Estamos iniciando o quarto mês de 2016. Eu não sei você, mas aquele ímpeto otimista do Ano Novo está começando a definhar. Eu sempre começo com entusiasmo para conseguir fazer grandes coisas. Eu tenho uma lista de coisas a fazer, tão longa quanto meu braço. Quero lançar muitos novos cursos. Quero escrever um livro. Quero criar grandes projetos para grandes clientes.
O problema é que o mundo real tem uma maneira de interferir nesses objetivos. Há prazos para terminar e contas a pagar. Todo esse tempo eu tive de lidar com coisas que não poderiam ser antecipadas, como os dias de neve, crianças doentes e inesperadas viagens para fora da cidade. E quanto a você? Sentindo-se da mesma maneira?
É essa época do ano que você precisa rever como está trabalhando e fazer alguns ajustes para que possa alcançar essas metas. Com isso em mente, aqui estão 5 maneiras para você sair da crise de inverno e trabalhar de forma mais inteligente este ano.
A Curry Stone Foundation anunciou a Society for the Promotion of Area Resource Centers (SPARC) como vencedora do prêmio Curry Stone Design Prize Vision Award de 2016. Por mais de 30 anos, o SPARC tem apoiado, representado e implementado melhorias para os cidadãos indianos que habitam favelas por todo o paós. Por meio de alianças com a National Slum Dwellers Federation (NSDF) e com a Mahila Milan (Women Together), o SPARC agora é ativo em mais de 70 cidades da Índia, promovendo melhorais físicas, sociais e legais, bem como facilitando a construção de habitações para mais de 8.500 famílias e banheiros comunitários para mais de 500.000 pontos de favelas carentes destes equipamentos.
“O SPARC, junto da National Slum Dwellers Federation e da Mahila Milan, está impulsionando mudanças ao usar o conhecimento e a capacidade da pobreza urbana", afirmou Emiliano Gandolfi, diretor do Curry Stone Design Prize. “Com seu trabalho, eles estabeleceram uma estrutura social que permite que populações sub-representadas tenham voz nos processos de decisão que determina a qualidade de vida".
Uma das histórias mais controversas nas notícias recentes de arquitetura foi a revelação de Blair Kamin, do jornal Chicago Tribune, que um dos vencedores do prêmio Excelência em Design do AIA Chicago tinha uma imagem na qual elementos visualmente desagradáveis do projeto foram removidos com o software Photoshop.
A "guerra contra a realidade" (como um comentarista ironicamente se referiu ao assunto) é um tema que polariza as pessoas que discutem sobre o efeito que este tipo de "trapaça" no Photoshop tem sobre a nossa percepção do nosso mundo. No entanto, muitas pessoas desconhecem o que se passa nos bastidores dessas imagens. Decidimos pedir a alguns fotógrafos uma opinião sincera sobre o papel do Photoshop nos processos diários de fotografia de arquitetura, e como estabelecem os limites da documentação ética dos edifícios. Leia, a seguir, suas opiniões.
Em 2008, o então prefeito de Nova Iorque, MIchael Bloomber, juntamente com a comissária de transportes, Janette Sadik-Khan, anunciou o programa "Summer Streets", que consistia em abrir uma rota de 11km apenas para pedestres e ciclistas, uma experiência verdadeiramente nova em uma cidade que tinha uma cultura centrada no automóvel.
No entanto, durante três sábados consecutivos daquele ano, as centenas de pedestres e ciclistas que transitaram entre às 7h e às 13h no trecho que liga a Ponte do Brooklyn e a 72th Street, demonstraram que existia um grande interesse em recuperar as ruas para outras atividades que não necessariamente envolvem o simples transporte.
Na medida em que nos tornamos um planeta de seres urbanos, planejadores e projetistas têm a missão de conceberem comunidades que tenham um desempenho melhor que nunca. Mas o que exatamente significa "desempenho"? Comunidades devem contam com sistemas de economia de energia e água, mas em outro nível, elas também exigem uma abordagem mais holística que busque criar um sentimento de lugar e de conexão, sendo, ao mesmo tempo, acessível a diferentes classes e vibrante durante todo o dia. A seguir, compartilhamos estão cinco ingredientes essenciais para a concepção de uma comunidade de alto desempenho.
https://www.archdaily.com.br/br/784623/5-passos-para-criar-comunidades-de-alta-performanceNoah Friedman and Kristen Hall
A Associação Nacional de Funcionários de Transporte de Cidades, conhecida por sua sigla NACTO, elaborou seis princípios para desenhar cruzamentos que falam sobre como se pode aproveitar as ruas para oferecer deslocamentos mais eficientes e seguras a todos os usuários do espaço viário - pedestres, ciclistas, usuários do transporte público e motoristas.
Usando como ponto de partida estas diretrizes, a associação formulou cinco propostas que seriam aplicadas em diversos tipos de cruzamentos e que poderiam ser implementadas em diferentes cidades do mundo.
Como já mencionei anteriormente, é o contexto que transforma um render artístico em uma imagem fotorrealista que retrata precisamente um edifício. Com isto em mente, e numa tentativa contínua de melhorar a precisão dos renders, alguns artistas estão agora tirando proveito do uso dos drones para buscar um novo ponto de vista para seus trabalhos.
No passado, registrar imagens aéreas de uma área não era possível sem helicópteros ou aviões, ambos disponíveis a preços bastante elevados. Drones equipados com câmeras podem agora ser adquiridos por uma fração deste preço, tornando a fotografia aérea muito mais acessível. Além de registrar imagens e vídeos, os drones - associados a softwaes específicos - também oferecem a possibilidade de mapear precisamente a topografia de um local, que pode então ser inserida no render, tornando a imagem ainda mais fiel à realidade.
Após estabelecer as regras que regem estas práticas artísticas, os coletivos artísticos puderam começar a experimentar a cidade não apenas a partir de suas características urbanas, mas também da importância iconográfica de sua imagem. Incorporando o cidadão, estas intervenções artísticas perderam o caráter de vandalismo com o qual eram anteriormente associadas.
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Oblong Voidspace - Jene Highstein & Steven Holl. The Snow Show, Lapônia, 2003 e 2004. Imagem Cortesia de Fung Collaboratives, Créditos da Foto: Kostamoinen
O inverno, em alguns países, é o momento perfeito para construir estruturas com gelo. É uma época e uma técnica que, juntas, oferecem a possibilidade de uma arquitetura branca pura. Com o céu nublado, o cenário se tornou impressionante: a arquitetura branca, a paisagem e o céu se dissolvem em uma unidade difusa sem um horizonte visível. O céu claro cria um contraste sutil de branco quente e frio, com reflexo do sol no céu azul. No entanto, o próprio gelo tem efeitos marcantes, como a aparência da sua superfície que varia de um cristal transparente para um branco opacao. Para as longas noites, a iluminação atinge um brilho mágico adicional e prolonga o tempo de luz dos dias curtos.
Em todo o mundo, mostras de neve, hotéis de gelo e festivais de gelo têm atraído inúmeros visitantes, com impressionantes esculturas e estruturas, além de inpumeras soluções de iluminação. Além disso, a água congelada apresenta uma excelente solução sustentável, onde a fabricação e o descarte não causa danos ao meio ambiente. Leia mais para ver projetos interessante com arquitetos e artistas da Finlândia para a China.
No atual debate sobre as mulheres na profissão de arquitetura, é difícil ouvir um argumento do porque da representação igualitária é importante, geralmente é assumido como um imperativo moral inquestionável. No entanto, neste artigo originalmente publicado no Huffington Post como "Why Women's Leadership Is Essential for Architects," Lance Hosey argumenta que, independente de sua posição na igualdade como um imperativo moral, a melhor representação de mulheres na arquitetura poderia beneficiar todos na profissão - e de maneiras bastante tangíveis.
Recentemente, no Dia Internacional das Mulheres, o Instituto Americano de Arquitetos, (AIA em sua sigla em inglês) publicou "Diversity in the Profession of Architecture," seu primeiro relatório de diversidade em uma década. Esta publicação acompanhou a criação no mês de dezembro da "Comissão da Igualdade na Arquitetura," um painel de vinte arquitetos, educadores, e profissionais da diversidade para pesquisar sobre diversidade e inclusão na profissão. O novo relatório documenta uma pesquisa com mais de 7.300 profissionais de arquitetura e estudantes, incluindo homens e mulheres, 79% deles brancos e 21% de outras etnias.
Já há algum tempo temos ouvido falar sobre o conceito de pavimentação com painéis solares, como os bons resultados obtidos com a ciclovia solar na Holanda e a intenção de levar esta tecnologia para as rodovias. Seguindo esta diretriz, o governo francês anunciou recentemente que instalará painéis fotovoltaicos ao longo de 1000 km de rodovias nos próximos cinco anos.
A ideia é que a rodovia abasteça com energia renovável 5 milhões de pessoas, isto é, aproximadamente 8% da população nacional.
https://www.archdaily.com.br/br/784333/franca-anuncia-a-pavimentacao-de-mil-quilometros-de-rodovias-com-paineis-solaresEquipo Plataforma Urbana
O benefício à saúde é um dos argumentos mais comuns entre aqueles que promovem o uso da bicicleta como meio de transporte urbano. E não é por acaso, como já demonstram várias pesquisas realizadas com ciclistas de diversas partes do mundo.
Por exemplo, em Copenhague foi realizada uma pesquisa envolvendo 30.604 pessoas que apontou que, em geral, os ciclistas perdem um dia a menos de trabalho em comparação às pessoas que usam outros meios de transporte para irem ao trabalho.
Não há dúvida de que a realidade virtual tem o potencial de mudar a arquitetura. Mas assim como todas as novas tecnologias, ela pode ser, inicialmente, de difícil compreensão. Neste artigo, originalmente publicado em seu perfil no LinkedIn, Kym Porter responde a cinco questões sobre realidade virtual (VR) na arquitetura.
Há um movimento prestes a acontecer na indústria do design e da arquitetura e ele envolve a VR. Tenho usado esta tecnologia há mais de um ano e pensei em compartilhar cinco das perguntas mais comuns que tenho recebido até agora.
Durante décadas, concursos de projeto têm sido reconhecidos como uma grande oportunidades para escritórios de arquitetura estrearem ou se fazerem conhecidos. No entanto, concursos também tem desvantagens: não é fácil para os escritórios os incorporem em sua cultura. Concursos demandam tempo, frequentemente não são convertidos em horas pagas, e nem sempre são caminhos claros para fortalecer o equilíbrio da empresa, e, como resultado, têm visto certo retrocesso nos últimos anos.
Ainda assim, como a profissão de arquitetura evolui, é importante não perder de vista o valor extraordinário que os concursos de projeto podem trazer para os arquitetos, empresas e a cultura de projeto. Independente de seu tipo, escala ou estrutura, os concursos de projeto são importantes oportunidades criativas que podem enriquecer nossos esforços pessoal ou profissionalmente, e como responsável pelo projeto do novo escritório de CannonDesign em Nova York, trabalhei com meus colegas para envolvê-los em nosso trabalho. Vemos várias formas através das quais eles podem contribuir com nosso trabalho, nossa empresa e nossos clientes - e eles podem fazer o mesmo por você também.
O Brasil ocupa atualmente uma incômoda posição em relação à gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), reflexo do processo de exploração colonial. Do século XVI ao XIX, as condições de higiene das cidades eram muito precárias: nas casas, os detritos acumulavam-se em tinas nos recintos domésticos - esvaziadas periodicamente por escravos, os tigres. Nas cidades litorâneas, como no Rio de Janeiro, havia maior dificuldade para enterrar os resíduos devido às condições do solo, e as águas do mar sempre acabavam como destino final.
Costuma-se dizer que as melhores soluções surgem quando um projeto é acompanhado por um conjunto muito rígido de parâmetros e restrições. Isso faz tanto sentido que jogos de arquitetura, com suas regras e códigos, tendem conduzir a um tipo particular de solução criativa de problemas. Recentemente, jogos como SimCity e Cities: Skylines têm inspirado arquitetos e designers a experimentarem construir cidades virtuais sem medo das consequências reais. Estas criações fictícias, por sua vez, tem têm oferecido novas perspectivas sobre projetos reais.
A mais nova opção no mundo dos jogos de arquitetura é o Block’hood, um simulador que desafia os jogadores a criar uma comunidade funcional a partir de blocos de 1x1x1 com programas variados. A interface apresenta gráficos simples mostrados a partir de vistas axonométricas que alternam ciclicamente entre dia e noite. Block’hood aborda o simples desejo de brincar com blocos e, então, torna estes vulneráveis às condições ambientais.
Praticamente todos projetos residenciais devem considerar este espaço em seu desenho, mas apenas poucos casos são exemplares de inovação. Garagens podem ser mais do que um "espaço necessário" e podem até mesmo ter o potencial para se tornar a espinha dorsal do projeto arquitetônico.
A combinação e integração entre estacionamentos, espaços interiores e fachadas, pode apresentar resultados extremamente interessantes e originais nos quais as garagens desempenham um papel fundamental no projeto.
Selecionamos sete projetos dos nosso arquivo que ilustram o protagonismo que uma garagem pode ter. Veja a seguir.
Cortesia da Pontificia Universidad Católica del Perú
A costa peruana se caracteriza por ser um território vulnerável a desastres naturais de intensidade variada, uma ameaça constante que se agrava com as consequências do aquecimento global. Apesar desta realidade eminente, a habitação autoconstruída (que conforma a grande maioria das edificações desta região do país) não apresenta as condições adequadas para suportar um evento sísmico de grande magnitude ou um maremoto. Ante esta problemática, um grupo de estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Peru propõe La Matriz, um módulo dobrável de emergência a ser utilizado como refúgio temporário em caso de desastres naturais, pensado em função das variáveis econômicas, climáticas e tecnológicas características da costa peruana.
Nos últimos anos tem havido muita discussão acerca do propósito último da arquitetura - com respostas variando da criação de formas à cura dos males da sociedade. Mas, de acordo com Lance Hosey, talvez a definição menos útil atualmente em debate seja a de que a arquitetura é uma "arte". Neste artigo, originalmente publicado no blog do Huffington Post, Hosey argumenta que o conceito de arquitetura como forma de arte não é apenas enganosa para o público, mas também potencialmente danosa à sociedade.
Em julho, escrevi que quando arquitetos usam corpos de mulheres específicas, como Marilyn Monroe ou Beyoncé, como "inspiração" para edifícios, eles objetificam tanto as mulheres como a arquitetura. Muitos leitores não gostaram disso: "Qualquer um que reclame de onde um artista busca sua inspiração, não compreende o que é um artista ou a arte", protestou um deles."O que há de errado em usar a forma feminina como inspiração artística?", perguntou outro; "Não consigo pensar em nada mais belo." E ainda outro: "Música, estruturas, pintura, qualquer coisa que seja artística não é degradante. É belo."
A mensagem geral é a seguinte: Arquitetura é arte, e onde os artistas buscam sua inspiração está fora de discussão, já que é pessoal do artista.
A página Daily Overview, que compartilha diariamente imagens de satélite de diferentes locais do globo, mostra como a atividade humana tem alterado o ambiente natural.
Inspirado na ideia de mostrar perspectivas similares às dos astronautas no espaço, a página recorre ao Efeito de Visão Geral que, como sugere seu nome, consiste em apresentar uma imagem total de um lugar em particular.
O Paseo La Castellana é um dos pontos de entrada do centro histórico de Madri, por onde circulam diariamente 800 mil automóveis. Por este motivo, a Prefeitura da capital espanhola está elaborando um plano de intervenção nesta avenida que dedicará mais espaço aos pedestres, ciclistas e usuários do transporte público.
Embora ainda não estejam definidas todas estratégias de remodelação, estima-se que o projeto seja concluído até maio deste ano. Até o momento, a única certeza é que as dez pistas atuais para automóveis serão reduzidas, de modo a redistribuir o espaço viário entre os diferentes modais de transporte.
Deste modo, prevê-se que parte das pistas para veículos sejam convertidas em novos espaços peatonais arborizados, ciclovias e corredores exclusivos para ônibus.
Originalmente publicado em ArquitecturaAhora, a arquiteta Camila Cociña aborda o surgimento e desenvolvimento do conceito de 'informalidade' quando se trata de cidades informais, de presença marcada no Sur Global. Desde os informativos do inglês John Turner surgidos no calor da experiência no Peru dos anos sessenta até as intervenções em grande escala em Medellín pós-Pablo Escobar e as favelas do Rio de Janeiro, Cociña abre-se a discussão sobre a verdadeira capacidade da nossa disciplina para reconhecer e atuar 'em sistemas de normas distintas às institucionalizadas'.
A discussão sobre o papel dos arquitetos e planejadores urbanos na cidade informal não é nova. Quando Rem Koolhaas decide dedicar, ao mesmo tempo que desenhava edifícios corporativos com tecnologia de ponta, um trabalho de viés artístico e pretensões sociopolíticas sobre Lagos (Nigéria), apresenta - no formato de vídeo com uma dose de intriga para o espectador - um manisfesto sobre a atenção que, inclusive um archstar como ele é, estava dando ao Sur Global.
O delicado mashrabiya (muxarabi em português) ofereceu uma proteção eficaz contra a luz solar intensa no Oriente Médio durante vários séculos. No entanto, hoje em dia este elemento tradicional de janela islâmica, com sua treliça característica, é usado para cobrir edifícios inteiros como um ornamento oriental, proporcionando identidade local e um elemento de brise para resfriamento. Na verdade, arquitetos têm transformado esta estrutura vernacular de madeira em sistemas responsivos de luz do dia de alta tecnologia.
Jean Nouvel é um dos principais arquitetos que influenciou fortemente o debate sobre os muxarabis modernos. Seu Institut du Monde Arabe, em Paris, foi apenas o precedente a dois edifícios que ele projetou para o forte sol do Oriente Médio: A torre de Doha, que foi completamente envolvida com uma reinterpretação do muxarabi, e o museu Louvre Abu Dhabi com a sua cúpula luminosa.