No dia 08 de março é celebrado o Dia Internacional da Mulher, uma data lembrada há anos como um símbolo da luta pelos seus direitos. No entanto, apesar da legislação de muitos países estabelecer direitos iguais para homens e mulheres, a desigualdade de gênero e todas as suas consequências ainda são sentidas diariamente por meninas e mulheres em diferentes partes do mundo. O sistema patriarcal, enraizado em muitas sociedades ao longo dos séculos, foi responsável por uma desigualdade de poder entre os gêneros que, nos casos mais extremos, reflete-se na violência e no feminicídio.
Desde o fogo nas cavernas pré-históricas até a iluminação pública nas cidades inteligentes, a iluminação evoluiu constantemente junto com os avanços da tecnologia. No entanto, nos últimos anos, começou a mudar de forma ainda mais significativa em termos de seu design e funcionalidade devido à crescente conscientização sobre seu impacto no meio ambiente e na saúde das pessoas.
Os elementos pré-moldados e pré-fabricados feitos em concreto (como lajes, pilares, vigas e paredes) fazem parte do processo construtivo conhecido como construção modular. Uma metodologia de construção civil definida por etapas, partindo da padronização das partes que configuram a edificação, com seus módulos produzidos em linha de montagem, transportados e montados para dar forma à arquitetura.
Com escritórios em Londres, Berlim, Milão, Xangai e Santiago de Compostela, o vencedor de 2023 é um arquiteto com preocupações cívicas, um planejador urbano e ativista, com um extenso portfólio de projetos construídos que inclui mais de cem obras, abrangendo quatro décadas, em três continentes e diversas tipologias diferentes. Reconhecido por sua abordagem "sutil, porém poderosa, discreta e elegante", bem como por seu "compromisso com uma arquitetura de presença cívica discreta, mas transformadora, sempre feita com austeridade, evitando movimentos desnecessários e mantendo-se longe de tendências e modismos", Chipperfield foi nomeado Cavaleiro por seus serviços ao mundo da arquitetura em 2010, recebeu a Medalha de Ouro Real da RIBA em 2011 e foi curador da 13ª Bienal de Arquitetura de Veneza em 2012.
Apesar de não serem encontrados na natureza, os ângulos retos são os mais utilizados pelos arquitetos. Na busca por mais funcionalidade e praticidade na construção, quadrados e retângulos surgem como a opção principal no momento de projetar. Por outro lado, diversas arquiteturas vernaculares e ancestrais adotavam arcos e plantas circulares como solução. O jogo de formas geométricas na composição arquitetônica é vasto, mas não podemos esquecer de um polígono que também se destaca nele: o hexágono.
Quando pesquisamos 'moradia em Copenhague' no Google, a primeira coisa que aparece são as perguntas mais comuns feitas pelos usuários: quanto custa morar em Copenhague? É difícil encontrar moradia em Copenhague? É verdade. Viver aqui é significativamente mais caro do que a média europeia, especialmente em Indre By, o bairro central. Embora os preços das moradias sejam adequados aos salários de seus cidadãos, e o índice de qualidade de vida seja condizente com esse alto custo, ainda é complexo para um estrangeiro se fixar definitivamente na cidade.
No entanto, as autoridades e as partes interessadas estão seriamente comprometidas em abrir a cidade para novos habitantes, oferecendo moradias acessíveis projetadas por seus melhores arquitetos – tanto nos subúrbios quanto em áreas centrais reformadas. Em 2023, Copenhague será a Capital Mundial da Arquitetura UNESCO-UIA e anfitriã do Congresso Mundial de Arquitetos da UIA. Portanto, muitas pessoas poderão ver em primeira mão como é morar nos projetos de grande qualidade arquitetônica da cidade, que além de integrar a vida urbana vibrante, também propõem formas inovadoras de viver.
A abordagem do espaço na arquitetura contemporânea é bastante linear: diz respeito a um volume específico dentro de alguma forma de construção material. Mas, se dermos uma olhada nas primeiras moradias intencionais da humanidade, fica claro que elas foram muito menos premeditadas.
Em vez de espaços feitos pelo homem para serem mobiliados, nossos primeiros lares eram covis em cavernas naturais que ofereciam aos caçadores-coletores proteção temporária contra as intempéries e predadores em potencial. Apenas com o desenvolvimento da agricultura é que nossos ancestrais começaram a construir residências permanentes. Até hoje, o "trogloditismo" - ou vida em cavernas - continua conectado a ideias de dissociação social e a um desejo hermético de existir fora das normas arquitetônicas ortodoxas. No entanto, do norte da China ao oeste da França, à Turquia central, centenas de milhões de pessoas ainda optam por passar suas vidas, pelo menos parcialmente, no subsolo.
Perto do centro de Helsinque, na Finlândia, no bairro de Töölö, encontra-se a Igreja Temppeliaukio, um templo luterano de aparência incomum, aninhado entre rochas de granito. Aproximando-se da praça pela rua Fredrikinkatu, a igreja surge sutilmente: uma cúpula plana que se eleva pouco acima da paisagem circundante. Uma entrada despretensiosa, flanqueada por paredes de concreto, conduz os visitantes por um corredor escuro até o santuário iluminado esculpido na rocha. As paredes de pedra exposta renderam-lhe o nome alternativo de “A Igreja da Rocha”. Para contrastar com o peso dos materiais, claraboias ao redor da cúpula criam um jogo de luz e sombras e uma sensação de leveza.
A igreja é resultado de um concurso de arquitetura vencido pelos irmãos arquitetos Timo e Tuomo Suomalainen em 1961. Foram reconhecidos não apenas pela criatividade, mas também pelo respeito que demonstraram ao objetivo do concurso: “incluir o plano de organização para toda a Praça Temppeliaukio, tendo em mente que a maior parte possível do afloramento rochoso da praça deve ser preservada.” A proposta vencedora consegue isso incorporando a igreja dentro da rocha e colocando as instalações paroquiais nas bordas da colina. Este artigo explora a história por trás da Igreja Temppeliaukio, narrativamente e visualmente, através das lentes de Aleksandra Kostadinovska, uma fotógrafa profissional de Skopje.
Às vésperas de embarcarmos, coletivamente, à bordo de mais uma aventura conhecida como carnaval, o primeiro propriamente dito após o longo e difícil período da pandemia de Covid-19, é importante falarmos sobre um outro aspecto da folia, menos abordado e visibilizado nas narrativas dominantes sobre o tema. Num recorte temporal mais recente, é possível perceber que em algumas cidades, com o aumento da escala, proporção e engajamento dos festejos carnavalescos, aliado ao grande interesse turístico e econômico disparado pela festa, o carnaval passou a mobilizar engendramentos cada vez mais amplos de logísticas, equipamentos e estruturas. Esses elementos passaram a tensionar uma série de espacialidades e outras dinâmicas urbanas existentes, incorporando-se, cada vez mais invasivamente, na relação entre essa importante festa popular e determinados espaços das cidades.
Você já acordou e se perguntou quantas horas você realmente dormiu? Atualmente, uma variedade de dispositivos - como smartwatches ou sensores inteligentes - estão disponíveis para rastrear seu sono, reconhecendo certos padrões para interpretar seu ritmo circadiano e aumentar a qualidade do descanso. Além de medir e melhorar a duração e a qualidade do sono, entender as tendências atuais e futuras para as camas (e seus arredores) pode ser uma estratégia importante para arquitetos e designers criarem ambientes eficazes para dormir e relaxar. Através da análise de nove tipologias diferentes, o artigo a seguir mostra o que esperamos para os leitos do futuro, impulsionado por avanços tecnológicos, operações sustentáveis e estratégias de organização espacial.
No período de chuvas mais intensas, é recorrente o noticiário de desastres urbanos, como deslizamentos de terras, enchentes e alagamentos, com perda de vidas humanas e gravíssimos danos materiais. Na maioria dos casos, a vulnerabilidade das áreas atingidas já era conhecida, mas não se impediu sua ocupação. Via de regra, as áreas devastadas serão novamente ocupadas pelos sobreviventes tão logo quanto possível, sem que qualquer obra seja realizada para remover o risco.
No último novembro, a conferência anual do clima em Sharm el-Sheikh, a COP 27, terminou com um acordo provisório firmado para estabelecer um fundo climático de “perdas e danos” para a África e outros países em desenvolvimento. Para os africanos, isso foi motivo de uma comemoração contida, já que por gerações o continente construiu sua agenda de mudança climática quase exclusivamente em torno da busca pela justiça climática, visando responsabilizar as nações industrializadas pela maior parte das emissões globais de carbono.
Tudo isso se desenrolou ao mesmo tempo em que a maioria dos países africanos lida com os desafios mais básicos: saneamento urbano ineficiente; má gestão de águas pluviais; escassez de água, saneamento e instalações de higiene; desmatamento e degradação ambiental.
https://www.archdaily.com.br/br/996449/e-hora-da-africa-criar-sua-propria-agenda-para-as-mudancas-climaticasMathias Agbo, Jr.
A atmosfera que se sente ao entrar em edifícios centenários é evidente. Embora a degradação e até a destruição intencional de estruturas e espaços antigos seja lamentável e vergonhosa, muitas vezes é parte inevitável de um planejamento urbano saudável, tocando importantes leis e regulamentações de saúde e segurança.
Sempre que esses ambientes históricos, porém antiquados, são atualizados e adaptados para a vida moderna de forma imprudente, os resultados são grotescas versões Frankenstein de si mesmos. Quando a transformação é tratada com cuidado e respeito, no entanto, a grandeza e a escala contemplativa dos espaços permanecem.
Quando capitais como Paris e Berlim decidiram apagar a iluminação de edifícios públicos e monumentos para economizar energia no contexto da invasão russa da Ucrânia, em julho de 2022, cidades de toda Europa central passaram a seguir esse modelo. Imagens desses marcos icônicos na escuridão inundaram a mídia e permitiram aos políticos uma atitude ambientalista, mesmo que momentânea. No entanto, projetistas e designers começaram a questionar a sustentabilidade dessa iniciativa. De uma perspectiva mais ampla, parece que essa suposta ação radical fez parte de uma campanha bastante midiática e com pouco efeito nas cidades. Serão necessários mais passos para que isso gere um grande impacto na economia de energia.
O que 2023 reserva para o desenvolvimento e para o meio ambiente?
O fim de 2022 certamente nos deixou em uma posição interessante – mas preocupante. Uma pandemia que já dura três anos se mostrou ainda longe de acabar, adoecendo milhões de pessoas e afetando as economias. A inflação global atingiu 9%, o nível mais alto desde 2008. A invasão da Ucrânia pela Rússia obrigou milhões de pessoas a deixarem suas casas e causou efeitos em cascata em sistemas de alimentos e energia pelo mundo. E os impactos das mudanças climáticas – de inundações fatais no Paquistão a ondas de calor fulminantes na Índia e secas na África – multiplicaram as ameaças.
Cada brasileiro gera, em média, quase um quilo de lixo por dia, segundo levantamento feito pelo Selurb (Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana). Já de acordo com a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), os resíduos orgânicos representam metade do total do lixo urbano gerado no Brasil todos os anos. São resíduos que poderiam ser aproveitados para compostagem, biodigestão e/ou produção energética, mas são encaminhados para aterros sanitários – onde vão contaminar o solo e produzir gases poluentes.
O termo escritório, do latim scriptorium, significa "lugar de escrita” e, talvez por isso, geralmente a primeira imagem que vem à tona é um espaço composto por uma mesa e uma cadeira. Mas nem sempre foi assim. Na idade média, os mosteiros eram os principais locais destinados ao estudo e conhecimento, com salas privadas destinadas a auxiliar na concentração dos monges durante os períodos de pesquisa. No entanto, registros afirmam que tais espaços não eram considerados propriamente confortáveis, visto que os estudiosos permaneciam em pé na maior parte do tempo.
Forma e função. Termos que acompanham diversas definições que cabem à arquitetura, mas já não bastam para resumir a prática em 2023. Hoje, construir envolve a compreensão dos ciclos de materiais, como cada ação pode estar ligada ao extrativismo de recursos naturais e seus danos ao meio ambiente. Vivemos na urgência de revisar a forma como produzimos o espaço construído. Nessa busca por modelos que se afastam de sistemas lineares e que brindam um constante processo de transformação e redistribuição da matéria, estratégias oriundas da economia circular surgem como um possível caminho. Sua aplicação em patrimônios arquitetônicos — para manutenção ou restauro — podem servir como um grande incentivo para as mudanças necessárias em prol de uma sociedade mais sustentável.
Nos primórdios da humanidade, cada comunidade se organizou instintivamente de acordo com as condições locais, os recursos disponíveis e seu modo de vida. Se, por um lado, grupos nômades criaram soluções para ocupar espaços temporariamente, muitas vezes carregando abrigos dentre seus pertences, por outro, os grupos que começaram a assumir características sedentárias também criaram formas de ocupar espaços disponíveis e desenvolveram técnicas construtivas que foram evoluindo até a atualidade.
Uma dessas formas de habitar, que passou a ser negligenciada pela arquitetura convencional com o passar do tempo, chegando a ganhar um status mais fantasioso na cultura popular, foi a ocupação de espaços cavernosos ou escavados. Essa é, porém, uma prática milenar que soma técnicas vernaculares para contornar as condições climáticas e amplia as possibilidades da arquitetura.
O Clube dos 500 foi idealizado pelo banqueiro Orozimbo Roxo Loureiro no início dos anos 1950 aos moldes do antigo Clube dos 200, fundado pelo presidente Washington Luís para reunir influentes políticos e empresários longe dos holofotes das capitais. Embora a ideia inicial de um clube social não tenha prosperado, Orozimbo decidiu desenvolver no local um empreendimento comercial e de turismo oportunamente bem posicionado entre as duas maiores cidades brasileiras.
Através de sua nova culinária nórdica, a cena gastronômica em Copenhague vem crescendo em popularidade e se tornando um grande atrativo para habitantes e visitantes. A sua gastronomia enraizada e sazonal, bem como os seus conceitos tradicionais de convívio, tornam qualquer experiência gastronômica na cidade uma experiência holística, uma vez que está ligada aos produtos e, claro, ao ambiente. Uma refeição agradável, naquela que é uma das cidades mais alegres do mundo, requer um lugar, um projeto e planejamento específicos que alimentem atividades comunitárias e de lazer. Esses espaços deverão se tornar ainda mais cobiçados, já que Copenhague sediará o Congresso Mundial de Arquitetos UIA.
Atualmente, o metaverso é difícil de ser definido. Tente pensar nisso como a união da abundância de comunidades virtuais que criamos ao longo dos anos no Facebook com a enorme variedade de oportunidades de lazer semelhantes às compras na Amazon. No entanto, o metaverso vai muito além disso e torna possível um novo tipo de cenário trabalhando com as próprias qualidades de placemaking que conhecemos das cidades, vilas e aldeias que habitamos em todo o mundo.
O metaverso é um espaço transacional e, talvez, acima de tudo, um espaço experiencial onde acontecimentos inesperados ocorrem e, principalmente, eventos compartilhados são desfrutados de forma individual e comunitária.
A transformação na dinâmica dos espaços domésticos impacta na arquitetura tanto no interior quanto no exterior das casas e apartamentos. As cozinhas são o principal exemplo dessa transformação. Historicamente consideradas espaços de trabalho marginalizados na arquitetura, elas têm ganhado mais protagonismo enquanto espaços de estar, o que impacta não somente no tamanho dos espaços e em sua organização, como também nos revestimentos que são utilizados.