A história do que é agora a República da Bielorrússia é turbulenta. O país fez parte do Império Russo, ocupado pelos alemães durante as duas Guerras Mundiais, dividido entre a Polônia e a União Soviética, tendo, finalmente,declarado sua independência em 1991. Embora a Bielorrússia seja agora uma nação independente, é também um pais isolado que se manteve inalterado desde a década de 1990, sendo amplamente visto como uma espécie de lapso temporal, a janela mais conservada para a vida na antiga União Soviética.
O fotógrafo Stefano Perego documentou recentemente o legado soviético pós-guerra da arquitetura da Bielorrússia dos anos 60-80 e compartilhou conosco suas fotografias. Veja-as a seguir.
Hoje, o Pritzker, o prêmio mais importante da arquitetura, anunciou Rafael Aranda, Carme Pigem e Ramon Vilalta, os três fundadores do escritório catalão RCR Arquitectes, como vencedores da edição de 2017. Como projetistas de uma arquitetura estilística e fisicamente local - o trabalho do RCR Arquitectes encontra-se principalmente na Catalunha, embora tenham desenvolvido recentemente projetos na França e na Bélgica - o escritório criou um forte perfil no nordeste da Espanha e uma espécie de culto entre os círculos acadêmicos em todo o mundo. No entanto, outros membros da comunidade arquitetônica se vêem forçados a procurar um mecanismo de busca mais próxima. Para essas pessoas, os seguintes 9 fatos ajudarão a obter as informações necessárias para entender aos mais novos ganhadores do Prêmio Pritzker de Arquitetura.
https://www.archdaily.com.br/br/806236/quem-sao-os-rcr-arquitectes-9-coisas-que-voce-deve-saber-sobre-os-vencedores-do-premio-pritzker-2017Equipe ArchDaily Brasil
A publicaçãoO Desenho de Cidades Seguras trata de temas como: a melhoria no desenho urbano com o intuito de ampliar espaços para o pedestre; a redução de velocidade dos veículos, que ameaça todos os usuários das vias; a promoção de espaços públicos de alta qualidade para pedestres e ciclistas e a melhoria no acesso ao transporte coletivo.
O WRI Ross Centro para Cidades Sustentáveis, responsável pela publicação, acredita que tornar as viagens urbanas mais seguras não tem a ver só com a saúde, mas também com a qualidade de vida e com a criação de cidades sustentáveis, competitivas, igualitárias e inteligentes. Prover uma infraestrutura segura e cômoda oferece novas oportunidades para todos.
Confórmi(também no Instagram) é um projeto que começou há dois anos como uma forma de organizar as referências visuais do seu curador. Davide Trabucco, de Bolonha, descreve o arquivo como "um instrumento de trabalho pessoal" que posiciona elementos aparentemente dicotômicos em uma relação visual. Todas essas imagens, acredita Trabucco, "já estão presentes em nosso imaginário coletivo e na cultura visual". Seu impacto visual é claro: formalmente e esteticamente, cada emparelhamento visual "é imediatamente compreensível - até mesmo para leigos."
Junto à assessoria técnica de ENSUSITIO Arquitectura, o escritório acadêmico Con lo que hayda Faculdade de Arquiteturam, Design e Artes da Pontifícia Universidade Católica do Ecuador (FADA-PUCE) compartilha conosco o processo de projeto e construção de seu sexto projeto: a Capela San José de Oales na comunidade agrícola equatoriana de mesmo nome.
"Comunidade que se respeita tem uma capela", proclamaram os vizinhos ao encarregar a construção, antes de deixar claro seu categórico repúdio à tipologia convencional da capela. Em resposta, Con lo que hay optou por resgatar a estreita relação que a comunidade desenvolve com a natureza, a agricultura e sua coesão familiar para o projeto final. Tal como a visão da natureza como pai e mãe, tudo gira em torno dela: uma grande árvore altar atua como eixo central de uma estrutura atirantada, onde os fiéis estão dispostos radialmente em torno dele.
"Quando a arquitetura não se reduz aos espaços, mas a como estes são concebidos, isso dá a voz necessária aos sem voz. Das mães, suas famílias e campos nasce esta capela", explica Enrique Villacis Tapia de ENSUSITIO.
Interiors é uma publicação online sobre o espaço entre a arquitetura e o cinema publicada por Mehruss Jon Ahi e Armen Karaoghlanian. Interiors elabora uma coluna exclusiva para o ArchDaily onde analisa e diagrama filmes em relação ao seu espaço físico.
La La Land, de Damien Chazelle (2016), é um ode aos musicais Technicolor de Hollywood através de Demy e Paul Thomas Anderson. O filme é menos musical e mais uma história de amor com música, já que sua rica paleta de cores e sua apresentação Cinemascope criam um mundo idealizado que despoja de sua artificialidade ao longo do filme, sendo mais e mais realista.
La La Land utiliza seu estilo cinematográfico, especialmente suas tomadas longas e ininterruptas, para levar o público ao seu mundo e seus espaços. A sequência de abertura, por exemplo, onde os indefesos motoristas presos no tráfego saem dos seus carros e começam uma dança sincronizada, foi filmada na troca da rodovia 105/110 e foi editada para parecer uma só tomada, resultando em uma imersiva experiência que destaca a arquitetura da cena.
O relatório anual com informações detalhadas sobre as cidades com os maiores congestionamentos do mundo, produzido pela empresa holandesa TomTom e divulgado nesta terça-feira (21), revela que a cidade do Rio de Janeiro é, no Brasil, a que mais deixa o motorista parado no trânsito. A avaliação mantém a posição de 'lanterna' da capital carioca no relatório de 2015.
Pelos resultados do TomTom Traffic Index 2016 (7ª edição), o carioca passa em média 47% mais tempo parado no trânsito, a qualquer hora do dia, e até 81% a mais nos períodos de pico no final do dia, se comparado a uma situação de trânsito livre. São até 164 horas a mais de viagem por ano devido ao problema.
O Projeto de Transporte Urbano Sustentável (SUTP) é uma iniciativa que promove o transporte sustentável para que as cidades disponham de meios de transporte mais eficientes, limpos, que não causem congestionamentos e que sejam seguros, visando tornarem-se lugares mais habitáveis.
A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) abrirá candidaturas para voluntários que queiram, durante o mês de março, testar a rede de bicicletas compartilhadas no Parque das Nações, fazendo, depois, recomendações ao projeto.
A EMEL busca através do “bike sharing” [rede de bicicletas compartilhadas] dar "a oportunidade aos utilizadores de eles próprios serem co-criadores da solução e, durante um período de tempo e num espaço limitado" testarem e depois darem sugestões. Caberá depois à empresa selecionar as melhores sugestões e incorporá-las à solução final, que estará funcionando em meados deste ano.
Belinda Tato, cofundadora do Ecosistema Urbano, compartilhou no blog oficial do escritório espanhol o projeto LAB1. Localizado em Bogotá, Colômbia, o LAB1 é um coworking que, segundo seus fundadores, é "uma família de criativos reunidos em torno de um mesmo objetivo, [buscando] pessoas que possam contribuir para construir o país do futuro, regido pela criatividade e inovação.
Há algumas semanas, tive a oportunidade de conhecer Leonardo Valásquez, membro de uma das equipes participantes do concurso BID URBAN LAB que acabou como finalista da competição.
Leonardo, durante sua apresentação no concurso, mostrou o trabalho que desenvolve com outros estudantes e criadores na cidade de Bogotá. O projeto se chama MAB1 e hoje compartilhamos com vocês algumas imagens deste interessante trabalho colaborativo, assim como uma breve descrição de sua atividade, facilitada pelo próprio Leonardo.
A releitura geral da obra confirmou essa teoria. Em todas as ficções, cada vez que um homem enfrenta-se com diversas alternativas opta por uma e elimina as outras; na quase o indissolúvel Ts'ui Pên, opta -simultaneamente- por todas. Cria, assim, vários futuros, diversos tempos, que também proliferam e se bifurcam. Daí as contradições do romance.
J. L. Borges, El jardín de los senderos que se bifurcan
FUNGIVERSO [1] é uma proposta conceitual que especula sobre as possíveis relações futuras entre a biotecnologia e seu contexto cultural, a partir da correlação entre método construtivo e formas de habitar. A trama desenrola-se em cinco cenários, cinco mundos que, descritos por um misterioso visitante através de postais e detalhes construtivos, divergem simultaneamente.
https://www.archdaily.com.br/br/806036/fungiverso-viagem-as-bioarquiteturas-do-futuroJens Benöhr Riveros, Aníbal Fuentes Palacios, Hans Besser Kerrigan, María Alcira Soto Rovaretti
A Direção Geral do Tráfego (DGT) em conjunto com a Fundação Abertis apresentou os resultados do "Estudo de Opinião sobre Segurança Viária entre Jovens", realizado com 2.000 habitantes da Espanha, com idades entre 16 e 22 anos.
A pesquisa, a cargo de Sigma Dos, consistiu em uma enquete presencial com o objetivo de saber qual é a percepção do risco que têm os jovens a respeito dos seus deslocamentos, qual meio de transporte é o mais comum entre eles e quais são as expectativas do futuro da mobilidade em relação ao meio ambiente.
Dos 2 mil entrevistados, a maioria estuda (73,8%) ou trabalha (16,1%). Ao perguntar-lhes se possuíam carteira de habilitação, 35,6% responderam afirmativamente enquanto 64,4% disseram que não. Este último dado integra 68,7% mulheres enquanto no caso dos homens o número era de 60,2%.
Apoiado em uma ampla gama de softwares, o arquiteto espanhol David Romero recriou digitalmente uma série de obras emblemáticas de Frank Llody Wright: de duas delas só restam os escombros e uma terceira nunca foi construída. Nos referimos a três projetos nos Estados Unidos: o Edifício Administrativo Larkin (1903-1950), a Casa Rose Pauson (1939-1943) e a Capela Trinity (1958), respectivamente.
"As ferramentas de visualização 3D que temos raramente se dedicam a pesquisar o passado da arquitetura e existe um campo imenso para ser explorado", disse Romero sobre seu projeto Hooked on the Past em uma conversa com o ArchDaily em Espanhol. O arquiteto trabalha com os softwares AutoCAD, 3ds Max, Vray e Photoshop e se baseia em fotografas em preto e branco, croquis e plantas das obras.
Essa semana apresentamos a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto na nossa série “Pelas lentes de Fernando Guerra”, em que expomos uma sessão completa de fotos do fotógrafo para uma obra icônica, com um texto sintético sobre ela. A Escola do Porto exerce grande importância no cenário arquitetônico mundial, sempre figurando entre as melhores em rankings e tendo arquitetos como Eduardo Souto de Moura (Pritzker 2011), Fernando Távora e o próprio Álvaro Siza Vieira (Pritzker 1992), como grandes precursores.
A densidade urbana é um ponto muito importante para o futuro das cidades. Seguindo os princípios do Desenvolvimento Urbano Orientado pelo Transporte Sustentável (DOTS), por exemplo, entre os fatores que cidades mais compactas conseguem melhorar está a eficiência energética dos prédios. Agora, uma pesquisa publicada na PNAS comprova que quanto mais dispersa a população, maior o consumo de energia.
Apensar de seu nome que evoca maciez, “A Nuvem” (Nuvola em italiano) tem sido um dos projetos arquitetônicos mais seriamente discutidos na Itália na última década. Mesmo depois de sua inauguração em outubro de 2016, o edifício continua a gerar controvérsia sobre seu custo (estimado em €353 milhões, ou aproximadamente R$1,152 bilhão) e os atrasos que marcaram sua construção.
O Centro de Convenções EUR, como é oficialmente conhecido, é o maior edifício a ser construído em mais de 50 anos - talvez não pareça muito para a Cidade Eterna, mas também não é algo insignificante. O projeto foi elaborado por Massimiliano e Doriana Fuksas em 1998, mas não saiu do papel por quase duas décadas. Nesse período, a cidade já elegeu cinco prefeitos diferentes e foi alvo de inúmeros escândalos de corrupção.
Nos últimos anos, a paulatina mudança de paradigma de mobilidade, cujo foco passou do veículo às pessoas, permitiu distinguir como a infraestrutura viária, principalmente pontes e viadutos, geraram um impacto maior que o necessário na paisagem urbana.
Produto disto é o surgimento do interesse de unir os espaços em uma escala urbana para uma cidade mais habitável, segura e sustentável. Nem todos dispõem de verba de uma cidade olímpica e alternativas viárias para demolir tais estruturas, a exemplo do Rio de Janeiro com a Perimetral. Existem vários exemplos que surgiram por iniciativa popular ou ordenamentos municipais que decidiram aproveitar os espaços subutilizados para habitá-los como novos espaços públicos ou parques urbanos.
A varanda, por ser apropriada a temperaturas elevadas, típicas do clima tropical, é um elemento de muita importância e de presença constante na arquitetura brasileira. Este espaço projetado ou embutido na fachada, coberto e aberto para o ambiente externo, gera sombra e permite a entrada de ar fresco no interior da edificação. Desde as construções indígenas, se fazia “o uso de uma varanda totalmente aberta para permitir a ampla ventilação durante o descanso do calor do meio-dia [2]”.
https://www.archdaily.com.br/br/805724/colecao-de-tipologias-de-varandas-brasileiras-marjorie-langeMarjorie Lange
A influência do desenho urbano na ocupação dos espaços públicos e as interações sociais é um tema cada vez mais relevante para direcionar as cidades à habitabilidade.
Nesta matéria, destaca-se o escritório Gehl, que desde o ano 2000 se dedica a esta tarefa usando um foco centrado nas pessoas. Desde então, seus fundadores, os arquitetos Jan Gehl e Helle Søholt, compartilharam sua experiência em ideias que procuram centrar o desenho nas pessoas.
A segregação espacial é um dos grandes problemas urbanos no mundo. Ela se caracteriza pela separação de classes sociais em diferentes regiões das cidades. Esse processo, ao longo do tempo, acaba contribuindo para o aprofundamento dessas diferenças. Nos Estados Unidos após a crise de 1929, o governo federal criou uma metodologia para orientar empréstimos financeiros, visando possibilitar a quitação de imóveis para as populações endividadas. A metodologia se dedicou a classificar as regiões da cidade de acordo com seus aspectos sociais, e acabou por enfatizar e aprofundar uma urbe fragmentada, encorajando o preconceito e a intolerância. A segregação como política pública, acabou por limitar as oportunidades de muitas populações por gerações, resultando em uma distribuição social que ainda hoje, quase 100 anos depois, é evidente na maioria das cidades norte americanas.
https://www.archdaily.com.br/br/805676/a-segregacao-urbana-nos-estados-unidos-e-o-papel-das-politicas-publicasGermano Johansson
Como remanescente de um império outrora abrangeu quase toda a área da Grécia à China, o Irã está cheio de maravilhas históricas. Devido à atual situação política do país,ele não é exatamente um destino turístico visado e, portanto, muitas destas maravilhas permanecem escondidas do resto do mundo. Tal como acontece com qualquer edifício histórico, cada um dos dez lugares listados abaixo contém uma rica história dentro de seus espaços. No entanto, a história do Irã é excepcionalmente complexa,com dinastias e governantes cuja influência se estendeu para além do Irã moderno. Estes locais, portanto, são memórias físicas da rica cultura que forma a base do povo iraniano hoje, apesar da mudança radical na esfera política do país após a Revolução de 1979. Locais sagrados para os zoroastrianos, por exemplo, ainda são visitados e lembrados, apesar das restrições impostas pelo governo iraniano. As essências desses lugares oferecem oportunidades para aprender e simpatizar com a história do Irã, além do que ouvimos nas notícias.
"A monumentalidade é enigmática. Não pode ser criada intencionalmente. Não são necessários nem o material mais requintado nem a tecnologia mais avançada... ."
Uma tempestade se aproxima. No entanto, não sabemos de que modo o Brexit afetará a União Europeia do modo como a conhecemos, e diante de um panorama incerto e complicado, surgem algumas perguntas. Seremos capazes de continuar com o Objetivo 2018? Será o Brexit uma desculpa para manter as coisas como estão? Quem vai carregar o bastão, agora que o Reino Unido parece ter abandonado o barco?
Arquimedes de Siracusa, o sábio da matemática, da física e da geometria, sabia perfeitamente que se podia conhecer muita coisa a partir daquilo que acontecia a qualquer corpo mergulhado num líquido. Sobre isso, todos naquele tempo, e muito antes, tinham já experiência suficiente acerca do que significava ficar molhado; outros conseguiam flutuar e mesmo nadar, mas muitos havia também que, simplesmente, se afundavam. O impulso era-lhes insuficiente para virem à tona tomar ar. Hidratados, dissolviam-se lentamente nos lodos.