Pessoas morrem em Squid Game. Muitas pessoas. Mas apesar de violência ser um dos ingredientes mais apelativos para o sucesso (ou fracasso) de uma produção para televisão, não é por isso apenas que a série se tornou tão popular no mundo todo. Cultura pop, cenários hipnotizantes e uma trama repleta de metáforas sociais contribuem para isso.
Lançada pela Netflix no dia 17 de setembro deste ano, Squid Game (conhecida também como Round 6) já é a maior série realizada em um idioma que não o inglês, disse Ted Sarandos, co-CEO e Chefe de Conteúdo da plataforma de streaming, e tem grandes chances de se tornar a maior série já produzida pela gigante do entretenimento. Escrito e dirigido por Hwang Dong-hyuk, o survival thriller narra a jornada de 456 pessoas mergulhadas em dívidas que competem por um generoso prêmio em dinheiro de 45.6 bilhões de wons – aproximadamente R$210 milhões.
Um corpo macio e inflável, um globo de prata, se expande na esquina da Alameda, no centro de Santiago do Chile. As pessoas não passam por aqui sem tocar no material estranho. Eles observam curiosas o novo objeto avançando sobre o espaço público. Atrás dele, a Galeria Gabriela Mistral está escondida e desaparece.
Poucas pessoas têm a oportunidade de projetar uma cidade. Ainda menos o fazem por acaso. Essa é a história do ilustrador e quadrinista Eloar Guazzelli, que desde 1990 vem desenvolvendo um projeto artístico intitulado Cidade Nanquim. A partir de folhas de papel de tamanho A4, o artista compõe uma espécie de mosaico urbano em preto sobre branco que retrata fragmentos de uma cidade imaginária.
A Cidade não-visual: um audioguia pelo centro de São Paulo é um ensaio de projeto auditivo e sonoro sobre as relações urbanas e seus eventos. Uma proposta que possui como centralidade as formas de percepção da cidade por pessoas portadoras de deficiências visuais onde se procura tensionar e dialogar com suas vivências no meio urbano a fim de potencializar seus respectivos direitos à cidade, sua autonomia e o seu exercício enquanto cidadãos. Parte-se como espacialidade nesta análise de caso a região onde foi implementado o projeto das ruas abertas para pedestre no centro novo de São Paulo (República).
https://www.archdaily.com.br/br/966557/cidade-nao-visual-um-audioguia-pelo-centro-de-sao-pauloAnita Solitrenick, Luisa Moreno, Maria de Andrade, Maristella Pinheiro e Tamara Crespin
Naoshima, Teshima e Inujima são as três principais ilhas de um arquipélago no Mar Interior de Seto, no Japão. O que as diferencia dos demais arquipélagos japoneses – que são muitos, característica daquele país insular – é a concentração de obras de arquitetura de qualidade excepcional, projetadas por alguns dos maiores nomes da arquitetura mundial. Tais projetos fazem parte do Benesse Art Site Naoshima, um complexo dedicado às artes idealizado pelo magnata Soichiro Fukutake ainda na década de 1980, composto por dezoito museus, galerias e instalações a céu aberto.
Poucos lugares no mundo reúnem tantos equipamentos culturais e artísticos como o arquipélago composto pelas ilhas de Naoshima, Teshima e Inujima, localizadas no Mar Interior de Seto, no Japão. Dezoito museus, galerias e instalações compõem o Benesse Art Site Naoshima, um complexo dedicado às artes idealizado pelo magnata Soichiro Fukutake ainda na década de 1980.
À época, Fukutake convidou ninguém menos que o arquiteto Tadao Ando para projetar o Benesse House Museum, na ilha de Naoshima, um equipamento que ofereceu mais que um impulso econômico para a região, mas um estilo de vida mais lento e simples – evidentemente, para aqueles que podem pagar – distante das megalópoles japonesas.
O Museu da Língua Portuguesa será reinaugurado no próximo dia 31 de julho, reconstruído após o incêndio que o atingiu em dezembro de 2015. Um dos primeiros museus totalmente dedicados a um idioma, instalado na cidade com o maior número de falantes de português no mundo, na histórica Estação da Luz, o museu celebra a língua como elemento fundador da nossa cultura. Por meio de experiências interativas, conteúdo audiovisual e ambientes imersivos, o visitante é conduzido a um mergulho na história e na diversidade do idioma falado por 261 milhões de pessoas em todo o mundo. A cerimônia oficial de inauguração, no dia 31, terá transmissão ao vivo pelas redes sociais do Museu.
Na Ribeira da Barca, interior de Santiago, Cabo Verde, é testado um projeto que propõe trabalhar com as mulheres que vivem da extração de resíduos inertes da construção. Apesar de se tratar de uma atividade ilegal é nela que assenta grande parte do orçamento familiar local, num país onde uma maioria expressiva das famílias monoparentais se fazem representar por mulheres (cerca de 32%, contra 6,5% representadas por homens, dados do INE 2017). O maior rigor nas práticas de fiscalização e a queda na procura de inertes naturais dos últimos anos, vem colocar em risco iminente um sem número de famílias vulneráveis.
Enquadrado como projeto satélite da Porto Design Biennale 2021, impact tem como objetivo principal trabalhar com as mulheres da apanha da areia na reinvenção de uma atividade alternativa, que lhes procura fornecer uma maior dignidade no acesso ao trabalho e incentivar novas formas de vida.
https://www.archdaily.com.br/br/963738/comunidade-feminina-de-cabo-verde-transforma-residuos-da-construcao-civil-em-elementos-de-designLara Plácido e Inês Alves
As relações entre arquitetura e o cinema é tema recorrente nos episódios do Arquicast. São dois tipos de arte, com propósitos diferentes, mas que se complementam e influenciam mutuamente, através de atributos comuns como a ativação da memória coletiva, a valorização da imagem como uma forma de linguagem e o poder de provocar sentimentos e sensações nos usuários/expectadores. A equipe responsável pelo podcast gosta tanto de falar sobre cinema que criou uma série específica sobre isso e já realizou uma dezena de episódios sobre o assunto.
O III Congresso Nacional para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural - CICOP Brasil 2021, é organizado pelo curso de Arquitetura e Urbanismo do Instituto Federal São Paulo- IFSP, Campus São Paulo, e pelo Departamento de História da Universidade Federal de São Paulo- UNIFESP, tendo como tema “Patrimônio cultural: fragmentos, somas, construções e distopias”. O evento será totalmente gratuito e acontecerá em sua totalidade em ambiente virtual, entre os dias 09 e 12 de novembro de 2021.
A Comissão Organizadora do CICOP Brasil 2021 tem o prazer de convidar toda a comunidade interessada para participar por meio de submissão de artigos e solicita
A alusão da síntese entre arte e arquitetura, embora remonte à origem da disciplina, alcança, nas vanguardas artísticas do início do século XX, significado e função social diferentes, constituindo uma das características mais marcantes do Movimento Moderno. Uma integração presente nas obras de grandes nomes do movimento como Mies van der Rohe, Le Cobusier, Oscar Niemeyer, para citar alguns.
Poucos campos da cultura e das artes apresentam tantos pontos de contato com a arquitetura como o cinema. A constatação não é nova e vem sendo debatida no plano teórico por autores de ambas as áreas desde o início do século XX. Em relação à prática, a arquitetura vem buscando incorporar aspectos imateriais do cinema na mesma medida em que este tem servido como meio de discussão, representação e denúncia de temas pertinentes àquela e ao espaço urbano.
Exemplo disso é a produção da dupla ítalo-francesa Bêka & Lemoine, cujos filmes mostram um olhar sensível aos pormenores e singelezas da arquitetura e do espaço urbano. Seu portfólio – composto atualmente por 30 títulos, entre longas e médias-metragens – lança luz sobre o cotidiano urbano de diferentes cidades do mundo e revela uma mirada atenta aos aspectos mais banais da vida humana no espaço.
"Me senti como Nino Rotta e Oscar Niemeyer como Felini, eu fazendo uma música importante naquela obra." Athos Bulcão, renomado artista plástico, usa essa comparação entre o compositor italiano e o diretor de cinema para fazer alusão à relação entre seu trabalho nos azulejos e o projeto arquitetônico. Tal fusão entre arte e arquitetura marcou um importante período na história do Brasil utilizando a mescla entre as duas disciplinas para lançar luz à assuntos como fortalecimento da identidade nacional, massificação da arte e estratégias arquitetônicas relacionadas ao clima tropical.
Quais são as questões conceituais e técnicas que dão forma a um projeto expográfico? Quais são xs agentes envolvidxs no processo ? Quais são as ferramentas e etapas de trabalho mais utilizadas? Embora inscrita no universo da arquitetura, a tarefa de transpor para o espaço uma narrativa artística possui suas particularidades.
O curso é voltado para estudantes e profissionais interessadxs em atuar no desenvolvimento de projetos de exposições, seja na área da arquitetura ou em áreas afins, como curadoria, comunicação visual, produção e iluminação. Conjugando teoria e prática, os conteúdos do curso serão oferecidos a partir de uma combinação de aulas
Art nouveau, ou arte nova, foi um movimento artístico surgido na Bélgica do final do século XIX e que rapidamente se difundiu por diversos países do continente europeu e nos Estados Unidos. Arte “nova” porque rejeitava cânones e demarcava uma ruptura com o passado. Estimulados pelos resultados e mudanças trazidas à sociedade pela Segunda Revolução Industrial, os artistas do movimento buscavam criar uma linguagem que acompanhasse os avanços desse contexto e superasse a antiguidade, o academicismo e o conservadorismo na estética. Assim, em suas obras, elementos clássicos surgiam combinados a itens contemporâneos e diferentes estilos eram mesclados para formar um conjunto original.
A Bienal de Xangai deste ano tem como tema Corpos de Água e examina a interconectividade e interdependência das pessoas, climas, ecossistemas e tecnologias, explorando a ideia de coletividade à luz da mudança climática e da atual pandemia global. A 13ª edição da bienal mais antiga da China apresenta trabalhos de 64 artistas participantes que exploram a intrincada teia de interferências e conexões no mundo contemporâneo.
Lançamento online | Pequeno guia da botânica modernista, de Ana Carolina Carmona Ribeiro
Conversa com participação da autora e dos convidados Aracy Amaral, Vladimir Bartalini (FAU-USP), Anderson Santos (Escola de Botânica) e Elisabete Ribas (IEB-USP) | Mediação Roberto Rüsche
Realização: Programa de Ação Cultural (ProAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo | Apoio: Escola de Botânica
Em 1968, a pequena cidade de Gibellina, na Sicília, foi arrasada pelo colossal terremoto Belice, de magnitude 5,5 que matou centenas e deixou 100.000 desabrigados. Os planejadores não conseguiram reconstruir Gibellina em seu terreno original. A nova cidade - Gibellina Nuova - foi construída a 11 quilômetros (7 milhas) de distância. Antecipando-se ao projeto e à construção de Gibellina Nuova, e na esteira da tragédia do terremoto de Belice, o prefeito convocou vários artistas para apresentarem propostas de projetos para decorar a nova cidade. Um destes artistas foi o prolífico pintor e escultor italiano “polimaterialista” Alberto Burri (1915-1995).
https://www.archdaily.com.br/br/958190/a-psicogeografia-da-monumental-land-art-cretto-di-burriLilly Cao