Com o início do isolamento social, no início de 2020, publicamos diversos artigos com o objetivo de ajudar nossos leitores a aumentarem a produtividade e o conforto em seus home-offices. Após todo esse tempo nessa nova rotina, pesquisas apontam que mais de oitenta por cento dos profissionais desejam continuar trabalhando desde suas casas mesmo depois que a quarentena terminar. Além disso, boa parte das empresas também está satisfeita, mostrando uma alta tendência de empresas adotarem esta prática como definitiva pois a maioria observou que o trabalho remoto pode ser tão (ou mais) produtivo quanto o trabalho presencial.
No entanto, no que se refere às crianças e ao estudo em casa durante a pandemia, o resultado não foi tão positivo. Talvez a maior razão seja o fato de ser muito complicado fazer com que crianças se concentrem e se motivem por muito tempo diante das telas. A falta de interação física com outras crianças também é considerada prejudicial, por muitos estudos. Por isso, apesar da grande ansiedade pela volta por parte de alunos e de professores, enquanto as adaptações ideais, e seguras a todos não forem estabelecidas, a volta às escolas será adiada. Dessa forma, resolvemos compartilhar neste artigo estratégias eficientes que podem transformar os espaços de estudo em casa em aliados do aprendizado das crianças.
Com a mudança das necessidades e aspirações da sociedade, tipologias espaciais e programas arquitetônicos são constantemente questionados, e essa reavaliação cria premissas para a inovação. O que veremos a seguir é uma exploração, de como a arquitetura está metabolizando as mudanças fundamentais da sociedade em vários aspectos da vida cotidiana, desafiando os pressupostos existentes sobre os programas e o espaço.
No mês de agosto, a cidade mineira de Ouro Preto assinou uma parceria público-privada para um projeto de "cidade inteligente", colocando em marcha os planos de se tornar a primeira smart city histórica do Brasil. O contrato prevê um investimento de R$ 10 milhões e abre concessão administrativa para que o consórcio Ouro Luz opere o parque de iluminação pública e a infraestrutura de telecomunicações de Ouro Preto por 25 anos.
https://www.archdaily.com.br/br/946781/ouro-preto-se-tornara-a-primeira-cidade-historica-inteligente-do-brasilEquipe ArchDaily Brasil
O pilar "guarda-chuva" é um sistema de concreto armado projetado por Amancio Williams (Buenos Aires, 1913-1989) que, em virtude de sua forma, é capaz de suportar cargas extraordinárias e de se manter em equilíbrio de forma autônoma - ou seja, não precisa de outras peças para se sustentar além de sua própria coluna -, oferecendo, ainda, pouquíssima resistência ao vento. Os estudos a respeito deste projeto foram iniciados pelo arquiteto em 1939, momento a partir do qual realizou uma série de ensaios e construiu cerca de 50 maquetes. Esta estrutura para coberturas altas, também conhecida em espanhol como "paraguas" ou "sombrilla", pode ser considerada um exemplo de destaque em inovação moderna da época na Argentina, definida pela experimentação técnica e formal.
Um dos temas mais presentes nas discussões atuais sobre a cidade é a gentrificação. Definido, de modo geral, como "quando alguém diferente de você muda-se para o seu bairro", o fenômeno urbano é muito mais complexo que isso e envolve questões de uso do solo, especulação imobiliária, espaços públicos e de lazer e planejamento territorial.
O Vale do Anhangabaú, ou simplesmente Anhangabaú, é a região de São Paulo que separa o chamado Centro Velho do Centro Novo. Como o próprio nome já diz, o Vale é a região lindeira ao riacho que tem este nome, aliás tenebroso, que em tupi-guarani significa “rio ou água do mau espírito”. E ao que parece, pelos vários e mal sucedidos usos que já lhe fizeram, a “maldição” contida no nome acompanha o lugar até hoje.
O espaço que margeia um rio, lago, lagoa ou costa marítima representa uma zona de transição entre a água e a terra. Por isso, a conversão das margens dos corpos d’água em espaços públicos ativos e atrativos busca delinear um certo equilíbrio entre a rigidez do espaço construído e a fluidez da água.
Em meio a prédios centenários, um importante terminal de ônibus e comércio pujante, Curitiba implementou uma rua completa. Concluída em fevereiro, a requalificação da rua Voluntários da Pátria tornou a via mais segura para os pedestres que se deslocam pela área central, e mais convidativa para a permanência, com novos bancos e calçadas ampliadas. Um resgate do passado que faz o presente mais acolhedor e fortalece a construção de um futuro mais humano para as cidades brasileiras.
https://www.archdaily.com.br/br/947043/nova-rua-completa-de-curitiba-une-prioridade-a-pedestres-e-preservacao-do-patrimonioBruno Batista, Paula Manoela dos Santos e Fernando Corrêa
Ligados a um imaginário arquitetônico dos anos 80, os tijolos – ou blocos – de vidro são elementos construtivos que voltaram a ter sua potência plástica notada e revisitada pela produção contemporânea. Com sua primeira patente registrada em 1907, esse produto foi elaborado a partir da demanda por iluminação nas áreas internas das edificações, mas é pelos efeitos visuais produzidos por sua translucidez e textura que ele é procurado. Atualmente, vem sendo empregado em diferentes contextos, de banheiros a divisórias residenciais e, até mesmo, fachadas inteiras de bares, lojas e restaurantes.
Pontes e passarelas são elementos de circulação horizontal que permitem estabelecer uma ligação física entre os espaços interiores ou exteriores de um projeto para resolver a sua articulação e poupar, em alguns casos, os desníveis existentes entre eles. Essas estruturas suspensas potencializam as conexões visuais entre os diferentes níveis e permitem criar percursos mais dinâmicos.
A torre residencial One More, projetada pela Spatial Practice em Taiwan, foi registrada em uma série de fotografias de Kris Provoost. A torre de concreto de 100 metros de altura é composta por 53 unidades de dois dormitórios, e foi projetada visando romper a monotonia da tipologia residencial típica da região.
Sherbet, gelato, mochi, sorvete e muito mais. Seja onde for e como for, a cultura do sorvete é tão rica e diversa que tem inspirado também a própria arquitetura de seus espaços e lojas: desde pavilhões efêmeros e barraquinhas móveis até edifícios meticulosamente projetados para oferecer uma experiência completa que vai muito além do mero sabor de um bom sorvete. Trabalhando para franquias maiores, reinventando antigas marcas e lançando novas tendências, arquitetos e designers estão transformando experiência da sorveteria com espaços e projetos de arquitetura singulares que, por sua vez, procuram atendem aos mais variados gostos e os mais exigentes paladares.
Tulum é uma região localizada no sudeste do México, dentro dos limites geográficos do estado de Quintana Roo, na costa do mar do Caribe, conformando parte da Riviera Maia. Historicamente, a região já foi uma cidade murada, de onde vem seu nome, que em Maia significa muralha.
Coletivos é um projeto desenvolvido pelo fotógrafo e artista brasileiro Cássio Campos Vasconcellos, uma série de fotos aéreas capturadas com um helicóptero. Lançado há aproximadamente cinco anos, o projeto consiste em imagens de grande formato retratando paisagens urbanas caóticas que revelam “situações contraditórias típicas de nossa época”. Com o objetivo de evidenciar o impacto da atividade humana na paisagem natural e urbana, Coletivos é uma espécie de pesquisa visual sobre a sociedade de consumo.
No último dia 4 de agosto, em um lapso de poucos segundos, 40% de toda a cidade de Beirute voou pelos ares. Num piscar de olhos, o destino da capital libanesa, de seus habitantes e de seu vasto patrimônio arquitetônico mudou radicalmente de direção. Tempo e memória, elementos que se sedimentam lentamente ao longo dos séculos sobre a paisagem urbana de uma cidade, foram soprados para longe com uma força arrebatadora, deixando uma onda de destruição até maior que as mazelas causadas por uma guerra civil que durou 15 longos anos. Pegando todos de surpresa, as duas explosões varreram as marcas do passado, apagaram aquelas do presente, arruinando as muitas aspirações futuras de toda uma nação.
A explosão do último dia 4 de agosto no porto de Beirute, em pleno coração da histórica capital libanesa, destruiu uma vasta área da cidade, atingindo os bairros de Mdawar, Rmeil, Gemmayze, Achrafieh, Mar Mkhayel, Karantina e Geitawi. Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, mais de 200.000 unidades residenciais foram gravemente afetadas pelas explosões, somando um total de aproximadamente 40.000 edifícios danificados, dos quais 3.000 já foram condenados pela defesa civil.
A crescente presença das Tecnologias da Informação e Comunicação, as chamadas TICs, no cotidiano dos indivíduos vem provocando transformações profundas na sociedade, permeadas por novas formas de interação baseadas na intensa produção e uso de informações. Numa sociedade na qual a informação é matéria-prima essencial, o termo big data assumiu papel de destaque no âmbito empresarial, governamental e acadêmico. Big data remete, por si, à questão dos grandes volumes de dados, variados e velozes, gerados constantemente.
A chamada “Revolução dos Dados” é certamente perceptível nas cidades brasileiras. Mas de que forma ela pode avançar rumo a uma melhor compreensão e planejamento das nossas áreas urbanas? São inegáveis as possibilidades abertas pelo big data para a exploração de questões inovadoras sobre fenômenos e dinâmicas urbanas, especialmente as que envolvem análises em tempo real.
O estúdio de arquitetura e pesquisa rat[LAB] Studio, em parceria com o Shilpa Architects, projetou um templo em Koppur que reinterpreta a arquitetura vernacular indiana a partir da parametrização. Chamado de Templo Shirdi Sai Baba, o projeto se localiza nos arredores de Chennai e apresenta a geometria de um polígono de 11 lados, articulado como um volume tridimensional.
Na primeira edição do Future Architecture Room, a Trienal de Arquitetura de Lisboa apresentará sua sede, o Palácio Sinel de Cordes, onde o planejamento do evento é realizado e onde uma série de atividades tem lugar a cada três anos na capital portuguesa.
Os espectadores são convidados a ouvir histórias sobre os espaços do edifício; episódios e incidentes variados que ocorreram nas muitas salas do Palácio. Experiências passadas e presentes – épicas, dramáticas, alegres e misteriosas – irão se desdobrar nesta série de curtas-metragens, dando forma a uma exploração multidimensional deste notável edifício lisboeta.
Os diferentes modos de dispor peças de alvenaria permitem configurar diversos espaços habitáveis. O tijolo está presente em espaços exteriores e interiores, que através de diferentes composições podem permitir a entrada da luz natural e gerar um ritmo dinâmico nas paredes.
Ao longo da história, o emparelhamento de tijolos constituiu algumas formas pré-determinas de disposição de peças, no entanto, existe uma infinidade de maneiras de distribuição, por este motivo selecionamos 16 projetos que evidenciam o potencial de estudo da posição dos tijolos.
Criada por WEEK e Axel de Stampa entre 2016 e 2020, a série de GIFs chamada Architecture Animée, ou Arquitetura Animada, revela um lado lúdico e fictício de edifícios emblemáticos, como o Museu Solomon R. Guggenheim de Frank Lloyd Wright, a Fundação Louis Vuitton de Gehry Partners, e o 1111 Lincoln Road de Herzog & de Meuron.
No ano de 2014, um grupo de amigos de Ciudad Juárez, na fronteira do México com os Estado Unidos, se uniu para somar forças no trabalho de recuperação de espaços públicos ociosos da cidade, ajudando a transformar praças, parques, ruas e calçadas através de uma série de projetos socioculturais e intervenções urbanas. Foi assim que nasceu o Nómada Laboratório Urbano de Ciudad Juárez, uma cidade fronteiriça junto à El Paso, Texas. Ao longo dos anos, Juárez foi se estabelecendo como uma cidade de economia de ‘fachada’, muitas vezes figurando entre as cidades mais violentas do mundo, principalmente entre os anos de 2008 e 2012.
O arquiteto ítalo-britânico Richard Rogers anunciou sua aposentadoria, 43 anos após fundar o escritório Rogers Stirk Harbour + Partners. Como um dos maiores arquitetos vivos da atualidade, é conhecido por suas obras high tech, das quais se destacam o edifício Lloyd's em Londres e o Centro Pompidou em Paris. Laureado com o Prêmio Pritzker, tornou-se um dos arquitetos mais reconhecidos do mundo, desenvolvendo projetos visualmente marcantes e programaticamente adaptáveis em diversos países.
São Paulo, Sociedade Anônima é um filme que possuí abordagem complexa e profunda de São Paulo, feito sob um olhar sensível e específico da década de 60 por aqueles que vivenciaram um momento de renovação urbana e socioeconômica da metrópole. Filme que captou essa renovação social distinta e se tornou um marco cinematográfico da época, em que traça uma relação intensa entre personagem e espaço urbano, possuindo diferentes camadas de interpretação que vem a esmiuçar o significado de moderno, urbano, cenográfico e arquitetônico. Utiliza todas essas questões como instrumentos de manifestação de um período, realizadas e vivenciadas por sua população, captando as transformações não só da cidade como também da sociedade.