“Quando usamos um banheiro, embora fechemos a porta ao entrar, nunca estaremos sozinhos. Muito pelo contrário. Ao adentrar nesse espaço, nos embrenhamos em uma rede de diferentes corpos, infraestruturas, ecossistemas, normas culturais e códigos sociais”. Embora banheiros sejam muitas vezes negligenciados, tratados apenas como uma infra-estrutura banal e necessária, eles são, na verdade, um território onde questões de gênero, religião, etnia, higiene, saúde e também economia são claramente definidas e expressas. Pensando nisso, Matilde Cassani, Ignacio G. Galán, Iván L. Munuera e Joel Sanders desenvolveram o projeto de dois pavilhões para a 7ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, nos quais eles exploram o banheiros como um território de disputas políticas e sociais.
Exposições de arquitetura: O mais recente de arquitetura e notícia
Pavilhão "Restroom" explora o banheiro como um território de disputas políticas e sociais na Bienal de Veneza
O melhor dos pavilhões nacionais na Bienal de Veneza 2021
Respondendo ao tema, “Como viveremos juntos” de 115 maneiras diferentes, a Bienal de Arquitetura de Veneza 2021 deu as boas-vindas, fisicamente, ao grande público, em 22 de maio de 2021. Ao se abrir para o mundo, o tema atemporal, porém sensível ao contexto, gerou um coletivo imaginário, destacando um mundo que prefere viver junto a ficar separado. Construindo uma narrativa arquitetônica do presente, que reflete sobre um futuro resiliente, o interrogatório, feito pela primeira vez em 2019, ganhou mais relevância com a pandemia, que paralisou o mundo. Com muito otimismo e amor a arte, a mostra de arquitetura abriu as portas a um público ansioso e revelou qualidades recorrentes nas intervenções apresentadas.
Escombros do passado e futuros possíveis: entrevista com Carlos Alberto Maciel sobre o Pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza
Quando foi escolhido pela Biennale di Venezia para dirigir a 17ª Exposição Internacional de Arquitetura, Hashim Sarkis desafiou os curadores nacionais a responderem uma pergunta urgente e nada fácil: como viveremos juntos? Nem ele, nem os curadores, nem ninguém esperava o que estaria por vir. Passado um ano e meio de pandemia global, a pergunta assume novos significados e apresenta, certamente, desdobramentos outros que extrapolam qualquer noção previamente vislumbrada pela organização do evento.
Neste contexto de incertezas globais, informada por um país marcado pela desigualdade social, Utopias da vida comum – título da participação brasileira elaborada pelos Arquitetos Associados em colaboração com o designer visual Henrique Penha – busca estabelecer um diálogo entre o passado moderno e um futuro possível (e melhor) para as cidades brasileiras. Tivemos a oportunidade de conversar com o arquiteto Carlos Alberto Maciel sobre a mostra que ocupará o Pavilhão do Brasil na Bienal de Arquitetura de Veneza. Leia a seguir:
Pavilhão de Singapura na Bienal de Veneza explora a arquitetura das relações humanas em tempos de Covid-19
Intitulado “To Gather: the Architecture of Relationships”, o pavilhão de Cingapura para a 17ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, explora as diferentes maneiras como os cingapurianos se apropriam dos espaços públicos em sua pequena cidade-estado. Com curadoria da Universidade Nacional de Cingapura (NUS), o pavilhão será aberto visitação no próximo dia 22 de maio, dia em que se inaugura a 17ª Bienal d Arquitetura de Veneza.
Casa da Arquitectura reabre as portas com a exposição “Arquigrafias. Guido Guidi e Álvaro Siza”
Arquigrafias. Guido Guidi e Álvaro Siza é a exposição que assinala a reabertura ao público da Casa da Arquitectura, depois do confinamento. A mostra de fotografias do italiano Guido Guidi sobre obras do arquiteto Álvaro Siza tem curadoria de Paula Pinto e Joaquim Moreno e fica em cartaz na Galeria da Casa de 17 de abril a 3 de outubro 2021.
Os curadores selecionaram oito projetos situados em Lisboa, Porto e Matosinhos, que estão representados através de 97 imagens captadas pela lente de Guido Guidi. Arquigrafias oferece assim um “diálogo entre a obra fotográfica de Guido Guidi (Cesena, 1941) e a obra arquitetónica de Álvaro Siza (Matosinhos, 1933) e constitui um encontro singular entre duas figuras ímpares nos seus respetivos campos de trabalho”.
"Terra" é o tema da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2022
A 6º edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa, que acontecerá em 2022, traz como tema Terra. Com diferentes significados consoante a escala e o observador, Terra expressa o território, a urbe, a paisagem, o lugar ao qual pertencemos ou um continente visto do mar. Pode ser um planeta habitável ou matéria para cultivo. Pode estar em excesso ou fazer falta e pode ser um obstáculo ou um elemento na construção de comunidades. E é com o sentido de emergência que a Trienal 2022 convoca a reflexão sobre todas estas dimensões que estão intimamente relacionadas com a arquitectura.
As melhores exposições virtuais de 2020
Diante do cenário da pandemia de coronavírus, foi preciso repensar a relação entre as pessoas e o espaço à sua volta. Enquanto espaços fechados, que costumam reunir aglomerações de pessoas, os museus não tiveram outra saída a não ser fechar as portas à medida que o número de casos de infecções aumentava. A programação destes espaços, por outro lado, não necessariamente foi interrompida. Ainda que alguns grandes eventos na área de arquitetura e urbanismo tenham sido adiados para uma data em que espera-se que a pandemia tenha sido controlada (como é o caso da 17ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza), muitos museus, galerias e demais espaços expositivos viram o momento como uma oportunidade para estreitar suas relações com o formato virtual.
IABsp prorroga o prazo de inscrição do concurso de co-curadoria da 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
ATUALIZAÇÃO: A 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo estende o prazo de inscrições de propostas do Concurso de Co Curadoria até dia 31 de janeiro de 2021, às 23h59. As propostas podem ser enviadas pelo site da Bienal. Esta edição conta com uma comissão composta por 12 membros, que inclui representantes do IAB de outros Estados para conferir pluralidade no acompanhamento do evento de alcance nacional e internacional.
Tombamento da maquete de Salvador: o “modelo reduzido” de Assis Reis
No dia 20 de agosto teve início o processo de tombamento da maquete de Salvador, que se encontra em exposição na Associação Comercial da Bahia, na capital baiana [1]. A maquete, que estará aberta à visitação por meio de agendamento até 18 de setembro de 2020 [2], começou a ser idealizada no começo da década de 70 pelo arquiteto Assis Reis. Desde então, continua a ser atualizada por uma equipe de artesãos da Prefeitura Municipal de Salvador com o objetivo de representar as mudanças urbanas na cidade, mantendo, assim, a ideia original da sua criação.
A cidade como um jogo de peças
A alteridade é fundamental para o desenvolvimento humano. Se privado de estímulos variados, o cérebro não se desenvolve, perde a plasticidade e se deteriora como um músculo atrofiado. Tal argumento é amplamente aceito quando se trata de relações sociais, atividades cognitivas ou físicas. E quanto aos estímulos promovidos pelo ambiente construído?
Refundações: novas narrativas sobre a fundação de São Paulo
Ao longo de 2019, o grupo mineiro de arquitetos Micrópolis se juntou ao Museu Paulista e ao SESC Ipiranga para realizar o projeto Refundações — uma série de ações abertas ao público que criam novas leituras e sentidos para o acervo do museu a partir de desejos e reivindicações presentes na prática urbana de ativistas e pensadores contemporâneos de São Paulo.
Goma Oficina explora flexibilidade e translucidez com pavilhão Gife
O pavilhão Gife foi idealizado como suporte expográfico para a Mostra Gife, em cartaz no CCSP em setembro deste ano. A solução deveria considerar, além da montagem no Centro Cultural, a possibilidade de itinerância em diferentes configurações que se adequassem aos novos lugares, ainda incertos à época do projeto. Ao mesmo tempo, deveria estar muito bem inserida no contexto do CCSP.
Modos de ver, modos de expor: o estudo expográfico no Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel
Sob a tarefa de mapear a produção contemporânea brasileira, o Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel iniciou seus trabalhos em 2013 tendo horizontes pouco definidos. Se por um lado existia a expectativa de criar uma iniciativa inédita no cenário nacional, premiando projetos construídos na última década, por outro, havia claro o desafio de fundar uma premiação sem categorias lidando com um universo amplo de programas e comparando iniciativas das mais diferentes escalas.
Trienal de Arquitetura de Lisboa apresenta exposição "Beleza Natural"
Beleza Natural, uma das cinco principais exposições da Trienal de Arquitetura de Lisboa, com curadoria conjunta de Laurent Esmilaire e Tristan Chadney, reúne projetos de estudantes do concurso Prêmio Universidades Trienal de Lisboa Millennium bcp e obras de arquitetos, do século XIII até hoje, à luz da racionalidade da construção.
Imaginação arquitetônica é tema de exposição na Trienal de Arquitetura de Lisboa
Espaço Interior é parte de um projeto de investigação acerca da construção da imaginação arquitetônica. É também o nome de uma das cinco exposições principais da Trienal de Arquitetura de Lisboa deste ano, com curadoria de Mariabruna Fabrizi e Fosco Lucarelli. A mostra se compromete a investigar o espaço entre as realidades interior e exterior, procurando estes momentos nos quais estes dois reinos interagem mais vivamente.