O futuro da arquitetura é urbano, já não há o que questionar a respeito disso. Projeções apontam que em 2050, isto é, em pouco mais de 30 anos, 75% da população mundial viverá em cidades, ao passo que no Brasil a cifra ultrapassará os 90%. No entanto, nossa disciplina deve se preocupar com a qualidade e vida de todos, assim, projetos em contextos rurais continuarão a fazer parte da agenda de arquitetas e arquitetos do mundo todo.
Apresentamos, a seguir, uma seleção de projetos residenciais construídos no campo. Casas brasileiras inseridas na paisagem rural ou campestre, projetadas para o cotidiano de seus moradores ou como refúgio temporário de descompressão da vida urbana. De uma forma ou de outra, todas compartilham de um objetivo: abrir-se para o entorno bucólico.
Moradores do Jardim Lapenna, em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, criaram um plano de bairro participativo na capital paulista. Com 32 ações urbanísticas previstas em áreas como iluminação, segurança e pavimentação, sete delas foram eleitas como emergenciais e estão em processo de inclusão no projeto de lei orçamentária anual (PLOA) para 2019.
O aquecimento global está causando uma série de mudanças em nosso clima e, portanto, em nossa paisagem. Bons projetos de paisagismo podem oferecer respostas para mitigar essas mudanças - e essas estratégias se refletem no desenho e na representação da arquitetura.
Reconhecida internacionalmente pela busca de propostas para o habitar moderno, Zaha Hadid realizava múltiplos estudos topográficos abstratos para propor suas obras fluidas flexíveis e expressivas evocando o dinamismo da vida urbana contemporânea.
Com o objetivo de conhecer com maior profundidade o processo criativo e o desenvolvimento de projetos profissionais de Zaha Hadid, realizamos uma seleção histórica de pinturas da arquiteta que expandem o campo de exploração arquitetônica com exercícios abstratos tridimensionais que propõem uma nova e distinta visão do mundo, questionando as bases físicas do projeto, produzindo a base contínua e criativa ao longo de sua carreira.
Recebemos da arquiteta Marta Vilarinho de Freitas uma série de desenhos sobre a cidades e arquiteturas portuguesas. Criadora do projeto "As Cidades e a Memória - a Arquitetura e a Cidade", Marta mostra um conjunto de ilustrações sobre situações urbanas que evocam o o universo da arquitetura e o seu mundo criativo e fascinante.
https://www.archdaily.com.br/br/912061/arte-e-arquitetura-as-cidades-e-a-memoria-nil-a-arquitetura-e-a-cidade-por-marta-vilarinho-de-freitas-parte-iiiPedro Vada
Em 1948 o arquiteto Charles-Édouard Jeanneret-Gris - mais conhecido como Le Corbusier -, lançou uma de suas publicações mais famosas, intitulada O modulor, seguida por O modulor 2 em 1953. Nesses textos, Le Corbusier fez conhecer sua abordagem às investigações que tanto Vitruvio quanto Da Vinci e Leon Battista Alberti haviam começado, em um esforço por encontrar a relação matemática entre as medidas do homem com a natureza.
As pesquisas dos autores previamente mencionados representam também uma busca por explicar os Partenons, templos indígenas e as catedrais construídas a partir de medidas precisas que faziam referência a um código do que se entendia como essencial. Saber de quais instrumentos se dispunha para encontrar a essência dessas construções era o ponto de partida, e parecia se tratar de instrumentos que transcendiam o tempo. Não parece tão estranho dizer que as medidas que se empregaram foram, em essência, partes do corpo, como cotovelo, dedo, polegada, pé, braço, palma, etc. Inclusive, existem instrumentos e medidas que levam nomes que aludem ao corpo humano, o que indica que a arquitetura não está longe de ser reflexo do mesmo.
O mais recente Relatório de Status Global sobre Segurança no Trânsitoda Organização Mundial da Saúde (OMS), mostrou que nos últimos 15 anos a taxa de mortalidade no trânsito se manteve estável em relação ao tamanho da população mundial. O fato dos números não terem aumentado pode até soar positivo, mas é preciso lembrar que estamos falando da morte de 1,35 milhão de pessoas ao ano, além de 50 milhões de feridos.
https://www.archdaily.com.br/br/912041/as-mortes-no-transito-nao-estao-diminuindo-ruas-completas-podem-ajudarWRI Brasil
Em todo projeto arquitetônico de sucesso, é essencial fornecer aos usuários um espaço confortável ao ar livre. Em qualquer época do ano, estruturas modulares de sombra podem criar espaços que protegem do vento, poeira, sol, chuva, neve e ruídos de uma forma leve, flexível e esteticamente agradável.
Com isso em mente, o que devemos procurar ao escolher estruturas de sombra para espaços ao ar livre? Abaixo, fornecemos as principais recomendações da Superior Recreational Products.
O percurso que Vincent Van Duysen tem percorrido desde 1990 mostra grande consistência e uma visão coerente do projeto. Desde o início, promoveu-se com um certo número de lojas. E isso não foi coincidência. Van Duysen tem dito em diversas ocasiões que se não tivesse tido a oportunidade de estudar arquitetura, certamente teria seguido uma carreira na moda. Assim, não é surpreendente que após os seus estudos em Sint Lucas Gent se tenha mudado para Milão, uma cidade de renome como uma das capitais mundiais do design e da moda. Em Milão ficou convencido que um designer devia não só expressar um conceito na forma mais clara possível, mas deveria também prestar atenção a todos os detalhes significativos.
Cada movimento artístico e de design tem uma história interessante sobre como influenciou a arquitetura, e nem todos começaram com os mesmos princípios pelos quais ficaram depois conhecidos. A Bauhaus não é exceção. Ícone das origens do movimento moderno, a famosa escola alemã foi uma instituição experimental voltada para o expressionismo, criatividade e artesanato, unindo os estilos de Art Nouveau e Arts and Crafts com desenhos modernos.
Sol e vento vêm à nossa cabeça rapidamente quando pensamos em energias provindas de fontes renováveis. Descentralizar a produção de energia elétrica de grandes usinas é algo que tem movido engenheiros e inventores por todo o mundo. Mas pensar em transformar a energia mecânica do caminhar das pessoas em energia elétrica é algo que sai um pouco do senso comum. A tecnologia foi desenvolvida pelo fundador da Pavegen, Laurence Kemball-Cook, através de uma plataforma que se mescla ao passeio, desenvolvendo um produto que converte os passos em energia elétrica, mas que também pode gerar dados e até recompensas. Mas antes de sair por aí se sentindo o Michael Jackson em Billie Jean, entenda melhor como esse sistema funciona.
Se as paredes pudessem falar, teriam infinitas histórias para contar - histórias de antiguidade, guerra, escândalo e reconciliação. Abordagens para a preservação são tão variadas quanto os profissionais por trás delas, e é comum vermos projetos de preservação que combinam estruturas antigas com características contemporâneas, criando belas combinações do antigo e do novo.
Reveja alguns projetos que destacam a beleza nas imperfeições das ruínas e grandes combinações de materiais usados e novos.
Esta seleção é uma das muitas compilações interessantes feitas por nossos usuários registrados. Lembre-se que você pode salvar e organizar suas inspirações no Meu ArchDaily. Crie sua conta aqui.
Em minha recente visita ao Japão tive a oportunidade de encontrar-me com uma das principais figuras do momento no cenário arquitetônico japonês. Junya Ishigami recebeu-me em seu estúdio pra lá de experimental (além de muito internacional) em Tóquio, uma das experiências mais memoráveis pelas quais passei ao longo dos últimos anos. Seu entusiasmo incontido é arrebatador, principalmente quando ele fala à respeito de sua própria arquitetura ou aquilo que pensa em relação à nossa querida profissão. Junya acredita que a arquitetura contemporânea “ainda não é suficientemente livre”. E é exatamente aí que ele começa a se posicionar. Junya tem buscado libertá-la, desvencilhar-se desta inércia determinante que define e limita a arquitetura nos dias de hoje. Ele procura desenvolver uma arquitetura que seja leve e liberta, projetos inspirados em metáforas improváveis como as nuvens ou a tranqüilidade da superfície da água. “Precisamos introduzir mais diversidade na arquitetura contemporânea, é preciso dar novas respostas aos sonhos das pessoas ... Eu quero levar a arquitetura para o futuro, criar novas condições que nunca foram pensadas antes”, diz Ishigami. O arquiteto japonês inaugurou recentemente duas exposições em forma de manifesto na cidade de Paris, questionando a natureza e o propósito da arquitetura nos dias de hoje. Junya é um visionário que parece um pouco fora de moda naquela que talvez seja a mais incerta das profissões.
Comemore o centenário da Bauhaus com a plataforma número um do mundo para contar histórias através de imagens, o Instagram. Ferramenta essencial para designers, o Instagram é um banco de dados digital em constante crescimento, útil para compartilhamento e estímulo de mercados. A mídia social mudou não apenas o modo como apresentamos e comercializamos nossos projetos, mas também como apresentamos nós mesmos ao mundo.
São muitas as narrativas que se sobrepõem e cruzam na arquitetura e na cidade. Fruto do desejo humano de criar distinções artificiais em meio à natureza - seja por necessidade ou por vontade de manifestar sua existência - o espaço arquitetônico pode até apresentar certo rigor, mas mesmo as geometrias mais rígidas são o lugar onde variadas experiências, tempos e ações humanas sucedem.
Assim, sobre a intenção projetual sobrepõe-se a vida, e o resultado é um emaranhado constantemente mutável de narrativas. Para compreender essas histórias - ou segregá-las para contar ainda outras histórias - podemos contar com algumas ferramentas de representação da arquitetura e do espaço. A fotografia, nesse sentido, é aliada, e com ela é possível desembaraçar - ou complicar ainda mais - o novelo urbano em narrativas específicas, recombiná-las e, então, contar outra prosa.
A partir deste mês, o ArchDaily apresentará temas mensais. Nossos editores e curadores alinharão seus esforços para aprofundar tópicos que consideram relevantes no discurso arquitetônico de hoje, apresentando novos artigos, projetos, colaborações e sugestões de nossos leitores. Começaremos com representação na arquitetura.
O que começou como um desenho feito no chão para representar, esquematicamente, a planta de edifícios, logo evoluiu para representações axonométricas de uso militar e, desde então, em uma variedade de técnicas e formas de apresentar o espaço que vão além da mera representação de volumes.
Há tempos publicamos artigos relacionando a infância e o ímpeto construtivo do ser humano e, nesse sentido, temos a certeza que a maioria dos arquitetos e arquitetas que são pais e mães, já pensaram em algum momento projetar e construir algum brinquedo para seus filhos. A arquiteta Paula Zasnicoff, sócia-diretora do escritório Arquitetos Associados, junto com a designer Andrea Gomes, resolveram avançar na ideia e criaram a marca Bubud.
https://www.archdaily.com.br/br/911305/mini-arquiteturas-para-montar-e-brincarPedro Vada
Ao longo das últimas três décadas, Dubai floresceu em meio a um deserto desabitado para transformar-se em um centro urbano estratégico para o mundo dos negócios e do turismo. Como uma das diversas reações decorrentes deste novo fenômeno, várias cidades ao redor do mundo passaram a replicar esse modelo de desenvolvimento urbano - um urbanismo amplamente baseado no automóvel, arranha-céus luxuosos, centros comerciais gigantescos e tecnologias e sistemas "inteligentes" e "sustentáveis", tudo isso, à partir do zero. Surpreendentemente, estes novos empreendimentos tem se espalhado rapidamente pelo continente africano, assumindo nomes como Eko Atlantic City Nigéria, Vision City em Ruanda, Ebene Cyber City nas Ilhas Maurício; Konza Technology City no Quênia; Safari City na Tanzânia; Le Cite du Fleuve na República Democrática do Congo, entre vários outros. Ao que tudo indica, todas estas cidades parecem apenas meras tentativas de imitação daquilo que representa a cidade de Dubai.
https://www.archdaily.com.br/br/911073/o-que-as-cidades-africanas-podem-aprender-com-a-experiencia-de-dubaiMathias Agbo, Jr.
O escritório Diller Scofidio + Renfro foi laureado com o Royal Academy Architecture Prize de 2019, um prêmio concedido anualmente pelo comitê britânico de artes como forma de reconhecimento a grupos ou indivíduos que foram "instrumentais para a discussão, coleção ou produção de arquitetura em seu sentido mais amplo."
Pelo menos duas avenidas (23 de maio e 9 de julho) marcam no território da cidade a presença da Revolução Constitucionalista de 1932. Mas na paisagem da capital paulista vários outros locais referenciam a memória de um conflito armado que se tornou o grande mito da história do Estado de São Paulo, celebrada desde 1997 com um feriado.
O telhado é um dos elementos estruturais básicos da maioria das edificações. É o elemento que permite converter um espaço delimitado em um lugar protegido. Fortemente ligado às condições climáticas de cada contexto, suas variações em termos de desenho e tipo de estrutura atraem arquitetos que veem no telhado uma oportunidade não apenas de garantir proteção, mas também conferir caráter à obra.
A seguir, reunimos 13 exemplos de casa cujo telhado se desdobra na própria parede externa, configurando não apenas a "quinta fachada" como as próprias elevações da edificação.
O ano de 2019 marca o centenário de fundação da Bauhaus, a escola que transformou-se em um movimento e cuja influência segue perdurando no tempo. Apesar de ter sofrido graves interferências políticas, que culminaram em seu fechamento no ano de 1933 durante a acensão do regime nazista na Alemanha, a Bauhaus segue sendo uma das mais importantes referências para o mundo da arquitetura até os dias de hoje.
Como parte de nossa cobertura especial do centenário da Bauhaus - e para matar a sua sede por conhecimento - selecionamos alguns dos melhores documentários sobre a Bauhaus disponíveis na internet. Apresentando imagens inéditas e entrevistas exclusivas sobre a Bauhaus, esses documentários são uma ótima oportunidade para mergulharmos ainda mais fundo na história da mais importante escola de arquitetura e design de todos os tempos.
A Colônia Roma é conhecida por sua recente ebulição no campo da arte e da cultura de nosso tempo, cheia de galerias de arte, restaurantes, livrarias e museus. No entanto, sua tradição data da Época Porfiriana a princípios do século XX como exemplo de apresentar a Cidade do México como uma cidade moderna ao criar a primeira colônia, junto a Condesa, com todos os serviços básicos à disposição de seus habitantes. Desenhada com bulevares parisienses e ruas arborizadas, Roma é um claro exemplo de uma arquitetura art nouveau, ecléctica e à moda francesa, que propiciou a chegada de famílias de alto escalão social.
Estudos mostram que o investimento público em redes cicloviárias integradas e seguras promove transformações urbanas, proporcionando mais humanidade, saúde e qualidade de vida na cidade. Enquanto cidades na Holanda e nos países nórdicos já incorporaram as bicicletas no cotidiano, com uma parcela significativa da população utilizando o meio de transporte para os deslocamentos diários, grande parte do mundo ainda vem buscando um modelo para diminuir os congestionamentos e aumentar seu uso. Segundo o ITDP (Institute for Transportation and Development Policy), investir no transporte não motorizado permite a redução dos congestionamentos, melhora a qualidade do ar, a saúde física e mental dos moradores, e ainda o comércio local e a visibilidade das marcas, uma vez que ciclistas tendem a prestar mais atenção ao comércio local e ocupam menos espaço do que os automóveis.
Mas junto às ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, é imprescindível proporcionar locais adequados para que as bicicletas possam ser estacionadas nos finais dos percursos. Enquanto os bicicletários são espaços fechados, geralmente com algum tipo de vigilância e infraestrutura adicional, os paraciclos são as estruturas que permitem apoiar e trancar a bicicleta de forma segura. Eles podem se integrar no mobiliário urbano de uma cidade, junto a bancos, placas, luminárias e totens informativos.