: City Clock Magazine/Flickr
Caminhar é mais do que um movimento mecânico: é apropriar-se cotidianamente do espaço da cidade. Estar no ambiente urbano de forma ativa, percebendo a cidade e os detalhes que dela fazem parte. Essa escolha, no entanto, nem sempre depende apenas da vontade das pessoas; está atrelada também a fatores externos, como as condições físicas e sociais dos indivíduos e a existência ou não de infraestruturas que permitam essa opção.
https://www.archdaily.com.br/br/926247/5-cidades-que-sao-exemplos-de-caminhabilidadeLara Caccia e Priscila Pacheco
Dentre os diversos programas nos quais a prática de arquitetura e urbanismo atua, talvez os projetos para espaços públicos sejam aqueles que mais estimulam os profissionais a concentrarem uma carga discursiva que convoca a toda a multidisciplinaridade característica do ofício. Propor o desenho de espaços que serão utilizados e apropriados pela vida cotidiana pública reflete os ideais e reflexões sobre como os arquitetos imaginam que deve ser a vida nas cidades, e abre espaço para a discussão coletiva a respeito desse tema.