Prevista originalmente para ocorrer entre agosto e novembro de 2020, a 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza foi adiada, como todos os outros eventos deste ano, e será realizada de 22 de maio a 21 de novembro de 2021. Questionando "como viveremos juntos?", a inquietação do curador Hashim Sarkis convida os arquitetos “a imaginar espaços em que podemos viver juntos generosamente”. De tremenda relevância, o tema da Bienal é, de fato, foco de interesse do cenário global.
Após conversar com Sarkis há mais de um ano, o ArchDaily teve a chance de abrir o debate mais uma vez e reexaminar a questão da Bienal de Arquitetura. Em uma entrevista dividida em duas partes, o arquiteto aborda o tema, a Bienal, a situação atual e o futuro.
Você já pensou em andar a pé? Essa é a pergunta que o GUIAPÉ SP – um guia apresentado aqui por meio de ensaio – faz ao leitor. Desde a capa, ele propõe andar pela cidade de São Paulo e faz isso por meio de um percurso que passa estrategicamente por lugares nos quais o mais interessante é chegar a pé, para que se veja os detalhes que nem sempre são vistos, as pessoas, a vida urbana. Esse guia não foi feito para visitar pontos turísticos e sim para levar seu leitor a um passeio. Nele, o percurso e as calçadas não são apenas os elementos que conduzem aos lugares deste guia, eles são parte da viagem.
O 2 Finsbury Avenue, primeiro projeto do escritório 3XN no Reino Unido, desenvolvido em parceria com o GXN, consiste em um complexo arquitetônico composto por um embasamento de 12 pavimentos e duas torres – a East Tower com 35 pavimentose a West Tower com 20. O projeto será construído no bairro de Broadgate, próximo à movimentada estação intermodal Liverpool Street Station. Este primeiro projeto compõe uma ampla iniciativa de transformar a área em uma atrativa região de uso misto.
"As tecnologias indígenas não estão perdidas nem esquecidas, apenas escondidas pela sombra do progresso nos lugares mais remotos da Terra". Em seu livro Lo-TEK: Desenho Indígena Radical, Julia Watson propõe revalorizar as técnicas de construção, produção, cultivo e extração realizadas por várias populações remotas que, geração após geração, conseguiram manter vivas práticas culturais ancestrais integradas com a natureza, com um baixo custo ambiental e execução simples. Enquanto as sociedades modernas tentavam conquistar a Natureza em nome do progresso, estas culturas indígenas trabalhavam em colaboração com ela, compreendendo os ecossistemas e os ciclos das espécies para articular sua arquitetura em uma simbiose integrada e interconectada.
Como parte da New York’s Recovery Agenda, uma série de compromissos que tem como objetivo manter a cidade de Nova Iorque saudável e segura em relação a pandemia de Covid-19, o Open Restaurants Program, estabelecido em junho de 2020, foi prorrogado durante todo este ano e poderá se tornar permanente. O prefeito Bill de Blasio recentemente permitiu que os restaurantes usem aquecedores e fechamentos, além de poderem também expandir suas mesas para calçadas vizinhas. Essa prorrogação também se aplicará para o Open Streets: Restaurans, "o qual oferece atualmente áreas de expansão em 85 ruas peatonais em toda a cidade, a depender do dia".
Em seu vídeo mais recente, o fotógrafo Laurian Ghinitoiu e o cineasta Arata Mori levam os espectadores em um passeio virtual pelo Centro de Convenções e Exposições MEETT, o novo parque de exposições de grande escala de Toulouse, projetado pelo OMA. O filme constrói uma narrativa sobre este projeto que transita nos limites entre arquitetura, infraestrutura, masterplan e espaço público.
A mais recente obra de Oscar Niemeyer acaba de ser inaugurada na cidade de Leipzig. Concebido pelo arquiteto brasileiro em seu último aniversário, e desenvolvido por seu assistente Jair Valera após a sua morte em 2012, o projeto foi então executado pelos arquitetos do escritório Harald Kern e se trata de uma obra de ampliação do refeitório existente de uma fábrica no leste da Alemanha.
Yuval Noah Harari aponta que, por volta de 300 mil anos atrás, os Homo erectus, os neandertais e os antepassados do Homo sapiens já utilizavam o fogo diariamente. Segundo o autor do best-seller internacional “Sapiens”, o fogo abriu a primeira brecha significativa entre o homem e outros animais. “Ao domesticar o fogo, os humanos ganharam controle de uma força obediente e potencialmente ilimitada.” Alguns estudiosos, inclusive, acreditam que há relação direta entre o advento do hábito de cozinhar os alimentos (possível por conta da domesticação do fogo), ao encurtamento do trato intestinal e o crescimento do cérebro humano, que permitiu que os seres humanos se desenvolvessem e criado tudo o que temos.
Diversas cidades do mundo estão recebendo as cores e os benefícios de murais pintados com tinta fotocatalítica, reconhecida por ajudar a limpar o ar. Os murais são parte do projeto Converse City Forests, da criadora do famoso modelo de tênis All Star. O objetivo é pintar mais de 14 mil metros quadrados murais ao redor do mundo até o final deste ano. Juntos, os murais equivalem ao plantio de aproximadamente 40 mil árvores.
Localizado em uma área marcada pela desigualdade e diversidade urbana, o edifício é uma afirmação ousada neste ambiente urbano e ajudará a desenvolver os bairros adjacentes.
https://www.archdaily.com.br/br/949634/ooda-projeta-museu-e-sede-da-liga-portuguesa-de-futebol-profissionalEquipe ArchDaily Brasil
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015 e fazem parte de uma agenda mundial que visa a implementação de políticas públicas para guiar a humanidade até 2030, rumo a um futuro sustentável.
Segundo a própria organização, eles são um apelo global para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, garantindo que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. São abordadas, portanto, diferentes temáticas como saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, padrões sustentáveis de produção e de consumo, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, entre outras.
Embora haja uma certa indefinição teórica quanto aos limites e ao alcance do termo "brutalista", existem certas constantes sobre seus parâmetros estéticos que nos permitem estabelecer uma linha de análise relativamente concreta. Nestes termos, os edifícios pertencentes ao brutalismo - um estilo do Movimento Moderno que atravessou seu boom entre os anos 1950 e 70 - são caracterizados por sua verdade construtiva - mostrando e evidenciando o material que compõe a arquitetura, assim como sua lógica construtiva e estrutural - a geometria de suas formas e a rugosidade das superfícies. O concreto armado aparece como o material principal de escolha e tanto as texturas geradas pelas formas de madeira bruta, quanto as incorreções do concreto não são mais cobertas com reboco ou tinta, mas exibidas deliberadamente como escolha de evidenciar os processos de construção.
O escritório Herzog & de Meuron projetou a primeira escola da Suíça a ser implantada sobre a cobertura de um shopping center. O centro comercial MParc Dreispitz, localizado Basel-Stadt, acomodará uma escola de ensino médio para 600 estudantes. O projeto visa estabelecer um precedente para futuros desenvolvimentos urbanos, tornando-se parte central do plano diretor geral da região.
As mudanças climáticas podem ser consideradas uma das maiores ameaças atuais à sobrevivência da humanidade, sendo resultado do aquecimento global que é causado pelo aumento das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), em que o dióxido de carbono (CO2) é o principal deles. No mundo, as edificações foram responsáveis por cerca de 40% emissão de CO2, considerando emissões diretas, indiretas e incorporadas (no ciclo de vida dos produtos de construção) para o ano de 2018 (UNEP, 2019). Ao mesmo tempo, como é um setor que consome e ainda consumirá grande quantidade de materiais para superar o grande déficit habitacional existente, em muitos países, pode ser visto como um setor chave, servindo como uma oportunidade para ajudar o enfrentamento às mudanças climáticas. Para isso, um dos principais caminhos é o incentivo para o uso de biomateriais.
O escritório internacional de arquitetura Kohn Pedersen Fox (KPF) vem se esforçando para aumentar a eficiência nas tarefas e possibilitar uma maior exploração criativa aplicando as tecnologias mais recentes. Com nove filiais ao redor do mundo e projetos baseados na Europa, nos EUA e na China, a empresa adota uma abordagem globalizada no processo de projeto, estimulando a colaboração. Não é incomum, por exemplo, um único projeto envolver integrantes de equipes de Londres, Nova York e Cingapura, que se reúnem virtualmente no que Cobus Bothma, Diretor de Pesquisa Aplicada, batizou de "décima filial".
A pandemia da Covid-19 trouxe consequências inéditas para a economia global. No Brasil, se abateu sobre uma economia que mal havia se recuperado da recessão de 2015-16. Mas a resposta à crise não exige apenas relaxar regras orçamentárias, e sim repensar o próprio papel do Estado para superar carências históricas que a pandemia tornou cristalinas.
Guilherme Wisnik conversa com Laura Carvalho, professora da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo e doutora em economia pela New School for Social Research. Escreve quinzenalmente para o jornal Nexo. É autora de "Valsa Brasileira: do boom ao caos econômico" (Todavia, 2018) e "Curto-Circuito: o vírus e a volta do Estado" (Todavia, 2020).
https://www.archdaily.com.br/br/949552/o-virus-e-a-volta-do-estado-guilherme-wisnik-entrevista-a-economista-laura-carvalhoEquipe ArchDaily Brasil
A pandemia da Covid-19 veio a exacerbar as várias deficiências sanitárias e de infraestrutura nos países em vias de desenvolvimento, em particular Angola, que já carrega o fardo de sucessivas recessões econômicas.
As periferias dos principais polos urbanos, tendo Luanda como caso paradigmático, são territórios críticos para a doença. Com quase um terço da população do país, em que 80% vivem em condições urbanas muito precárias, a mistura de condicionantes – a saber, a falta de saneamento básico, altas densidades construídas e populacionais, sobrelotação das moradias (3 pessoas por cômodo), inacessibilidade para serviços urbanos (bombeiros, recolha de resíduos sólidos, polícia), falta de espaço público e áreas verdes, condições internas de insalubridade, forte dependência do sector informal e dificuldade de acesso à segurança alimentar e aos serviços sanitário – constitui um cenário bastante complexo.
O escritório Skidmore, Owings & Merrill divulgou imagens de seu projeto para os interiores do histórico Cook County Hospital em Chicago, EUA. Desenvolvido para contribuir com a transformação do bairro onde está inserido, a equipe de projeto trabalhou arduamente para preservar e restaurar a estrutura em estilo Beaux-Arts, adaptando o programa às necessidades atuais. A proposta busca requalificar a região do Distrito Médico da cidade e oferecer uma série de novos equipamentos para a população.
Este ano, a Organização das Nações Unidas para o Turismo (OMT) procurou abordar o turismo como uma forma de criar empregos e oportunidades nas áreas rurais sob a bandeira do Turismo e Desenvolvimento Rural.
A arquitetura de base rural e suas edificações tradicionais desempenham um papel importante para o patrimônio local. Elas também podem oferecer empregos e perspectivas mais além das grandes cidades, especialmente para as pequenas comunidades, geralmente em desvantagem econômica.
Falta apenas um ano para a Expo 2020 Dubai. Um dos mais esperados eventos do calendário da arquitetura, inicialmente programado para ser inaugurado neste ano, teve de ser adiado por razões já muito evidentes. Recentemente, com o intuito de promover o adiamento do evento para o ano de 2021, a comissão organizadora revelou uma série de novas imagens do canteiro de obras em Dubai. Ao longo deste largo e confuso ano, apenas as obras de paisagismo e dos principais edifícios da Expo foram concluídas. Ainda assim, a construção dos 192 pavilhões nacionais não será deixada para a ultima hora, e a previsão é que tudo esteja concluído até o final deste ano.
Temos visto uma maior atenção com a utilização da madeira na construção civil de alguns anos para cá. Com todas as preocupações em relação à sustentabilidade e a pegada de carbono nas edificações, novos métodos construtivos têm sido desenvolvidos junto a possibilidades inovadoras no uso deste material. De fato, a madeira pode ser considerada um material renovável, desde que a exploração seja sustentável, e se tomado alguns cuidados no seu manejo, permitindo que as florestas se regenerem naturalmente. Mas é a versatilidade da madeira é o que a torna tão onipresente nas edificações. De tábuas, vigas, assoalhos, até a telhas e isolantes térmicos e acústicos, a madeira pode estar presente em diversas etapas da obra e com distintos graus de processamento e acabamento.
Dominique Perrault Architecture venceu o concurso para projetar a nova cobertura retrátil da quadra de tênis Suzanne Lenglen. Melhorando a experiência do público no “Aberto da França”, a “intervenção arquitetônica não só cria uma cobertura mas propõe um conjunto de grande envergadura cuja silhueta dialoga tanto com a paisagem local como com a arquitetura do edifício existente”.
Fungos estão por toda parte. No ar, na água, no nosso organismo, nas árvores, no forro do banheiro, embaixo da terra. Podem assumir a forma de cogumelos (comestíveis, medicinais, alucinógenos ou muito venenosos), ou outras mais simples, como mofos e bolores. Podem desencadear doenças, mas também produzir remédios antibióticos, como a penicilina, ou ajudar a fermentar queijos e pães incríveis. E se eu te dissesse que eles também podem ser o futuro das embalagens e dos materiais de construção?