Morar num país tropical significa apreciar momentos ao ar livre. Seja pelo contato com a brisa, a proximidade com a natureza ou para aproveitar o sol. Culturalmente, crescemos acostumados a brincar nos quintais, sentar com família e amigos em varandas, se divertir em churrascos ou apenas contemplar a paisagem ao redor. Para receber ou ampliar esses programas, muitas residências brasileiras adotam o deck de madeira como solução, um espaço versátil que pode receber distintos usos.
Artigos
Casas brasileiras: 15 residências com deck de madeira
Carro ou ônibus: quem é mais eficiente no transporte de passageiros?
A crítica mais famosa do espaço desmedido ocupado pelos automóveis foi representada por um cartaz da cidade de Müenster, que compara o espaço ocupado por 60 carros, um ônibus e 72 bicicletas (todos transportando 72 pessoas). A imagem deixa evidente que o espaço ocupado pelos automóveis para transportar o mesmo número de passageiros é espantosamente maior.
Devemos considerar a madeira em projetos de habitações de interesse social?
A habitação é uma das principais premissas da arquitetura. Para muitos, o abrigo é um de seus denominadores principais. Dentro das cidades, é pauta premente e complexa. De todo modo, as iniciativas de habitação com interesse social tentam dar conta de abrigar uma parcela considerável da população, para garantir que usufruam dessa premissa-primeira da arquitetura: uma casa.
Onde estão as 23 cápsulas preservadas na demolição da Nakagin Tower?
Quando Kisho Kurokawa projetou a icônica Nakagin Capsule Tower em 1972, a estrutura pretendia concretizar os ideais do metabolismo, experimentando ideias de crescimento e adaptação inspiradas em processos biológicos. Este estilo arquitetônico surgiu no Japão pós-guerra com o objetivo de criar edifícios e megaestruturas que se assemelhassem a organismos vivos, capazes de evoluir, expandir, contrair e se adaptar às mudanças do ambiente. Seguindo essa filosofia, a Nakagin Tower era composta por 140 unidades de cápsulas idênticas, cada uma fixada individualmente em dois eixos centrais. As cápsulas deveriam ser substituídas e atualizadas a cada 25 anos, permitindo flexibilidade e mudança. No entanto, essa inovação se revelou impraticável. Quase 50 anos após a sua construção, a torre foi parcialmente demolida. No total, 23 cápsulas foram preservadas para serem reutilizadas. Atualmente, essas cápsulas estão espalhadas pelo mundo e continuam representando os ideais metabólicos.
Cidades efêmeras: três conceitos radicais que propõem aos usuários moldarem seu ambiente
O conceito de uma cidade pode ser entendido como um sistema em constante transformação, no qual arquitetos e habitantes colaboram para sua concepção e remodelagem. Embora sua estrutura inicial possa ser delineada por designers ou arquitetos, a essência da trama urbana é, em última instância, moldada pela sociedade e pelas gerações que a ocupam. A questão da "autoria da cidade" frequentemente surge no contexto do planejamento urbano. Será que os arquitetos e urbanistas podem prever até que ponto uma cidade evoluirá por meio de seu projeto inicial? A resposta é não. A noção de autoria do usuário reconhece, então, que o planejamento urbano não deve ser abordado como um projeto de construção convencional, no qual os designers tentam prever todos os aspectos de forma, padrão, comportamento e cultura. Em vez disso, ela reconhece o papel desempenhado pelas pessoas na configuração da trama urbana por meio de suas preferências arquitetônicas, desenvolvimento da identidade do bairro e remodelagem contínua que contribui para a história e o espírito do lugar. Esses elementos devem ser considerados desde o início do processo de projeto, contemplando ideias relacionadas à expansão futura, infraestrutura adaptável e capacitação dos cidadãos para contribuir com a arquitetura da cidade, tornando, assim, o planejamento urbano mais democrático. Este artigo explora conceitos de cidades radicais, nas quais os designers adotam ideias de autoria dos usuários e a evolução constante da arquitetura efêmera.
Reconectar com a natureza: usando madeira em projetos de interiores
Diante de um mundo cada vez mais inserido nas dinâmicas dos agitados ambientes urbanos e tecnologias digitais, uma maior conexão com a natureza parece ter se tornado mais importante para o bem-estar físico e emocional das pessoas, o que perpassa, de maneira direta e fundamental, os espaços em que elas convivem. Discussões e estudos acerca de temas como a neuroarquitetura e a biofilia são cada vez mais presentes e populares no campo da arquitetura e do design de interiores contemporâneos, levantando reflexões importantes sobre uma escolha mais assertiva e consciente de uma série de elementos projetuais que compõem os ambientes que mais convivemos.
Nesse cenário, o uso de materiais como a madeira, seja em ambientes residenciais, comerciais ou corporativos, têm demonstrado efeitos positivos em como sentimos e experienciamos os espaços ao nosso redor, ao suscitarem alguma conexão com o meio natural, reconfigurando a forma como percebemos nossos ambientes de vida e de trabalho e como somos afetados por eles. Ao incorporar elementos de madeira em nossos espaços, somos capazes de criar locais de maior tranquilidade que nos permitem desconectar do estresse e da agitação da vida urbana.
Benevides, Jundiaí e Fortaleza vencem Prêmio Cidade Caminhável
Para enfrentar a crise climática é urgente transformar o modo de vida nas cidades, grandes poluentes e consumidoras de energia. O uso de veículos motorizados, especialmente no transporte individual, é uma das mudanças necessárias nos centros urbanos. Cidades que ofereçam segurança para pedestres, ciclistas e uma rede eficiente de transporte público são cada vez mais fundamentais.
Incentivar o desenvolvimento de centros urbanos em que as pessoas possam se deslocar de forma ativa – a pé e de bicicleta – para suas atividades diárias é o caminho que o Instituto Caminhabilidade impulsiona. Por isso, criou o Prêmio Cidade Caminhável, que valoriza e inspira ações por cidades caminháveis no Brasil.
Carbono incorporado no setor imobiliário: a contribuição oculta para as mudanças climáticas
A janela para resolver a mudança climática está se estreitando; qualquer solução deve incluir o carbono incorporado. O Sexto Relatório de Avaliação publicado pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) concluiu que o mundo poderia emitir apenas 500 gigatoneladas a mais de dióxido de carbono, contados a partir de janeiro de 2020, se quisermos ter 50% de chance de ficar abaixo de 1,5 grau. Somente em 2021, o mundo emitiu cerca de 36,3 gigatoneladas de carbono, a maior quantidade já registrada. Estamos no caminho para estourar nosso orçamento de carbono nos próximos anos e, segundo o relatório, “as escolhas e ações implementadas nesta década terão impactos agora e durante milhares de anos.”
Cidades mais bem projetadas: criatividade nas áreas verdes
As cidades ao redor do mundo enfrentam desafios cada vez maiores em relação ao planejamento urbano e à criação de espaços públicos sustentáveis e atraentes, como áreas verdes. Diante disso, tem-se buscado novas alternativas para criar paisagens verdes nos espaços públicos das cidades. Esses lugares desempenham um papel fundamental no desenvolvimento e transformação das cidades, sendo há muito tempo o cenário das interações sociais, expressão cultural e troca de ideias.
Repensando o papel das pequenas madeireiras informais na África tropical
A África tropical abriga vastas florestas que se estendem por 3,6 milhões de quilômetros quadrados nas regiões Ocidental, Oriental e Central do continente. Essas florestas desempenham um papel crucial, fornecendo madeira para os setores de móveis, combustíveis e indústrias de papel. No entanto, a madeira ainda não faz parte da arquitetura contemporânea dessas regiões. Embora o gosto arquitetônico seja um fator, a principal razão para essa ausência está relacionada à incapacidade das indústrias madeireiras em atender aos requisitos de disponibilidade, acessibilidade, apelo estético, durabilidade e desempenho climático e estrutural da madeira. A indústria madeireira na África tropical é composta principalmente por operações informais e de pequena escala, focando principalmente no corte de toras, em vez de refinar a madeira para uso em projetos arquitetônicos ou estruturais. Apesar disso, o grande número de empresas informais na região apresenta uma oportunidade para remodelar a indústria e aproveitar os recursos florestais locais na construção de edifícios em madeira.
A mudança na paisagem cultural da Índia em projetos contemporâneos
A Índia possui muitos museus, galerias de arte, bibliotecas públicas, teatros e centros de preservação do patrimônio cultural. No entanto, muitos desses locais estão abandonados e negligenciados, assim como os objetos que deveriam expor e proteger. Historicamente, o desenvolvimento da infraestrutura cultural na Índia tem sido responsabilidade do governo, o que muitas vezes resultou em um estado de estagnação. No entanto, nas últimas duas décadas, temos observado uma mudança significativa na cena cultural do país. O crescente interesse de instituições privadas abriu caminho para diversos projetos culturais, geralmente em parceria com autoridades locais. Esses projetos têm como objetivo celebrar a riqueza da cultura indiana, tanto histórica quanto contemporânea, tornando-se destinos populares para a classe média em ascensão.
Madeira: os melhores artigos do ArchDaily
A madeira tem desempenhado um papel fundamental na história da arquitetura ao proporcionar às construções versatilidade e sustentabilidade. Atualmente, seu uso está se transformando, impulsionado tanto pelos avanços tecnológicos trazidos pelo uso da madeira laminada cruzada (CLT) quanto por uma crescente consciência ambiental.
A lista a seguir é um índice de artigos, notícias e projetos publicados no ArchDaily que abordam tudo o que você precisa saber sobre o uso da madeira na arquitetura, desde estratégias de design e as últimas tendências até sua aplicação em obras e materiais de construção.
Viena: uma política de habitação social fora do comum
A cidade de Viena tem uma política habitacional bastante elogiada. Ela realmente tem muitos méritos, mas não é necessariamente perfeita. Na verdade, a política habitacional de Viena caminhou em uma direção diferente das outras cidades europeias, o que desperta o interesse de quem estuda o tema. Nesse episódio do podcast Housing Voice, produzido pela universidade UCLA, Justin Kadi apresenta algumas características que tornam a capital austríaca um caso único. O episódio também disponibiliza uma série de artigos científicos para quem quiser se aprofundar no assunto.
Eficiência energética pode ser justificativa técnica para a escolha das cores nos projetos de arquitetura
As cores têm desempenhado um papel essencial na história da arquitetura moderna — desde a teoria da policromia de Le Corbusier até as concepções estéticas da Bauhaus. No entanto, estamos no início de uma era em que a interpretação e implementação das cores na arquitetura estão passando por uma mudança a partir de seu impacto no ambiente construído.
Ao longo do mês de agosto, realizamos uma chamada aberta para ouvir de nossos leitores suas previsões e opiniões sobre o futuro das cores na arquitetura. Depois de revisar uma grande quantidade de comentários, foi uma surpresa encontrar reincidências em relação à importância de considerar a eficiência energética na escolha. Confira a seguir os principais pontos de vista.
Neuroarquitetura em projetos corporativos: como o ambiente construído pode reduzir o burnout?
A Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. Especialmente durante e após a pandemia, ou seja, período atual, os índices de burnout estão aumentando. No entanto, pouco está sendo discutido sobre o tema. Tendo em vista o papel da concepção do espaço construído na vida dos colaboradores, como a neuroarquitetura pode auxiliar a qualidade de vida, mitigando o burnout?
Círculos no design de interiores: 27 projetos que abraçam as curvas
Os círculos, como uma forma geométrica fundamental, possuem uma qualidade cativante e harmoniosa que foi integrada perfeitamente à arquitetura e ao design ao longo de várias épocas e estilos. De detalhes sutis a pontos focais ousados, o uso de curvas no design de interiores transcende a mera ornamentação, muitas vezes simbolizando continuidade, conexão e um ritmo visual relaxante. Com suas curvas infinitas e contínuas, eles oferecem uma sensação de unidade, movimento e equilíbrio que pode transformar espaços em ambientes convidativos e esteticamente agradáveis — um efeito especialmente útil para os projetos de interiores. A seguir, reunimos 27 projetos que empregam formas circulares em interiores ao redor do mundo.
Como representar a madeira no projeto: encaixes, junções, esquemas
O desenho exerce um papel fundamental no projeto arquitetônico. Principal condutor para a materialização das ideias, é através dele que se explica o que foi pensado para o espaço. Nas arquiteturas de madeira, são diversos os tipos de encaixes, junções, modos de compor com as texturas e conectar o material com outras estruturas. Ao desenhar, mais do que expressar os detalhes com precisão, é possível criar manuais didáticos sobre a montagem e construção da obra, que facilitam a compreensão da mão-de-obra e sua execução. Por isso, reunimos diferentes projetos que em demonstram distintas formas de representar o uso do material e suas possibilidades.
Como resfriar as cidades com o planeta cada vez mais quente
O atual verão no Hemisfério Norte tem sido tão quente, com as temperaturas atingindo recordes – inclusive no mar –, que as discussões já giram em torno dos limites da sobrevivência humana. Mesmo na Antártida, o gelo marinho não tem conseguido se reconstituir, um desvio drástico em relação aos padrões normais para o inverno. Não é apenas impressão que eventos de calor extremo têm acontecido cada vez mais. Como resultado das mudanças climáticas, o número desses eventos aumentou – e deve piorar.
De fato, na maioria dos anos, o calor é o fenômeno mais letal, matando em média 490 mil pessoas no mundo e causando problemas graves de saúde para muitas outras. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as mortes em decorrência do calor devem aumentar em 50% até 2050. Mas esse impacto não é distribuído de forma equilibrada, tanto ao redor do mundo quanto dentro das comunidades: populações que já vivem em condições mais vulneráveis são as que enfrentam os maiores riscos.
O papel da madeira na construção das cidades do amanhã
Diante de estudos que estimam que até 2050 quase 70% da população mundial será urbana, pensar num desenvolvimento mais sustentável e equilibrado das cidades torna-se um imperativo para as próximas décadas. Essa discussão perpassa, invariavelmente, uma escolha mais assertiva de materiais de construção que tragam melhores benefícios urbanos e ambientais. Nesse cenário, um material que vem ressurgindo como uma escolha mais sustentável para a infraestrutura urbana é a madeira, sobretudo quando aliada a novos recursos tecnológicos, que vem se reintroduzido nas paisagens das cidades devido às suas características versáteis e à sua capacidade de se alinhar às construções do amanhã.
6 Mudanças necessárias para o sistema financeiro ajudar a promover um futuro sustentável
Todos os dias, governos, instituições financeiras e corporações têm uma decisão a tomar: investir em ativos físicos que emitem gases do efeito estufa e prejudicam a natureza ou priorizar o desenvolvimento de soluções verdes que fomentam uma economia estável, resiliente e equitativa. À medida que as comunidades enfrentam os impactos severos das mudanças climáticas, a decisão de construir um futuro sustentável fica mais evidente.
Árvores funcionam como ar-condicionado natural e podem reduzir em até 3ºC a temperatura das cidades
A capacidade das árvores de climatizar naturalmente as cidades é um dos benefícios de promover os plantios em áreas urbanas. No Distrito Federal, a questão da arborização tem sido objeto de estudo para promover o uso sustentável dos recursos naturais como políticas públicas. Estudante de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Júlia Almeida mensurou as influências da microclimática da vegetação na escala residencial de Brasília, comprovando o poder da vegetação na qualidade de vida.