Longnan Garden Social Housing Estate / Atelier GOM. Imagem Cortesia de Atelier GOM
Saskia Sassen, professora da Robert S. Lynd, de Sociologia da Universidade de Columbia, prevê em seu livro de coautoria "Os Documentos de Quito e a Nova Agenda Urbana" que, no futuro, as cidades serão um campo de batalha crucial, à medida que continuamos a lutar contra a gentrificação e o crescente grau de isolamento em nossas comunidades. Sassen argumenta que “as cidades devem ser um espaço inclusivo, tanto para os ricos quanto para os pobres. No entanto, nossas cidades nunca alcançaram igualdade para todos, já que nunca foram projetadas dessa forma. Mesmo assim, elas não devem ser lugares que toleram desigualdades ou injustiças”.
Jingdezhen Imperial Kiln Museum / Studio Zhu-Pei. Image Courtesy of Studio Zhu-Pei
Ao longo dos últimos anos testemunhamos um interesse crescente por técnicas tradicionais e processos artesanais de construção, assim como no papel cada vez mais significativo dos materiais locais na arquitetura contemporânea. Conscientes do impacto ambiental e também econômico da industria da construção civil no mundo hoje, arquitetos e urbanistas estão mudando o rumo de nossa disciplina ao adotar novas estratégias e abordagens em seus projetos e processos com o principal objetivo de “atender às demandas da nossa sociedade sem, no entanto, comprometer ou esgotar os recursos naturais que atualmente encontram-se à nossa disposição”.
Na China tradicional, tanto o chá quanto o álcool, foram similarmente estetizados e ambos influenciaram a linguagem da literatura e da arte. As pessoas costumavam oferecer o álcool como um presente, posteriormente o mesmo ocorreu com o chá. Hoje, diversas cidades na China abraçaram esta cultura de beber, passada de geração em geração e reinterpretada com uma nova forma contemporânea, em constante evolução nos cafés e bares urbanos.
Robot-Printed 'Cloud Village' / Philip Feng Yuan's Team. Image Courtesy of Philip Feng Yuan
A impressão 3D, em suas diversas modalidades, é uma tecnologia voltada à prototipagem e à construção de objetos e edifícios de forma rápida e precisa. As impressoras 3D disponíveis no mercado hoje comumente utilizam metal em pó ou materiais plásticos para imprimir objetos e estruturas personalizadas, sobrepondo camada sobre camada de acordo com as informações fornecidas por um modelo digital.
Por definição, “estrutura” é um termo bastante abrangente e amplamente utilizado em diferentes disciplinas. Na arquitetura, por sua vez, a expressão “estrutura” pode ser utilizada tanto para referir-se a uma obra construída quanto para descrever o conjunto de elementos portantes que compõe um edifício, responsáveis por distribuir e transmitir suas as cargas até o solo.
Richard Buckminster Fuller certa vez resumiu o seu conceito de Dymaxion da seguinte forma: “construir o maior espaço e a estrutura mais sólida com o menor uso de material”.
Summer Palace Digital Restoration. Imagem Cortesia de Yuan Ming Yuan (2006 Documentary)
O patrimônio construído é um valioso tesouro que nos foi deixado por nossos ancestrais. Edifícios históricos falam não apenas sobre o passado, mas também sobre o presente. Eles nos fazem refletir sobre a nossa própria cultura—quem nós somos e de onde viemos. Entretanto, a medida que nossas cidades crescem e a nossa sociedade evolui, o progresso se dá, muitas vezes, às custas da ruína e do consequente desaparecimento deste mesmo patrimônio, o qual gradualmente parece ser desprovido de sentido. Neste contexto, a proteção e preservação de edifícios históricos parece nunca ter estado tão ameaçada quanto nos dias de hoje.
Quais são os elementos e qualidades que fazem de um determinado espaço um lugar capaz de promover o nosso bem estar físico e mental? Como podemos projetar espaços saudáveis para o nosso corpo e para a nossa mente? O que faz de um espaço agradável de se viver e sustentável ao mesmo tempo?
Essas são algumas das questões que não podemos esquecer de considerar quando projetamos nossos espaços e edifícios em uma era onde a indústria da construção civil parece subjugada às regras impostas pelo mercado imobiliário. O que nos leva a construir edifícios cada dia mais altos e centros urbanos sempre mais densos? Como os espaços que habitamos diariamente nos fazem sentir física e mentalmente? Estamos felizes e tranquilos quando estamos em casa ou no trabalho? Se não, quais seriam as estratégias possíveis que nos levariam a projetar edifícios e ambientes capazes de nos trazer equilíbrio e paz de espírito? Neste artigo, procuramos desvendar as diferentes características que fazem de um espaço um lugar de bem-estar e serenidade.
Fred Kent, fundador da organização sem fins lucrativos Project for Public Spaces, declarou em certa ocasião que “Quando se planejam cidades com ênfase no trânsito e veículos automotores, o resultado é uma cidade repleta de carros e congestionamentos. Quando se planeja cidades para pessoas, por outro lado, o que se obtêm é uma cidade agradável de se viver e repleta de espaços públicos.” Isso tudo pode até parecer bastante óbvio, entretanto, nossa sociedade está passando hoje por uma mudança de paradigma, com mais e mais cidades abrindo mão de seus espaços e infraestruturas para veículos e privilegiando pedestres e espaços públicos.
Guizhou Mountain Forest Hotel / Stefano Boeri Architetti. Imagem Cortesia de Stefano Boeri Architetti
O confinamento forçado, resultado da política de isolamento da pandemia global de COVID-19, fez com que todos passassem um bom tempo olhando pela janela. Às vezes, quando estamos exaustos com o trabalho e a vida cotidiana, desejamos apenas uma fuga rápida para oceanos e florestas, em algum lugar perto da natureza.
The Master Plan of the Radiant City. Image Courtesy of LE CORBUSIER FOUNDATION
Ao longo da história, reformadores religiosos e arquitetos-estrelas visionários tentaram imaginar o futuro de nossas cidades: da cidade modelo veneziana de Palmanova ao complexo habitacional de vários andares para 5.000 pessoas desenhado pelo arquiteto italiano Paolo Soleri, da Broadacre City de Frank Lloyd Wright a Ville Radieuse de LeCorbusier, vários planos foram elaborados para ilustrar algumas das ambições sem precedentes.
E assim começamos o ano de 2021, logo depois de encerarmos um dos anos mais difíceis e desafiadores das últimas décadas. E agora? Quais são as nossas expectativas para o futuro próximo? Em recente pesquisa, a UN75 relata que a maioria das pessoas se mantém muito otimista em relação ao que está por vir: “em todo o mundo, a maioria dos entrevistados acredita que a nossa civilização estará muito melhor em 2045 do que hoje (49%), ao passo que 32% dos entrevistados acreditam que a nossa situação estará pior.”
Espera-se que ao longo dos próximos dez anos nossas cidades passem por um processo de transformação sem precedentes. Segundo estimativas publicadas pela ONU no ano passado, até 2030 no Planeta Terra existirão 43 megacidades — aquelas com pelo menos 10 milhões de habitantes. Além disso, o estudo indica que a maioria delas se concentrarão em países considerados subdesenvolvidos. Até meados do século XXI, passaremos de cinquenta para setenta por cento da população mundial residindo em áreas urbanizadas. Somando-se a isso, espera-se que a África e a Ásia juntas sejam responsáveis por até 90% deste vertiginoso crescimento populacional.
Nos últimos anos, com o desenvolvimento urbano acelerado dos espaços urbanos na China, os banheiros públicos receberam várias novas funções. Os arquitetos apresentaram uma variedade de propostas que sugerem transformar os banheiros públicos em um lugar onde a reunião social pode ser redefinida e a permanência temporária pode ser mais envolvente. Embora a escala dos banheiros públicos seja significativamente menor do que a de qualquer outro tipo de arquitetura, os arquitetos chineses têm trabalhado de forma inovadora para adequar os banheiros públicos aos contextos sociais em mudança. Abaixo estão alguns exemplos que demonstram experimentos arquitetônicos atuais com projetos de banheiros públicos na China.
Os hutongs são estruturas urbanas que atravessam séculos, preciosos exemplos da arquitetura vernacular chinesa e uma das principais testemunhas da transformação cultural e histórica do país. O nome ‘hutong’, na verdade, deriva de uma palavra em mongol que significa ‘poço d'água’. Era assim que se chamavam as pequenas vielas construídas ao longo da dinastia Yuan (1271–1368) na tentativa de traçar um tecido urbano mais regular que tanto facilitasse a gestão da propriedade da terra quando a eficiência dos fluxos.
De acordo com a publicação das Nações Unidas, "As Cidades do Mundo em 2018", estima-se que, "em 2030, as áreas urbanas deverão abrigar 60% das pessoas em todo o mundo, e uma em cada três pessoas viverá em cidades com pelo menos meio milhão de habitantes. " Além disso, entre 2018 e 2030, estima-se que o número de cidades com 500.000 habitantes ou mais deverá crescer 23% na Ásia. A China, maior economia da Ásia, tem um PIB (PPC) de US $ 25,27 trilhões, e está se expandindo rapidamente, tanto econômica quanto demograficamente.
BEFORE/AFTER, ou, em português, ANTES/DEPOIS, documenta as mudanças drásticas, tanto físicas quanto psicológicas, que ocorreram durante a reforma do Hutong Fangjia em Pequim entre abril e setembro de 2017. Em 2019, o escritório OPEN Architecture foi convidado a participar da "Cidade Desconhecida: Arquitetura e Imagem da China Contemporânea”, exposição de abertura do Pingshan Art Museum, com a sua obra BEFORE/AFTER.