O arquiteto e artista visual Mohammad Hassan Forouzanfar mesclou ícones contemporâneos com edifícios tradicionais iranianos em uma série de imagens intitulada Retrofuturism. Em sua última postagem, o arquiteto persa deslocou edifícios emblemáticos de nossa era, reinserindo-os em pinturas do século XIX que retratam o Irã, feitas pelo artista Eugène Flandin.
Debater a legislação urbana levanta, via de regra, a questão da altura das edificações - ponto crucial para compreender e prever se o tecido urbano tem capacidade de comportar a multiplicação de pavimentos. No Brasil, o problema é fundamental, haja vista a ineficiência da rede urbana da maioria das cidades, entretanto, ainda há certo exagero em afirmar que, mesmo em nossos centros mais urbanizados, o eixo Z é excessivamente explorado.
Ao longo da última década, a Nigéria viveu sobre o espectro sombrio e a constante ameaça do grupo terrorista Boko Haram. De Maiduguri a Abuja, o conflito dilacerou o país, matando centenas de milhares de pessoas, destruindo milhões de casas e causando consideráveis impactos à já precária infraestrutura pública do país. Felizmente a situação está começando a mudar, isso porque ao longo dos últimos anos, grupos militares nigerianos conseguiram libertar várias das cidades ocupadas, dando início a um amplo trabalho de reconstrução do país. Entretanto, os efeitos da guerra deixaram uma marca indelével que transformou para sempre os espaços urbanos destas cidades. A Nigéria viu seu país ser completamente destruído, não apenas vidas foram perdidas mas também os espaços públicos e a infraestrutura básica, forçando a população a reconstruir o país do zero.
https://www.archdaily.com.br/br/924140/reconstruindo-a-nigeria-arquitetura-como-ferramenta-de-transformacao-culturalMathias Agbo, Jr.
Em todas as religiões, as salas de oração e edifícios religiosos visam separar o visitante do caos da vida cotidiana e proporcionar serenidade e paz, mesmo no breve momento em que eles fazem suas orações. Na cidade turca de Şanlıurfa, o BeOffice Architects projetou uma mesquita circular e independente, com foco na natureza circundante, tranquilidade e acessibilidade.
Um sistema adequado seria capaz de coletar, armazenar e tratar toda água da chuva. Cortesia de CicloVivo
Cidades que absorvem a água da chuva e permitem que a água siga seu fluxo natural. Deveria ser fácil, mas inventamos de canalizar nossas águas e não deixamos a própria natureza fazer a parte dela: absorver e purificar. Para o arquiteto chinês Kongjian Yu, essa é a questão central para solucionar um dos maiores problemas da atualidade em grandes centros urbanos: as inundações.
A arquitetura brutalista está desaparecendo da cidade de Londres. No princípio, essas estruturas eram percebidas como rebeldes e desajustadas, posteriormente, no entanto, este estilo se tornou o mais recorrente dentre os edifícios comerciais e governamentais do pós-guerra. Atualmente, com as demandas do mercado imobiliário e o domínio da arquitetura contemporânea, essas monumentais estruturas acinzentadas de concreto estão pouco a pouco desaparecendo.
O arquiteto e fotógrafo Grégoire Dorthe desenvolveu a paixão pela fotografia durante o serviço militar, quando percebeu que, através de suas imagens, era capaz de congelar momentos e preservar o que será perdido com o tempo. Em sua série fotográfica intitulada Brutal London, o fotógrafo suíço registra as formas brutas e as qualidades gráficas da arquitetura brutalista da cidade, antes que esses edifícios sejam para sempre perdidos.
A tensão entre a modernidade e a tradição é o traço mais marcante da obra de Hans Broos, o que fica evidente nos projetos para a Cia Hering, onde edifícios ecléticos são confrontados com construções em concreto aparente, numa simbiose de tempos históricos.
Nisso consiste a radical contemporaneidade do seu trabalho: Broos entende o contemporâneo como a convivência de épocas distintas, que se encontram num mesmo momento, conformando o maravilhoso emaranhado de que é feito o tempo, como dizia Lina Bo.
À medida que a população urbana mundial continua a crescer vertiginosamente, estima-se que até 2050 mais de um bilhão de pessoas, com algum tipo de restrição motora, estarão vivendo em áreas urbanizadas. Infelizmente, a maioria dos centros urbanos mas principalmente aqueles mais antigos - com centenas e até milhares de anos -, não estão preparados para atender a esta preocupante demanda. Existe, portanto, um desafio imediato para nós arquitetos, urbanistas e autoridades locais: abordar com a devida atenção e sensibilidade a questão da acessibilidade em centros urbanos históricos. O grande desafio é, portanto, encontrar maneiras e métodos que possibilitem um convívio saudável entre a crescente demanda por acessibilidade e a manutenção das características específicas do patrimônio histórico urbano de nossas cidades mais antigas.
https://www.archdaily.com.br/br/924339/como-cidades-antigas-se-tornam-acessiveisNiall Patrick Walsh
O fotógrafo especializado em arquitetura Guilherme Pucci compartilhou conosco seu ensaio da garagem de barcos que integra o complexo Santa Paula Iate Clube, projetada pelo arquiteto João Batista Vilanova Artigas no início da década de 1960 e fechada em meados de 1980. Atualmente, o edifício, um dos ícones da arquitetura moderna paulistana, localizado na beira da Represa Guarapiranga, na Zona Sul da cidade de São Paulo, encontra-se em estado de mal conservação e abandono.
Kengo Kuma (nascido em 8 de agosto de 1954) é um dos arquitetos japoneses de maior expressividade atualmente. Suas reinterpretações de elementos tradicionais da arquitetura japonesa envolvem inovações no uso de materiais naturais e novas formas de pensar a relação da luz com o espaço. Seus edifícios não buscam se dissolver na paisagem, como fazem algumas obras japonesas atuais, em vez disso, sua arquitetura busca manipular elementos tradicionais, criando obras de discurso claro que apresentam relação com seus entornos. Estas misturas de elementos tradicionais e high-tech se provaram bem sucedidos em todo o Japão e outras partes do globo, e a obra recente do arquiteto tem extravasado os limites da terra do sol nascente e invadido a China e outros países ocidentais.
Estudantes na balaustrada do terraço da cantina, por volta de 1931 (fotógrafo desconhecido). Imagem Cortesia de Stiftung Bauhaus Dessau
As mulheres são membros imperativos da comunidade arquitetônica, criando trabalhos inovadores e inspiradores nas áreas de arquitetura, design e planejamento urbano. No entanto, mesmo com a ascensão do movimento de mulheres, suas contribuições ainda são questionadas ou comparadas.
A Metropolis Magazine analisou a história do feminismo na arquitetura, lançando luz sobre os momentos em que foi testemunhado um progresso sem precedentes e os momentos em que se perdeu a vantagem.
Solução recorrente em edifícios comerciais e corporativos, as fachadas espelhadas costumam despertar sentimentos variados entre arquitetos, frequentemente negativos. Argumentos contra esta opção não faltam e geralmente fazem sentido, citando desde a falência da arquitetura moderna e massificação de suas fachadas de vidro até aspectos relativos ao clima e a negligência às especificidades locais que transparece nessas superfícies espelhadas.
Crianças brincando na Avenida Paulista, num domingo. Foto: Eduardo Augusto de Carvalho.
A temática da ausência da criança na cidade contemporânea, e a busca por soluções que permitam sua mobilidade com mais autonomia e divertimento, norteou um estudo com cerca de 130 crianças, de 7 a 12 anos, de diferentes classes sociais, moradoras do distrito da Consolação, na cidade de São Paulo. Depois de caminhar, conversar e desenhar com as crianças um percurso ideal entre a praça e a escola, foi desenvolvida uma proposta de intervenção [2], que costura os bairros de Vila Buarque e Higienópolis e pretende trazer os pequenos para brincarem em grupo, ao ar livre, todos os dias.
Santa Maria Annunciata in Chiesa Rossa. Foto de Andrea Pavanello/Creative Commons
Daniel Flavin foi um dos representantes da chamada arte minimalista das décadas de 1960 e 1970 nos Estados Unidos. A classificação foi usada pela primeira vez pelo filósofo Richard Wollheim no ensaio “Minimal Art” em 1965 para agrupar obras que, como os ready-mades de Duchamp, não pretendiam representar uma realidade externa: o objeto exposto deveria ser entendido como obra por si e a experiência do espectador não deveria depender de associações a outros fatores.
A forma como encaramos o trabalho mudou, e isso é inegável. Nossa profissão já não nos define tanto quanto as gerações passadas, e novas formas de trabalho vêm sendo incorporadas aos cotidianos. Enquanto a tecnologia revolucionou nossa capacidade de executar uma variedade de tarefas diárias, muitas profissões desapareceram, algumas não devem durar muito e diversas outras foram criadas.
Há três palavras que há muito aguardavam ser reunidas: O Pavilhão Siza. A história começa com a marca de móveis CAMERICH e o Fórum do Aedes Architecture em busca de um visionário da arquitetura e do design de produtos. O vencedor do Prêmio Pritzker de 1992, Álvaro Siza, foi selecionado e contratado para desenhar um pavilhão para a Feira Internacional de Móveis da China (CIFF 2019).
Subjugado por grupos armados à margem da lei e assolado pela maior operação militar urbana da história da Colômbia, o bairro Las Independencias, situado na Comuna 13 da cidade de Medellín, é hoje uma espécie de galeria de grafites a céu aberto, cujo acesso se dá por um sistema de escadas rolantes elétricas – as únicas do mundo implantadas em uma favela.
A Filarmônica de Berlim de Hans Scharoun é um dos edifícios mais importantes construídos durante o século XX na capital alemã. A estrutura de estilo expressionista, com sua fachada em cores vivas, é a primeira desse tipo projetada pelo renomado arquiteto alemão, além de ser seu edifício mais famoso. O projeto de Scharoun interpreta ritmo e música como arquitetura, tanto conceitual como fisicamente.
O fotógrafo de arquitetura Bahaa Ghoussainy explora a arquitetura única de Scharoun destacando a dramática geometria angular da sala de concertos, a vibrante fachada em tons de amarelo e o singular jogo de linhas e formas.
A obra do escritório catalão Barozzi Veiga é explorada a partir da tensão entre tradição e invenção na arquitetura, neste artigo de João Paulo Rapagão, publicado através da parceria com a AMAG.
https://www.archdaily.com.br/br/923718/entre-tradicao-e-invencao-da-arquitetura-a-obra-de-barozzi-veigaJoão Paulo Rapagão
Ao longo do ano passado, vêm ganhando força os conceitos de Smart Homes (+ 160% A / A) e Domótica (+ 450% A / A), termos que definem automação e conectividade entre dispositivos encontrados dentro de residências, e que constituem as unidades básicas do crescente conceito das Cidades Inteligentes.
Já sabemos que, a partir de suas diferentes possibilidades de projeto, uma rampa permite superar as barreiras físicas nas áreas urbanas e arquitetônicas.
Apesar de consistir basicamente de uma superfície contínua que vence uma diferença de altura, com um determinada inclinação, é necessário destacar uma série de especificações construtivas e, como sabemos, as normativas mínimas relativas ao desenho das rampas variam em cada local. Os seguintes esclarecimentos pretendem auxiliar e determinar as dimensões apropriadas para rampas gerais confortáveis e eficientes para todos, a partir de considerações de acessibilidade universal.
Até que ponto a inclinação de uma rampa pode variar? Como determinar sua largura e espaços de manobra? Quais considerações existem para os corrimãos? Revise alguns exemplos de cálculo e desenho para diferentes rampas, abaixo.
REGINO, A.; PERRONE, R. Eduardo Augusto Kneese de Mello: sua contribuição para habitação coletiva em São Paulo. Risco: Revista de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo (Online), n. 9, p. 56-97, 1 jan. 2009 - Editada.. Image Cortesia de PC3 - Pensamento Crítico e Cidade Contemporânea
Imaginado como um grande empreendimento residencial numa área de expansão da cidade de São Paulo, o Conjunto Residencial Jardim Ana Rosa iniciou seu projeto de loteamento em 1950, na região da Vila Mariana, em frente ao Largo Ana Rosa. O empreendimento, realizado pelo Banco Hipotecário Lar Brasileiro contava com a participação de vários arquitetos proeminentes em São Paulo no momento, como Abelardo de Souza, Plínio Croce, Roberto Aflalo e Salvador Cândia. Em sua versão inicial, o projeto previa alguns edifícios lindeiros à Av. Vergueiro e a maior parte da área destinada a residências unifamiliares.
https://www.archdaily.com.br/br/922512/cadernos-de-habitacao-coletiva-edificios-guapira-e-hicatuPC3 - Pensamento Crítico e Cidade Contemporânea
É de vital importância que os arquitetos compreendam de estruturas para tornarem seus desenhos possíveis e, mais importante, para que possam ter subsídios para debater com engenheiros calculistas, em busca das melhores soluções para a obra. Um pré-dimensionamento estrutural torna-se fundamental para o lançamento inicial dos componentes estruturais, observando-se as restrições e possibilidades dos espaços.
https://www.archdaily.com.br/br/891672/aprenda-a-pre-dimensionar-uma-estrutura-em-concreto-armadoJoão Carlos Souza
Deslocar-se pelas cidades é requisito básico para o acesso e o desenvolvimento da maioria das atividades humanas. São viagens diárias entre residência e trabalho, estudo, lazer, ou outros compromissos cotidianos. E nem sempre são feitas com as melhores condições de conforto, seja em transportes lotados ou congestionamentos. Mobilidade urbana é um tema muito atual e bastante debatido, desde rodas de conversas informais até seminários técnicos e científicos. É difícil encontrar alguém que não tenha uma opinião formada sobre o assunto ou alguma solução milagrosa para os problemas de sua cidade ou região. Já postamos no site diversos artigos sobre o assunto, sejam de propostas utópicas até questões relacionadas ao cotidiano da maior parte da população.