Em 1906, um forte terremoto atingiu São Francisco, na Califórnia. O choque inicial danificou edifícios em toda a região. Porém, o pior estava por vir, incêndios surgiram em prédios desabados, em alguns casos por canos de gás quebrados.
Nos quatro dias seguintes, uma conflagração varreria mais da metade da cidade, consumindo mais de 4,7 milhas quadradas no centro da cidade, destruindo 28.188 prédios, matando mais de 3.000 pessoas pela contagem oficial e deixando entre 227.000 e 300.000 pessoas desabrigadas (de uma população total de 410.000).
A luz do dia excede sua função de iluminação dos espaço. É uma ferramenta criativa manipulada por arquitetos para imbuir o espaço de um significado metafísico, influenciando os estados emocionais de seus ocupantes. Tendo um efeito fenomenológico na psique humana, a luz e a sombra têm sido usadas para evocar um senso de divindade e espiritualidade no caráter dos edifícios religiosos. A interação entre arquitetura e a luz é poderosa, e molda experiências mais profundas de espiritualidade.
Ao monitorar os resultados da construção de uma praça em Porto Alegre, um dado chama atenção: depois de meninos e meninas brincando, são mulheres que cuidam das crianças as principais frequentadoras do espaço. A história ocorreu em uma região vulnerável da cidade e evidencia uma atividade muitas vezes ignorada pelo planejamento urbano: o cuidado.
O objetivo do monitoramento, no Loteamento Santa Terezinha, era verificar o perfil de frequentadores e sua percepção sobre o espaço e seus equipamentos, recentemente qualificados por uma série de organizações, bem como das rotas escolares em seu entorno. Realizada pelo WRI Brasil em parceria com a Fundação Grupo Volkswagen, a pesquisa mostrou que crianças representam 89% dos frequentadores da praça. E que 4,5 vezes mais mulheres adultas frequentam a praça do que homens – na maioria das vezes, acompanhando os pequenos.
https://www.archdaily.com.br/br/998144/cidade-das-mulheres-planejamento-ignora-aspectos-cruciais-para-cidades-equitativasAndressa Ribeiro, Ariadne Samios e Paula Manoela dos Santos
A regra mais importante para um backsplash de cozinha é fazer jus ao seu nome. O frontão da bancada está ali para proteger as paredes e o armário inferior de manchas, respingos e infiltrações, mas ele também representa uma saída criativa para designers de cozinha e arquitetos de interiores.
Ao adicionar cor, padrões e texturas, o backsplash da cozinha pode se tornar um elemento marcante em contraste com a monotonia da paleta de cores da cozinha.
Aqui estão alguns materiais e técnicas que ajudam a manter as cozinhas protegidas sem abrir mão da criatividade.
Você já considerou os sons de carros e ônibus zunindo pela estrada enquanto caminha no centro da cidade? Ou o sentimento que você tem ao ir em direção ao teatro? Cada cenário tem algo que atrai a vida nas grandes cidades. Notais musicais flutuando da janela, pessoas conversando, buzinas e pessoas correndo para o próximo destino são peças de uma cidade e ninguém pode negar - elas compõem a base da vida urbana.
Embora a vida das grandes cidades ofereça muitos excelentes benefícios, há momentos em que a paz e o silêncio podem ser uma pausa bem-vinda a tudo o que está acontecendo. Às vezes, as pessoas querem fugir e se relacionar com a natureza sem dirigir por quilômetros.
Alguns edifícios resistiram ao teste do tempo e depois de séculos ou mesmo milênios, eles permaneceram estruturalmente sólidos, reverenciados como espaços habitáveis da história e inovação humana. Alguns ainda estão em uso hoje, muitas vidas depois que seus projetistas originais morreram.
Esses edifícios, de propósito ou por acidente, foram projetados para durar. É um conceito cada vez mais relevante. A construção e operação de edifícios é responsável por uma quantidade preocupante de emissões de dióxido de carbono. O carbono incorporado que resulta da produção de materiais de construção e construção soma cerca de 11% de todas as emissões globais de carbono. De acordo com um novo livro sobre edifícios de vida longa, projetar edifícios para permanecer em pé por muito mais tempo – e sobreviver às várias voltas e reviravoltas que acompanham essa vida útil mais longa – é um novo imperativo para os arquitetos.
Embora a economia circular envolva outros princípios, como a regeneração de sistemas naturais, a reutilização ou reciclagem de materiais desempenha um papel importante na redução de resíduos gerados, dando uma segunda vida útil a elementos que poderiam ser considerados descartes. Madeira, chapas metálicas, tijolos, pedras, entre outros, podem ser reutilizados, trazendo critérios de sustentabilidade e eficiência aos projetos, contribuindo para consolidar este conceito que ainda tem um longo caminho a percorrer.
Dentro do território latino-americano, diversos profissionais da arquitetura se propuseram a aplicar em seus processos de projeto e construção a implementação de estratégias que colaborem com o uso dos recursos, seja reutilizando, reciclando ou restaurando diferentes materiais e elementos em busca da atender as necessidades e preocupações daqueles que habitam os espaços.
Acessórios bem escolhidos desempenham um papel crucial no design de interiores, adicionando apelo estético e servindo como acabamentos para um espaço. As cozinhas, que são áreas essenciais em que atendemos algumas de nossas necessidades básicas, devem ser projetadas para se adequar aos estilos de vida dos habitantes, o que pode incluir acessórios personalizados, como vários sistemas de torneiras, funções e acabamentos, para aprimorar a funcionalidade e a aparência destes ambientes. Em busca de estilo e funcionalidade, mostramos uma série de torneiras de cozinha da empresa Dornbracht, que integram a elegância moderna com um design atemporal para criar espaços versáteis.
O gênero é uma camada de desigualdade incontestável nas cidades, que marca, de maneira muito distinta e efetiva, a experiência e o cotidiano de homens e mulheres no ambiente urbano. Um dos elementos cruciais na tentativa de garantir espaços mais inclusivos e igualitários é a iluminação pública, que não costuma ser pensada sob uma perspectiva de gênero.
Espaços públicos mal iluminados reforçam o sentimento de medo nesses ambientes, e devem ser repensados para que promovam cidades mais seguras, especialmente para as mulheres. Uma vez que, atualmente, mais da metade da população mundial vive em áreas urbanas — um cenário que só tende a aumentar —, como podemos tornar os espaços públicos mais seguros e confortáveis para que possam ser plenamente usufruídos e acessados por todas e todos?
A luz natural é um dos elementos mais críticos na arquitetura. Embora imaterial e difícil de controlar, desempenha um papel crucial na definição de como o espaço é percebido em termos de escala, texturas, materialidade e atmosfera geral. A luz natural também afeta as emoções que as pessoas sentem em um espaço, seja por sua ausência ou abundância. Mas, assim como a luz impacta a arquitetura, a arquitetura também impacta a luz. Através do enquadramento de vistas, criando massas tridimensionais que lançam sombras marcantes, ou esculpindo vazios que criam projeções de luz únicas, alguns arquitetos dominaram técnicas de projeto que integram perfeitamente luz e volumetria — e talvez um dos melhores nisso tenha sido o arquiteto veneziano Carlo Scarpa.
Sempre que a luz incidir sobre uma superfície haverá sombra, não importa o quão insignificante seja seu foco. Os contornos reais dificilmente serão visíveis, mas outras formas virão à tona nesse jogo de claro e escuro. No caso de serem projetadas pela dança solar, soma-se às sombras uma dinâmica latente que pode ser usada para intensificar fenômenos do cotidiano, quebrando a monotonia do espaço. Aberturas ortogonais em um longo corredor ou tramados de peças vazadas em um pátio são exemplos de elementos construtivos que criam manchas de luz e sombra trazendo, além do deleite estético, conforto térmico aos seus usuários. Dessa forma, torna-se evidente que esses elementos intangíveis são partes essenciais em um ambiente tanto que, muito antes de Louis Kahn declarar o poder das sombras, eles já vinham sendo manipulados.
A luz é parte constitutiva de diversas disciplinas, dá forma para o mundo como se conhece. Na física, serve como medida de velocidade, explica a visão, o registro de imagens pelo olho, pela lente da câmera. Ao longo da história da arte, a representação da luz – ou ausência dela – pautou movimentos seculares em manifestações diversas com técnicas e suportes igualmente diferentes. O que significa dizer que a luz – e sua derivada, a sombra – são capazes de criar ambientes, atmosferas e sensações diversas, e que podem ser percebidas sobre os objetos e espaços. Dessa forma, a luz é constitutiva também da arquitetura.
Sir David Chipperfield recebeu o Prêmio Pritzker 2023, a mais alta distinção no campo da arquitetura. Conhecido por sua resposta bem trabalhada, precisa e sensível a ambientes complexos, o arquiteto tornou-se reconhecido pela habilidade na restauração e reforma de edifícios, sobretudo instituições culturais, antes de expandir o leque de projetos para incluir novas estruturas. Enquanto as obras já construídas demonstram muitos dos princípios fundamentais da boa arquitetura, os projetos em andamento revelam uma narrativa igualmente relevante: seguir em frente na evolução de sua abordagem a esses princípios.
Muitos dos projetos em andamento mantêm o interesse de Chipperfield em instituições museológicas e culturais, mas ele continua trabalhando com vários tipos de construção. Seu último grande projeto aborda uma das instituições mais notáveis da Grécia, o Museu Arqueológico Nacional. Isso representa mais uma oportunidade para o arquiteto apresentar os museus como instituições que proporcionam uma transformação na vida das cidades onde estão localizados, ao mesmo tempo em que evidenciam as camadas históricas que definem sua arquitetura. Outros projetos, como a Santa Giulia Arena em Milão ou a Elbtower em Hamburgo, ampliam o leque de programas e tipologias abordadas por Chipperfield.
Quando as ruas estão vazias, as calçadas intocadas e as cortinas fechadas, a cidade parece sem vida. Quando as empresas fecham, os escritórios se tornam remotos e a atividade econômica diminui, os mecanismos que operam uma cidade ficam ociosos. Espaços e terrenos vagos são muitas vezes percebidos como “fracassados”, refletindo o declínio urbano e a deterioração econômica. O vazio, no entanto, mantém a esperança de possibilidades e mudanças. Quando os vazios urbanos estão à beira da transformação, o que acontece nesse meio tempo?
A história da arquitetura está repleta de marcantes hipóteses nunca concretizadas, tenha sido pela inexequibilidade, radicalidade conceitual e/ou outros critérios específicos. Ainda que fruto das mais prestigiadas mentes do campo, tais ideias não transpuseram as inevitáveis imposições da realidade material, e tampouco puderam sofrer adaptações que as viabilizasse, mesmo que parcialmente. No entanto, a importância desses projetos ultrapassa o tangível. Para além de enriquecer o acervo intelectual da profissão, as propostas outrora naufragadas foram e ainda são insumo para reflexões e fonte de criação para diversas abordagens artísticas.
https://www.archdaily.com.br/br/997712/como-uma-historia-em-quadrinhos-trouxe-a-vida-uma-obra-nao-construida-de-frank-lloyd-wrightJoão G. Santos
David Chipperfield, vencedor do Prêmio Pritzker em 2023, projetou mais de uma dúzia de museus ao longo de sua carreira, com alguns ainda a serem concluídos. Como uma tipologia de grande impacto urbano e social, Chipperfield e sua equipe aproveitaram com habilidade cada comissão para transformar bairros e cidades, respeitando a essência do local e de suas pré-existências. Seus museus fazem declarações poderosas sem serem invasivas, e isso se reflete na escolha de materiais e soluções construtivas usadas.
Como um minimalismo de grandes dimensões, Chipperfield oferece aos materiais espaço para se desenvolverem e serem compreendidos. Em suas galerias e museus, os materiais parecem expostos, limpos e destacados através do contraste. Eles dão caráter ao espaço enquanto destacam a arte em exibição, gerando atmosferas adequadas para sua apreciação. A regularidade, a continuidade e a repetição ajudam a moldar esse fundo, enquanto a luz filtrada termina a construção da cena certa.
Para calcular a quantidade de CO2 emitida por cada país do mundo, o método usado considera as emissões de cada setor da economia das diferentes nações, usando uma abordagem “de baixo para cima” em que as informações partem de dados levantados nos diferentes territórios do mundo. Mas, uma nova abordagem para responder esta pergunta usa dados de satélite da NASA.
Desde 1998, a Bienal de Arquitetura de Veneza tem se baseado em três pilares: os pavilhões nacionais (cada nação escolhe seus próprios curadores e projetos), a exposição internacional (organizada pelo curador da Bienal) e os eventos paralelos (aprovados pelo curador).
Na edição de 2023, a exposição internacional de arquitetura, que tem curadoria de Lesley Lokko, é estruturada em seis partes e conta com 89 participantes. Destes, mais da metade são da África ou da diáspora africana, com equilíbrio de gênero e uma média de idade de 43 anos para os participantes.
Tubulações aparentes em destaque não são uma novidade no campo da arquitetura. Clássicos como o Centro Pompidou e o Sesc Pompeia já adotavam elementos da infraestrutura como objetos que ajudavam a compor a estética do edifício. Soluções que tiveram como inspiração a arquitetura industrial dos anos 50. A qual, na necessidade de remodelar galpões industriais para outros usos, tornou suas instalações aparentes para viabilizar a obra a custos mais baratos e execuções menos complexas. Passadas algumas décadas, hoje encontramos este partido também em outras escalas.
Se a economia circular está cada vez mais presente nos debates de arquitetura e planejamento urbano, é por uma razão: a população mundial que vive nas cidades crescerá para 68% até 2050. O desafio ambiental será significativo à medida que a demanda por recursos naturais, tais como materiais ou energia, aumentar, e parece que a circularidade oferece algumas oportunidades para reduzir este impacto.
Como podemos avançar em direção a um modelo mais sustentável em nossas cidades? Colocamos esta pergunta a nossos leitores e depois de analisar uma enorme quantidade de comentários e opiniões, tanto de profissionais da construção, estudantes e interessados em arquitetura, foi uma surpresa encontrar coincidências e visões sobre políticas e programas que incentivam o consumo responsável e a colaboração entre diferentes setores.
A seguir, conheça os pontos de vista mais recorrentes.
Você pode imaginar poder prototipar uma peça de mobiliário com o toque de um botão e testá-la em apenas algumas horas? Isso pode se tornar uma prática comum mais cedo do que podemos pensar. Alimentado pela inovação material, automação e tecnologia de ponta, uma nova era está surgindo; onde a impressão 3D abre um mundo de possibilidades criativas que transcendem os limites do design tradicional. Sim, móveis ainda são produzidos em massa usando os métodos convencionais - moldagem, corte, dobras -, mas a impressão 3D continua a romper com os aspectos tradicionais da indústria. À medida que a tecnologia revolucionária evolui e se torna mais acessível, isso desencadeou um nível incomparável de expressão e eficiência criativas. O conceito é simples: um design digital é criado usando o software de modelagem 3D e, em seguida, impresso, camada por camada, na forma de um objeto físico, dando vida a geometrias complexas. É um tipo totalmente novo de artesania digital.
O modernismo no Brasil foi moldado por diversas faces e concepções ligadas ao progresso e, no âmbito da arquitetura, uma das linguagens estéticas utilizadas para tal foram os painéis compostos por azulejos, como em obras dos artistas Athos Bulcão, Cândido Portinari e Burle Marx.
Na região norte, mais precisamente no Estado do Pará, o movimento moderno chega com adaptações aos padrões locais, com o uso amplo de platibandas encobrindo os telhados, jardins utilizando plantas regionais, esquadrias em madeira, fachadas em lajotas cerâmicas, entre outros. Além disso, engenheiros e arquitetos da época, como Ruy Meira e seu sobrinho Alcyr Meira, foram responsáveis pela composição de diversos murais na região, utilizando azulejos inteiros e em cacos.
“Uma cidade construída para a velocidade é uma cidade construída para o sucesso.” Esta frase, atribuída a Le Corbusier, um dos mais influentes urbanistas do século XX, condensa um dos mais importantes processos sociais vividos naquele período.
A Guatemala é um país localizado na América Central que está organizado em 22 departamentos. Sua capital e cidade mais populosa é a Cidade da Guatemala. As fronteiras geográficas que contêm este território são formadas pelo México ao norte e oeste, Belize e Honduras ao leste, e El Salvador ao sul. Além disso, abre-se para o Oceano Pacífico e o Golfo de Honduras.