A Quay Quarter Tower (QQT), projetada pelo escritório 3XN, foi eleita Edifício do Ano de 2022 durante o 15º World Architecture Festival (WAF), realizado em Lisboa.
A torre de 206 metros, localizada perto da Sydney Opera House, é um edifício de escritórios disposto como uma vila vertical, criando um senso de comunidade e proporcionando espaços que se concentram na colaboração, saúde e bem-estar, com diversos terraços externos.
Estamos nos últimos dias de 2022 e é o momento de revisar o que aconteceu de mais marcante no ano que passou. Dessa vez, buscamos pelas fotografias que foram as mais curtidas no Instagram do ArchDaily Brasil.
https://www.archdaily.com.br/br/993475/as-fotos-mais-curtidas-no-instagram-do-at-archdailybr-em-2022ArchDaily Team
A ludicidade é um conceito muitas vezes atribuído às crianças e pouco se conectada com a vida adulta. Na arquitetura, os projetos dedicados à idade infantil propõem uma combinação de objetos, cores e soluções voltadas a incentivar a imaginação e quebrar a rigidez dos espaços, ao passo que a grande maioria dos projetos convencionais se limitam ao regular e carimbam a sobriedade da vida adulta.
Sujeitas às forças do capital, populações migratórias e circunstâncias políticas, as cidades estão em constante evolução. Essa evolução contínua é evidente no tecido construído dos assentamentos, à medida que arquitetos e urbanistas constroem sobre camadas já existentes, alguns tendo a árdua tarefa de integrar com sucesso as áreas urbanas históricas com intervenções e sistemas arquitetônicos contemporâneos.
As cidades desta categoria estão frequentemente em conflito interno - muitas vezes tendo que lidar com os objetivos às vezes contraditórios de sustentar as populações locais e acolher investimentos externos e projetos de desenvolvimento nacional.
Shigeru Ban acaba de lançar seu mais recente projeto em Nieuw Zuid, na Antuérpia, Bélgica. Batizado de Ban, em homenagem ao seu criador, e projetado em colaboração com o Bureau Bouwtechniek, o complexo consiste em uma torre residencial de 25 pavimentos e um edifício lateral, criando um total de 295 unidades residenciais. Durante a cerimônia de inauguração, o arquiteto também abriu uma exposição de imagens destacando seu trabalho humanitário em áreas de conflito e desastre, próximo ao canteiro de obras.
A Pantone revelou sua Cor do Ano para 2023, 18-1750 Viva Magenta, uma cor "corajosa e destemida, cuja exuberância promove uma celebração alegre e otimista". A tonalidade se enquadra na família dos vermelhos e é inspirada no tom do extrato de cochonilha, um dos corantes mais preciosos usados historicamente para colorir tecidos, cosméticos e alimentos.
Os esforços arqueológicos destinados a explorar as civilizações do passado revelaram uma semelhança em todo o mundo, uma forma de arquitetura desenvolvida de forma independente em todos os continentes. As evidências mostram que as comunidades neolíticas usavam solos férteis e argila aluvial para construir habitações humildes, criando o primeiro material de construção durável e sólido da humanidade. A arquitetura de terra nasceu muito cedo na história da humanidade, e as técnicas sofreram um declínio gradual à medida que os estilos de vida mudaram, as cidades cresceram e os materiais industrializados floresceram. A arquitetura de terra tem lugar no mundo do século XXI?
Programas e séries televisivas sobre reformas são sedutoras. Sentimentos uma ansiedade em ver aquele lar remodelado de uma forma inimaginável, proporcionando uma reconexão da família com o novo espaço. As lágrimas no final, o apresentador-arquiteto-empreiteiro satisfeito com o resultado, os pisos intactos de madeira, eletrodomésticos brilhantes, banheiras novas prontas para serem estreadas. Não é à toa que esses programas estão ganhando cada mais público e, consequentemente, inspirando muitas transformações nas casas alheias.
Mas, se por um lado, eles fomentam a vontade de mudança nos espectadores, mostrando as infinitas possibilidades ao transformar e melhorar um espaço, por outro, eles podem reproduzir conceitos equivocados sobre a arquitetura, principalmente em relação ao processo de concepção e execução.
Pensar o layout, rever questões estruturais. Projetar um apartamento requer o diálogo com uma construção prévia que podem desafiar arquitetos e designers. Trazer amplitude para pequenas áreas, levar iluminação para ambientes menos favorecidos, trazer características ímpares para uma planta tipo replicada em inúmeros pavimentos. Enfim, planejar uma residência é o tema que sempre orbitará a profissão - e se destacar no assunto nem sempre é fácil -, por isso, e para levantar distintas referências, apresentamos os apartamentos brasileiros que mais foram visitados pelo público no ArchDaily Brasil em 2022.
Para tentar explicar a passagem do tempo, os gregos contavam com dois deuses: Cronos e Kairós. Enquanto o primeiro é representado como impiedoso tal qual um relógio que nunca para, Kairós evocava a um momento adequado ou oportuno para uma ação. Ou seja, enquanto Cronos é quantitativo, Kairós tem uma natureza qualitativa e permanente. De fato, a relação da humanidade com a passagem do tempo nem sempre é amigável.
Com as edificações não é diferente. John Ruskin, em seu seminal The Seven Lamps of Architecture (1849), dizia que somente edificações em ruínas preservariam nossas percepções passadas e, simultaneamente, nos permitiriam enfrentar nosso estado de mortalidade. Nesse sentido, as manchas de tempo e escombros eram testemunhas cruciais para demonstrar o envelhecimento na arquitetura, que, em sua concepção, atingiam uma estética entre o sublime e o pitoresco. Ainda que esta seja uma opinião um tanto contraditória, a ideia de considerar como uma edificação irá perdurar no tempo vem ganhando mais atenção. É sabido que alguns materiais envelhecem melhor que outros: enquanto uma parede branca rebocada rapidamente apresenta trincas e manchas, um muro de pedra parece melhorar com os anos, se fundindo com o seu entorno, por exemplo. O tempo traz matizes novas, conta a história do que passou e dá autenticidade às superfícies.
O arquiteto Daniel Libeskind revelou planos para transformar a torre Boerentoren, localizada no centro de Antuérpia, na Bélgica, em um novo centro cultural público. A torre Art Déco será ampliada para abrigar espaços de exposição, uma plataforma de observação panorâmica, um jardim de esculturas na cobertura e novos restaurantes e bares. Segundo o arquiteto, as características originais do edifício histórico serão preservadas, ao mesmo tempo em que o seu estatuto de marco será reforçado com a intervenção. Se os planos forem aprovados pelas autoridades patrimoniais e urbanísticas e pelos bombeiros, o edifício deverá ser inaugurado em 2028.
O Buffalo AKG Art Museum (anteriormente conhecido como Albright-Knox Art Gallery) anunciou que receberá seus primeiros visitantes em 25 de maio de 2023. Renovado e ampliado, o novo campus projetado por OMA/Shohei Shigematsu em colaboração com Cooper Robertson apresenta um “edifício completamente novo e uma extensa renovação dos blocos existentes”.
Uma das mais importantes descobertas da humanidade, o vidro é usado pelo homem há cerca de 75 mil anos – originalmente empregado como ferramenta de corte. Os primeiros registros de fabricação do vidro, porém, datam da civilização Egípcia e Mesopotâmica. Desde então, o domínio da técnica da fabricação foi se desenvolvendo em diferentes civilizações e nações, até que a Revolução Industrial popularizou o material e permitiu sua produção em larga escala. Na arquitetura, o vidro começa a aparecer como elemento de vedação em meados de 100 d.C. e é até hoje largamente utilizado.
O projeto liderado pelo arquiteto Marcio Kogan, de São Paulo, foi o vencedor do concurso para o Pavilhão Brasil na próxima Exposição Universal, a Expo Osaka 2025, organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil). O projeto é assinado pelos profissionais dos escritórios MK27 e Magnetoscópio, que além de Kogan, tem os arquitetos Renata Furlanetto e Marcello Dantas como autores.
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Pode-se dizer que a qualidade do ar no interior dos ambientes nunca recebeu a atenção devida na história. Enquanto a poluição atmosférica é considerada uma ameaça desde a época de Hipócrates, em 400 aC, tornando-se uma preocupação real com a industrialização na Revolução Industrial, pouco é falado sobre como estão as condições de conforto nos ambientes internos. Essa é uma questão cada vez mais grave visto que a humanidade tem passado cerca de 90% de seu tempo em ambientes internos e a qualidade desses espaços interfere diretamente no bem-estar e na saúde a longo prazo. Na verdade, a qualidade ambiental interna (IEQ, do inglês Indoor Environmental Quality) abrange bem mais que a poluição interna. Refere-se a um equilíbrio entre a qualidade do ar, da acústica, da iluminação, temperatura, e outros fatores que contribuirão para um ambiente agradável e, acima de tudo, saudável aos seus ocupantes. A empresa Armstrong, sob o mote “todo espaço pode ser um espaço saudável”, tem desenvolvido soluções para contribuir com a melhoria de espaços que passamos mais tempo, como edifícios educacionais, de saúde, escritórios e residências.
Com a urbanização desenfreada das cidades, os animais que originalmente chamavam esses ambientes de lar foram deslocados e forçados a encontrar outros meios de refúgio.
Os pássaros talvez sejam uma das espécies mais atingidas pelo crescimento urbano já que são atraídos durante o vôo por estímulos como iluminação e correntes de ar que podem ser transformadas dependendo de como se deu o processo construtivo e de organização territorial de uma cidade.
O escritório de arquitetura Herzog & de Meuron divulgou seu projeto de intervenção na estação Liverpool Street, em Londres. A proposta inclui “atualizações vitais” destinadas a transformar a estação da era vitoriana em um centro de transporte totalmente acessível e adequado para acomodar as 135 milhões de pessoas que usam o equipamento todos os anos.
A proposta também inclui a construção de 84 mil metros quadrados de escritórios e um hotel de mais de 17 mil metros quadrados em duas novas estruturas, de 10 e 6 pavimentos, respectivamente. Essas intervenções atraíram críticas de grupos conservacionistas e, no momento, a proposta está em sua primeira rodada de consulta pública. O projeto é supervisionado pela Stellar, que trabalha junto a MTR, a operadora de serviços de transporte ferroviário e a Network Rail.
O Airbnb é uma forma confiável de encontrar uma estadia. Desde sua criação em 2008, o site já cadastrou mais de 7 milhões de residências ao redor do mundo, onde os viajantes podem ficar em um quarto, ou alugar uma casa inteira. Recentemente, muitas cidades têm reprimido estadias de curta duração, citando questões de segurança, listagens falsas e aumento dos preços dos imóveis, causando a saída das pessoas de suas casas quando a moradia é usada apenas para o aluguel do Airbnb. O que as cidades estão fazendo em relação a estas questões? O que o Airbnb está fazendo para ajudar a resolvê-los? O Airbnb será viável por muito mais tempo?
A obsessão de Buckminster Fuller pelas formas geodésicas as colocaram na história da arquitetura. A aparência esférica e o complexo tramado estrutural ganharam diferentes apropriações e escalas ao longo dos anos, sendo uma das obras mais icônicas a Biosfera de Montreal, o pavilhão dos Estados Unidos para a Exposição Mundial de 1967, projetada pelo próprio arquiteto. Essas estruturas emergiram dos seus interesses na eficiência material, integridade estrutural e modularidade, aspectos que, já na década de 60, o arquiteto entendia como primordiais para o que se esperava de uma intervenção sustentável e facilmente replicável.
Já há algum tempo as coberturas se tornaram espaços de lazer, seja nos grandes edifícios luxuosos, seja nas casas da periferia. Essa condição, porém, não se limita aos nossos tempos. Variando seu uso e sua forma, diferentes culturas em diferentes momentos fizeram o uso das coberturas planas em sua arquitetura, residencial ou não.
Nos últimos anos, o termo “cocriação”, uma palavra da moda no setor de negócios e gestão, entrou no discurso da arquitetura e do planejamento urbano. O termo é usado para definir um conceito amplo que descreve o trabalho intencional para a criação de algo em conjunto. Mas a arquitetura já é o resultado de uma colaboração entre vários atores como arquitetos, clientes, investidores e governo local, para citar alguns. Dessa forma, poderia o termo ainda ser aplicado a este campo, trazendo novas formas de conhecimento que diferem do design participativo?
Na obra cinematográfica, a arquitetura escolhida e desenhada para compor a imagem pode se comunicar com o espectador de muitas formas. Edifícios e cidades podem informar a localidade através de monumentos conhecidos ou tipos de construções específicas para determinados climas, assim como pode indicar o recorte temporal através de estéticas construtivas. Obras de fantasia possibilitam um infinito campo de criação na composição de detalhes arquitetônicos e design de interiores.
O lema do Solar Decathlon Europe 21/22 era converter e expandir em vez de demolir e reconstruir. A reciclagem de janelas, o uso de materiais biodegradáveis nas luminárias e a conexão da luz com sensores são apenas alguns exemplos inovadores da competição internacional de estudantes universitários em Wuppertal, na Alemanha. Pela primeira vez, o concurso apresentou um prémio de iluminação arquitetónica sustentável. Esta era uma questão de qualidade e de quantidade, e se aplica à luz do dia e à luz artificial.
Muito tem se falado sobre o poder da inteligência artificial e de como sua ascensão pode transformar a profissão de arquiteto. Esse tema já foi assunto de alguns artigos por aqui.
A principal ferramenta que tem assustado os especialista do mercado é o Dall-e, um software baseado em aprendizagem de máquina que gera imagens a partir das palavras que o usuário informa em um campo. Há outras com a mesma proposta, como o Midjourney e a Stable Diffusion.