Hong Kong tem um dos skylines mais impressionantes do mundo: arranha-céus contemporâneos se elevam em meio às montanhas e ao porto, casas antigas aninhadas entre estruturas futuristas, luzes de neon, paisagens quase distópicas. Mas entre as inúmeras arquiteturas notáveis de Hong Kong, seus espaços dedicados à morte não encontram paralelo em nenhuma outra parte do mundo.
Ao longo de cinco anos, o fotógrafo de arquitetura Finbarr Fallon registrou os cemitérios hiperdensos de Hong Kong, explorando a geometria sublime de suas covas e jazigos escalonados em uma série intitulada "Dead Space".
As fachadas translúcidas são painéis leves usados nos exteriores de edifícios, protegendo-os de intempéries climáticas, umidade e erosão. Sua composição de microcélulas de policarbonato fornece uma luz suave e naturalmente difusa, com uma ampla gama de cores, brilho e opacidades disponíveis.
Ao fixá-las no lugar, com juntas ocultas, é possível ocultar elementos de construção desagradáveis e ajudar a proteger as pessoas dos raios UV prejudiciais, garantindo também a condução térmica máxima. Os indivíduos que os utilizam perceberão uma redução nas contas de energia uma vez que a luz natural do sol poderá aquecer e iluminar edifícios, criando condições ambientais internas muito atraentes para diferentes usos.
A produção arquitetônica atual em São Paulo é tão diversa quanto se poderia esperar de uma das cidades mais populosas do mundo. Posto que a arquitetura envolve também o resultado do desordenamento urbano e crescimento populacional — edificações advindas da necessidade das pessoas que, com escassos recursos, constroem elas mesmas suas casas — a discussão com frequência se concentra naquela produção cuja gênese se encontra no esforço projetual.
Refletir sobre o cotidiano. Essa é a proposta da 12ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, que acontece a partir de setembro na capital paulista. Com o tema “Todo dia”, a bienal quer abordar a “dimensão mais trivial da realidade”, lançando luz sobre a produção do espaço ordinário, usual e, por isso mesmo, fundamental para a qualidade do ambiente em que cotidianamente habitamos. Os curadores Vanessa Grossman e Ciro Miguel são nossos convidados para essa conversa sobre este evento tão importante na construção de pontes entre a produção acadêmica e prática da arquitetura e a sociedade em geral.
Em meio à revolução digital de hoje, a representação arquitetônica não se baseia mais apenas em fotografias. Arquitetos agora trabalham em colaboração com profissionais do audiovisual para transformar seus projetos em verdadeiras experiências cinematográficas.
No início deste ano, a empresa alemã de design 22quadrat fundou o 9sekunden, um estúdio especializado em documentários sobre paisagem e arquitetura. No curta-metragem do Pavilhão de Conferências de Tadao Ando, o estúdio leva os espectadores a uma jornada meditativa, retratando a atmosfera calma e contida daquela estrutura de concreto.
Na 25ª edição do ranking das cidades com maior custo de vida no mundo, realizado pela Mercer, Hong Kong permanece em primeiro lugar, dando sequência à tendência das cidades asiáticas como os lugares mais caros para se viver.
Os fatores que determinam o custo de vida nesta edição são: alimentação, moradia, suprimentos pessoais e domésticos, álcool e tabaco, roupas e calçados, serviços domésticos e públicos, transporte, recreação e entretenimento.
Veja a seguir as 10 cidades com o maior custo de vida no mundo e as 5 mais caras da América do Norte, América do Sul, Ásia, Pacífico, Europa Oriental, Europa Ocidental, Oriente Médio e África.
O arquiteto e artista visual Mohammad Hassan Forouzanfar mesclou ícones contemporâneos com edifícios tradicionais iranianos em uma série de imagens intitulada Retrofuturism. Em sua última postagem, o arquiteto persa deslocou edifícios emblemáticos de nossa era, reinserindo-os em pinturas do século XIX que retratam o Irã, feitas pelo artista Eugène Flandin.
Debater a legislação urbana levanta, via de regra, a questão da altura das edificações - ponto crucial para compreender e prever se o tecido urbano tem capacidade de comportar a multiplicação de pavimentos. No Brasil, o problema é fundamental, haja vista a ineficiência da rede urbana da maioria das cidades, entretanto, ainda há certo exagero em afirmar que, mesmo em nossos centros mais urbanizados, o eixo Z é excessivamente explorado.
Ao longo da última década, a Nigéria viveu sobre o espectro sombrio e a constante ameaça do grupo terrorista Boko Haram. De Maiduguri a Abuja, o conflito dilacerou o país, matando centenas de milhares de pessoas, destruindo milhões de casas e causando consideráveis impactos à já precária infraestrutura pública do país. Felizmente a situação está começando a mudar, isso porque ao longo dos últimos anos, grupos militares nigerianos conseguiram libertar várias das cidades ocupadas, dando início a um amplo trabalho de reconstrução do país. Entretanto, os efeitos da guerra deixaram uma marca indelével que transformou para sempre os espaços urbanos destas cidades. A Nigéria viu seu país ser completamente destruído, não apenas vidas foram perdidas mas também os espaços públicos e a infraestrutura básica, forçando a população a reconstruir o país do zero.
https://www.archdaily.com.br/br/924140/reconstruindo-a-nigeria-arquitetura-como-ferramenta-de-transformacao-culturalMathias Agbo, Jr.
Em todas as religiões, as salas de oração e edifícios religiosos visam separar o visitante do caos da vida cotidiana e proporcionar serenidade e paz, mesmo no breve momento em que eles fazem suas orações. Na cidade turca de Şanlıurfa, o BeOffice Architects projetou uma mesquita circular e independente, com foco na natureza circundante, tranquilidade e acessibilidade.
Cidades que absorvem a água da chuva e permitem que a água siga seu fluxo natural. Deveria ser fácil, mas inventamos de canalizar nossas águas e não deixamos a própria natureza fazer a parte dela: absorver e purificar. Para o arquiteto chinês Kongjian Yu, essa é a questão central para solucionar um dos maiores problemas da atualidade em grandes centros urbanos: as inundações.
A arquitetura brutalista está desaparecendo da cidade de Londres. No princípio, essas estruturas eram percebidas como rebeldes e desajustadas, posteriormente, no entanto, este estilo se tornou o mais recorrente dentre os edifícios comerciais e governamentais do pós-guerra. Atualmente, com as demandas do mercado imobiliário e o domínio da arquitetura contemporânea, essas monumentais estruturas acinzentadas de concreto estão pouco a pouco desaparecendo.
O arquiteto e fotógrafo Grégoire Dorthe desenvolveu a paixão pela fotografia durante o serviço militar, quando percebeu que, através de suas imagens, era capaz de congelar momentos e preservar o que será perdido com o tempo. Em sua série fotográfica intitulada Brutal London, o fotógrafo suíço registra as formas brutas e as qualidades gráficas da arquitetura brutalista da cidade, antes que esses edifícios sejam para sempre perdidos.
A tensão entre a modernidade e a tradição é o traço mais marcante da obra de Hans Broos, o que fica evidente nos projetos para a Cia Hering, onde edifícios ecléticos são confrontados com construções em concreto aparente, numa simbiose de tempos históricos.
Nisso consiste a radical contemporaneidade do seu trabalho: Broos entende o contemporâneo como a convivência de épocas distintas, que se encontram num mesmo momento, conformando o maravilhoso emaranhado de que é feito o tempo, como dizia Lina Bo.
À medida que a população urbana mundial continua a crescer vertiginosamente, estima-se que até 2050 mais de um bilhão de pessoas, com algum tipo de restrição motora, estarão vivendo em áreas urbanizadas. Infelizmente, a maioria dos centros urbanos mas principalmente aqueles mais antigos - com centenas e até milhares de anos -, não estão preparados para atender a esta preocupante demanda. Existe, portanto, um desafio imediato para nós arquitetos, urbanistas e autoridades locais: abordar com a devida atenção e sensibilidade a questão da acessibilidade em centros urbanos históricos. O grande desafio é, portanto, encontrar maneiras e métodos que possibilitem um convívio saudável entre a crescente demanda por acessibilidade e a manutenção das características específicas do patrimônio histórico urbano de nossas cidades mais antigas.
https://www.archdaily.com.br/br/924339/como-cidades-antigas-se-tornam-acessiveisNiall Patrick Walsh
O fotógrafo especializado em arquitetura Guilherme Pucci compartilhou conosco seu ensaio da garagem de barcos que integra o complexo Santa Paula Iate Clube, projetada pelo arquiteto João Batista Vilanova Artigas no início da década de 1960 e fechada em meados de 1980. Atualmente, o edifício, um dos ícones da arquitetura moderna paulistana, localizado na beira da Represa Guarapiranga, na Zona Sul da cidade de São Paulo, encontra-se em estado de mal conservação e abandono.
Kengo Kuma (nascido em 8 de agosto de 1954) é um dos arquitetos japoneses de maior expressividade atualmente. Suas reinterpretações de elementos tradicionais da arquitetura japonesa envolvem inovações no uso de materiais naturais e novas formas de pensar a relação da luz com o espaço. Seus edifícios não buscam se dissolver na paisagem, como fazem algumas obras japonesas atuais, em vez disso, sua arquitetura busca manipular elementos tradicionais, criando obras de discurso claro que apresentam relação com seus entornos. Estas misturas de elementos tradicionais e high-tech se provaram bem sucedidos em todo o Japão e outras partes do globo, e a obra recente do arquiteto tem extravasado os limites da terra do sol nascente e invadido a China e outros países ocidentais.
As mulheres são membros imperativos da comunidade arquitetônica, criando trabalhos inovadores e inspiradores nas áreas de arquitetura, design e planejamento urbano. No entanto, mesmo com a ascensão do movimento de mulheres, suas contribuições ainda são questionadas ou comparadas.
A Metropolis Magazine analisou a história do feminismo na arquitetura, lançando luz sobre os momentos em que foi testemunhado um progresso sem precedentes e os momentos em que se perdeu a vantagem.
Solução recorrente em edifícios comerciais e corporativos, as fachadas espelhadas costumam despertar sentimentos variados entre arquitetos, frequentemente negativos. Argumentos contra esta opção não faltam e geralmente fazem sentido, citando desde a falência da arquitetura moderna e massificação de suas fachadas de vidro até aspectos relativos ao clima e a negligência às especificidades locais que transparece nessas superfícies espelhadas.
A temática da ausência da criança na cidade contemporânea, e a busca por soluções que permitam sua mobilidade com mais autonomia e divertimento, norteou um estudo com cerca de 130 crianças, de 7 a 12 anos, de diferentes classes sociais, moradoras do distrito da Consolação, na cidade de São Paulo. Depois de caminhar, conversar e desenhar com as crianças um percurso ideal entre a praça e a escola, foi desenvolvida uma proposta de intervenção [2], que costura os bairros de Vila Buarque e Higienópolis e pretende trazer os pequenos para brincarem em grupo, ao ar livre, todos os dias.
Daniel Flavin foi um dos representantes da chamada arte minimalista das décadas de 1960 e 1970 nos Estados Unidos. A classificação foi usada pela primeira vez pelo filósofo Richard Wollheim no ensaio “Minimal Art” em 1965 para agrupar obras que, como os ready-mades de Duchamp, não pretendiam representar uma realidade externa: o objeto exposto deveria ser entendido como obra por si e a experiência do espectador não deveria depender de associações a outros fatores.
A forma como encaramos o trabalho mudou, e isso é inegável. Nossa profissão já não nos define tanto quanto as gerações passadas, e novas formas de trabalho vêm sendo incorporadas aos cotidianos. Enquanto a tecnologia revolucionou nossa capacidade de executar uma variedade de tarefas diárias, muitas profissões desapareceram, algumas não devem durar muito e diversas outras foram criadas.
Há três palavras que há muito aguardavam ser reunidas: O Pavilhão Siza. A história começa com a marca de móveis CAMERICH e o Fórum do Aedes Architecture em busca de um visionário da arquitetura e do design de produtos. O vencedor do Prêmio Pritzker de 1992, Álvaro Siza, foi selecionado e contratado para desenhar um pavilhão para a Feira Internacional de Móveis da China (CIFF 2019).
Subjugado por grupos armados à margem da lei e assolado pela maior operação militar urbana da história da Colômbia, o bairro Las Independencias, situado na Comuna 13 da cidade de Medellín, é hoje uma espécie de galeria de grafites a céu aberto, cujo acesso se dá por um sistema de escadas rolantes elétricas – as únicas do mundo implantadas em uma favela.
A Filarmônica de Berlim de Hans Scharoun é um dos edifícios mais importantes construídos durante o século XX na capital alemã. A estrutura de estilo expressionista, com sua fachada em cores vivas, é a primeira desse tipo projetada pelo renomado arquiteto alemão, além de ser seu edifício mais famoso. O projeto de Scharoun interpreta ritmo e música como arquitetura, tanto conceitual como fisicamente.
O fotógrafo de arquitetura Bahaa Ghoussainy explora a arquitetura única de Scharoun destacando a dramática geometria angular da sala de concertos, a vibrante fachada em tons de amarelo e o singular jogo de linhas e formas.