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Edifícios de Higienópolis ilustrados por Fabrizio Lenci

Poucos bairros possuem um conjunto de arquiteturas residenciais modernas de tanta qualidade como Higienópolis. Obras de Vilanova Artigas, Artacho Jurado, Rino Levi, entre muitos outros arquitetos de destaque, convivem com palacetes históricos entre suas ruas arborizadas. O loteamento planejado foi o primeiro a receber iluminação a gás, arborização, linhas de bondes, redes de água e esgoto na cidade paulistana. E, por situar-se majoritariamente em cotas mais altas, não apresentava enchentes e era menos propenso a contaminação de doenças como febre amarela, tifo e malária. Ocupado originalmente pela aristocracia paulistana, até hoje é um bairro extremamente valorizado e procurado. Sobretudo entre as décadas de 40 e 50 diversos lotes foram ocupados por edifícios modernos de alta qualidade projetual, construtiva e espaços generosos.

As ilustrações foram desenvolvidas por Fabrizio Lenci, arquiteto, ilustrador e sócio do escritório Vapor 324, para o Jornal A quadra, a partir da seleção desenvolvida por André Scarpa. Confira abaixo um pouco da história de cada um dos edifícios desenhados:

Pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza 2018: Muros de Ar - Os limites dos objetos

O capítulo Os limites dos objetos aborda o tema Muros de ar na escala das intervenções arquitetônicas e urbanas, numa tentativa de medir a capacidade da produção brasileira recente para mediar relações conflituosas entre os domínios público e privado.

Em oposição à abordagem cartográfica, que mapeia os múltiplos tipos de barreiras que constituem o território brasileiro, esta seção apresenta objetos arquitetônicos que estimulam a transposição dos muros que estão presentes em nossas cidades. As propostas selecionadas compartilham a motivação de investigar novos modos de lidar com os limites, as divisões e as rupturas dos tecidos urbanos. Ao mesmo tempo, trazem à tona a necessidade premente de usar o projeto como uma forma de transformar condições de exclusão em possibilidades de aproximar as pessoas.

Edifícios culturais e corporativos: 15 átrios e seus cortes

Edifícios culturais e corporativos: 15 átrios e seus cortes - Image 1 of 4Edifícios culturais e corporativos: 15 átrios e seus cortes - Image 2 of 4Edifícios culturais e corporativos: 15 átrios e seus cortes - Image 3 of 4Edifícios culturais e corporativos: 15 átrios e seus cortes - Image 4 of 4Edifícios culturais e corporativos: 15 átrios e seus cortes - Mais Imagens+ 26

Edifícios culturais e corporativos oferecem a oportunidade perfeita para projetar grandes átrios. Esses espaços centrais, projetados para possibilitar o encontro de pessoas ou para ajudar na orientação dentro do edifício, são geralmente amplos e oferecem muita liberdade na etapa de concepção. Escala imponente, escadarias esculturais, materiais nobres e vegetação interna são apenas alguns dos recursos usados para dar vida a esses espaços. Para ajudá-lo com seu projeto, compilamos a seguir 15 átrios e seus desenhos de corte.

Como a renderização em tempo real pode facilitar o processo de projeto

Os arquitetos estão sempre tentando ser mais eficientes e agregar mais valor para os seus clientes. Mas, com a maioria dos softwares, a renderização é muito demorada, prejudicando significativamente a eficiência. É exaustivo para os arquitetos quando o processo visual usa a energia que seria melhor investida no projeto e na arquitetura em si.

Com o Enscape plugin, renderizações em tempo real e realidade virtual podem nos ajudar a remediar essa situação. O plug-in integra-se na barra de ferramentas dentro das plataformas populares Rhino, Revit e SketchUp, com uma versão para o Archicad também atualmente em desenvolvimento. Como o software é um plug-in para esses programas populares, os arquitetos não precisam aprender a usar um novo software, mas sim trabalhar em seu sistema familiar com alguns recursos adicionais. Como o software é executado na placa gráfica local, os projetos não precisam ser carregados para a nuvem.

Como a Big Data vem revolucionando os projetos para espaços de trabalho

Este artigo foi originalmente publicado pela Metropolis Magazine como
"Architects, Armed with Data, Are Seeing the Workplace Like Never Before."

A busca por um espaço de trabalho que melhore a produtividade e a eficiência dos funcionários tem sido uma questão para gerentes corporativos há décadas. Mas mesmo antes de o escritório como o conhecemos hoje ter nascido, projetistas e pensadores já estavam estudando locais de trabalho, como as fábricas, para elaborar estratégias de melhorar o desempenho dos trabalhadores. Na década de 1960, Robert Propst, o inventor por trás da linha de mobiliário de escritório da Actionman, da Herman Miller, estava conduzindo uma pesquisa no espaço de trabalho que acabaria levando à criação do moderno cubículo.

Esses desenvolvimentos se basearam, em grande parte, na observação e na intuição para organizar os trabalhadores de escritórios de maneiras supostamente eficientes. Agora, os avanços na tecnologia permitem que os projetistas adotem uma abordagem mais sofisticada, utilizando sensores, mobiliários e acessórios conectados à Internet e análise de dados para estudar os escritórios em tempo real. "Você pode levar em conta todos os funcionários, e todas as pessoas são muito diferentes", diz o arquiteto londrino Uli Blum. "Trata-se de resolver os problemas fundamentais de levar as pessoas ao ambiente de que necessitam. E a maneira mais fácil é perguntar a eles”, acrescenta. Mas descobrir as necessidades de centenas, às vezes milhares, de trabalhadores pode rapidamente se tornar um exercício de futilidade.

Mães e mobilidade urbana: como as cidades devem respeitar essa relação

As mulheres são maioria nas ruas e no transporte coletivo. Os padrões de deslocamento e o uso dos modos de transporte são diferentes para cada gênero, influenciados pelo fato de as mulheres ainda assumirem com mais frequência as tarefas “domésticas”, muitas delas relacionadas aos filhos. Se questões de gênero ainda são negligenciadas no planejamento urbano, o acesso de mulheres com crianças à cidade é um tema ainda mais carente de atenção. Por meio dos depoimentos de algumas mães, ficam ainda mais claras as consequências que as falhas de planejamento e mobilidade urbana provocam no dia a dia de mães e filhos.

Cruising Pavilion: Questionando a Bienal de Veneza a partir de espaços ilegítimos para práticas sexuais

Por ocasião da Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza de 2018, Pierre-Alexandre Mateos, Charles Teyssou, Rasmus Myrup e Octave Perrault, convocaram um grupo de arquitetos e artistas para refletir sobre o manifesto publicado por Yvonne Farrell e Shelley McNamara, apresentando uma série de trabalhos relacionados à prática sexual do cruising, submergindo-nos na atmosfera dos lugares onde esta prática acontece normalmente, como vielas, balneários e sex clubs.

O conceito Freespace, definido para esta edição da Bienal de Arquitetura de Veneza, é questionado no Cruising Pavillion e seus representantes declaram que o mesmo falhou ao não questionar "a produção heteronormativa do próprio espaço", o que nos leva a pensar: como podemos falar de um espaço livre se não considerarmos todos aqueles espaços invisíveis e ilegítimos de nossas cidades?

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A residência unifamiliar como manifesto experimental do arquiteto moderno

O arquiteto Rafael Pina Lupiáñez a partir do Coletivo ARKRIT, reflete acerca da residência unifamiliar entendida como um manifesto experimental por parte do arquiteto moderno, na qual se materializam suas teorias, tendências e inquietudes, tudo isto baseado em uma estreita e cúmplice relação com o cliente. Junto à comparação de duas casas realizadas em Quito, Equador, por parte dos arquitetos Daniel Moreno e Sebastián Calero, este artigo pretende exemplificar como a residência pode ser o cenário perfeito para unificar a experiência projetual, a participação do cliente, a preocupação com o meio, a reutilização de materiais de descarte e outros planejamentos éticos contemporâneos.

A obra frequentemente esquecida de Denise Scott Brown

Há algo irresistível no romance arquitetônico de Robert Venturi e Denise Scott Brown. Eles se conheceram quando ambos eram jovens professores da Universidade da Pensilvânia; Scott Brown realizava seminários em planejamento urbano e Venturi dava palestras sobre teoria da arquitetura. Como diz a história, Scott Brown argumentou em sua primeira reunião do corpo docente que a magistral biblioteca gótica veneziana de Frank Furness não deveria ser demolida para se construir uma praça (então uma opinião dissidente). Venturi se aproximou dela após a reunião, oferecendo seu apoio. Como Paul Goldberger escreveu sobre o casal em 1971, “à medida que seus pontos de vista estéticos se aproximavam cada vez mais, o mesmo acontecia com os seus sentimentos.” Nós, amantes da arquitetura, não podemos fazer nada a não ser esse casal de arquitetos.

Experimentar o espaço com a luz: Flores & Prats na Bienal de Arquitetura de Veneza 2018

'Luz Liquida' é o nome da proposta apresentada por Flores & Prats para a Exposição Internacional da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2018. Reconstruindo em meio ao Arsenale di Venezia um fragmento em escala 1:1 da abóbada da Sala Beckett, originalmente construída na cidade de Barcelona, Eva Prats e Ricardo Flores buscam proporcionar aos visitantes a experiência física de um espaço distante, que descansa agora sob o céu de Veneza.

Experimentar o espaço com a luz: Flores & Prats na Bienal de Arquitetura de Veneza 2018 - Image 1 of 4Experimentar o espaço com a luz: Flores & Prats na Bienal de Arquitetura de Veneza 2018 - Image 2 of 4Experimentar o espaço com a luz: Flores & Prats na Bienal de Arquitetura de Veneza 2018 - Image 3 of 4Experimentar o espaço com a luz: Flores & Prats na Bienal de Arquitetura de Veneza 2018 - Image 4 of 4Experimentar o espaço com a luz: Flores & Prats na Bienal de Arquitetura de Veneza 2018 - Mais Imagens+ 9

Sistemas para incorporar a iluminação zenital em seus projetos

Nada mais racional que aproveitar a iluminação solar natural como garantia para melhorar a qualidade espacial de seus projetos, além de economizar energia. A consciência da finitude dos recursos naturais e demandas por redução do consumo energético têm diminuído cada vez mais o protagonismo de sistemas artificiais de iluminação, de modo que arquitetos tem buscado assumir novos posicionamentos na concepção projetual, apropriando-se determinados sistemas construtivos no aproveitamento dos recursos naturais. Nesse diálogo, diferentes tipos de artifícios têm sido adotados para a captação lumínica natural.

Tais sistemas podem ainda garantir excelentes propriedades espaciais se projetados corretamente. Conheça, a seguir, 5 sistemas indispensáveis à iluminação zenital:

Quando é o melhor momento para procurar um emprego em arquitetura?

Quando é o melhor momento para procurar um emprego em arquitetura? - Image 2 of 4
Photo by STIL on Unsplash

Este artigo foi originalmente publicado por The Architect's Guide.

Não te farei esperar pela resposta. O melhor momento para procurar um emprego em arquitetura é...

Uma nova Revolução Industrial? As infinitas possibilidades da impressão 3D

A Primeira Revolução Industrial aconteceu no Reino Unido no final do século 18 com a mecanização da indústria têxtil. Nas décadas seguintes, em vez de construir coisas apenas com as mãos, espalhou-se pelo mundo o uso de máquinas.

A Segunda Revolução Industrial começou nos Estados Unidos no início do século 20 com a linha de produção em série, na chamada Era da Produção em Massa.

Vivemos agora uma nova revolução na indústria, amparada pela cultura e tecnologias digitais, que tem como um de seus importantes catalisadores as impressoras 3D. E, acredite, você ainda vai ter uma. Com preços cada vez mais acessíveis, uma máquina dessas é capaz de imprimir objetos tridimensionais. A técnica mais comum é a que deposita e cola, layer a layer, grãos minúsculos de algum material, como plástico, cerâmica, vidro ou metal.

Direito à moradia, acesso à própria casa

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Imagem Cortesia de PISEAGRAMA. Image
Direito à moradia, acesso à própria casa - Image 2 of 4

27 de setembro de 2010 

“Foi naquele lá, olha. Naquele. Tá vendo?”  Dona Ana apontava para o apartamento do 7º andar, onde, uma semana antes, havia ocorrido o incêndio.  Mais abaixo, no 4º andar, Anastasia, Aécio e Itamar sorriam amarelo num banner eleitoral.

Ninguém sabe como começou o fogo em um dos meio-apartamentos da torre de número 100, ocupado por um catador de papel. Mas o espetáculo que se seguiu aconteceu comme il faut.  Pânico, gritos, chamas, luzes, um helicóptero que sobrevoava o local, jornalistas que abordavam supostos feridos e devoravam relatos impossíveis, sirenes, fumaça, comoção, ação.

Luz natural, ventilação e natureza: 17 pátios internos

Esta semana, apresentamos uma seleção das 17 melhores fotografias de pátios internos. Entre as vantagens de incorporar esses espaços nos projetos estão melhores condições de luz natural e ventilação e acesso à natureza. Veja, a seguir, nossa seleção de imagens de pátios fotografados por nomes como Quang Dam, Fran Parente e Pablo Blanco.

Luz natural, ventilação e natureza: 17 pátios internos - Imagem de DestaqueLuz natural, ventilação e natureza: 17 pátios internos - Image 10 of 4Luz natural, ventilação e natureza: 17 pátios internos - Image 11 of 4Luz natural, ventilação e natureza: 17 pátios internos - Image 16 of 4Luz natural, ventilação e natureza: 17 pátios internos - Mais Imagens+ 15

Considerações sobre uma arquitetura escolar responsiva

Passados 469 anos desde a construção da primeira escola brasileira – erguida em Salvador (BA) por jesuítas que ensinavam leitura, escrita, aritmética e doutrina católica – a arquitetura escolar ainda é indistinguível na malha urbana da maioria das cidades brasileiras. Edifícios inexpressivos e pouco moduláveis, impossibilitados de se comunicar com o território em seu cerco de muros, foram referidos uma vez pela arquiteta Mayumi Souza Lima como “construções (que) podiam se destinar tanto a crianças, sacos de feijão ou a carros, pois são apenas áreas cobertas, com teto e piso”.

Aeroporto Tempelhof de Berlim: redenção através do reuso adaptativo

A história do Aeroporto Tempelhof de Berlim parece que nunca terá um fim.

Localizado ao sul do tradicional bairro de Kreuzberg e a apenas quinze minutos de bicicleta do centro da cidade, o antigo complexo nazista - contando o terminal, os hangares e seu enorme campo de pouso - ocupa uma área de mais de 400 hectares em um área em pleno desenvolvimento imobiliário da capital alemã. Se estivéssemos em qualquer outra metrópole, esta "mina de ouro" urbana teria sido arrebatada rapidamente há alguns anos, mas, se tratando de Berlim, a apropriação criativa desta histórica estrutra prevaleceu sobre as narrativas de desenvolvimento urbano mais convencionais.

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Pare de falar Kanye: Chega de defesas para Kanye West

Desde que publicamos o artigo "Continue Falando Kanye: Uma defesa de um arquiteto para Kanye West", involuntariamente me tornei seu defensor. Porém, mesmo que eu queira apresenta-lo como um grande "gênio da criatividade", ele sempre e muito rapidamente, me faz mudar de idéia, seja e suas entrevistas ou tuitando alguma coisa sem muito critério. Invariavelmente, no dia que segue uma de suas cotidianas "tuitadas", minha caixa de e-mails parece que vai explodir com um turbilhão de mensagens com títulos parecidos, "só para irrita-lo" ou "você viu isso?". Minha resposta é sempre a mesma, exatamente como aquela de Michael Che no Saturday Night Live quando indagado a respeito da última grande besteira proclamada por Kanye: “A escravidão foi uma escolha”. Ainda que eu não tenha comentários para esta infeliz colocação, sou obrigado a intervir mais uma vez depois de outra polêmica, agora se referindo ao mundo da arquitetura através do novo empreendimento de sua empresa Yeezy, chamado de "Yeezy Home".

Os homens vitruvianos: diálogos entre Álvaro Siza e o escultor Andreu Alfaro

Enquanto contemplávamos o vestíbulo da Biblioteca Laurenziana, recordo-me distintamente de parafrasear Giorgio Vasari: Agradeço a Deus por ter nascido no tempo em que Álvaro Siza está vivo e por ser digno de tê-lo como um mestre em condições tão amistosas. Uma versão muito mais eloquente foi dedicada ao "divino" Miguel Ângelo Buonarroti na original Vida dos mais Excelentes Pintores, Escultores e Arquitectos (1568), no entanto soava igualmente verdadeira na presença do "místico" Siza – epíteto proferido por Eduardo Souto de Moura. Naquele momento, em Florença, o arquitecto da escultura e o escultor da arquitectura encontravam-se metafisicamente face a face sob a forma de uma escada, cuja silhueta viveria para além do tempo, transformada pelo Barroco e reinterpretada por muitos autores – de Charles Garnier até Alvar Aalto – mas talvez por nenhum com mais entusiasmo do que o próprio Álvaro Siza.

Stadium: Pavilhão do Chile na Bienal de Veneza 2018

Stadium, pavilhão do Chile na Bienal de Veneza 2018, é apresentado através da construção de um modelo em grande escala do Estádio Nacional de Santiago, com o objetivo de ilustrar as políticas habitacionais locais.

A exposição, com curadoria da arquiteta Alejandra Celedón, busca fazer com que esses elementos - frágeis e pesados ao mesmo tempo - contem a história do momento em que os cidadãos "sem-teto" se tornam proprietários pela primeira vez, como "fragmentos simbólicos desta transmutação. "

Stadium: Pavilhão do Chile na Bienal de Veneza 2018 - Image 1 of 4Stadium: Pavilhão do Chile na Bienal de Veneza 2018 - Image 2 of 4Stadium: Pavilhão do Chile na Bienal de Veneza 2018 - Image 3 of 4Stadium: Pavilhão do Chile na Bienal de Veneza 2018 - Image 4 of 4Stadium: Pavilhão do Chile na Bienal de Veneza 2018 - Mais Imagens+ 7

Arquiteturas do entremeio: o espaço como resultado da adversidade

Escrevendo para o Blog da Fundación Arquia, o arquiteto Adrià Guardiet nos presenteia com uma bela reflexão que apresenta três diferentes perspectivas sobre as arquiteturas inacabadas, aquelas nas quais o tempo e seus habitantes desempenham um papel primordial.

Certos tipos de arquitetura incorporam o tempo como uma importante ferramenta de projeto. Estruturas abertas, dinâmicas, crescentes. Outras buscam inspiração nas pré-existência e acabam por (re)construir a memória do lugar. Para citar apenas alguns exemplos.

Embora o tempo seja um fator onipresente, seu passo indelével nem sempre se faz visível nas estruturas que construímos. Entretanto, neste tipo de arquitetura, o tempo costuma ser muito mais evidente e explícito, principalmente naquelas estruturas incompletas ou inacabadas, seja por razões econômicas, políticas, naturais ou sociais. São aquelas que decidimos chamar de arquiteturas do entremeio. Obras que através de contextos instáveis, encontram um terreno fértil para florescer.

En Reserva: Pavilhão do Peru na Bienal de Veneza 2018

En Reserva, pavilhão do Peru na Bienal de Veneza 2018, tenta mostrar a existência de uma camada milenar escondida na cidade de Lima, revelando sua generosidade urbana e arquitetônica através de diferentes escalas.

A exposição, com curadoria das arquitetas Marianela Castro de la Borda e Janeth Boza e do jornalista Javier Lizarzaburu, apresenta uma grande caixa que é percorrida de maneira perimetral, convidando o visitante a reconstruir as ligações entre o passado e o presente para, então, imaginar o futuro.

En Reserva: Pavilhão do Peru na Bienal de Veneza 2018 - Image 1 of 4En Reserva: Pavilhão do Peru na Bienal de Veneza 2018 - Image 2 of 4En Reserva: Pavilhão do Peru na Bienal de Veneza 2018 - Image 3 of 4En Reserva: Pavilhão do Peru na Bienal de Veneza 2018 - Image 4 of 4En Reserva: Pavilhão do Peru na Bienal de Veneza 2018 - Mais Imagens+ 5

Por que ensinar arquitetura para as crianças?

Do Blog da Fundação Arquia, a arquiteta Virginia Navarro nos traz um artigo que reflete sobre os motivos e a importância de aproximar as crianças da arquitetura.

Nos últimos anos houve um notável incremento no número de arquitetos que, de forma ocasional ou continua, dedicaram parte de sua atividade à realização de oficinas de arquitetura para crianças. Os objetivos dos mesmos foram tanto relacionados a formação (desenvolver o pensamento crítico acerca do entorno construído, conhecer o patrimônio cultural e urbano, fomentar a inteligência espacial e a criatividade etc.), quanto a informação: recolher dados acerca das necessidades da criança dentro de projetos mais complexos, normalmente de caráter social ou participativo.

Catalunha na Bienal de Veneza 2018: exposição "Dream and Nature" por RCR Arquitectes

Rafael Aranda, Carme Pigem e Ramón Vilalta, vencedores do Prêmio Pritzker 2017, estão presentes na Bienal de Veneza 2018 com o projeto "Dream and Nature" [Sonho e Natureza], representante da Catalunha, com co-curadoria da jornalista Pati Núñez e do arquiteto Estel Ortega.

Como parte dos eventos paralelos da Bienal, a instalação apresenta as pesquisas, ideias e sonhos por trás de seu projeto de reconversão de La Vila, no Vall de Bianya (Girona):

O objetivo é que quem visita o espaço sinta um imenso desejo de conhecer La Vila, além de perceber a força da natureza, uma força que pode transformá-lo. Gostaríamos de tornar El Sueño uma experiência muito sensorial.

Catalunha na Bienal de Veneza 2018: exposição "Dream and Nature" por RCR Arquitectes - Image 1 of 4Catalunha na Bienal de Veneza 2018: exposição "Dream and Nature" por RCR Arquitectes - Image 2 of 4Catalunha na Bienal de Veneza 2018: exposição "Dream and Nature" por RCR Arquitectes - Image 3 of 4Catalunha na Bienal de Veneza 2018: exposição "Dream and Nature" por RCR Arquitectes - Image 4 of 4Catalunha na Bienal de Veneza 2018: exposição Dream and Nature por RCR Arquitectes - Mais Imagens+ 14

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