As tendências de design são frequentemente resultado de influências culturais estrangeiras, criações de vanguarda e soluções inovadoras para as necessidades em constante evolução das pessoas. Embora o mundo do design pareça um grande tabuleiro, algumas cidades conseguiram ganhar notoriedade com seus projetos recentes.
Como parte de sua lista anual de cidades com design inovador, a revista Metropolis destacou 10 cidades em 5 continentes com projetos intrigantes que harmonizaram o urbanismo contemporâneo com influências tradicionais.
Ainda que o livro A Arquitetura da Felicidade não tenha causado muito alvoroço logo após a sua publicação no início dos anos 2000, o conceito defendido pelo seu escritor, Alan de Botton, de que a arquitetura é um elemento fundamental para a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas, parece estar ganhando cada vez mais força e seguidores ao longo dos últimos anos. Pensando nisso, o Canadian Centre for Architecture de Arquitetura (CCA), em parceria com o curador Francesco Garutti, está apresentando uma exposição questionando as maneiras pelas quais a "indústria da felicidade" tem passado a explorar e controlar a vida das pessoas depois da crise financeira de 2008.
Our Happy Life, Architecture and Well-being in the Age of Emotional Capitalism (Nossa Vida Feliz, Arquitetura e Bem-estar na Era do Capitalismo Emocional) é uma exposição de projetos de arquitetura, obras de arte e fotografias. Samuel Medina, editor da Metropolis Magazine, conversou com Garutti para esclarecer os conceitos por trás da exposição do CCA, o impacto das mídias sociais em nossas vidas e o significado da arquitetura nos dias de hoje.
Caminhar pelas ruas de uma cidade observando a sucessão de edifícios do tempo e no espaço, é uma verdadeira aula de história, uma viagem no tempo. A história da arquitetura pode ser contada através destes percursos à céu aberto. A cidade de Nova Iorque talvez, seja um dos melhores exemplos disso, um livro aberto da história da arquitetura, uma experiência que vai muito além de apenas algumas jóias da arquitetura moderna, como a Lever House ou o Sagram Building.
Oitenta e cinco anos depois, a casa branca implantada na East 48th Street, projetada por William Lescaze ainda impressiona. Suas Imaculadas paredes brancas e formas puras faz com que ela se destaque em um entorno especialmente marcado por edifícios soturnos, construídos em pedra e tijolo. Ela salta aos nossos olhos assim como se destaca do plano de fachada de seus edifícios vizinhos, avançando sobre a calçada, um objeto deslocado no tempo e no espaço, uma jóia encrustada entre um típico edifício residencial de meia altura e a universal arquitetura miesiana dos arranha-céus norte-americanos. A ruptura na pureza do volume branco, atravessada por dois consistentes e desajeitados panos de tijolos de vidro, é compensada pela plasticidade da marquise de concreto e de suas formas sinuosas dos seus pavimentos inferiores. Os cinco pontos da nova arquitetura definidos por Le Corbusier e publicados em 1926 são facilmente identificáveis neste projeto (menos a cobertura jardim). Construída em 1934 a partir do que sobrou de uma antiga casa da era da Guerra Civil americana, esta foi a primeira casa modernista edificada nas ruas da cidade de Nova Iorque.
Cada movimento artístico e de design tem uma história interessante sobre como influenciou a arquitetura, e nem todos começaram com os mesmos princípios pelos quais ficaram depois conhecidos. A Bauhaus não é exceção. Ícone das origens do movimento moderno, a famosa escola alemã foi uma instituição experimental voltada para o expressionismo, criatividade e artesanato, unindo os estilos de Art Nouveau e Arts and Crafts com desenhos modernos.
Para suas tradicionais listas de cidades, este ano a Metropolis Magazine adotou uma abordagem incomum: uma pesquisa de campo, perguntando para cerca de 100 profissionais do campo do design de todo o mundo suas opiniões e palpites. O resultado? Uma lista que apresenta não apenas as cidades que você esperaria (Milão, Londres, Berlim), mas algumas potências que podem não ter sido notadas até agora.
https://www.archdaily.com.br/br/900502/as-dez-cidades-mais-proeminentes-no-design-segundo-a-metropolis-magazineKatherine Allen
Concluído em 1966, o Sewoon Sangga é uma megaestrutura residencial construída no coração de Seul. Projetado pelo proeminente arquiteto sul-coreano Kim Swoo-geun, este enorme edifício de uso misto é composto por oito blocos em altura cobrindo uma faixa de um quilômetro de extensão em pleno centro da cidade. Como um projeto extremamente inovador para a época, ele foi concebido como uma pequena cidade independente, contando com todas as comodidades necessárias para a vida de seus moradores além de um parque, um grande átrio de acesso e um deck para pedestres. Infelizmente, durante a execução muitas das ideias utópicas de Kim foram por água abaixo devido às limitações dos sistemas construtivos. Já no final da década de 1970, o Sewoon Sangga passou por um voraz processo de abandono, deixando centenas de unidades residenciais vazias assim como a grande maioria dos espaços comerciais, que se deslocaram para o outro lado do rio no novo distrito de Gangnam, em rápida expansão e desenvolvimento. Devido a sua localização central e a queda vertiginosa dos preços dos aluguéis, a megaestrutura foi sendo ocupada pelo comércio informal e abrigando uma série de atividades ilícitas.
A arquitetura sempre foi multidisciplinar, exigindo novos conhecimentos para cada projeto e desafiando os profissionais a manterem sua mente e a curiosidade aguçadas. Esta noção parece fazer mais sentido do que nunca, com arquitetos voltando sua atenção para novas tecnologias, agricultura, ciência de dados... e até mesmo para Marte.
https://www.archdaily.com.br/br/899761/todays-rising-stars-in-design-metropolis-magazine-reveals-their-picksKatherine Allen
Não é possível definir a civilização moderna sem deixar de mencionar seus elementos mais marcantes, as cidades. Os assentamentos urbanos variam em cultura, tamanho e especialidade, além do que, certas áreas acabam se tornando mais significativas ao longo do desenvolvimento de uma região. Historicamente, as dimensões físicas ou demográficas de uma cidade são indicadores de sua importância - quanto maior uma cidade, maior será sua capacidade de produção - entretanto, com o grande êxodo rural do século passado, ficou cada vez mais difícil definir os verdadeiros motivos que fazem uma cidade ser mais "importante" que outra. As cidades podem ser classificadas em centenas, milhares de paisagens urbanas distintas. Para nós, arquitetos e urbanistas, é vital compreender e categorizar de maneira eficiente os diversos tipos de assentamentos urbanos para poder desenvolver projetos e planos urbanísticos adequados. A lista a seguir fornece quatro definições de cidades que surgiram durante o século passado.
"É certeza que as separações e os divórcios; a violência familiar, o excesso de canais a cabo, a falta de comunicação, a falta de desejo; a apatia, a depressão, os suicídios; as neuroses, os ataques de pânico, a obesidade, a tensão muscular; a insegurança, a hipocondria; o estresse e o sedentarismo... são culpa dos arquitetos e incorporadores" (Medianeras, 00:03:33)
https://www.archdaily.com.br/br/786492/cidades-digitais-a-metropole-contemporanea-em-medianeras-bruna-borges-duarte-and-ademir-luiz-da-silvaBruna Borges Duarte e Ademir Luiz da Silva
O artigo a seguir, originalmente publicado na página Observatório das Metrópoles, trata de um estudo realizado pelo site em 2013 acerca das mudanças sociais, econômicas inerentes às transformações urbanas que aconteceram nas últimas três décadas no Brasil, de 1980 a 2010.
A partir de uma análise política, o Observatório das Metrópoles esboça um cenário das transformações pelas quais passaram os centros urbanos brasileiros, mudanças econômicas, sociais, culturais e espaciais. Siba mais a seguir.